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Cinema B+: Os 40 anos de Duna, de David Lynch

Você conhece as histórias atrás dos livros e dos filmes de Duna? São tão numerosas e interessantes como a saga

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Até Denis Villeneuve desafiar os mais céticos e resgatar Duna da memória de kitsch, foi o filme de 1984, assinado por David Lynch, que ficou como referência para o clássico de sci-fi no cinema.

E, curiosamente, 40 anos depois, em 2024, Duna é um dos maiores sucessos de crítica e bilheteria, quebrando a crença geral que dizia que a obra era a maquina trituradora de talentos de diretores, ou até mesmo, o livro impossível de ser transportado para o cinema. Agora é simplesmente, um sucesso.

Até alcançar o status de cult foi um longo e árduo caminho para a versão de 1984, a maior tentativa de Hollywood até então. Em números, foi fracasso. Custou mais de 42 milhões, arrecadou 30, e foi comparado desfavoravelmente aos sucessos da época como Star Wars, E. T. e Alien.

Digo como público alvo no ano de lançamento: eu detestei cada minuto do que vi, ao ponto de resistir a dar uma chance a Villeneuve, mas cedendo e me rendendo ao diretor.

Em 2021, e plena pandemia, Duna de Denis Villeneuve fez enorme sucesso, embora ainda sob os efeitos da pandemia e a briga de janelas de cinema e plataformas tirando os números esperados de bilheteria.

Com a chegada da segunda parte da trilogia nos cinemas e o aniversário de 40 anos do Duna de David Lynch, vou fazer a viagem do tempo e relembrar os bastidores. Algo que adoro fazer!
 

Tudo começou com um romance inovador, de 1965

Frank Herbert lançou sua obra prima, Duna, ainda em 1965 e até hoje é considerada uma das melhores obras de sci-fi de todos os tempos.

Ele tinha escrito O Dragão do Mar alguns anos antes e quando viajou para Oregon, onde visitou as dunas locais, encontrou a inspiração para uma saga inovadora.

A viagem era porque ele ia escrever um artigo sobre a movimentação das montanhas de areia, que poderiam “engolir cidades inteiras, lagos, rios, rodovias”, o que o fez apurar pesquisas sobre ecologia e desertos, abrindo o leque para um mundo novo.
O artigo levou anos para ser publicado. Isso porque Duna engoliu o tempo e a concentração do autor.

Inspirado em vários temas ainda inexplorados há 50 anos, como colocar minorias como protagonistas e discutir impacto ambiental, Duna foi algo inesperado e inovador.

A conversa com grupos indígenas, que alertavam que o efeito da exploração madeireira nas reservas locais ia “transformar o planeta num deserto” como o Saara e isso faria do mundo “uma “grande duna” foi tão impactante para Herbert que o cenário, portanto, estava decidido.

Juntando o interesse do escritor sobre a mística dos super-heróis e messias, assim como política e a trama começou a ser desenhada. Afinal, em seu levantamento conferiu que ambientes desérticos historicamente deram origem a várias religiões importantes com impulsos messiânicos.

E claro, sem esquecer que Frank Herbert plantava e usava “cogumelos mágicos” para expandir e estimular sua imaginação (quem já viu Duna entende a referência): a caixa seria aberta de forma inesperada.

Precisaram de 5 anos até a publicação do livro, em três partes, com ilustrações que ajudavam a entender o conceito criado pelo autor.

Publicado em agosto de 1965 como um romance, não explodiu em vendas, inclusive foi considerado nichado, mas, aos poucos inverteu o quadro e virou febre mundial. Nascia uma grande saga.

1984 e 2024 - Divulgação

Uma história sci-fi sem tecnologia

Um dos marcos mais significativos de Duna é que Frank Herbert suprimiu deliberadamente a tecnologia em seu universo. O foco é a humanidade e seu futuro é determinado por instituições lideradas e criadas por eles mesmos.

Desse conceito que nasceu a “Jihad Butleriana” onde todos os robôs e computadores foram destruídos. Nada de culpar Inteligência Artificial tirando nosso livre arbítrio, o conflito é gerado por intolerância religiosa. Vamos combinar que esse é um conceito revolucionário ainda em 2024.

