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Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Lara Suleiman destaque em "Meninas Malvadas - O Musical"

Ela reafirma sua versatilidade nos palcos com uma carreira consolidada no teatro musical e na dublagem.

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A atriz, cantora e dubladora Lara Suleiman soma mais um grande papel à sua trajetória de sucesso na montagem brasileira de “Meninas Malvadas – O Musical”, que estreiou em março no Teatro Santander, em São Paulo.

A artista faz a irreverente Janis, personagem que, na adaptação do filme para os palcos, ganha ainda mais destaque. Para Lara, dar vida a Janis é tanto uma grande responsabilidade quanto uma realização artística:

"É uma personagem muito querida por todos, então fiquei muito animada quando soube que teria a oportunidade de defender a história dela. Ela tem muitas camadas, qualidades e defeitos, como todo ser humano. Além disso, ela e Damian são os narradores da história, então, passando por aulas de jazz e sapateado".

Aos onze, sua paixão pelo teatro e pelo canto começou a aflorar, consolidando-se como um caminho profissional definitivo um ano depois. Aos 17 anos, estreou no elenco de “Les Misérables” (2017) como cover de Éponine, dando início à sua trajetória no teatro musical. Desde então, assumiu papéis icônicos, como alternante de Lydia Deetz em “Beetlejuice” e cover de Wandinha Addams em “A Família Addams”, além de integrar o elenco de produções como “Bonnie & Clyde”, “A Noviça Rebelde” e “Tick, Tick... Boom!”. Mais recentemente, interpretou Lydia Hillard na montagem carioca de “Uma Babá Quase Perfeita”.

Agora, em “Meninas Malvadas”, Lara assume a persona de Janis Sarkisian, mais uma personagem de personalidade forte. Sarcástica, criativa e rebelde, ela adota um estilo alternativo e uma postura crítica às convenções sociais do colégio.

Embora emende trabalhos há oito anos, a artista se vê desafiada pelo seu novo momento profissional, que exige dela grande esforço vocal e emocional, algo que tem enfrentado com dedicação:

"A demanda vocal da personagem é muito grande, então preciso prestar mais atenção do que antes na minha saúde física e vocal. Apesar de ser um prazer imenso viver essa personagem, a exposição é bem maior do que nas minhas experiências anteriores."

Felizmente, a base técnica sólida que adquiriu, em especial com as aulas do Maestro Marconi Araújo, que a acompanha há mais de 10 anos, tem sido essencial. "Mesmo nos dias mais corridos, consigo aplicar o que aprendi e manter minha voz protegida. Isso tem sido fundamental para viver essa experiência com segurança", revela ela sobre o domínio da técnica do Belting Contemporâneo.

O número musical I’d Rather Be Me é um dos momentos mais marcantes do espetáculo, e Lara se identifica profundamente com sua mensagem: "Amo cantar I’d Rather Be Me porque ela reflete muito a maneira como escolho viver minha vida. Para mim, é quase como cantar um hino da minha própria trajetória."

Com um olhar atento ao desenvolvimento da personagem, Lara tem trabalhado cada detalhe da construção de Janis, tanto no aspecto emocional quanto visual:

"Ela passa por transformações significativas ao longo da história. Temos a Janis imatura, movida por um desejo de vingança, e a Janis mais madura, que aprende a lidar de maneira diferente com suas relações."

Além disso, destaca a relevância da personagem na trama:

"A Janis não é a mocinha da história, nenhuma delas é, e essa é a parte mais interessante. O musical pode parecer só uma briga de meninas malvadas numa escola, mas, na verdade, mostra que nenhum de nós é uma coisa só."

Entre palcos e telas

Fora dos palcos, Lara também se destaca na dublagem, uma paixão que surgiu por acaso em 2018, quando, durante a temporada do musical “Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte”, foi incentivada pelo experiente Cláudio Galvan a fazer um curso.

