Correio B

AGENDA CULTURAL

Cinema, teatro, música e lançamentos literários neste fim de semana

Além do documentário sobre o ator Christopher Reeve, shows de SoulRa e Bela Rio, mostra de arte digital no Casarão Thomé, peça infantil com grupo pernambucano e bate-papo sobre livro de Caetano Veloso estão entre os destaques

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Morto há 20 anos, depois de enfrentar por quase uma década graves problemas de saúde, em decorrência de uma lesão na medula que o deixou tetraplégico, Christopher Reeve será para sempre o Super-Homem.

O personagem com superpoderes – surgido em 1938 nas HQs da DC Comics – nasceu no planeta fictício de Krypton e foi enviado à Terra ainda bebê por seu pai, ocasião em que foi adotado pela família Kent e gradualmente descobrindo a própria força.

Mas foi no cinema, a partir de 1978, com Reeve no papel principal, que o herói ganhou o mundo de uma vez por todas.

Embora já muito popular globalmente desde os anos 1930, inclusive no Brasil, onde foi publicado ainda no mesmo ano de seu lançamento, e com a fama ainda mais robusta a partir da série de tevê exibida a partir de 1948, não dá para desprezar o peso do ator na transformação do Super-Homem em um mito planetário.

Reeve esteve à frente de quatro produções de fôlego como o homem de aço, sem contar o novo corte do “Superman 2” (1980), que o diretor Richard Donner levou às telas em 2006, e da aparição especial por computação gráfica no “The Flash” de 2023.

Preso a uma cadeira de rodas e precisando de ventilação mecânica para respirar, tornou-se um militante ferrenho de pesquisas com células-tronco e de melhores condições de vida para quem tivesse condições físicas semelhantes a sua.

A superação pessoal e o voluntarismo nas ações filantrópicas fez a persistência de Reeve assumir ares de extraordinário perante a opinião pública, tornando-o admirado inclusive por quem eventualmente, até então, mantinha-se alheio ao seu brilho nas telas, e só era ofuscado pela kryptonita, o mineral radioativo que, na ficção, é o seu calcanhar de aquiles.

E tem a sua versão humana, o jornalista Clark Kent, a namorada e colega de redação Lois Lane, a transformação magnética na cabine telefônica, o vilão Lex Luthor.

Tudo isso só faz aumentar a expectativa ante o documentário “Super/Man: A História de Christopher Reeve”, principal estreia da semana no circuito comercial, que vem sendo bastante elogiado pela crítica, por conta do modo como cruza as duas facetas de heroísmo de Reeve.

Intimista e calçado em vídeos domésticos inéditos, entre outros materiais de arquivo, o filme dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui remonta o estrelato com o Superman, os filmes mais intelectualizados, o acidente ao cair de um cavalo e toda a saga posterior. 

SOULRA E BELA

O Som da Concha deste domingo, a partir das 18h, no Parque das Nações Unidas, com entrada franca, apresenta as cantoras Bela Rio e SoulRa com os shows “Bem Bolado” e “Do Interior”, respectivamente.

Bela nasceu em Rio Verde e vai se apresentar ao lado de Guilherme Cruz, com participação especial de Jerry Espíndola.

Ela incorpora elementos da MPB e a magia dos sons da natureza, especialmente das águas e das cachoeiras, que inspiram suas letras e canções.

No ano passado, a cantora lançou o seu primeiro EP. “Me perguntaram de onde vem tanta inspiração para fazer minhas músicas, e eu respondi: ‘Do mesmo lugar de onde eu venho, do interior’”.

Com essa afirmação, a rapper SoulRa, de Dourados, apresenta seu novo show autoral, que também dá nome ao seu primeiro álbum de carreira.

Ela promete “uma experiência musical urbana e eletrônica, marcada pela versatilidade que mescla samples de chamamé, afrobeat sul-africano [amapiano] e drill, com beats produzidos em parceria com engenheiros musicais de Mato Grosso do Sul”.

Os arranjos instrumentais são da trompetista Nicolly (SP) e do guitarrista Tom Alves (MS). Os arranjos vocais são da cantora Llez, conduzidos no show pela DJ Gabis.

As composições de SoulRa trazem a marca de seu cotidiano e intensidade como mulher negra, sul-mato-grossense, fronteiriça e periférica.