A narrativa do romance também pode ser identificada em seus filhotes, sim, estou falando de George R. R. Martin em seus Game of Thrones e Fogo e Sangue, uma vez que Duna é contado como se estivéssemos lendo os diários da Princesa Irulan, portanto uma narrativa sem distanciamento (embora acredite que é), com comentários históricos, biografia, citações e filosofia inventadas por Herbert e que contextualizam o universo criado por ele.

Essa possibilidade é justamente o que alimenta os fãs de Martin e Herbert a revisitar frequentemente os livros (séries e filmes), pois há camadas em aberto para justificar ações e considerar outras possibilidades e foi calculada pelos escritores.

Se há uma mensagem ecológica em Game of Thrones com os White Walkers e o Night King simbolizando as consequências do aquecimento global (só que em gelo em vez de deserto), é apenas porque Duna popularizou mesclar os assuntos.

O plano de Frank Herbert era mesmo de ter um “manual de conscientização ambiental” realçando os perigos do desmatamento, da falta de água iminente no planeta e exploração do petróleo, fazendo da obra o que chamam de “o primeiro romance de ecologia planetária em grande escala”. E, como vemos, um conteúdo perigosamente atual 50 anos depois…

E o lado religioso da obra também foi pioneiro pois a referência ao Oriente Médio e islamismo é inegável ao longo da história, incluindo termos, palavras e conceitos reais na língua árabe na cultura dos Fremens. Quando não eram autênticas, as palavras soam árabes. Ainda hoje, algo que autores ocidentais mantém certa distância.


O longo caminho das páginas para as telas

Uma história épica, cheia de cenários exóticos e um conto heroísmo complexo é o que todos roteiristas e diretores adoram pensar nas grandes telas de cinema. Mas Duna ficou lendária como “impossível” de fazer essa conexão.

Em 1971, o produtor de cinema Arthur P. Jacobs, vivendo o auge do sucesso com sua trilogia do Planeta dos Macacos, saiu na frente e comprou os direitos de Duna, mas morreu apenas dois anos depois, em 1973, aos 51 anos, sem avançar no projeto.

É uma grande incógnita de “e se” porque o diretor selecionado para ele era ninguém menos de David Lean cujo Lawrence da Arábia era visualmente gigantesco e sobre a mesma personagem que influenciou Frank Herbert.

Com isso, um grupo de produtores de cinema franceses entraram no circuito, trazendo Alejandro Jodorowsky, cuja visão criativa é um conto à parte e não deu certo. Muitos lamentam.

Na versão de Jodorowsky, Salvador Dalí seria o Imperador, Orson Welles o Barão Harkonnen, Mick Jagger faria Feyd-Rautha, Udo Kier interpretaria Piter De Vries, e David Carradine daria vida a Leto Atreides.

No papel de Paul, ele escolheu seu filho, Brontis Jodorowsky. A lendária Gloria Swanson interpretaria a reverenda Mãe Gaius Helen Mohiam e a trilha sonora seria assinada pela banda Pink Floyd. Obviamente demandaria um orçamento astronômico e quando o roteiro alcançou o marco de 10 a 14 horas para contar o épico, foi encostado.

Ainda assim, a grandiosidade imaginada por Jodorowsky impactou significativamente os filmes de ficção científica da época e influenciou os que vieram depois dele para o projeto.

Com o caminho “liberado”, o produtor Dino De Laurentis, que trabalhava com Fellini e tinha vários sucessos, assim como um reboot de King Kong, comprou os direitos em 1976. O problema agora é que a essa altura o mundo foi tomado pela febre Star Wars, que sacudiu as bilheterias em 1977.

Isso encorajou a De Laurentis a perceber o final dos anos 1970s como um bom momento para épicos espaciais e nada mais grandioso do que Duna, não é?

E ousadia parece ser a senha básica da obra. O próprio Frank Herbert trabalhou no roteiro (em 1978), mas o que entregou sugeria que teria uma duração de três horas. Se hoje é comum, naquela época era um sonoro “não”. Por isso, para capitanear o projeto, De Lareuntis elegeu Ridley Scott, cujo sucesso de Alien, em 1979, parecia indicar ser perfeito para o desafio.

Na visão do diretor, Duna estaria na mesma direção de Star Wars, “mas para adultos” e que precisaria ter o livro separado pelo menos em dois filmes.

