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Capa B+: O ator e diretor Flávio Tolezani sucesso na série DOM fala com exclusividade ao B+

Flávio está em cartaz em São Paulo novamente no teatro. "Que coisa linda poder dizer que DOM é um sucesso. A repercussão é algo impensável".

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Ator, diretor e cenógrafo, Flávio Tolezani , 45 anos, é formado como ator pelo Teatro Escola Célia Helena e em Comunicação - Rádio e Televisão pela Fundação Armando Álvares Penteado.

No teatro atuou nas montagens do Folias d’Arte com direção de Marco Antônio Rodrigues: “Otelo”, “El Dia que me Quieras”, “Orestéia, o Canto do Bode” e “Folias Galileu”, entre muitas outras produções e também dirigiu os espetáculos “Longo Adeus” de Tennessee Williams e “Bull” de Mike Bartlett e como cenógrafo já foi criador em mais de 20 montagens.

Na TV atuou em produções como “A Favorita”, “Divã”, “As Brasileiras”, “Corações Feridos”, “A Teia”, “Verdades Secretas”, “Eta Mundo Bom”, “O Outro Lado do Paraíso” e “Verão 90”.

No cinema atuou em “Jogo da Memória” com direção de Jimi Figueiredo; “Uma Noite em Sampa” e “Cidade Imaginária”, ambos com direção de Ugo Giorgetti. Seu último trabalho lançado foi a série “DOM” exbido pela Prime Vídeo, com direção de Breno Silveira.
"Que coisa linda poder dizer que DOM é um sucesso. A repercussão é algo impensável", comemora o ator.

Flávio também teve estreia recente no teatro na capital paulista...
"Neste mês de junho tive a estreia do espetáculo Gagarin Way em São Paulo. Texto do escocês Gregory Burke com direção do Marco Antônio Rodrigues. Eu e mais três grandes parceiros em cena contando essa história", explica.

Flávio é a nossa Capa especial e exclusiva do Correio B+ desta semana. Ele conversou com a gente sobre formação, escolhas, trajetória, estreia no teatro e também o sucesso da série DOM exibida pela Prime Vídeo.

Série DOM da Prime Vídeo - Divulgação

CE - Flávio você largou a universidade para fazer artes cênicas?
FT - 
Eu tinha feito cursos livres de interpretação pouco antes de entrar faculdade. Aquilo não saía da minha cabeça. Tinha uma vontade enorme de me aprofundar no teatro, mas eu era muito tímido, achei que não daria certo. Fiz vestibular para Economia e fui aprovado. Só que logo no primeiro ano eu já percebi que aquilo não era pra mim. Fui atrás do que me tocava de fato. Larguei a universidade, entrei no curso profissionalizante de teatro e depois ainda me formei em Comunicação – Rádio e Televisão.


CE - Como foi interpretar Ney Matogrosso para a homenagem que fez a Cazuza?
FT - 
Tenho o Ney como um grande ídolo. Um dos maiores artistas da nossa época.É de uma responsabilidade enorme interpretar alguém muito conhecido pelo grande público e com uma personalidade artística tão específica. Acho que é um recorte bonito o que foi retratado no especial. Um lugar mais íntimo dele com o Cazuza, no dia a dia. Nada de palco.

Lembro da minha empolgação com o convite na época. Acho que esse ofício nos proporciona coisas incríveis! Por exemplo, poder interpretar pessoas que admiro e poder contracenar com ídolos que carrego desde a infância. Isso é maravilhoso.

CE - Quando e como foi fazer o seu primeiro protagonista em Corações Feridos?
FT - 
Gravamos essa novela em 2010 e foi uma aposta alta da emissora em retomar a dramaturgia para adultos. Foi uma grande produção. Aprendi muito sobre o dia a dia de uma novela e a rotina intensa de gravações. Lá eu percebi que um protagonista tem que abrir mão de muita coisa durante as gravações porque a demanda é muito alta. E se quer fazer um bom trabalho, tem que se entregar.

