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ARTES CÊNICAS

Circo de MS se apresenta em Campo Grande e também na Bahia

Cia. de Campo Grande estreia o espetáculo "Ponto de Partida", seu primeiro solo, com apresentações na Capital Morena e em Salvador (BA); montagem tem financiamento da Funarte, direção de João Lima, texto de Breno Moroni e é estrelada por Mauro Guimarães

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O Circo do Mato inicia este ano com os pés em nova estreia e na estrada. É que a trupe está com um novo espetáculo, “Ponto de Partida”, que vai conectar Mato Grosso do Sul à Bahia neste mês.

O trabalho estreará neste fim de semana, com três apresentações na capital sul-mato-grossense, sexta-feira, sábado e domingo, na sede da cia., e seguirá rumo a Salvador (BA) para apresentações em três casas culturais (Sesc Rio Vermelho, Teatro Sesc-Senac Pelourinho e Casa Preta Espaço de Cultura), no período de 23/1 a 26/1. Com classificação indicativa de 12 anos, o ingresso será um quilo de alimento não perecível, fraldas geriátricas, material de higiene ou limpeza.

Dirigido por João Lima, com texto de Breno Moroni e atuação do artista Mauro Guimarães, “Ponto de Partida” transcende limites geográficos e temporais.

“Sem dar muito spoiler, mas, é a história de um palhaço já idoso, vindo de família tradicional de circo, que está esperando uma carona de um contratante para sua última apresentação que não chega a acontecer. Esse é o ponto de partida da narrativa, daí a escolha do nome do espetáculo”, explica o diretor, que encarou a missão da montagem a mais de 2 mil km de distância.

“Moro em Salvador, e esse é o meu quinto espetáculo com direção um tanto remota. Essa é a minha segunda vinda a Campo Grande. Na primeira, criamos o esqueleto da peça, e agora cheguei para limpeza das cenas e, claro, a estreia”, diz Lima.

“Ponto de Partida” é o primeiro solo da Cia. Circo do Mato, como destaca o ator Mauro Guimarães: “O Circo tem mais de 20 anos de existência, já tivemos espetáculos com 15 pessoas, 10, dois e por aí vai. Mas esse é um projeto diferente, especial, porque é o primeiro solo do grupo”.

O PALHAÇO NO CENTRO

A montagem também marca o artista de um modo especialmente singular por se tratar da primeira vez em que estará em cena sozinho.

“O meu primeiro solo, apesar de décadas de profissão, é muita responsabilidade. Outra questão é que o meu palhaço não fala, é característico dele, e nessa roupagem a gente tem o texto. Então, é algo novo, desafiador, porque diferente de um trabalho exclusivamente do teatro, em que a personagem é construída, na linguagem do circo, não. Você traz o seu palhaço, que é a sua persona circense, você pode moldá-la, mas continua sendo o mesmo palhaço, só que em um outro contexto”, explica Guimarães.

As apresentações contarão com intérprete de Libras e vão começar sempre às 20h. As doações a serem arrecadadas como ingresso serão destinadas para instituições sociais.

“Eles estão pedindo produtos de higiene pessoal e fraldas geriátricas, pensando em nossos idosos que atualmente são 20”, afirma Vilma Gomes, enfermeira responsável pela gestão da entidade Recanto Feliz, que tem “satisfação em ver o olhar do Circo do Mato para a comunidade, porque a arte tem esse olhar sensível, e o espetáculo retrata justamente o lugar do idoso no mundo”.

Em uma viagem dramatúrgica assinada por Moroni, o enredo busca ainda homenagear os palhaços de todo Brasil.

“Acompanho a hierarquia do circo de lona, em que o palhaço é o último estágio que alguém pode alcançar. Diferente do teatro-circo, em que você pode iniciar como palhaço, no circo tradicional você só se torna palhaço quando é muito velho e já foi mágico, equilibrista, malabarista”, pontua Moroni, que na construção do texto se inspirou em palhaços icônicos.

“Tenho 40 anos de palhaçaria, sou artista antigo. Então, escrevi esse texto em homenagem aos velhos palhaços com quem trabalhei, como Carequinha, do artista George Savalla, e o palhaço Picolino, com quem também estudei, fui discípulo”, conta.

DESAFIOS

O espetáculo levou 10 anos para sair do papel, atravessando desafios em busca de fomentos e editais. O projeto foi aprovado em 2023 pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) e, no ano passado, um intenso processo de montagem foi iniciado de forma on-line, com encontros virtuais entre diretor, ator e toda a equipe, além de 20 encontros presenciais, em Campo Grande, para dar vida à obra.