MADI

A sexta edição da Mostra de Arte Digital (Madi) oferece uma série de atividades gratuitas no Casarão Thomé (Rua 14 de Julho, nº 3.169, Centro), amanhã e domingo, das 9h às 21h. Idealizado e coordenado por Venise Melo, com a proposta de estimular as “contaminações” entre a pesquisa de linguagens, videoarte e a ocupação do espaço urbano, a mostra apresenta as produções de 22 artistas que dialogam com o grupo de Pesquisa Arte, Tecnologia e Sociedade da UFMS (música eletroacústica, video mapping, etc.).

Oficina de arte, audiovisual e direitos humanos; roda de conversa com Julian Vargas, Verônica Lindquist, Francielle Gadotti, Rafael Mareco, Luciana Ohira e Sérgio Bonilha; lançamento de livro “Do Branco da Parede ao Canto do Olho” (Verônica Lindquist); e performances ao vivo integram a Madi, que termina neste domingo, às 19h30min, com videomapping de Rafael Mareco e música eletrônica experimental de Vctor Verneki.

QUATRO LUAS

Hoje, às 19h, com ingressos gratuitos pelo Sympla, o Bando Coletivo de Teatro (PE) apresenta o espetáculo infantojuvenil “Quatro Luas”, com bonecos, atores reais e música ao vivo, sob a inspiração do universo do escritor espanhol Federico García Lorca.

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Celebração Cultural

Feira do Panamá terá produtos do Coletivo de Mulheres Indígenas

A edição de Páscoa e em alusão aos Povos Originários será neste domingo (13), com expositores variados e atrações na praça do bairro, em Campo Grande

11/04/2025 17h44

Divulgação Redes Sociais

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A 7ª edição da Feira do Panamá, que celebra a Páscoa e o mês dos Povos Originários, terá uma participação diferenciada, com a presença de produtos e culinária indígena, entre outras atrações.

O comércio de economia criativa, que tem movimentado a comunidade da região, apresentará novidades e atrações culturais no próximo domingo (13). O evento contará com a musicalidade do Projeto Hippie e da banda Gê, além da participação do grupo Dançaê, projeto da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Além disso, haverá um aulão de Zumba com o professor Ítalo José, que promete não deixar ninguém parado. Outra presença esportiva será a da Escola de Capoeira Angola, com o mestre Pequeno.

Além dos produtos e atividades, quem estiver pensando em adotar um animalzinho de estimação poderá encontrar o amigo certo - seja gato ou cachorro - da ONG Anjos da Dani. Para levar o pet, é necessário apresentar cópia da carteira de identidade e comprovante de residência.

Em compromisso com o meio ambiente, a Feira Cultural do Panamá será ponto de coleta do Projeto Tampinhas (@projetotampinhas), cuja venda é revertida para a causa animal.

Povos Originários


Em abril, comemora-se o mês dos Povos Originários, e o Coletivo de Mulheres Indígenas Kaguateka, que iniciou suas atividades há cerca de dois anos, irá expor produtos que vão desde o artesanato até a culinária.

“Neste dia 13 de abril, vamos participar da feira com as artesãs, as artistas, com as meninas que fazem nossa gastronomia de origem indígena. É muito importante, muito simbólico para nós, por ser próximo ao dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas do Brasil”, destacou o secretário do coletivo, John Gomes, e completou:

“É uma reflexão muito importante que queremos fazer, em relação à nossa resistência, à nossa luta contra o machismo, contra o racismo, contra a homofobia, através da nossa cultura.”

O coletivo é composto por:

  • Artesãs
  • Produtoras de moda
  • Artistas

Parte delas são donas de casa e mães; outras trabalham fora como enfermeiras e professoras. Todas se uniram para promover a cultura de seu povo.

Com o desenvolvimento dos produtos, segundo John, as mulheres indígenas têm percebido a necessidade de se aprofundar em técnicas de venda, além da importância da capacitação em empreendedorismo, uso do WhatsApp e redes sociais.

“São produtos que têm origem indígena, têm cultura, mas também são produtos que podem ser vendidos com qualidade. Até eu, que fui feirante, estou surpreso com o quanto é importante a capacitação e a formação em empreendedorismo e economia criativa.”

Entre os produtos estão vestidos com grafismos e desenhos baseados na cultura Terena e na arte Kadiwéu. Enquanto as mulheres fazem a costura, as jovens cuidam do grafismo das peças — o que acaba resgatando tradições, já que é necessário pesquisar o significado dos desenhos. Assim, a cultura é passada de geração em geração.