Tive o privilégio de estar sob o olhar atento e generoso do Del Rangel. Um dos nossos grandes fazedores do audiovisual brasileiro.

CE - Você iniciou quando no teatro, e como foi participar da montagem de Ópera do Malandro?
FT -
 A minha formatura no curso de teatro foi em 2001. Dalí em diante eu não parei de atuar. Em 2003 estreou Otelo, meu primeiro espetáculo profissional com direção de Marco Antônio Rodrigues na Cia Folias.Fiquei muitos anos trabalhando no Folias. Muitos anos também no grupo TAPA.

Em 2014 fui convidado por Kleber Montanheiro para fazer parte da montagem de Ópera do Malandro. Daqueles convites que te fazem tremer a perna, sabe? Aquelas músicas do Chico que ouvia desde criança quando meus pais colocavam na vitrola; de um artista que tenho extrema admiração; um texto excepcional; um elenco cheio de parceiros; um diretor incrível. Foi uma experiência extremamente marcante!
Tenho um carinho muito grande por esse trabalho.

Flávio é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Vinícius Mochizuki - Diagramação: Denis Felipe/Denise Neves

CE - Interpretar um usuário de drogas em uma série de sucesso como Verdades Secretas, como funcionou essa preparação, Flávio?
FT - 
A preparação para Verdades Secretas foi extremamente cuidadosa pensando em reproduzir uma realidade muito triste. Além dos ensaios feitos com os atores e a direção, tivemos contato com dependentes, ex-usuários e profissionais da saúde. Visitamos centros de apoio aos adictos e estivemos dentro do fluxo (local em que se concentram os usuários de crack). Tudo muito planejado e seguro.

CE - O que mais te desafia como ator?
FT -
 Acho que é recorrente nas minhas respostas falar sobre o coletivo. É ai que talvez esteja o maior desafio em atuar: construir um novo coletivo a cada novo trabalho. Não fazemos nada sozinho nesse ofício e o encontro de pessoas tão diversas é que vai resultar em algo novo. Juntar essas cabeças em prol de um objetivo comum é o primeiro passo. É um desafio e um prazer enorme.

Flávio fala sobre DOM da Prime Vídeo - Divulgação

CE - E Flávio conta pra gente sobre a série DOM que está na Prime Vídeo... É um grande sucesso de público e crítica... O que você destaca na série?
FT - 
Que coisa linda poder dizer que é um sucesso! A repercussão é algo impensável. Muita coisa pode ser destacada para entender um resultado tão bom. A história em si já um ponto de partida riquíssimo. A partir daí desenvolveram um roteiro que era impecável. Quando li, antes de saber que iria fazer, fiquei impressionado com a qualidade de tudo que estava escrito. Depois, Breno fez um trabalho de preparação extremamente delicado e profundo.

Conseguiu desenvolver cada personagem com precisão e, principalmente, criou um coletivo de atores contando a mesma história. Todos muito alinhados, mesmo que não contracenassem. Breno, esse gênio que tanta falta faz, tinha a habilidade de fazer uma equipe impecável. Todos os criadores: arte, figurino, fotografia e suas equipes deram um show.

Não é fácil produzir uma série desse tamanho e a Conspiração tirou de letra. Tudo só foi possível porque a Prime acreditou no projeto e nas necessidades superlativas para se chegar ao resultado que vemos na tela.

CE - Teatro, cinema, tv, streaming, todos dão a você o mesmo prazer em fazer? Algo mais difícil de fazer?
FT -
Cada um deles me proporciona um prazer diferente. Antes eu me sentia mais confortável nos palcos, era mais a minha casa. A ausência do público no audiovisual me frustrava. Hoje eu sei bem que cada um me dá um retorno diferente e gosto de todos. Agora, se me dissessem: escolha só um para seguir para o resto da vida. Eu escolheria o teatro!

