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Capa B+: Após sucesso em "As Aventuras de Poliana", Ivan Parente se reconecta com universo infantil

O artista se reencontra com a obra de L. Frank Baum em nova montagem de "O Mágico de Oz" na pele do Espantalho, enquanto se prepara para retornar ao cartaz com "Silvio Santos Vem Aí" e "Ney Matogrosso

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Há quem conheça Ivan Parente da televisão, na pele de Lindomar, da novela “As Aventuras de Poliana”, ou reconheça sua voz de dublagens da Disney, como o Lumiére, do live-action “A Bela e a Fera” ou como o Timão, do live-action “O Rei Leão”; há também quem o conheça pelo rosto maquiado, como integrante da trupe O Teatro Mágico, ou na forma de dezenas de outros personagens, que fazem dele um dos principais nomes do teatro musical brasileiro. 

Entre tantos trabalhos, ao longo de uma década Ivan mergulhou na ludicidade de diversos contos que habitam o imaginário, entre eles "O Mágico de Oz", obra em que já atuou algumas vezes e que marca seu primeiro grande papel nos palcos, sob a direção de Billy Bond, com quem se apresentou dentro e fora do Brasil durante anos, e se reencontrou em 2022, sendo o convidado especial da celebração de 20 anos da produtora Black & Red, que remontou justamente “O Mágico de Oz”, sua primeira produção, estrelando Ivan como o Mágico.

“Voltar para esse espetáculo sempre é muito emocionante. Foi contando essa história em diversas fases e versões, que eu tive a oportunidade de me testar como ator, como diretor e até como diretor musical. Em 2003, quando me deparei com esse universo pela primeira vez, tive a oportunidade de criar uma personagem do zero, o que foi determinante para o que aconteceu no resto da minha carreira. Eu segui meu coração. Desde então, sempre busquei contar histórias que transformam a vida das pessoas e que, principalmente, conversam com a minha alma e o meu coração”, diz ele, que considera o Homem de Lata seu primeiro grande papel, interpretado em 2002.
 
Com mais de 30 anos de carreira, especialmente reconhecidos por importantes espetáculos como “A Madrinha Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “Les Misérables”, que o consagrou melhor Ator Coadjuvante nos principais prêmios do gênero, e, mais recentemente “Silvio Santos Vem Aí”, onde reforçou sua veia cômica como o caricato jurado Pedro de Lara, e "Ney Matogrosso - Homem com H", onde se dividiu entre vários papéis, inclusive o produtor Moracy do Val - dois personagens que poderão ser revistos em breve, em novas temporadas simultâneas em São Paulo e, pela primeira vez, Rio de Janeiro - o artista multifacetado, que transita sempre entre perfis e personagens variados, abraça forte o universo infanto-juvenil que permeia sua história, tanto nas telas, quanto nos palcos.

“Sempre amei trabalhar com crianças. Isso fez com que eu nunca me desconectasse da minha, e também com que eu aumentasse as possibilidades das minhas personagens. Nunca tive filtro. As crianças serão os próximos adultos, ou seja, elas serão o nosso próximo público. Acho importante educar e fazer com que elas se interessem por cultura, histórias e sonhos”, finaliza.

Ivan é a nossa Capa exclusiva do Correio desta semana, e em conversa com o Caderno ele fala sobre escolhas, carreira e retornos.

O ator Ivan Parente é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Osmar Lucas - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE - A arte sempre esteve presente na sua vida? Como foram os primeiros contatos?
IP - 
Sim. Eu cresci numa casa onde um dia houve uma orquestra: Orquestra Parente. Bandoneon, violão, percussão e piano. Tinha quem também cantava.

É impossível não se apaixonar por arte com uma família tão passional. Cantavam e choravam. Em sua maioria, música italiana e música popular brasileira. Um pouco de samba. A minha mãe gostava dos Beatles e da Jovem Guarda. Meu pai gostava de Vinicius de Moraes.

Vivia escrevendo poesia. Eu peguei gosto pela poesia e pela música. Comecei a aprender violão e depois o canto. Eu passava horas brincando sozinho e inventando histórias. Nunca achei, de verdade, que um dia essa seria a minha profissão. 