Pouco tempo depois, fez seu primeiro teste e foi aprovada para dublar a Princesa Jasmine no live-action de “Aladdin” (2019), eternizando a canção inédita Ninguém Me Cala na versão brasileira. Desde então, acumulou papéis marcantes, como, mais recentemente, Luisa Madrigal e Matangi nas animações da Disney “Encanto” e “Moana 2”, respectivamente, Horse na série animada musical “O Mundo dos Centauros”, da Netflix, Jentorra em “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, entre outros.

"Foi quase como voltar à minha infância quando dublei a Jasmine. Já com a Luisa, pude explorar a parte mais grave da minha voz, o que foi muito legal", relembra.

Com um currículo que reúne grandes papéis no teatro musical e na dublagem, Lara Suleiman segue em ascensão, sempre em busca de novos desafios. Entre seus sonhos, tem espaço ainda para protagonizar “Rent” e retornar a “Les Misérables”.

Além disso, almeja lançar um show solo, explorar o teatro musical no exterior e até mesmo revisitar sua formação acadêmica e adentrar o mundo do cinema com um projeto próprio, um roteiro de suspense/thriller que pretende escrever e que também quer dirigir. "Me sinto sempre livre para mudar esses sonhos e realizar o que fizer sentido para mim naquele momento."

A atriz e dubladora Lara Suleiman é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala de carreira, musicais, sua personagem em "Meninas Malvadas" e novos projetos.

A atriz Lara Suleiman é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Fabio Audi - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana

CE - Lara, você começou sua trajetória artística muito cedo, com dança, teatro e canto. O que mais te encantava nesta fase inicial e como isso moldou a artista que você é hoje?
LS -
 Eu comecei a estudar as vertentes do teatro musical desde muito nova e sempre fui muito curiosa em aprender mais, evoluir, descobrir novas técnicas de canto, novos métodos de atuação, novos estilos de dança e nesse percurso tive diversos professores que me incentivaram muito, mas ao mesmo tempo mantiveram meus pés nos chão.

Sempre soube que seria difícil ingressar no mercado do teatro musical e quando entrei, percebi que mais difícil ainda é se manter nele. Há muitas pessoas talentosas chegando no nosso meio a cada dia que passa, por isso é preciso se atualizar e continuar estudando.

Acredito que, desde o início até agora, a curiosidade é o que molda a artista que eu sou hoje, a vontade de querer sempre melhorar e explorar cada vez mais áreas do nosso trabalho.

CE - Você tem uma formação em Cinema pela FAAP. Como essa bagagem acadêmica influencia suas escolhas artísticas e sua atuação no palco e na dublagem?
LS -
 Eu amo cinema, sou apaixonada pela energia de set e a magia que é fazer audiovisual. Mas diferente do teatro, no cinema eu prefiro estar atrás da tela.

A faculdade me abriu os olhos para referências que, provavelmente, eu não teria contato sozinha, me fez entender o que eu gosto e o que eu não gosto, me fez conhecer novos diretores, atores, métodos de atuação e me ensinou as escolhas certas para que o público entenda a história que está sendo contada, tudo isso eu levo para os meus trabalhos no palco e na dublagem.

Além disso, a parte de produção me interessa muito e aprendendo isso, pude entender melhor como a engrenagem funciona nesses outros mercados também, abrindo portas para produzir meus próprios projetos no futuro.

CE - Atualmente você interpreta a Janis em “Meninas Malvadas – O Musical”, que pode ser considerada um desafio vocal e emocional. Como você se preparou para esse papel tão intenso e querido pelo público?
LS -
 Assim como a personagem, foi uma preparação muito intensa. Vocalmente tive ajuda do meu mestre, Marconi Araújo, para preparar as músicas desafiadoras da Janis, para que pudessem ser interpretadas de uma forma potente, saudável e confortável.

Eu já conhecia a história de Meninas Malvadas, mas quando tive contato com o texto, encontrei camadas que só assistindo não tinha percebido. Nosso diretor, Mariano Detry, me ajudou muito a construir um arco de maturidade da personagem.

