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Cinema B+: Precisava mesmo refilmar Matador de Aluguel?

Veja uma a uma das diferenças entre os filmes de 1989 e 2024

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Em janeiro de 2024, o diretor Doug Liman ficou ofendido e revoltado que sua versão de Matador de Aluguel (The Road House), uma produção estrelada por Jake Gyllenhaal, praticamente nem passou pelos cinemas e foi direto para a plataforma da Amazon Prime Video, prejudicando seu desempenho comercial. 

Ninguém pode questionar que as bilheterias do cinema ainda são insubstituíveis, mas a sua revolta fez parecer que era um grande filme sendo boicotado, gerando uma antecipação que ele não entrega. Isso mesmo, a minha surpresa agora é quanto o fato de que filme não ter ido direto para a plataforma, me fazendo sentir mal por quem pagou pelo ingresso.

Já me surpreendeu que, diante de tanta coisa a ser feita ou refeita, um filme trash como Matador de Aluguel, que virou cult por todas as razões erradas – há violência, mulheres abusadas, explosões, sexismo – tenha sido selecionado para ser regravado.

Nada na história ou na produção fala com a cultura atual, mas ele considerou que Jake Gyllenhaal “apresenta o melhor desempenho de sua carreira”, e que foi privado de “ser reconhecido na temporada de premiações”, como disse Liman. Não, nada disso.

O desabafo do diretor quanto às janelas de cinema encurtadas tem valor, só não tem sustentação com esse filme. Há 35 anos, Patrick Swayze fez enorme sucesso com seus fãs como Dalton, o segurança que nunca perdeu uma luta, que era calmo e tranquilo até quando provocado além do limite, podendo então virar um assassino poderoso.

A graça do filme original era usar a fórmula dos Westerns – moradores abusados contratam um estranho para protegê-los – servia como uma luva na cultura cafona dos anos 1980s, soa meio piada em 2024. Dito isso, sim Jake Gyllenhaal está com um físico de chamar a atenção e convence como lutador de UFC. Se não achar que é um filme que vai mudar a sua vida, dá para se divertir com Matador de Aluguel 2024.

Matador de Aluguel 1989 - Divulgação

A história é a mesma, com alguns pequenos ajustes, portanto é mais uma releitura do que remake. Os nomes de alguns personagens não mudam – Dalton por exemplo – mas ele é mais solitário e sem amigos como a versão de 1989. No original, Dalton é conhecido como um grande cooler e por isso é contratado por Frank Tilghman (Kevin Tighe), que o chama para trabalhar no Double Deuce.

Dalton aceita, mas sua reputação o precede, incluindo o fato de que matou um homem em legítima defesa em Memphis. Na versão de 2024, Dalton matou um adversário em uma luta oficial de UFC apenas porque o cara o provocou além do limite. Precisando de dinheiro, ele aceita a posição de segurança em um bar na Florida onde literalmente tem que “domar” os frequentadores que, por uma estranha razão, só entram no estabelecimento para quebrar cadeiras, garrafas e provocar pancadaria.

Vamos listar as diferenças entre os filmes:

O bar que era The Double Deuce, um nome grosseiro que é referência às fezes, passou a ser apenas o Bar da Estrada, o Road House. Honestamente, o de 2024 soaria mais um Double Deuce enquanto o de 1989 seria de estrada.

Em vez de ir para Jasper, Missouri, Dalton se muda para Florida Keys

Em vez de “cooler”, ou seja, o segurança principal que pode responder a situações físicas, mas que usa sua habilidade para acalmar situações sem violência, Dalton é um ex-lutador de UFC que também faz bicos de segurança e pela primeira vez será um “cooler”.

Dalton de Patrick Swayze faz tai chi chuan e tem doutorado em Filosofia, por isso é superior em estratégia de defesa e opta por usar sua habilidade de luta com mais cuidado. Já Gylenhaal não entra em detalhes, mas não parece que tenha nível superior completo.

Em 2024, a tentativa de ser calmo é por conta do trauma da morte que causou e a ciência de que uma vez irritado, pode voltar a matar. Já em 1989, ele repete que “ninguém ganha uma luta” e como regra, sua equipe tem que ser “legal” com todos os clientes, mesmo os agressivos.

Patrick Swayze, que era bailarino e lutador, tinha 1m70 de altura e era muito magro, por isso em Matador de Aluguel de 1989 sempre brincam que “pensaram que ele seria maior”. Parte da graça era até essa: era letal apesar de parecer fraco. Já em 2024, com o corpo de Gylenhaal e sua altura de 1m90, não há nenhuma piada sobre tamanho.