CE - Sua grande estreia na televisão foi na novela “As Aventuras de Poliana”, do SBT. Como foi essa experiência e de que forma ela impactou sua vida e carreira?
IP -
Eu já tinha uma carreira consolidada no Teatro Musical quando o teste para a novela aconteceu. Foi apenas um teste e uma espera gigante até o sim. Eu nunca tinha almejado fazer testes para TV porque sempre achei minha atuação espalhafatosa.

Mas a televisão entrou na minha vida na hora certa. Eu conhecia melhor o meu material artístico e acho que por ser de Teatro Musical, me ajudou com as marcações de cena. No teatro quando me marcam num lugar eu nunca estarei em outro lugar senão na minha marca.

Na televisão é assim. Tem esse rigor. E quando a marcação mudava eu prontamente me organizava e estava pronto pra gravar. O SBT tem esse efeito na carreira das pessoas. As personagens ficam vivas eternamente na cabeça das crianças e dos adultos. Comigo não foi diferente.

A minha personagem era muito carismática e ganhou muito espaço enquanto a novela foi se desenrolando. Pude mostrar versatilidade na TV sem perder a minha essência.

CE - Muitos de seus trabalhos, tanto nos palcos quanto na televisão, comunicam diretamente com o público infanto-juvenil. É um gosto pessoal? Como é sua relação com ele?
IP - 
Sim. Os meus trabalhos normalmente contemplam o público infantil. Na verdade eu tenho sorte, porque serão eles que estarão sentados nas poltronas dos teatros futuramente. Assim espero. Sinto que faço um trabalho de base. De ensinar o público a gostar e torcer pelas personagens.

De apresentar o lúdico. Acho que os produtores e diretores conseguem ter esse faro e me escalam porque eu realmente "funciono" para o público familiar. Mas não é um gosto pessoal. Gosto muito de trabalhar com o perfil adulto também. Mas a minha relação com o público é ótima. Sou reconhecido, faço brincadeiras e os pais sempre saem dando risada. 

Ivan Parente em As Aventuras de Poliana - Foto: Divulgação

CE - Atualmente você está em cartaz com “O Mágico de Oz”, uma obra que já cruzou seu caminho outras vezes. O que te atrai nessa história, que faz dela tão presente em sua trajetória?
IP - 
A obra 'O Mágico de Oz' está presente na minha vida há exatos 20 anos. Eu fui o Homem de Lata em 2003, depois em 2011 fiz o próprio Mágico. Em 2019 dirigi, com a Daniela Stirbulov, o musical 'O Mágico di Ó', de Vitor Rocha, e voltei a viver a personagem do Mágico em 2022 e início de 2023.

E de repente estou eu, de novo, vivendo uma outra personagem, agora o Espantalho. 'O Mágico de Oz' é uma obra que cabe em qualquer tempo. Fala de valores muito importantes para a construção de uma sociedade: coragem, coração e cérebro. Sempre que sou desafiado a contar essa história, ela ainda me surpreende. Ainda novas possibilidades são adicionadas.

Essa história me ensinou a ser quem eu sou hoje: um equilíbrio desses três presentes que os amigos de Dorothy ganharam antes de ela voltar definitivamente para o Kansas. Eu aprendi a ter coragem para usar meu cérebro e meu coração a favor das histórias que eu quero contar.

Todas as vezes que as personagens estão prestes a receber o que não sabiam que carregavam em suas almas, eu me emociono. Somos obrigados, diariamente, a não sermos corajosos, a não agirmos com o coração e usar o cérebro só quando alguém deixa.

De resto, somos somente um bando de seres humanos tentando não errar. Eu gosto de errar e não me arrependo de nada que fiz na vida. O erro me faz achar o caminho de volta para a minha casa. Porque não existe lugar melhor que nosso lar. 

CE - Ao longo de mais de 30 anos de carreira tendo contato com essa obra, o que diria que mudou, em relação a sua visão e entendimento, entre a primeira experiência e a de agora?
IP -
 Eu tinha uma visão muito pequena da obra. E algumas até equivocadas. Eu achava, por exemplo, que Dorothy só tinha batido a cabeça e que tinha sonhado com tudo aquilo.

Revisitando a obra outras vezes, eu pude me deparar com um caminho de aprendizado importante para que Dorothy, recuperasse sua coragem para continuar enfrentando aquele mundo que não a entendia. Ela precisou encontrar alguém que dizia não ter coração, se emocionando.