Entre os significados dos desenhos estão:

  • O pôr do sol
  • O amanhecer
  • A força do sol
  • A força dos ancestrais, entre outros

O Coletivo de Mulheres Indígenas também está em busca de apoio para uma oficina de corte e costura, com o objetivo de ajudar mulheres e jovens a produzirem ainda mais.

Além das roupas, haverá a venda dos chamados “bibelôs” — pequenos artesanatos como bijuterias delicadas, cuidadosamente feitas por adolescentes da comunidade, que possuem mãos leves.

“São peças muito delicadas, principalmente na hora do acabamento, para não quebrar. Sabe aquelas caixinhas de música que as meninas tinham antigamente? É mais ou menos assim. Você guarda com muito carinho, com muita lembrança, saudade. Tem um significado muito forte para nós”, pontuou John.

Imagem Divulgação

Culinária


Os amantes da culinária poderão se deliciar com o rirri, iguaria feita com mandioca (xipú), uma espécie de bolinho que normalmente acompanha o prato principal.

Outro destaque é o soporó, milho cozido usado no preparo de bolos, pamonhas, caldos e cremes.

 

Saiba: A Lei Municipal n.º 6.172, de 28 de fevereiro de 2019, instituiu a Semana da Consciência Cultural dos Povos Indígenas em Campo Grande. A programação ocorre anualmente nos sete dias que antecedem 19 de abril, data nacionalmente dedicada aos povos indígenas.

Serviço


Feira do Panamá
Local: Praça do Panamá
Endereço: Rua Palestina com Beatriz Cordeiro Leal
Data: Domingo (13)
Horário: 9h às 15h

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em maio

Governo pagará R$ 450 mil de cachê por show de Luísa Sonza no MS ao Vivo

Apresentação da cantora será em maio e terá entrada gratuita, no Parque das Nações Indígenas

11/04/2025 15h02

Luisa Sonza fará show no Parque das Nações Indígenas no dia 4 de maio

Luisa Sonza fará show no Parque das Nações Indígenas no dia 4 de maio Foto: : Isabella Zeminian / Tracklist

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O governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação Estadual de Cultura, pagará um cachê no valor de R$ 450 mil à cantora Luísa Sonza, que se apresentará no projeto MS ao Vivo.

O processo para a contratação da cantora foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (11).

O show de Luiza Sonza será no dia 4 de maio deste ano, no Parque das Nações Indígenas, a partir das 19h, com entrada gratuita, e terá uma hora de duração.

Em Mato Grosso do Sul, ela deve apresentar seus sucessos, como Penhasco, Chico, Modo Turbo, entre outros.

O último álbum da cantora, o "Escândalo Íntimo, foi lançado em 2023 e bateu recordes nos streamings de música, além de render a ela duas indicações ao Grammy Latino.

Atualmente, Luísa Sonza se prepara para uma turnê pelos Estados Unidos, que irá acontecer em junho, e anunciou novas datas, após esgotar os ingressos das seis apresentações originalmente divulgadas em menos de 24 horas.

Festivais

Nesta semana, o Governo do Estado anunciou que irá trazer grandes nomes da música para se apresentarem nos festivais de Mato Grosso do Sul, como Alcione e Liniker, entre outros.

Gratuitos, os shows com "pluralidade de gêneros", segundo o Governo do Estado, servirão para aproximar a população da cultural musical nacional, distribuindo as atrações em eventos como: MS ao Vivo, Festival de Inverno de Bonito (FIB) e Festival América do Sul (FAS).

Mobilizando a Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc) e Fundação de Cultura (FCMS), após trazer nomes como Chico César, Dudu Nobre e Falamansa em 2024,  dos nomes já confirmados para 2025 aparecem: 

  • Luísa Sonza,
  • Vanessa da Mata,
  • Liniker,
  • Xamã, 
  • Alcione,
  • Pixote, 
  • João Gomes,
  • Jorge Aragão,
  • Duduca & Dalvan, 
  • Buena Vista Social Club - Tributo Ferrer (Argentina), 
  • Seu Jorge,
  • Titãs,
  • Elba Ramalho,
  • Samuel Rosa,
  • Michel Teló,
  • Guilherme & Santiago,
  • Atitude 67.

O secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, disse que o objetivo é equilibrar uma valorização da identidade cultural, enquanto não deixa de ofertar para os locais shows de grandes artistas do cenário nacional.

"Queremos que cada apresentação seja uma celebração da arte, proporcionando momentos inesquecíveis para a população. É um esforço conjunto para garantir que o acesso à cultura seja cada vez mais amplo e acessível a todos", diz Miranda.

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