No filme de 1989 há mais desafetos na vida de Dalton, que tem autonomia de administrador do bar e demite mais da metade da equipe do Double Deuce. Em 2024 todos adoram o segurança no Road House.

Matador de Aluguel 2024 - Divulgação

O romance de Dalton com a médica local é mantido, mas com alterações. Em 1989, a Dra. Elizabeth Clay (Kelly Lynch) é a ex do antagonista, Brad Wesley (Ben Gazarra), já agora, Ellie (Daniela Melchior) é filha do policial local corrupto (Joaquim de Almeida).

Não há um substituto para Wade Garrett (Sam Elliott), o melhor amigo de Dalton.

Em 2024, traficantes querem destruir o Road House para usar o terreno e construir um resort, mas, há 35 anos, o problema era a arrogância de Wesley que se sente dono de Jasper e seus habitantes.

Uma das cenas mais absurdas e clássicas do filme de Swayze era que ele realmente arrancava a garganta de seus oponentes, como o braço direito de Wesley, Jimmy Reno (Marshall Teague). No remake, Jimmy vira Knox (Conor McGregor), contratado para matar Dalton, e há uma citação de matar ferindo a garganta, mas nada tão gráfico como na versão de 1989.

A conclusão da história é bem diferente. Em 1989 são os moradores que se vingam de Wesley. Em 2024, Dalton vence e tira os traficantes, sem ficar definitivamente na cidade, indo embora sozinho.

Já existe uma continuação prevista para a atual versão de Matador de Aluguel uma vez que ele é uma espécie de Reacher e Shane, um andarilho solitário lutando com os fantasmas do passado. Será ok, só não sugere que possa ser um papel que vá mudar a carreira de Gylenhaal. Ou de ninguém.

magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Campo Grande nesta terça; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

16/12/2025 12h00

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Faltam 9 dias para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas de Natal da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada de Natal percorre ruas e avenidas de Campo Grande nesta terça-feira (16). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

Confira os trajetos e horários:

CAMPO GRANDE - 16 DE DEZEMBRO -  19H

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Carretas natalinas da Coca Cola vão passar em Campo Grande

 

ALERTA PARA A EXAUSTÃO

A síndrome do dezembro perfeito

16/12/2025 11h30

Divulgação / Renata Carelli

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Dezembro traz dois fenômenos digitais que podem afetar o bem-estar: as retrospectivas de um ano supostamente perfeito e a pressão estética pelo chamado corpo de verão. O que deveria servir de inspiração tem se tornado gatilho de ansiedade para quem tenta conciliar o esporte com uma rotina de trabalho exaustiva.

O canal Atleta de Fim de Semana, criado pela produtora audiovisual Renata Carelli para servir de guia a uma prática mais saudável do esporte amador, defende que a matemática dessa comparação é injusta.

O erro comum do amador é comparar sua vida integral, que inclui boletos, trânsito, cansaço e limitações, com os melhores momentos editados de influenciadores ou atletas que vivem da imagem.

A vida é complexa demais para caber em um post. Quando nos comparamos com a retrospectiva de alguém, ignoramos o contexto, como a rede de apoio, o tempo livre e os recursos financeiros.

Essa busca por uma estética ou performance irreal no fim do ano gera uma sensação de fracasso, mesmo para quem teve um ano vitorioso dentro de suas possibilidades.

Para virar a chave em 2026, o Atleta de Fim de Semana sugere trocar a meta do corpo de verão pelo corpo funcional. A ideia é valorizar o corpo não pela aparência na praia, mas pela capacidade de viver experiências, aguentar a rotina e gerar disposição.

Confira três dicas que Renata considera essenciais para sobreviver ao fim de ano sem culpa.

NÃO DESISTIR

Não desistir é a verdadeira medalha: no mundo amador, a consistência vale mais que intensidade. Se você teve um ano difícil no trabalho e, mesmo assim, conseguiu treinar duas vezes na semana, isso é uma vitória.

O importante é celebrar o fato de não ter voltado ao sedentarismo, sem se comparar com quem treinou todos os dias.

FILTRE O FEED

Filtre o feed e a mente. Nesta época, o algoritmo privilegia corpos expostos e grandes feitos. Se isso gera ansiedade, a recomendação é prática: silencie perfis que despertam a sensação de insuficiência. O esporte deve ser sua válvula de escape para o stress, não mais uma fonte dele.

REDEFINA O SUCESSO

Redefina o sucesso para 2026: ao fazer as resoluções de Ano-Novo, evite metas baseadas apenas em estética, como perder peso a qualquer custo, ou em números de terceiros.

Trace metas de comportamento, como priorizar o sono ou se exercitar para ter energia para a família. Quando o objetivo é funcional, a pressão diminui e a longevidade no esporte aumenta.

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