Ela precisou encontrar alguém extremamente inteligente que não sabia que tinha um cérebro. Um retrato perfeito da nossa sociedade. Crescemos achando que nunca vamos chegar lá. Que a batalha é exaustiva para se chegar em algum lugar. Somos bombardeados com histórias de fracassos antes de sermos ensinados a vencer. Antes de nos ensinarem a viver numa sociedade justa.

Sem preconceito. Entramos no mundo amedrontados e com medo de entregar nosso coração e nosso conhecimento e ainda assim sermos julgados por termos esses atributos. Porque o importante é vencer. Dorothy pra mim era uma garota chorona que andava perdida por Oz tentando voltar pra casa.

Hoje eu sei que ela é uma garota poderosa que enfrentou tudo, mesmo sabendo que talvez não conseguiria, pela chance de voltar e estar ao lado das pessoas que ela amava. Hoje eu entro nas batalhas sem pensar no objetivo, mas sim no aprendizado do caminho até Oz - até a minha Oz.

Ivan em O Mágico de Oz -Foto: Chico Audi

CE - Em breve você estará também nas novas temporadas dos musicais “Silvio Santos Vem Aí” e “Ney Matogrosso - Homem Com H”. Como é o desafio de fazer duas produções ao mesmo tempo?
IP - 
Duas peças incríveis que eu amo fazer. São peças tão opostas e tão desafiadoras. Vamos ficar com as duas peças simultaneamente em dias diferentes.

Vai ser uma loucura. Eu estou acostumado a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Sou um capricorniano assumido. Eu amo trabalhar. Eu acho que o maior desafio é controlar a energia que eu coloco numa peça, não ir para a outra. No 'Silvio Santos" eu faço o Pedro de Lara, onde posso arriscar mais na comédia.

Já no 'Homem com H'  tem personagens menos caricatos e mais naturalistas, por mais que haja sim alguns personagens de cores mais vibrantes. Mas esse é o desafio de todo ator. Viver vidas que não são suas e ainda assim convencer. Na primeira semana com certeza eu estarei doidinho, mas depois vai fluir.

CE - Em ambos os musicais você dá vida a personagens que são reais e contribuíram para a história dos homenageados. Como é ter essa responsabilidade? O processo de construção é mais fácil ou mais difícil?
IP -
Eu acho mais difícil construir personagens que já existiram ou que estão muito vivos no imaginário das pessoas. Dá até um pouco de medo de ser desrespeitoso ou algo assim.

Mesmo assim, a direção foi muito cuidadosa para que as personagens fossem mais uma homenagem do que simplesmente uma caricatura jogada no meio da trama. Quando a gente está construindo a personagem e fazemos algo que temos dúvida, já partimos para a discussão com a direção.

Não fazemos nada sozinho. Tem que ornar com o espetáculo. Tem que contar a história. Foi um grande desafio, mas eu recebi muitas críticas positivas. De como eu consegui dosar a minha personalidade artística espalhafatosa e construir personagens críveis.

CE - Se pudesse escolher um trabalho divisor de águas na sua carreira, qual seria? De tudo que fez, quais são seus personagens preferidos?
IP -
 Sem dúvida nenhuma, O Homem da Poltrona, está em primeiro lugar no quesito divisor de águas. Em 2011 eu estava péssimo, me achando velho pra voltar pro mercado do teatro musical de São Paulo. Tava considerando dar um tempo.

Eu estava completando 40 anos. O musical apareceu como um convite do Miguel Falabella. Eu fiz os testes, mas ele me queria para o papel. Eu estudei. Fiz meu trabalho de casa e fiz a peça. Eu nunca tinha feito nada na vida sem cantar. Eu nunca tinha decorado tanto texto na minha vida.

Fiquei perdido durante o primeiro mês de ensaio. Eram páginas e páginas de texto que eu falava pra ninguém, até que eu entendi o que estava fazendo lá quando o público entrou. Foi uma loucura. Nunca vivi nada parecido depois. O personagem era um contador de histórias. Eu sou um contador de histórias. Mas só entendi a minha função ali quando o público entrou.