A Janis começa como uma adolescente rebelde, com sede por vingança e se transforma em uma mulher empoderada e amadurecida em suas tomadas de decisão. A minha ideia foi criar uma Janis com referências do primeiro filme e do musical, com uma pitada da minha própria personalidade, para que o público pudesse sentir um equilíbrio entre o clássico e a novidade.

CE - Você já viveu personagens icônicos no teatro como Éponine, Lydia Deetz e agora Janis. Que características em comum você percebe nessas figuras e o que cada uma deixou em você?
LS -
 São três personagens trágicas, cada uma em seu próprio universo. A Éponine sofre por um amor impossível, a Lydia enfrenta a dor da perda da mãe e a Janis carrega as marcas da humilhação causadas por uma amiga.

Viver cada uma delas foi extremamente significativo para mim, acredito que chegaram nos momentos certos da minha trajetória e me ensinaram muito. Sempre fui intensa no amor, mas nem sempre gostei de assumir isso. A Éponine me fez enxergar essa intensidade como uma qualidade, e não como uma fraqueza.

Já a Lydia, apesar de termos histórias muito diferentes, me proporcionou um estudo profundo e me deixou um olhar mais esperançoso diante das dificuldades, a sensação de que sempre há outro caminho possível. E a Janis, por fim, reafirmou uma escolha que venho fazendo na vida: ser quem eu sou de verdade, sem tentar me moldar para ser aceita. 

Por muito tempo busquei me encaixar em lugares que não eram para mim. Hoje, só quero estar onde me sinto pertencente, e a Janis me lembra disso todos os dias.

A atriz Lara Suleiman é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Fabio Audi - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana


CE - Na dublagem, seu primeiro grande papel foi dar voz à Jasmine no live-action de 'Aladdin'. Como foi essa experiência de estrear com um personagem tão marcante e se tornar uma “princesa da Disney”?
LS - 
Dar voz à Jasmine na versão brasileira foi, sem dúvida, a realização de um sonho. É uma responsabilidade enorme interpretar esse papel, especialmente sabendo que minha voz ficará marcada na memória de uma nova geração de crianças, assim como as vozes de Kika Tristão e Silvia Goiabeira ficaram no meu imaginário.

Tive a sorte de contar com a direção sensível e acolhedora de Thiago Longo e Nandu Valverde, que me deram segurança e espaço para crescer, especialmente por ser minha primeira experiência na dublagem. A Disney sempre fez parte da minha vida, a fita VHS de Aladdin era uma das que eu mais assistia na infância.

Por isso, foi uma surpresa maravilhosa me tornar a voz de uma das minhas princesas favoritas e justamente a que mais se parece comigo, por conta da minha descendência árabe. A Jasmine ocupa um lugar muito especial no meu coração.

CE - Dublar personagens tão distintos em filmes, séries, animações e games deve exigir versatilidade vocal. Como você explora e cuida da sua voz para manter essa flexibilidade?
LS -
 É muito divertido explorar a versatilidade de cada personagem, é preciso muito foco para se atentar aos detalhes de cada uma delas e criatividade para encaixar nossa própria personalidade também.

Eu estudo canto desde criança, então, graças à meus professores, desenvolvi uma técnica que me auxilia na flexibilidade vocal de cada personagem: a Luisa de Encanto (2021), é uma personagem super grave, já a Princesa Jasmine de Aladdin (2019) tem uma voz doce na fala, mas potente nas músicas, a técnica me ajuda a acessar esses diferentes registros.

Além disso, é muito importante cuidar da voz fora do trabalho, minha fonoaudióloga, Adriana Bezerra, me ajuda com exercícios e cuidados específicos para minha voz e meu otorrino, Reinaldo Yazaki, confere, praticamente todo mês, se todo o trato vocal está saudável. A demanda é grande e manter a voz saudável e protegida é essencial. 

CE - Você já revelou o desejo de escrever e dirigir um suspense no cinema. Pode contar um pouco mais sobre essa ideia e o que te atrai nesse gênero?
LS -
Sim, estou muito animada para começar a desenvolver esse projeto. Escrever um roteiro, ainda mais de suspense, no qual você tem que se atentar a todos os detalhes, leva tempo e infelizmente eu não consigo conciliar com a rotina do teatro musical.