“Essa jornada deu ao espetáculo uma profundidade que reflete as nuances do tempo e da espera”, pontua o diretor João Lima.

Mais do que um projeto de arte, “Ponto de Partida” procura se afirmar como um diálogo entre culturas. O artista sul-mato-grossense Mauro Guimarães traz ao palco a essência do Centro-Oeste, enquanto a direção de Lima e a dramaturgia de Moroni acrescentam tons e texturas do Nordeste e do Sudeste, criando uma experiência universal e profundamente brasileira.

Dos bastidores, Laila Pulchério, produtora cultural do Circo do Mato, lembra o quão desafiador e satisfatório é para um grupo de artistas estrear em sua casa tendo como certo outro ponto de partida, o aeroporto rumo a Salvador. “É uma satisfação imensa e também um desafio. Já levamos espetáculos para outros estados, mas ainda são poucos comparado ao tamanho do País”, afirma.

“Sempre refletimos sobre termos participado de festivais em seis países, em alguns deles, várias vezes, mas a dificuldade que é percorrer o Brasil. Essa possibilidade que a Funarte nos oportunizou está sendo muito especial, e o aceite dos espaços que vão nos receber em Salvador nos deixou muito animados. Vamos dar o nosso máximo”, diz Laila.

O projeto é financiado pela Funarte, por meio do Programa Funarte Retomada – Circo (2023), e conta com os seguintes apoios: Marco500, Teatral Grupo de Risco (TGR), Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura de MS, Casa da Palhaçaria e Teatro Sesi. Mais informações pelo Instagram @circodomato.

SINOPSE

“Entre risos nostálgicos e momentos de fragilidade, o palhaço protagonista reflete a condição humana. ‘Ponto de Partida’ desafia o público a reconsiderar suas metas e objetivos. Afinal, o que é vencer? Se a vida é um caminho construído passo a passo, talvez o maior triunfo seja simplesmente vivê-la, com todas as suas incertezas e surpresas”.

O CIRCO

Com sede em Campo Grande, o Circo do Mato é uma associação cultural sem fins lucrativos ativa desde os anos 1990. Com foco na integração entre teatro e circo, o grupo produz espetáculos, cabarés e intervenções artísticas, circulando pelo Brasil e por países da América do Sul.

Em 2011, tornou-se Ponto de Cultura, fortalecendo sua atuação em Mato Grosso do Sul. Mantém uma sede independente no centro da Capital, usada para ensaios, oficinas e apresentações. O grupo busca democratizar o acesso à arte, promovendo formação artística, senso crítico e entretenimento.

Serviço

“Ponto de Partida”
Texto: Breno Moroni
Direção: João Lima
Atuação: Mauro Guimarães

Campo Grande
Sexta-feira, sábado e domingo (dias 17, 18 e 19)
Às 20h
Circo do Mato
Rua Tonico de Carvalho, nº 263, Bairro Amambai

Salvador (BA) 
23/1, às 20h
Teatro Sesi Rio Vermelho
Rua Borges dos Reis, nº 9, Rio Vermelho

24 e 25/1, às 20h
Teatro Sesc-Senac Pelourinho
Largo do Pelourinho, nº 19, Pelourinho

26/1, às 20h
Casa Preta Espaço de Cultura
Rua Areal de Cima, nº 7, Dois de Julho

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Saúde e clima

Calor intenso: quatro dicas para lidar com a queda de pressão

Com temperaturas perto dos 40ºC, é comum a pressão baixa em algumas pessoas; saiba o que fazer

12/01/2025 16h40

Calorão pode fazer a pressão cair

Calorão pode fazer a pressão cair Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem nos últimos dias, municípios com a temperatura superior a 40ºC, caso de Porto Murtinho, que neste início de 2025 tem acumulado recordes de temperatura no Brasil.

Nas grandes cidades do Estado, a situação não é diferente e a temperatura também tem rondado os 40ºC, por causa de uma bolha de calor que está sobre o centro da América do Sul. 

Este período do verão, com sol quente e altas temperaturas, é propício para quedas de pressão, também conhecida como hipotensão. A causa da hipotensão é o calor em excesso, que provoca a vasodilatação das artérias, principal geradora deste incômodo estado de saúde. 