Nunca me senti tão vivo na vida como naquele espetáculo. Cada dia era diferente. Cada platéia encontrava o seu jeito de entender a história e isso fazia com que eu tivesse que ressignificar a história pra mim também.

Foi lindo. Meus personagens favoritos são O Homem da Poltrona de 'A Madrinha Embriagada, Thenardier de 'Les Misérables", Timão, do Live-Action de 'O Rei Leão' e o Lindomar Gomes de 'As Aventuras de Poliana'. Cada um desses personagens tem um lugar especial na minha vida. Eles me deram oportunidade para ressignificar a minha carreira e entender de uma vez por todas o meu propósito como artista: contar histórias.

CE - Você já teve seu trabalho reconhecido e valorizado com muitos prêmios. O que essas conquistas representam pra você?
IP -
 Quem não gosta de ter um troféu pra chamar de seu não é mesmo? Eu acho que o reconhecimento faz parte do trabalho que fazemos. Eu sou artista porque gosto de colocar meu figurino e me apresentar com uma luz incrível na frente de muitas pessoas.

E é incrível quando o seu trabalho se destaca de alguma forma. Sem falar em quem é melhor ou quem está melhor. Mas na maravilha que é, várias pessoas formadoras de opinião elegeram seu trabalho como o melhor daquele ano. Eu acho que é uma fonte de incentivo pra eu continuar buscando, pesquisando e experimentando viver outros personagens e contar mais histórias.

Mas não é isso só que me incentiva a viver essas outras personagens. Eu amo sair da zona de conforto. Às vezes eu acerto e, às vezes, eu erro. Faz parte. Mas não receber o prêmio não significa que eu sou um ator ruim. Mas receber um prêmio definitivamente significa algo. Preciso aceitar isso como um reconhecimento e um incentivo para o futuro.

Como Pedro de Lara em Silvio Santos Vem Aí - Foto: Kassius Trindade

CE - Em paralelo a vida de ator, você tem também uma história antiga com o grupo musical “O Teatro Mágico” e se apresentou por anos com a trupe. Sente falta dos palcos como cantor? Como é essa relação hoje?
IP -
 Como eu sempre digo. Ser artista é não ter medo de alçar voos nas outras modalidades. Sou desses. Sou um cantor antes de ser ator. Sou amigo do Fernando Anitelli desde a faculdade. Cantamos juntos durante anos. Eu estou na trupe há 20 anos, mesmo não fazendo parte oficialmente dela.

Canto sempre que posso. Eu amo fazer parte da história do grupo, mas eu nunca deixaria o teatro para me dedicar somente à música. Eu sou um artista inquieto. Fazer o que. Eu sinto falta de como eu e o Fernando funcionamos cantando juntos. Eu e ele parecemos irmãos gêmeos.

Completamos frases um do outro. Temos muita química no palco. Eu sou completamente apaixonado pelo Anitelli. Pela sua música. Pela sua poesia. A gente fala menos do que gostaríamos. Depois da pandemia parecemos dois doidos aproveitando tudo que nos foi negado.

Estamos trabalhando muito e isso é bom, mas eu sinto falta de cantar com ele. Esse ano o grupo completa 20 anos e eu faço questão de fazer parte disso. Sei que vamos chorar no início, meio e fim do show. Muita história pra contar em tão pouco tempo.

CE - Sua voz está também em muitas dublagens famosas, como nos live-actions de “A Bela e a Fera” e o “O Rei Leão”. Como é dar vida a personagens só com a voz?
IP -
 Eu ainda estou engatinhando no mundo da dublagem.Muita coisa pra estudar. Mas estou feliz com o caminho que eu tenho trilhado.

Foi muita responsabilidade pegar de cara o Lumière de 'A Bela e a Fera' e depois encarar o Timão de 'O Rei Leão'. Tudo muito rápido e ao mesmo tempo do jeito que eu gosto: desafiador e fora da minha zona de conforto. São personagens que vão ficar para sempre na cabeça das pessoas.

Eu me sinto lisonjeado em dar a minha voz para essas personagens icônicas e também dublar artistas incríveis, dos quais eu sou fã, como Ewan McGregor, Billy Eichner, Kumail Nanjiani, entre outros.