Foram três rascunhos do roteiro em um processo lento dado ao envolvimento do produtor em todas as etapas, mas um problema familiar o afastou do projeto definitivamente. Dali, Ridley embarcou em Blade Runner.

Com isso, já entrando na década de 1980s, que o produtor olhou para David Lynch como alternativa. Lynch estava em alta pelo mega sucesso de O Homem Elefante e estava cogitado para dirigir O Retorno de Jedi.

Ao receber o convite de ser o primeiro a filmar o clássico, Lynch pulou fora de Star Wars. Talvez algo que mudasse a saga dos Skywalkers lá atrás e que ele viria se arrepender.

Dune 2024 - Divulgação

Conflitos de bastidores

Depois de cinco rascunhos, a produção desembarcou no México em 1983 para começar as gravações, com um elenco basicamente de artistas americanos e britânicos menos conhecidos. 

Duna marcou as estreias de Sting (então vocalista da banda The Police) e do ator Kyle MacLachlan, sendo que esse logo no papel principal. A trilha sonora foi assinada pela banda Toto, que na época fazia sucesso com o hit, Africa.

Logo os problemas começaram. Assim como George Lucas com Star Wars, os efeitos especiais para universos intergalácticos eram arriscados e flertavam perigosamente com o cringe. Um dos problemas de Duna é justamente a “pobreza” visual. Mas o pior é que embora tenha escrito um roteiro pensando em dois filmes, Duna acabou sendo condensado em um só, ficando confusa e incompleta.

O que foi gravado foi o sexto roteiro, com 135 páginas. Gravar fora dos Estados Unidos ajudava no custo de produção, mas isso também ficou claro no resultado final. Eram 80 cenários construídos em 16 palcos sonoros, uma equipe de 1.700 pessoas envolvidas e mais de 20.000 figurantes.

A atriz Francesca Annis, que interpretou Lady Jessica, lembrou da presença constante de Dino De Laurentiis nos bastidores, opinando em todas as decisões de David Lynch. “Minha experiência trabalhando em Duna foi que se David Lynch tivesse conseguido fazer seu próprio filme, teria sido brilhante, mas infelizmente Dino supervisionou cada pequena coisa.

Dino já estava pensando na venda de vídeos. David queria deixar as cenas muito sombrias, todos os submundos muito sombrios e parecendo muito sinistros. Dino não permitiria isso. Tinha que ser bem iluminado para que pudesse ser transferido bem para o vídeo, onde acho que naquela época as coisas pioraram.

David e Freddie Francis estavam constantemente paralisados e não acho que David fez o filme que queria”, ela comentou na época do lançamento da nova versão de 2021.

O primeiro corte bruto do filme, sem efeitos de pós-produção, tinha mais de quatro horas. A essa altura já estavam no sétimo roteiro que estimava quase três horas de duração.

O Estúdio determinou que o lançamento teria apenas duas horas. Os cortes são sentidos. Filmaram novas cenas para simplificar a trama, adicionaram narrações em off e a famosa introdução de Virginia Madsen.

“Vou te contar, quando fui ver o filme pela primeira vez na estreia — e só o vi uma vez —, assim que a Princesa Irulan (Madsen) começou a falar em voz off no início, explicando a história, pensei “Uh oh, este filme está com problemas. Qualquer filme de Hollywood que tenha que se explicar detalhadamente no início está em apuros…”, comentou Francesca.

DUNE - 1984 - Divulgação


De odiado a cult: uma trajetória dolorosa

Chegando aos cinemas no final de 1984, a expectativa positiva de Duna era gigantesca. Os problemas foram imediatos com a crítica arrasando o resultado final e o público sem dar o retorno esperado nas bilheterias.

As comparações eram implacáveis. Duna foi dos mais caros já feitos, com um orçamento maior que a trilogia Star Wars e quatro vezes mais caro do que a sensação de bilheteria de dois anos antes, E.T., mas arrecadou menos que eles todos.

Os desentendimentos entre David Lynch e os produtores ficaram lendários, com ele renegando. as versões (sim foram quatro) lançadas e pedindo para que seu nome fosse removido ou alterado para pseudônimos em algumas delas.

Tudo isso causou um efeito passional nos fãs do diretor, passando a colocar Duna no patamar de Cult. Ainda assim é um fato que a versão de 1984 foi um desastre. Para muitos, o pior filme do ano. Ui.