"A queda de pressão está associada a sintomas como tontura, sensação de desmaio ou desmaio, turvação visual, palidez na pele, suor frio e náuseas", informa Amanda Gonzales, cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em entrevista ao site Minha Saúde. 

A especialista também lembra que os casos são mais frequente são em idosos, pessoas com diabetes e pacientes que fazem uso de medicamentos como diuréticos e vasodilatadores. 

Diante destes desafios impostos pelo calorão, como lidar com a queda de pressão em temperaturas extremas?
Aqui vão algumas dicas, enumeradas pela cardiologista: 

  • Se alimente corretamente
  • Se mantenha hidratado
  • Pratique exercícios físicos em horários com menos sol ou em locais climatizados
  • Levante-se devagar e em fases (Se sente e aguarde alguns minutos, se levante e aguarde alguns minutos e então caminhe)

A médica ainda orienta: "Caso o sintoma de hipotensão apareça, é importante que a pessoa sente-se ou até mesmo se deite e eleve um pouco as pernas. Se não apresentar enjôo, deve-se oferecer água ou outro líquido, como medida de hidratação".

Sal embaixo da língua?

E o famoso sal embaixo da língua, receita de vó, famoso no senso comum por ajudar a regular a pressão arterial em episódios de pressão baixa, funciona?

A médica explica que a crença popular não é eficaz. 

 "Não existe indicação para colocar sal embaixo da língua, basta ingerir uma boa quantidade de água ou outros líquidos, de preferência gelado, deitar e esperar a pressão e os sintomas melhorarem", esclarece a cardiologista. 

E quando buscar ajuda médica?

A cardiologista explica que o paciente deve buscar ajuda médica se os simtomas permanecerem, depois de todos os cuidados citados acima. Se houvere dor no peito, palpitação e desmaio também é indicado procurar um médico.

"Pessoas que fazem uso de medicamentos para hipertensão, quando chegam no verão podem apresentar quedas excessivas, então devem consultar seu médico para ajuste da medicação", aconselha. 
 

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Ao lado de Corumbá, Ladário antecipará carnaval com três shows nacionais

Confira a programação

12/01/2025 14h20

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Sede de um distrito da Marinha desde 1873, Ladário influenciou diretamente a formação de uma forte comunidade carnavalesca com a presença de cariocas que colocou Corumbá no topo dos melhores carnavais do interior do Brasil. Com 23 mil habitantes, Ladário é um município minúsculo em relação a Corumbá, que tem 64 mil km², e uma peculiaridade: limita-se por todos os ângulos com a Capital do Pantanal, da qual foi bairro um dia.

Este ano, depois de tentativas de medir forças com a cidade vizinha, que evoluiu na passarela do samba em direção ao profissionalismo de suas dez escolas de samba, Ladário não quer competição, mas atrair as agremiações corumbaenses. Por iniciativa do prefeito da cidade, Munir Sadeq, e o sim da população, a cidade decidiu antecipar o seu carnaval para 20 a 23 de fevereiro, com apresentação das escolas de samba de Corumbá e shows nacionais.

“Não queremos e nem temos como competir com o carnaval de Corumbá. Vamos antecipar nossa folia, trazer as escolas, os carnavalescos e os corumbaenses e movimentar o nosso comércio, a rede hoteleira e proporcionar diversão aos ladarenses”, explicou o prefeito. Ele anunciou que terá apoio financeiro do Governo do Estado e emendas da senadora Thronicke e do deputado federal Beto Pereira para organizar a festa na Avenida 14 de Março.

Folia para todos

A programação começa no dia 25 de janeiro, com o primeiro esquenta, e o lançamento oficial do carnaval será no dia 8 de fevereiro. No dia 15 do próximo mês, acontecerá o concurso de marchinhas, e no dia 20, a escolha da Corte de Momo. O circuito do carnaval terá palco, praça de alimentação e banheiros químicos. Os shows nacionais estão definidos: Grupo Revelação, MC Jacaré e Carreta do Dogão, de 21 a 23 de fevereiro.

“O prefeito (de Ladário) foi muito perspicaz com essa atitude, é a fusão do carnaval de duas cidades que tem a mesma paixão pelo samba, promovendo folia para todos”, reagiu Victor Raphael, presidente da Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá). “A ideia é viável e as escolas têm condições de fazer uma apresentação completa, com bateria, passistas, mestre-sala e porta-bandeira. Será um teste para os nossos desfiles.”

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