CE - O segundo semestre de 2023 já está preenchido com muitos musicais. O que esperar para 2024? Tem algo em especial que gostaria de fazer?
IP - 
O mercado dos musicais voltou a se aquecer. Isso é ótimo. Muitos projetos que estavam engavetados foram colocados em prática. Eu estou feliz em retornar com o 'Ney Matogrosso' e com o 'Sílvio Santos', pois ainda acho que muita gente não viu.

Eu tenho visto muitos musicais de filmes antigos serem montados aqui no Brasil, e tenho vontade de fazer parte de um deles. Vou colocar nos meus pedidos para 2024… No começo do ano já estou em um novo musical, também original e bem brasileiro, e que deve ser divulgado em breve. Estou doido para começar os ensaios, mas eu espero mesmo que 2024 seja um ano de novas possibilidades e de trabalhos que continuem me desafiando cada vez mais. 

Lumiére - Na Disney - Foto: Divulgação

SAÚDE NO VERÃO

Entenda os efeitos das ondas de calor em mulheres que estão na menopausa

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos da fase marcada pela queda dos níveis hormonais e alterações no organismo da mulher; ginecologista orienta como amenizar os efeitos para enfrentar o verão com mais conforto

16/12/2025 09h00

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher Foto: Divulgação/Freepik

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A menopausa é um processo natural da vida feminina que marca o fim do período reprodutivo, geralmente entre os 45 anos e os 50 anos. A queda dos níveis hormonais, especialmente de estrogênio, provoca uma série de alterações físicas e emocionais, como ondas de calor, insônia, ressecamento da pele, secura vaginal, depressão, variações de humor, ganho de peso, diminuição da libido e sensação de fraqueza.

Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, muitos desses sintomas tendem a se intensificar. Isso ocorre porque o calor externo potencializa os mecanismos internos de termorregulação, tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e prolongadas.

Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, essa combinação pode prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida de mulheres que já convivem com os efeitos da menopausa.

“A elevação da temperatura no verão atua diretamente sobre o centro regulador de calor no cérebro, que já está mais sensível durante a menopausa. Por isso, os episódios de fogachos podem se tornar mais desconfortáveis”, explica Loreta Canivilo. Os fogachos são ondas de calor súbitas e intensas no rosto, no pescoço e no peito.

ALIVIANDO OS SINTOMAS

Apesar do desconforto, algumas atitudes simples podem reduzir os impactos da menopausa durante os dias mais quentes.

> Utilizar roupas leves e de tecidos naturais;
Hidratar-se constantemente;
Praticar atividades físicas regulares;
> Priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes;
> Reduzir o consumo de cafeína, bebidas alcoólicas e comidas muito picantes.

METABOLISMO

De acordo com Loreta Canivilo, essas medidas ajudam a estabilizar a temperatura corporal, a melhorar o humor e a favorecer o equilíbrio metabólico.

“Pequenas mudanças na rotina geram grandes resultados. A alimentação adequada e a hidratação, por exemplo, têm impacto direto na redução das ondas de calor e da irritabilidade”, reforça a médica.

TRATAMENTOS E REPOSIÇÃO

Em casos nos quais os sintomas são mais intensos, a reposição hormonal pode ser uma alternativa eficaz. O tratamento, porém, deve ser sempre conduzido com acompanhamento médico criterioso.

Os principais hormônios utilizados são estrogênio e progesterona, mas a testosterona também pode ser indicada em situações específicas, assim como versões modernas da terapia, incluindo o uso de gestrinona.

CADA UMA É UMA

“Cada mulher vive a menopausa de maneira única e nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Por isso, antes de iniciar qualquer reposição é indispensável realizar uma avaliação completa, levando em conta histórico médico, exames atualizados e necessidades individuais”, orienta a médica Loreta Canivilo.

A médica reforça que, quando bem indicada e acompanhada, a reposição hormonal reduz significativamente os desconfortos, melhora o sono, aumenta a libido e contribui para o bem-estar geral da paciente.