De amado à maldito: a TV “salva” a saga

Com tantos problemas, Duna virou sinônimo de impossibilidade. Frank Herbert faleceu em 1986, sem ver como sua obra seria colocada no patamar que estava na literatura.

Depois dessa traumática tentativa de blockbuster, David Lynch se afirmou como um dos mais ousados e criativos diretores do cinema independente, com Blue Velvet e depois o fenômeno na TV, Twin Peaks, todas com Kyle MacLachlan liderando o elenco.

O relançamento de 1988, com a versão ainda mais longa, de três horas, foi a que sedimentou a briga de Lynch com os produtores. Até hoje se recusa a falar do filme. Mas tudo isso também manteve a lógica que Duna merecia ter uma segunda chance.

Em 1996 os direitos do filme passaram para Richard P. Rubinstein, que produziu Dawn of the Dead e Pet Sematary e quatro anos depois chegou à TV com uma produção elogiada e premiada. Ficou a questão: e no cinema? Não seria a hora de tentar?

Um diretor visionário e apaixonado pela obra

David Lynch só leu Duna para fazer o filme, algo diferente com Denis Villeneuve. Mas seu caminho até a saga começou em 2007, quando um grupo de estudantes espanhóis lançou um trailer de quatro minutos de uma versão feita por um fã da obra. Foram sete anos para produzir, mas impossível de conferir porque foi retirado do YouTube e nunca chegou aos cinemas.

A reação, agora já com redes sociais como termômetro, fez com que a Paramount decidisse que era a hora de uma nova adaptação do romance.

Em 2008, Peter Berg e Pierre Morel (de Taken) foram escalados, mas depois de quatro anos de idas e vindas, desistem. Justamente quando um documentário sobre a primeira tentativa de Jodorowsky de fazer Duna foi sucesso no Festival de Cannes de 2013.

Três anos depois a Legendary Films adquiriu os direitos de filme e TV de Duna trazendo um fã apaixonado, um especialista de toda obra para liderar o que é considerada a tentativa mais acertada de todas: Denis Villeneuve, que fez sucesso em 2016 com o filme Chegada. “Duna é o meu mundo” ele resumiu. E é mesmo.

Entre 2017 e 2021, quando sua primeira parte chegou aos cinemas, Villeneuve foi acompanhado de perto pelos rigorosos fãs. Que elevaram Duna ao patamar esperado por 50 anos: de obra prima.

DUNE - 2024 - Divulgação


Uma trilogia que tem tudo para ser lendária

É fácil comparar Denis Villeneuve com Frank Herbert com o que Peter Jackson conseguiu com J.R.R. Tolkien: um especialista tão profundo da obra que consegue, finalmente, traduzi-la em imagens.

Curiosamente, depois de seu grande sucesso nos Estados Unidos, Chegada (2016), pelo qual foi indicado ao Oscar como Melhor Diretor, foi justamente a sequência de um clássico de Ridley Scott – Blade Runner 2049 – que solidificou Villeneuve como um diretor de filmes grandiosamente visuais e filosóficos. Sabendo que Scott deixou Duna para fazer Blade Runner, é quase cármico que o diretor canadense seja o diretor que quebrou a “maldição”.

Seguindo os passos de George Lucas e Peter Jackson, Villeneuve transformou Duna em franquia, com dois filmes inicialmente, mas agora com toda cara de trilogia. Isso porque sentiu que o romance de Herbert era complexo demais para um único filme, como a produção de 1984 comprovou.

Mais ainda, sem criticar Lynch ou Jodorowsky, preferiu ignorar os filmes e roteiros deles e se voltar aos livros apenas.

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O que Duna de agora tem de vantagem também é o avanço da tecnologia que permite, mesmo usando poucos efeitos, a história possa ser realista e bonita visualmente, sendo que 50 e 40 anos depois, os temas tratados nos livros são facilmente identificáveis atualmente.

Uma decisão que mostra inteligência e ousadia foi eliminar os monólogos internos e epígrafes usados no livro, assim como simplificaram os diálogos, parte da trama política, além de concentrar a primeira parte em torno de Paul e Jessica.