                                       Ao lado de Grazy Massafera em VERDADES SECRETAS - TV Globo

CE - Você também atua como cenógrafo?
FT -
Já fiz muito cenário. Se olhar meu currículo hoje, talvez tenha até mais cenografia do que atuação. Sempre gostei dessa arte de criar espaços e objetos. Acabei achando isso dentro do teatro. Comecei ajudando e fazendo assistência para cenógrafos, executando e construindo o desenho deles.

Aos poucos comecei a fazer o cenário dos meus espetáculos e logo começaram a me chamar para outras produções. Gosto de criar e também de colocar a mão na massa. Quero estar na execução e construção. Sou rato de teatro, como dizemos.

Me atrai poder dar corpo à concepção geral da encenação, criar essa outra realidade. E sempre como cenógrafo eu penso como ator, como servir da melhor forma ao jogo cênico.

CE - Como vê, atualmente, a indústria do audiovisual?
FT -
Tivemos uma período de muito crescimento com a chegada do streaming. A indústria audiovisual vinha num caminho ascendente. Só que tudo mudou com o início do governo anterior. Muita coisa foi feita para desvalorizar a arte e o artista. Toda a desestruturação dos incentivos públicos fez com que o setor sofresse, principalmente o cinema e o teatro. Hoje já estamos respirando melhor e o audiovisual está retomando suas condições normais de produção.

Foto: Vinícius Mochizuki

CE - Neste mês uma nova estreia no teatro? Poderia nos contar mais?
FT -
 Em junho tive a estreia do espetáculo Gagarin Way em São Paulo. Texto do escocês Gregory Burke com direção do Marco Antônio Rodrigues. Eu e mais três grandes parceiros em cena contando essa história.

Dois operários de uma fábrica resolvem sequestrar um alto executivo para reivindicar melhores condições de trabalho. Envolvem um terceiro funcionário e descobrem que o sequestrado não era exatamente o que eles imaginavam. Tudo começa a tomar um rumo bem diferente do planejado, pra não dizer que tudo começa a dar errado.

CE - Flávio, você também se acha galã? Como você vê isso?
FT - 
Galã é um dos tipos da dramaturgia, tanto no teatro quanto no folhetim. Sim, é o meu perfil e dentro dessa classificação existe uma gama enorme de possibilidades.

CE - É vaidoso?
FT -
 Disse numa entrevista recentemente: minha maior vaidade é querer ser escutado.

CE - Como divide vida pessoal e profissional?
FT - 
O profissional e o pessoal acabam se misturando nessa área. Vivemos grande parte do dia com nossos colegas de trabalho. Acabam virando nossa família. Nossos melhores amigos estão no palco com a gente ou no set filmando. Mas eu gosto também de estar em casa. Tem o momento família, filha...

E algo que tenho como fundamental é trabalhar corpo e mente. Fazer atividade física é o meu cuidado pessoal que não abro mão. Agora uma coisa é clara: a ficção não pode invadir a minha realidade. É preciso separar.

 

LITERATURA

PEN Clube lança coletânea

"Contos, Crônicas & Poemas" reúne textos inéditos de 23 autores, sob a organização de Deslanieve Daspet e Benedicto de Figueiredo Neto; lançamento será hoje, a partir das 18h, no Café Doce Lembrança, onde o livro estará disponível por R$ 50

19/12/2024 10h00

Deslanieve Daspet: foco na versatilidade do escritor sul-mato-grossense

Deslanieve Daspet: foco na versatilidade do escritor sul-mato-grossense Foto: Divulgação

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Foram apenas 25 dias entre a página em branco e a publicação da obra. Isso mesmo, os 23 autores que participam da coletânea “Contos, Crônicas & Poemas”, iniciativa do PEN Clube do Brasil – Região Centro-Oeste, tiveram pouco tempo para transformar suas ideias e inspirações em prosa e verso, e o resultado poderá ser conferido a partir de hoje. Organizado por Deslanieve Daspet e Benedicto de Figueiredo Neto, com edição da Vida Produções, o livro ganha lançamento hoje, das 18h às 20h30min, no Café Doce Lembrança.