Sendo assim, tenho muitas ideias para meu filme, mas ainda não consegui desenvolvê-las. O que posso contar é que será um suspense policial, mas especificamente um "who dunnit?” com muitas referências à Agatha Christie, um pouco do terror de Stephen King e gravado em apenas uma única locação: um teatro.

Em "Meninas Malvadas" - Divulgação

CE - Quais foram os momentos mais transformadores da sua carreira até agora — aqueles que te fizeram repensar, crescer ou mudar de rumo?
LS -
 Acho que uma das coisas mais legais da minha carreira, é ter o privilégio de trabalhar com artistas que eu cresci assistindo e admirando. Pessoas que me inspiraram a seguir o caminho das artes, hoje são meus colegas de elenco e amigos.

Eu entrei no mercado muito nova e com eles cresci. Aprendi a tomar minhas próprias decisões, entendi o que é importante priorizar na minha carreira, aprendi como me portar no ambiente de trabalho e todas as minhas escolhas de hoje, tem um pouco de cada um deles.

Um exemplo disso, foi uma conversa que tive com Marisa Orth, em A Família Addams (2022), ela me disse que não dá para ser uma grande artista e conseguir grandes papéis se não tivermos confiança. Precisamos confiar em nós mesmos e no nosso trabalho, para que a produção e o público também comprem o nosso barulho. Arriscar sem ter medo, pode nos levar a lugares que sempre sonhamos.

CE - Você já disse que seus sonhos estão sempre em movimento. Hoje, o que te inspira e impulsiona a seguir em frente, seja nos palcos, nos estúdios ou nos bastidores?
LS -
 A nossa profissão é muito divertida, principalmente para quem olha de fora, porém, é um trabalho como qualquer outro, com suas dificuldades, seus desafios, suas frustrações e quando essas características começam a ficar mais em evidência eu gosto de lembrar da Lara criança, que sempre desejou estar no palco.

Tem sempre um momento, em cada teatro que eu me apresento hoje, que eu paro e penso onde eu estava sentada quando assisti alguma peça lá, qual foi minha sensação. Isso me ajuda a lembrar de onde eu vim, o porquê de ter escolhido essa profissão e transforma um dia ruim em gratidão.

CE - Além dos palcos e da dublagem, você menciona o desejo de fazer um show solo e explorar o teatro musical no exterior. Quais desses sonhos se sente mais perto de realizar e o que os fãs podem esperar de seus projetos futuros?
LS -
 Com certeza meu show solo está cada vez mais perto de ser realizado. Mas antes dele, farei um show com meu parceiro de cena Arthur Berges. Dia 05 de julho faremos um show único com músicas de musicais em estilo de rock, com banda ao vivo e participações especiais.

Ainda em julho, assim que terminar a temporada de Meninas Malvadas, começo a ensaiar o musical Jersey Boys, que estreia dia 02 de agosto no 033 Rooftop, em São Paulo. Farei a personagem Lorraine, um desafio completamente diferente de outras personagens que já interpretei. Estou muito animada para esse novo processo!

 

Correio B+

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

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As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

CULINÁRIA

Motivo de discórdia na ceia natalina, uva-passa traz benefício à saúde

Item obrigatório para uns ou dispensável para outros no cardápio das ceias natalinas, a uva-passa, embora divida opiniões, traz benefícios à saúde; especialista destaca seu valor nutricional e versatilidade no preparo de receitas

13/12/2025 09h00

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes Divulgação

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Todo ano ocorre o mesmo debate nas famílias brasileiras: a inclusão – ou não – da uva-passa nas receitas natalinas. Enquanto uns defendem o toque agridoce que ela agrega aos pratos, outros nem querem ouvir falar da fruta desidratada no cardápio.

Segundo uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de vale-refeição e vale-alimentação, 37% das pessoas trabalhadoras no Brasil afirmam que colocariam uva-passa em tudo na ceia de Natal. Outros 43% se dizem indiferentes à fruta, enquanto apenas 20% declaram não gostar. A nutricionista Bárbara Tonsic ressalta que, para além do gosto pessoal, a uva-passa tem, sim, seu valor do ponto de vista nutricional.

