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Música

Grupo chega a Campo Grande a bordo do legado do Creedence Clearwater Revival

Com músicos que excursionaram pelo mundo com dois integrantes originais de lendária banda californiana, Revisiting Creedence promete versões impecáveis de clássicos que consolidaram o rock como um gênero universal; show será em 15/11, no Guanandizão

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Talvez a produção local do show que o Revisiting Creedence (RC) realizará em Campo Grande no dia 15, no Guanandizão, deva incluir coxinhas no cardápio de petiscos do evento. O vocalista Dan McGuinness faz questão de exaltar o tradicional salgado brasileiro a cada aparição nos vídeos promocionais da turnê brasileira que o grupo iniciará, a partir do dia 13, em Porto Alegre.

A Capital Morena é o segundo destino de um roteiro que passa por nove cidades – incluindo Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Bauru (SP), Uberlândia (MG), Curitiba (PR) e Campinas (SP) – e termina em São Paulo, no dia 24.

“Vamos comer uma juntos no show”, convida McGuinness, enquanto devora uma coxinha com voracidade em um dos vídeos postados. O norte-americano de 46 anos, que toca a guitarra-base no Revisiting Creedence, também mostra competência à frente da missão de manter vivo o legado de uma lenda do rock.

LEGADO

A mítica banda californiana Creedence Clearwater Revival, de quem o RC retira integralmente o seu repertório para encantar milhares de fãs ao redor do planeta, teve curta duração, de 1968 a 1972, e passou como um cometa pelo showbiz durante o período que é considerado por muitos especialistas como o auge do rock – pelo menos da feição mais clássica com que se costuma identificar o gênero.

Mas lançou sete álbuns excelentes, todos recheados de sucessos, muitos deles cravados no coração até de quem não é, por assim dizer, roqueiro de alma. Então, a melhor propaganda do Revisiting Creedence é o repertório. “Bad Moon Rising”, “Fortunate Son”, “Born on the Bayou”, “Proud Mary” e “Have You Ever Seen the Rain?” são as canções prometidas pelo músico no mesmo vídeo.

“Mal podemos esperar para tocar todas as suas canções favoritas do Creedence”, diz ele, ao som de outro clássico, “Up Around the Bend”.

SEGURANDO O BASTÃO

A letra dessa última, cujo título significa além da curva em português, diz a certa altura para alguém “deixar o navio afundando para trás” (“leave the sinkin’ ship behind”), coisa que Dan McGuinness e seus companheiros de banda parecem estar longe de precisar fazer. Afinal, o espólio do Creedence demonstra ter um magnetismo à prova do tempo ou de qualquer provável afundamento. Ele e Kurt Griffey, o guitarra solo de 56 anos do RC, têm feito muito bem a sua parte.

Com quase 32 milhões de ouvintes mensais no Spotify e uma memorabilia vitoriosa, ainda capaz de fornecer repertório para lançamentos como o recente álbum “Bad Moon Rising: Shadows on the Bayou”, disponibilizado em 24/10, o Creedence Clearwater Revival segue turbinando carreiras como a de John Fogerty – fundador do grupo ao lado do baixista Stu Cook, do baterista Doug Cosmo Clifford e de seu irmão Tom Fogerty (guitarra), que tocavam juntos já uma década antes – e de muitos outros rock stars.

Por sua vez, McGuinness e Griffey têm uma patente nada desprezível em torno do imenso portfólio do CCR. Se ligue: os dois chegaram a fazer mais de mil shows pelo mundo com a cozinha original do Creedence Clearwater Revival – ou seja, com Stu Cook e Doug Clifford tocando juntos no palco – sob outro nome, Creedence Clearwater Revisited, um projeto de resgate das canções da banda matriz que começou em 1995 e se estendeu até 2021, com direito a quatro passagens pelo Brasil e disco, sim, de covers, de vendagem platinada.

McGuinness ingressou no Revisited em 2016 e Griffey, em 2010. Para além do mérito de terem sido escolhidos pelos membros remanescentes a tomar parte no combo que manteve acesa a chama da essência creedenciana, tiveram tempo suficiente para se apropriar da pegada original da banda e entregar performances que, como se disse, não param de incendiar as plateias. Com a dupla, estarão em cena dois outros feras: o baterista Ron Wikso, que foi escolhido por Cosmo, e no baixo, o multi-instrumentista Mat Scarpelli.

ACÚSTICA OK

Sobre Kurt Griffey, vale dizer ainda que o guitarrista – também compositor, produtor e vocalista – já excursionou com muita gente do topo, além do Creedence Clearwater Revival. Eagles, Toto, The Moody Blues, Wings, The Spencer Davis Group, Lynyrd Skynyrd e Santana são apenas alguns dos nomes. E sobre McGuinness, dê uma olhada na forma – precisa, potente e desenvolta – como o vocalista canta e entenda porque ele se dá bem mesmo com o titular John Fogerty ainda na ativa soltando seu vozeirão mundo afora.

Por último, mas não menos importante: o Guanandizão parece ter acertado de uma vez a mão com a acústica do espaço após as dificuldades com a amplificação do som desde que retomou a agenda de shows no ano passado. Pelo menos as apresentações do Dire Straits Legacy e do Sepultura foram bem ok – também – nesse quesito.

Os ingressos para o show do Revisiting Creedence já têm lotes esgotados desde julho, mas ainda há vários setores disponíveis, a partir de R$ 110. Confira todos os valores no box. E vida longa ao rock and roll! De preferência, com coxinha.