A obra estará à venda no local (Rua Dom Aquino, nº 2.055, Centro) por R$ 50 e em breve também estará disponível na Amazon e em livrarias de Campo Grande.

Os autores da obra são: Ana Lúcia Gaborim, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, Carol Lee Dutra, Delasnieve Daspet, Douglas Calvis Crelis, Erika Rando Arctan, Ewerton Carvalho, Geraldo Vicente Martins, Ilda Maria Costa Brasil, Isabel Fiorese, Ledir Marques Pedrosa, Luciana Rondon Travessia, Mara Calvis, Marcos Estevão dos Santos Moura, Marilena Reis, Marlei Sigrist, Marta do Carmo Tanques, Max Lázaro Trindade Nantes, Nelson Vieira, Sagramor Farias, Warderson F. Fonseca, Wantuyr Tartari e Yrama Barbosa.

“Ao longo da leitura, vamos percebendo os cruzamentos temáticos, as bifurcações, os nós que ligam os diversos assuntos, as ideias, as orações, os sentimentos. As autoras e os autores interpretam sonhos, angústias, saudades. São porta-vozes das inquietações coletivas. Falam pelas pessoas que não conseguem expressar em palavras seus sentimentos. Com essa obra, pretendemos participar de prêmios nacionais, mostrando o quão versátil é o escritor sul-mato-grossense”, afirma Deslanieve Daspet, diretora-geral do PEN Clube do Brasil – Região Centro-Oeste.

“A coletânea da PEN é uma realização que reuniu a força e o empenho de todos os escritores e escritoras membros. É uma obra em que, entre o período da ideia de se escrever o livro até a sua publicação, tudo se realizou em menos de um mês. Todos os escritores que participaram estão muito felizes em ter uma obra concretizada em tão curto espaço, pela total sintonia que todos estavam para essa realização. E sem contar o empenho da editora Vida Produções, que acreditou na ideia desde o início e fez realizar esse nosso sonho coletivo”, declara Benedicto de Figueiredo Neto, diretor executivo para o Centro-Oeste do clube.

O PEN é uma instituição centenária que, desde a sua criação, busca defender a liberdade de expressão como um direito humano fundamental. Defende a liberdade de todos escreverem e lerem, em qualquer lugar do mundo. É também uma instituição de caridade internacional, prezando pelo uso responsável das palavras ao mesmo tempo em que valoriza a solidariedade, o respeito pelas diferenças e o reconhecimento de cada língua como um bem que permite ao indivíduo relacionar-se, expressar-se e partilhar a sua visão do mundo. 

A sigla PEN refere-se a poetas, ensaístas e romancistas. Porém, com mais de 250 mil membros, a rede inclui pessoas dedicadas à literatura em todas as suas formas: jornalistas, historiadores, tradutores, revisores, editores, agentes culturais e blogueiros. A associação conta com 144 centros independentes PEN International, distribuídos em mais de 102 países.

O PEN declara-se a favor de uma imprensa livre e afirma sua convicção de que os avanços necessários para que o mundo alcance uma melhor organização política e econômica tornam indispensável a livre crítica das ações governamentais, administrativas e institucionais. E como a liberdade implica limites voluntariamente assumidos, cada membro deve se comprometer a combater os abusos da imprensa livre, tais como as publicações mendazes e a deliberada falsificação e distorção dos fatos para fins políticos e pessoais.

A instituição está aberta a todos os escritores, editores e tradutores reconhecidos que subscrevam esses princípios, sem restrições de nacionalidade, língua, etnia ou religião. O PEN Club tem três escritórios no Brasil – a sede no Rio de Janeiro e duas representações no Centro-Oeste. O clube conta com 146 escritórios pelo mundo.