A primeira parte de Duna chegou a fazer mais 435 milhões de dólares, a melhor da carreira de Villeneuve, mas caiu 62% na semana seguinte porque foi disponibilizado nas plataformas por causa da pandemia. Mesmo sendo visto quase dois milhões de americanos nos três primeiros dias, a estratégia interferiu nos números e Villeneuve endossa o grupo de diretores que defende não encurtar a janela de cinema para o streaming.

É quase certo que teremos mesmo um terceiro filme (baseado em Dune Messiah), e sabemos que há também uma série, Dune: Prophecy, sendo desenvolvida para televisão. A série focaria nos anos anteriores do que vemos nos filmes, centrada na Bene Gesserit e tem Travis Fimmel anunciado como parte do elenco.

O problema? A produção está temporariamente parada… com todo foco da Max em House of the Dragon, será que teremos nossa série de Duna? Torço que sim!

SAÚDE NO VERÃO

Entenda os efeitos das ondas de calor em mulheres que estão na menopausa

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos da fase marcada pela queda dos níveis hormonais e alterações no organismo da mulher; ginecologista orienta como amenizar os efeitos para enfrentar o verão com mais conforto

16/12/2025 09h00

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher

Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos comuns durante essa fase da vida da mulher Foto: Divulgação/Freepik

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A menopausa é um processo natural da vida feminina que marca o fim do período reprodutivo, geralmente entre os 45 anos e os 50 anos. A queda dos níveis hormonais, especialmente de estrogênio, provoca uma série de alterações físicas e emocionais, como ondas de calor, insônia, ressecamento da pele, secura vaginal, depressão, variações de humor, ganho de peso, diminuição da libido e sensação de fraqueza.

Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, muitos desses sintomas tendem a se intensificar. Isso ocorre porque o calor externo potencializa os mecanismos internos de termorregulação, tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e prolongadas.

Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, essa combinação pode prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida de mulheres que já convivem com os efeitos da menopausa.

“A elevação da temperatura no verão atua diretamente sobre o centro regulador de calor no cérebro, que já está mais sensível durante a menopausa. Por isso, os episódios de fogachos podem se tornar mais desconfortáveis”, explica Loreta Canivilo. Os fogachos são ondas de calor súbitas e intensas no rosto, no pescoço e no peito.

ALIVIANDO OS SINTOMAS

Apesar do desconforto, algumas atitudes simples podem reduzir os impactos da menopausa durante os dias mais quentes.

> Utilizar roupas leves e de tecidos naturais;
Hidratar-se constantemente;
Praticar atividades físicas regulares;
> Priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes;
> Reduzir o consumo de cafeína, bebidas alcoólicas e comidas muito picantes.

METABOLISMO

De acordo com Loreta Canivilo, essas medidas ajudam a estabilizar a temperatura corporal, a melhorar o humor e a favorecer o equilíbrio metabólico.

“Pequenas mudanças na rotina geram grandes resultados. A alimentação adequada e a hidratação, por exemplo, têm impacto direto na redução das ondas de calor e da irritabilidade”, reforça a médica.

TRATAMENTOS E REPOSIÇÃO

Em casos nos quais os sintomas são mais intensos, a reposição hormonal pode ser uma alternativa eficaz. O tratamento, porém, deve ser sempre conduzido com acompanhamento médico criterioso.

Os principais hormônios utilizados são estrogênio e progesterona, mas a testosterona também pode ser indicada em situações específicas, assim como versões modernas da terapia, incluindo o uso de gestrinona.

CADA UMA É UMA

“Cada mulher vive a menopausa de maneira única e nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Por isso, antes de iniciar qualquer reposição é indispensável realizar uma avaliação completa, levando em conta histórico médico, exames atualizados e necessidades individuais”, orienta a médica Loreta Canivilo.

A médica reforça que, quando bem indicada e acompanhada, a reposição hormonal reduz significativamente os desconfortos, melhora o sono, aumenta a libido e contribui para o bem-estar geral da paciente.