“Por ser uma fruta desidratada, ela tem maior concentração de açúcar, sendo uma boa fonte de energia. Além disso, é rica em fibras solúveis, como os frutoligossacarídeos, que favorecem a saúde intestinal. Substâncias como o ácido tartárico ainda auxiliam na fermentação por bactérias boas, contribuindo para o equilíbrio da microbiota”, especifica Bárbara.

A uva-passa também se destaca por oferecer vitaminas e minerais importantes, como vitaminas do complexo B, vitamina A, cobre, ferro, cálcio, potássio e magnésio. Bárbara alerta, entretanto, que o consumo deve ser moderado.

“Por conta da alta concentração de carboidratos, ela pode não gerar saciedade tão facilmente e, nesse caso, é comum ultrapassar a quantidade recomendada”, pontua a nutricionista, que também é professora da área em um curso de ensino superior.

Claras e escuras

Outro ponto que gera curiosidade é a diferença entre as passas escuras e claras. Segundo a professora, as escuras têm maior teor de resveratrol e flavonoides, compostos antioxidantes conhecidos por seus benefícios contra o envelhecimento. Já as claras ou verdes têm menores quantidades desses compostos, mas continuam sendo uma boa opção.

E quanto aos pratos que podem ser enriquecidos com o sabor da uva-passa? Além do tradicional arroz natalino, a especialista sugere outras opções como salpicão, farofas, bolos, tortas e até caponatas.

“As uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações no cardápio natalino. Combinações como uva-passa com maçã ou abacaxi, queijos salgados, castanhas e carnes, como frango ou cordeiro, fazem bastante sucesso”, sugere Bárbara.

Corredores

A professora destaca ainda que o consumo regular de uva-passa pode trazer benefícios à saúde, principalmente por sua ação antioxidante e por melhorar o funcionamento intestinal.

Além disso, pode ser uma opção prática para corredores que precisam repor energia durante treinos ou provas mais longas.

“A verdadeira questão é saber combinar os pratos à sua mesa natalina e aproveitar tanto o sabor quanto os benefícios do alimento. Ame ou odeie, a uva-passa tem muito a oferecer”, reforça a nutricionista.

Benefícios da uva-passa:

> Redução de risco da diabetes tipo 2;
> Prevenção do câncer;
> Prevenção do infarto;
> Diminuição da pressão arterial;
> Prevenção da prisão de ventre;
> Melhora a saúde dos ossos;
> Controle de peso;
> Eliminação de radicais livres;
> Prevenção da anemia;
> Proteção à saúde do coração;
> Promove a saúde dos dentes.

*SAIBA

A origem da uva-passa vem da Roma Antiga, onde era utilizada nas celebrações como símbolo de fartura, alegria e prosperidade.

RECEITA Salpicão com uva-passa

Além de saudáveis, as uvas-passas dão um toque agridoce que cai muito bem em receitas clássicas ou até mesmo em inovações, combinadas com maçã, queijos, castanhas e carnes

Ingredientes:

> 2 peitos de frango cozidos e desfiados;
> 1 xícara (chá) de uva-passa;
> 395 g de milho-verde;
> 395 g de ervilha;
> 2 cenouras descascadas e raladas;
> 1/2 xícara (chá) de azeitona verde sem caroço e picada;
> 1/2 xícara (chá) de maionese;
> 1/2 xícara (chá) de creme de leite;
> Sal, pimenta-do-reino moída, salsa picada e batata-palha a gosto.

Modo de Preparo:

Em um recipiente, coloque o frango, a uva-passa, o milho-verde, a ervilha, as cenouras e a azeitona e misture;

Adicione a maionese e o creme de leite e mexa para incorporar;

Tempere com sal, pimenta-do-reino e salsa;

Leve à geladeira por 1 hora;

Finalize com a batata-palha e sirva em seguida.

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