É a única instituição internacional de escritores no Brasil com sede em Londres, criada por intelectuais ingleses em 1921, logo depois da Primeira Grande Guerra, com duas finalidades específicas: a primeira, estimular a criação de filiais espalhadas pelos cinco continentes; a segunda, sua essência principal, é justamente a defesa da liberdade de expressão para a livre veiculação de textos e obras de qualquer escritor ou jornalista, bem como sua integridade física quando encarcerado, vítima de qualquer censura intelectual.

Em 1949, adquiriu status consultivo nas Nações Unidas como “representante dos escritores do mundo”. Os seus objetivos incluem, ainda, enfatizar o papel da literatura no desenvolvimento da compreensão mútua e da cultura mundial e atuar como uma voz poderosa em nome dos escritores sitiados, presos ou assassinados pelas suas posições. É, portanto, a mais antiga organização internacional de defesa dos direitos humanos e literária.

NO BRASIL

Estão entre seus membros notáveis e ex-presidentes: Heinrich Böll, Alberto Moravia, Arthur Miller e Mario Vargas Llosa. No Brasil, entre outros, integraram ou integram a entidade: Guimarães Rosa (1908-1967), Manuel Bandeira (1886-1968), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Austregésilo de Athayde (1898-1993), Carlos Heitor Cony (1926-2018), José Mindlin(1914-2010), José Sarney, João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), Paulo Coelho, Nélida Piñon (1937-2022), Carlos Nejar, Luiz Carlos Secchin, Deonisio da Silva e Ricardo Cravo Albin.

O PEN Club do Brasil foi fundado no dia 2 de abril de 1936, no Rio de Janeiro, e se destina a congregar escritores e profissionais da palavra do País com vistas a estimular a criação literária, a educação artística, a concepção universalista dos bens da cultura e, uma vez mais, a defender a liberdade de expressão. Integra o sistema do PEN Internacional, sediado em Londres, aderindo aos seus objetivos e princípios. Tem autonomia em seus procedimentos administrativos, programas culturais e artísticos e iniciativas institucionais.

NO CENTRO-OESTE

Em 6 de novembro de 2023, o presidente nacional Ricardo Cravo Albin criou a Delegacia do Centro-Oeste e nomeou e designou a escritora e poeta Delasnieve Miranda Daspet de Souza, membro titular do PEN nacional, para criar e instalar a primeira delegacia fora do Rio de Janeiro, tendo como diretor-executivo o poeta Benedicto de Figueiredo Neto.

Como membros da região, devem difundir e defender os princípios da instituição, além de exercitar “atividades de pensamento” e de criação literária e de cultura em geral. Já foram instaladas as representações de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, cada uma com 48 integrantes. Está em andamento a instalação do PEN em Brasília e em Goiás.

Uma poesia e um pouco de prosa

Gotas de Orvalho no Deserto

Gota de orvalho no deserto
Gota de chuva a saciar
Gota que brilha por perto
Gota macia a sussurrar 
Gota de coração aberto
Gota alterosa ao luar

Seria tarde se não fosse a sua gota
Ou cedo demais a te encontrar
No caminho, encontrei sua boca
Em dias de sol, o regato a te beijar

Eu te esperei sem te aguardar
Sequer sabia da sua existência 
Fome e sede, meu vazio a pulsar
Eu me acostumei a me alimentar de ausência

E o tempo se fez em chuva
E o tempo se fez brilhar
Gotas brilhando pela rua
Gotas que me fazem respirar
Tempos de gota em alma tua
Gotinhas de você a me guardar

(Benedicto Arthur de Figueiredo Neto)


Um conto de Natal – Ou Quase (trecho)

Sendo início de verão, próximo ao meio dia, o sol na estrada do vilarejo parecia ser ainda mais quente. Um dos agentes do censo afastara-se em demasia do ponto de chegada-saída deles, dados os intervalos entre uma casinha e outra, cada vez maiores e traduzidos em simplicidade crescente das habitações; assim, ele pensou valer a pena caminhar mais um pouco para fechar a produção do dia com a morada entrevista ao longe, quase na curva do caminho dificultoso esparramado entre árvores e silêncios.