“Menopower”

(Rita Lee/Mathilda Kovak)

Vestida para matar em pleno climatério
A velha senhora só vai ficar mocinha no cemitério
Chega de derramamento de sangue
Cinquentona adolescente
Quem disse que útero é mangue
Progesterona urgente

Menopower pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower pra quem nunca se entrega
Melancólicas, vocês são piegas

Haja fogacho pra queimar essa bruxa em idade média
Em mulher não se pode confiar com menos
de mil anos de enciclopédia
O “chico” é tão incoerente
Ah, me deixa tiririca ao chegar
O “chico” quando vem é absorvente
E quando falta só rezando pra baixar

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale quando roça e ah, ah, ah, ah
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas

Tampax, tabelinha, ora pílulas, ora DIU
Diafragma, camisinha, vão pra mãe que não pariu
Chega do creme de aveia da véia perereca da vizinha
Chega do bom caldo e da “sustância” da galinha

Yeah, yeah yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas.

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Diálogo

O desempenho para se ganhar um debate não é creditado apenas ao conheciment... Leia a coluna de hoje

Leia a coluna desta terça-feira (16)

16/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Lya Luft - escritora brasileira

Perder dói! Não adianta dizer não sofra, não chore; só não podemos ficar parados no tempo chorando nossa dor diante das nossas perdas”.

Felpuda

O desempenho para se ganhar um debate não é creditado apenas ao conhecimento dos temas, mas também à forma e à desenvoltura em sua apresentação. Assim, devem começar os ensaios para que futuro candidato consiga melhorar sua performance, diante dos embates que vêm por aí. Pretenso adversário é considerado “expert” na oratória e com poder de convencimento pelas palavras. Se a “briga” fosse hoje, adversário poderia levar a taça de campeão, avaliam aliados, e, por isso, acham que está na hora de figurinha ir treinando para não fazer feio na “hora H”

Planos

Diferentemente de partidos como PL e PP, que têm como projeto reeleger o governador e tentar conquistar maior número de cadeiras no Legislativo estadual e federal, o PT pensaria diferente.

Mais

Conversa é de que o objetivo seria manter as três vagas dos atuais parlamentares estaduais e brigar pela eleição de Vander Loubet ao Senado. E que ele até poderia ser primeiro-suplente de Simone Tebet.

Diálogo

Quem desembarcou no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP), no início deste mês, foi atanásio, um rinoceronte-branco de 5 anos, que pesa 1,96 tonelada. Proveniente do Chile, ele nasceu em cativeiro e, apesar da denominação “rinoceronte-branco”, sua cor é acinzentada. também conhecido como rinoceronte-de-lábios-quadrados, pertence à maior das cinco espécies existentes no mundo. após os trâmites oficiais, o animal foi encaminhado ao zooparque de itatiba (SP).

DiálogoHelio Mandetta e Maria Olga Mandetta

 

DiálogoThai de Melo

Barreira

Ao aceitar ser o pré-candidato ao governo do Estado pelo PT, Fábio Trad terá que enfrentar uma barreira forte de partidos aliados que apoiarão a reeleição do governador Eduardo Riedel. As opiniões se dividem nos meios políticos: uns dizem que é “missão kamikaze” e outros acham que sua participação poderá forçar o segundo turno com ele na disputa. Mas, lógico, terá que combinar com os eleitores, né?

No pulso

Nos bastidores, os comentários são, entre outros, de que Fábio Trad terá uma candidatura “gessada”, pois terá que seguir determinações do deputado José Orcírio dos Santos, que colocou sua esposa, Gilda dos Santos, como vice na chapa. Terá também que obedecer ao deputado federal Vander Loubet, que comanda há tempos a maior ala do PT. Os dois nunca abriram mão de defender seus interesses políticos.

Lambança

A possibilidade de o MDB fazer aliança com o PT não está descartada em MS. Na opinião de alguns políticos, isso aconteceria caso a ministra Simone Tebet decida realmente disputar o Senado. Mas há um problema: o partido pretende integrar o grupo de apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel. Simone tem reafirmado que também estará no palanque dele. Porém, anuncia que é Lula 4. É a tal conta que não fecha...