“Menopower”

(Rita Lee/Mathilda Kovak)

Vestida para matar em pleno climatério
A velha senhora só vai ficar mocinha no cemitério
Chega de derramamento de sangue
Cinquentona adolescente
Quem disse que útero é mangue
Progesterona urgente

Menopower pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower pra quem nunca se entrega
Melancólicas, vocês são piegas

Haja fogacho pra queimar essa bruxa em idade média
Em mulher não se pode confiar com menos
de mil anos de enciclopédia
O “chico” é tão incoerente
Ah, me deixa tiririca ao chegar
O “chico” quando vem é absorvente
E quando falta só rezando pra baixar

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale quando roça e ah, ah, ah, ah
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas

Tampax, tabelinha, ora pílulas, ora DIU
Diafragma, camisinha, vão pra mãe que não pariu
Chega do creme de aveia da véia perereca da vizinha
Chega do bom caldo e da “sustância” da galinha

Yeah, yeah yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

Menopower!
Pra quem foge às regras
Menomale, quando roça e esfrega
Menopower!
Pra quem nunca se entrega
Melancólicas, você são piegas.

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Diálogo

O desempenho para se ganhar um debate não é creditado apenas ao conheciment... Leia a coluna de hoje

Leia a coluna desta terça-feira (16)

16/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Lya Luft - escritora brasileira

Perder dói! Não adianta dizer não sofra, não chore; só não podemos ficar parados no tempo chorando nossa dor diante das nossas perdas”.

Felpuda

O desempenho para se ganhar um debate não é creditado apenas ao conhecimento dos temas, mas também à forma e à desenvoltura em sua apresentação. Assim, devem começar os ensaios para que futuro candidato consiga melhorar sua performance, diante dos embates que vêm por aí. Pretenso adversário é considerado “expert” na oratória e com poder de convencimento pelas palavras. Se a “briga” fosse hoje, adversário poderia levar a taça de campeão, avaliam aliados, e, por isso, acham que está na hora de figurinha ir treinando para não fazer feio na “hora H”

Planos

Diferentemente de partidos como PL e PP, que têm como projeto reeleger o governador e tentar conquistar maior número de cadeiras no Legislativo estadual e federal, o PT pensaria diferente.

Mais

Conversa é de que o objetivo seria manter as três vagas dos atuais parlamentares estaduais e brigar pela eleição de Vander Loubet ao Senado. E que ele até poderia ser primeiro-suplente de Simone Tebet.

Diálogo

Quem desembarcou no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (SP), no início deste mês, foi atanásio, um rinoceronte-branco de 5 anos, que pesa 1,96 tonelada. Proveniente do Chile, ele nasceu em cativeiro e, apesar da denominação “rinoceronte-branco”, sua cor é acinzentada. também conhecido como rinoceronte-de-lábios-quadrados, pertence à maior das cinco espécies existentes no mundo. após os trâmites oficiais, o animal foi encaminhado ao zooparque de itatiba (SP).

DiálogoHelio Mandetta e Maria Olga Mandetta

 

DiálogoThai de Melo

Barreira

Ao aceitar ser o pré-candidato ao governo do Estado pelo PT, Fábio Trad terá que enfrentar uma barreira forte de partidos aliados que apoiarão a reeleição do governador Eduardo Riedel. As opiniões se dividem nos meios políticos: uns dizem que é “missão kamikaze” e outros acham que sua participação poderá forçar o segundo turno com ele na disputa. Mas, lógico, terá que combinar com os eleitores, né?

No pulso

Nos bastidores, os comentários são, entre outros, de que Fábio Trad terá uma candidatura “gessada”, pois terá que seguir determinações do deputado José Orcírio dos Santos, que colocou sua esposa, Gilda dos Santos, como vice na chapa. Terá também que obedecer ao deputado federal Vander Loubet, que comanda há tempos a maior ala do PT. Os dois nunca abriram mão de defender seus interesses políticos.

Lambança

A possibilidade de o MDB fazer aliança com o PT não está descartada em MS. Na opinião de alguns políticos, isso aconteceria caso a ministra Simone Tebet decida realmente disputar o Senado. Mas há um problema: o partido pretende integrar o grupo de apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel. Simone tem reafirmado que também estará no palanque dele. Porém, anuncia que é Lula 4. É a tal conta que não fecha...