(Geraldo Vicente Martins)

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Diálogo

Prefeito de cidade do interior de Mato Grosso do Sul que deixará o cargo... Leia na coluna de hoje

Por Ester Gameiro ([email protected])

19/12/2024 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Caio Fernando Abreu - escritor brasileiro

E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, 
tenho feito o que acredito, 
do jeito talvez torto que sei fazer”.

FELPUDA

Prefeito de cidade do interior de Mato Grosso do Sul que deixará o cargo no próximo ano parece estar se achando acima do bem e do mal. Frenético que só, vem lançando licitações “para dar e vender”. Os processos licitatórios vão desde a aquisição de computadores até a contratação de empresas para coleta de resíduos sólidos, sinalização e construção de “calçadão”, passando por variados segmentos. Para aqueles que não compactuam com tal postura, a opinião é de que ele parece estar “deixando armadilha” para o sucessor. E pode?

De olho

Na cidade de Mundo Novo, o Ministério Público quer saber, tintim por tintim, se a prefeitura e a Câmara Municipal pagaram indenização compensatória para servidores exonerados que exerciam cargos em comissão.

Mais

A Constituição proíbe tal procedimento, mas a Lei Orgânica do Município e o Estatuto dos Servidores Municipais preveem tais pagamentos, o que se trata de restrição indevida à livre exoneração. Vai vendo...

Diálogo

O par de sapatos de rubi que a atriz Judy Garland usou no filme “O Mágico de Oz” alcançou US$ 28 milhões em leilão realizado no início deste mês. Os lances começaram em US$ 1,55 milhão e aumentaram rapidamente. Participaram do leilão 25 pessoas, mas apenas 2 permaneceram até o fim, e os sapatos foram vendidos a um interessado que participou por telefone. Com as comissões 
da casa de leilões, o comprador pagou um total de US$ 32,5 milhões, quase 11 vezes mais que o valor estimado de US$ 3 milhões.

DiálogoMelissa de Andrade Ayache e Dr. Ricardo Ayache

 

DiálogoAntenor Neto, Carolina Monfroni e Gabriel Gontijo

Voltam, mas...

Os deputados estaduais “voltam ao batente” somente no dia 3 de fevereiro de 2025, uma segunda-feira, mas a primeira sessão do novo ano será na quarta-feira (5). É quando ocorrerá, em procedimento interno, a posse de Gerson Claro como presidente para o biênio 2025-2026, assim como dos demais membros da Mesa Diretora.

Às moscas

Com o auditório quase vazio. Assim foi, nesta terça-feira, a audiência pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres para apresentar a proposta de repactuação do contrato de concessão da rodovia BR-163/MS, responsabilidade da CCR MSVia. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de MS, Cláudio Cavol, faltou maior divulgação do evento, afirmando que ficou sabendo na tarde do dia anterior, ao entrar no site da agência.

Caro

Na avaliação de Cláudio Cavol, a audiência pública foi decepcionante, pois, conforme informação, o novo contrato não permite mais mudanças significativas, que possam de fato beneficiar os usuários. Sobre a possível duplicação dos 845 quilômetros até 2054, anunciada pela ANTT, disse: “Quem viver, verá. Mas até lá, vamos continuar a pagar um dos pedágios mais caros do Brasil, sem ter o devido serviço”. Como se vê...