ANIVERSARIANTES

  • Thiago Faustino,
  • Déo José Rimoli,
  • Maria Thereza (Tetê) Trad,
  • Adelaido Aparecido dos Anjos,
  • Raphael Perez Scapulatempo Filho,
  • Disney Souza Fernandes,
  • Eurides de Lourdes Almeida Muller,
  • Manoel Gomes Cabral,
  • Paulo Rodrigues de Oliveira,
  • João Pereira Sobrinho,
  • Juvenildo Francisco Sobrinho,
  • Alberto Bonfim Lima,
  • Antônio Duarte Couto,
  • Mitsuru Ogata,
  • Tarlei Ribeiro Rosa,
  • Pedro Coutinho Neto,
  • Youssif Assis Domingos,
  • José Moacir Gonçalves,
  • Estevam Vollet Neto,
  • Rosângela Ferreira da Costa dos Santos,
  • Antonio Maurício Calixto Vieira,
  • Gianfranco Ramires Fonseca,
  • Tommy Menegazzo,
  • Márcia Gasparini Garcia,
  • Dr. Paulo André Machado Borges,
  • Carlos Roberto Leite,
  • Dr. Anísio Lima da Silva,
  • Milena Glauce Anes Veiga,
  • Maria Terezinha da Costa,
  • Cézar Augusto Reinheimer,
  • Mariana Lima Ramos,
  • Djalma Fróes,
  • Paulo Tadeu Martins de Barros,
  • Fernando Willian Ferreira Costa,
  • Glaucya Ourives Alves de Souza,
  • Israel Galvão Vasconcelos,
  • Márcia Maria Granero,
  • Luiz Simabuco,
  • Rosângela Barbosa Gaifatto,
  • Lúcia Carvalho Nicolatti,
  • Flávio Américo dos Reis,
  • Fernando Márcio Vareiro,
  • Antônio José de Medeiros Netto,
  • Luiz Carlos Monteiro de Oliveira,
  • Leonora Dias Martins,
  • Dr. Yasuo Oshiro,
  • Paulo Vitcov,
  • Darilson Ferreira Mello,
  • Antonio Roberto Costa,
  • Augusto Pires Gonçalves,
  • Wiston Ramos de Almeida,
  • Salma Chama Carvalho da Silva,
  • Marcio Shiro Obara,
  • Fábio Santiago,
  • Etelvina Silva Soares,
  • Marcelino Nunes de Oliveira,
  • José Aparecido Lima,
  • Nivaldo Ferreira Dutra,
  • Osvaldo Santos,
  • Zarife Marinho de Rezende,
  • Roque Konorat,
  • Dr. Francisco Romário Wojcicki,
  • Laurita Martins da Silva,
  • Maria Aparecida Gomes,
  • Dr. Enilson Rosa Ribas,
  • Teresa Dalva de Barros,
  • Dr. Mário Chencarek,
  • Aureni Lima,
  • Max Bernhard Matter,
  • Jeremias Lino Pereira,
  • Ida Santos Pereira Rezende,
  • Guilianna Picarelli Cardoso,
  • Regina Higa de Oliveira,
  • Antonio Mauro Campos,
  • Iara Helena Domingos,
  • Eva Vilma Barbosa,
  • Paulo Cesar Camponez Nogueira,
  • Rafael Henrique Fernandes,
  • Elaine Borges Oliveira,
  • Ricardo Sanson,
  • Elizabeth Mari Costa Donato,
  • Fátima Auxiliadora Ribeiro da Costa,
  • Rogério Carlos Frutuoso,
  • Adelaide Benites Franco,
  • Suzana Mara Fernandes,
  • Fernanda Vianna,
  • Alexsandro Mendes Feitosa,
  • Diana Valéria Fontana Stefanello,
  • Donizete Aparecido Ferreira Gomes,
  • Ana Paula de Carlos Valle,
  • Alessandra Pelliccioni Alves Barros,
  • Flávia Giraldelli Peri,
  • Maria Cristina Galiciani,
  • Elenice Inácia Rodrigues,
  • Hamilton Garcia,
  • Larissa Cardoso,
  • Sueli Dias Barbosa,
  • PedroIvo Moreira Alves,
  • Ana Maria Rodrigues Ferreira,
  • Luís Henrique Campos da Silva,
  • Sara Lúcia Maciel,
  • Mário Sérgio Ferroso Lima,
  • Tereza Cristina da Costa Gomes,
  • Regina Helena Assis de Barros,
  • Berenice Lima de Almeida,
  • Maria Luísa Santos da Silva,
  • Antenor Martins Pena,
  • Patrícia Dutra dos Reis,
  • Renato Moreira de Oliveira,
  • Carlos Victor Mello.

*Colaborou Tatyane Gameiro

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