ANIVERSARIANTES

  • Thiago Faustino,
  • Déo José Rimoli,
  • Maria Thereza (Tetê) Trad,
  • Adelaido Aparecido dos Anjos,
  • Raphael Perez Scapulatempo Filho,
  • Disney Souza Fernandes,
  • Eurides de Lourdes Almeida Muller,
  • Manoel Gomes Cabral,
  • Paulo Rodrigues de Oliveira,
  • João Pereira Sobrinho,
  • Juvenildo Francisco Sobrinho,
  • Alberto Bonfim Lima,
  • Antônio Duarte Couto,
  • Mitsuru Ogata,
  • Tarlei Ribeiro Rosa,
  • Pedro Coutinho Neto,
  • Youssif Assis Domingos,
  • José Moacir Gonçalves,
  • Estevam Vollet Neto,
  • Rosângela Ferreira da Costa dos Santos,
  • Antonio Maurício Calixto Vieira,
  • Gianfranco Ramires Fonseca,
  • Tommy Menegazzo,
  • Márcia Gasparini Garcia,
  • Dr. Paulo André Machado Borges,
  • Carlos Roberto Leite,
  • Dr. Anísio Lima da Silva,
  • Milena Glauce Anes Veiga,
  • Maria Terezinha da Costa,
  • Cézar Augusto Reinheimer,
  • Mariana Lima Ramos,
  • Djalma Fróes,
  • Paulo Tadeu Martins de Barros,
  • Fernando Willian Ferreira Costa,
  • Glaucya Ourives Alves de Souza,
  • Israel Galvão Vasconcelos,
  • Márcia Maria Granero,
  • Luiz Simabuco,
  • Rosângela Barbosa Gaifatto,
  • Lúcia Carvalho Nicolatti,
  • Flávio Américo dos Reis,
  • Fernando Márcio Vareiro,
  • Antônio José de Medeiros Netto,
  • Luiz Carlos Monteiro de Oliveira,
  • Leonora Dias Martins,
  • Dr. Yasuo Oshiro,
  • Paulo Vitcov,
  • Darilson Ferreira Mello,
  • Antonio Roberto Costa,
  • Augusto Pires Gonçalves,
  • Wiston Ramos de Almeida,
  • Salma Chama Carvalho da Silva,
  • Marcio Shiro Obara,
  • Fábio Santiago,
  • Etelvina Silva Soares,
  • Marcelino Nunes de Oliveira,
  • José Aparecido Lima,
  • Nivaldo Ferreira Dutra,
  • Osvaldo Santos,
  • Zarife Marinho de Rezende,
  • Roque Konorat,
  • Dr. Francisco Romário Wojcicki,
  • Laurita Martins da Silva,
  • Maria Aparecida Gomes,
  • Dr. Enilson Rosa Ribas,
  • Teresa Dalva de Barros,
  • Dr. Mário Chencarek,
  • Aureni Lima,
  • Max Bernhard Matter,
  • Jeremias Lino Pereira,
  • Ida Santos Pereira Rezende,
  • Guilianna Picarelli Cardoso,
  • Regina Higa de Oliveira,
  • Antonio Mauro Campos,
  • Iara Helena Domingos,
  • Eva Vilma Barbosa,
  • Paulo Cesar Camponez Nogueira,
  • Rafael Henrique Fernandes,
  • Elaine Borges Oliveira,
  • Ricardo Sanson,
  • Elizabeth Mari Costa Donato,
  • Fátima Auxiliadora Ribeiro da Costa,
  • Rogério Carlos Frutuoso,
  • Adelaide Benites Franco,
  • Suzana Mara Fernandes,
  • Fernanda Vianna,
  • Alexsandro Mendes Feitosa,
  • Diana Valéria Fontana Stefanello,
  • Donizete Aparecido Ferreira Gomes,
  • Ana Paula de Carlos Valle,
  • Alessandra Pelliccioni Alves Barros,
  • Flávia Giraldelli Peri,
  • Maria Cristina Galiciani,
  • Elenice Inácia Rodrigues,
  • Hamilton Garcia,
  • Larissa Cardoso,
  • Sueli Dias Barbosa,
  • PedroIvo Moreira Alves,
  • Ana Maria Rodrigues Ferreira,
  • Luís Henrique Campos da Silva,
  • Sara Lúcia Maciel,
  • Mário Sérgio Ferroso Lima,
  • Tereza Cristina da Costa Gomes,
  • Regina Helena Assis de Barros,
  • Berenice Lima de Almeida,
  • Maria Luísa Santos da Silva,
  • Antenor Martins Pena,
  • Patrícia Dutra dos Reis,
  • Renato Moreira de Oliveira,
  • Carlos Victor Mello.

*Colaborou Tatyane Gameiro

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