ANIVERSARIANTES

Edson Carlos Contar,
Diana Morais Molento, 
Izaias Medeiros, 
Lilian Regina Riveros Monteiro Salgado Silvestrini de Araújo, 
Marcos Martins de Matos, 
Dario Jose de Oliveira,
Lenita Brum Leite Pereira,
Paula Ferraz de Mello,
Wilson Bento, 
Lindalva Miyahira,
Antonio Barreto Baltar Junior,
Silvana Mendes Pereira,
Osvaldo da Silva Monteiro,
Mauricio Martins Montazoli,
Airton Miyahira,
Jean Alexandre, 
Daniel Nunes da Silva,
Elizeu Amarilha Mattos,
Aldo Brandão,
Marcello Cardoso Mendonça de Barros,
Fábio Shaen Souza,
Marta Assunção Manna, 
Dr. José Roberto Pelegrino,
Rosângela Antonia Salvaterra Perez,
Silvano Luiz Rech,
João Jair Sartorelo Junior,
Maria Fernanda Carli de Freitas, Adilson da Silva,
Luemir do Couto Coelho,
Maria Elizabeth Elesbão,
José Carlos Barcelos,
Natalino Luiz Gritti,
Abadio Marques de Rezende,
Ana Margarida Gomes Freire,
Raquel de Freitas Manna,
Sara Barbosa Ferreira,
Elvira Cox da Silva Mattos,
Marlova Moreira Leonardelli Ximenes,
Saturnino Ramires,
Oliva Montania,
Edivaldo Canhete Costa,
Hélcio Furtado Vizeu,
Ana Laura Nunes da Cunha,
Raphael Sérgio Rios Chaia Jacob,
Christiane Abuhassan, 
Rodrigo Alle Cardoso,
Abel Nunes Proença Junior,
Keila Priscila de Vasconcelos Lobo Catan,
Andréia Colombo de Moura,
Justino Mendes de Aquino Filho,
Hernane Rodrigues Freire,
Jussara Aparecida Faccin Bossay,
Bruno Edgar Santullo,
Nathália da Silva Dantas,
Leda Garcia Esteves,
Lenita Fernandes de Oliveira,
Marcelo de Amorim Souza,
Jacinta Reis Cordeiro,
Deise Ana de Carli,
Glicemia Fonseca Mota,
Ana Claudia Kuroce,
Fernando Augusto Quintella,
Eduardo Rodrigo Ferro Crepaldi,
Roneicleiton de Aquino Araujo,
David Rosa Barbosa Júnior, 
Augusto José Correa da Costa,
Wilson Amorim de Paula Junior,
Natália Gomes de Souza,
Orlando Ribas de Andrade Filho,
Maria Augusta Ferreira,
Carlos Augusto Freire,
Vanira Conde de Araujo,
Lilian Kely Freitas Oliveira,
Antonio Dacal Júnior,
Beatriz Cruz da Luz,
Rogério José de Almeida,
Giovana Coutinho Zulin Nascimento,
Valter Caldeira de Souza.
Welles Nascimento Campos,
Arnaldo Marques da Silva,
Wolfgang Leo Arruda Herzog,
Marino Pinto da Silva Junior,
Célia Bogalho de Paula Paes,
Wilton Vilas Boas de Paula,
Sueli Ruppel de Medeiros,
Pedro Nogueira de Jesus,
Dr. Paulo Roberto de Almeida Insfran, 
Ligia Gargioni, 
Alda Abadia Pereira,
Marisa Gimenes Figueiredo Silva,
Wanilza Gomes Soares Vendas,
José Alves Gomes Neto,
Léa Satiko Saito Soares,
Nayara Ibarra Albuquerque,
Virgilio José Bertelli,
Ilca Marilene da Costa Correa,
Roberto Cesar Azevedo Taveira,
Dilfredo Faria Guimarães,
Janaína da Cruz Serejo,
Thays Dittmar, 
Concheta Hedissa Farina Guilardi,
Carlos Magno de Figueiredo,
Frederico Penna,
Rita de Cássia Pedra Gonçalves,
Maria Joana Comandolli.

*Colaborou Tatyane Gameiro

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