Serviço

Revisiting Creedence South American Tour
Classificação indicativa: 18 anos
Local: Ginásio Guanandizão (Av. Presidente Ernesto Geisel, 6859-7341, Amambai)
Data: dia 15 (sexta-feira)
Abertura dos portões: às 19h
Show: às 22h

Ingressos:
Loja 1/4 colchões
Avenida Afonso Pena, nº 4.393, Jardim dos Estados ou pela internet
https://www.blueticket.com.br/evento/35313/?c=prevendaCG

Valores:
Mesa bistrô diamond (quatro lugares): R$ 2.400 – Lote 1
Mesa bistrô gold (quatro lugares): R$ 2.000 – Lote 2
Mesa bistrô silver (quatro lugares): R$ 1.800 – Lote 1

Camarote – Lote 1:
Inteira: R$ 400
Meia: R$ 200
Ingresso solidário: R$ 300

Cadeira central – Lote 1:
Inteira: R$ 300
Meia: R$ 150
Ingresso solidário: R$ 250

Cadeira lateral esquerda azul/direita verde – Lote 1:
Inteira: R$ 260
Meia: R$ 130
Ingresso solidário: R$ 220

Arquibancada – Lote 1:
Inteira: R$ 220
Meia: R$ 110
Ingresso solidário: R$ 160

*Ingresso solidário com entrada mediante entrega no local de 1 kg de alimento não perecível por pessoa

*Mais informações: (67) 99296-0777

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

A lista de indicações revela forças, silêncios e tendências que devem marcar toda a temporada de premiações. Sinners domina, Wagner surpreende e Cynthia fica de fora.

13/12/2025 14h00

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026

Cinema B+: Os primeiros sinais do Critics Choice 2026 Foto: Divulgação

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As indicações ao Critics’ Choice deste ano chegaram com aquela mistura deliciosa de obviedades confirmadas, surpresas estratégicas e ausências que vão ecoar pelas próximas semanas. Não é exagero dizer que, com essa lista, o jogo realmente começou e já com algumas peças bem posicionadas no tabuleiro.

Sinners no comando absoluto

O grande fato é inescapável: Sinners saiu da largada como o filme da temporada. São 17 indicações, um número que não deixa espaço para debate. Ele entra em tudo: Filme, Diretor, Ator, Roteiro, categorias técnicas, Elenco, Trilha, Canção. Quando uma produção aparece em quase todos os campos possíveis, ela naturalmente assume o posto de eixo gravitacional do ano. É aquele combo que a crítica adora: força dramática, acabamento técnico, ambição estética e performances que sustentam o pacote. Sinners não só lidera, ele estabelece o tom.

Logo atrás, One Battle After Another surge com 14 indicações, enquanto Hamnet e Frankenstein empatam com 11. É um grupo que revela o gosto de 2025/2026: cinema com assinatura, com textura, com direção que guia narrativa e atmosfera. Nada de lugar-comum — mesmo quando lidam com obras literárias ou universos de fantasia, esses filmes chegam com personalidade.

Bugônia cresce, Avatar diminui

Entre os movimentos mais reveladores da manhã está Bugônia entrando em Melhor Filme. Até pouco tempo, muitos tratavam a presença de Avatar: Fire and Ash como automática nas listas amplas, mas a vaga ficou com Bugônia. E isso não é acidental: o filme também aparece em Melhor Atriz (Emma Stone) e em Roteiro Adaptado, o que sinaliza que não é um candidato “alternativo”, mas uma força real na temporada. Avatar, ao contrário, ficou restrito ao espaço inevitável: Efeitos Visuais. Para um projeto concebido como megaevento, é um baque. O Critics’ Choice deixa claro que a escala, sozinha, não define relevância este ano.

Wagner Moura atravessa fronteiras

Um dos momentos simbólicos — e históricos — da lista é a indicação de Wagner Moura em Melhor Ator por O Agente Secreto, somada à presença do filme em Melhor Filme em Língua Estrangeira. Não é comum um protagonista de um filme internacional furar a bolha das categorias principais de atuação. Quando isso acontece, desloca a conversa. A indicação reforça tanto a força do filme quanto o impacto da performance. É um marco real para a presença latina nas premiações americanas e abre caminho para que O Agente Secreto circule mais amplamente na temporada.

Melhor Ator: a categoria mais competitiva do ano

A lista de Melhor Ator deixa claro que a corrida está mais apertada do que parecia. Além de Wagner, aparecem nomes que já estavam no radar e outros que chegam para consolidar suas chances:

• Joel Edgerton, por Train Dreams • Ethan Hawke, por Blue Moon • Mais Michael B. Jordan, Lee Byung-hun, George Clooney, entre outros
Com tantos filmes fortes aparecendo também em categorias de topo, essa é uma daquelas disputas que pode mudar semana a semana. Train Dreams, por exemplo, cresceu muito: entrou em Filme, Ator e Roteiro Adaptado e isso automaticamente fortalece Edgerton. Já Hawke, vindo de um filme mais isolado, depende do carinho dos votantes.

A categoria perfeita com o buraco mais comentado: Melhor Atriz

O grupo de indicadas a Melhor Atriz está impecável no conjunto, mas não sem um peso: a ausência de Cynthia Erivo por Wicked: For Good. Com seis vagas, deixar de fora a protagonista de um filme indicado em várias categorias, inclusive Melhor Filme, não passa despercebido. O Critics’ Choice abraça Amanda Seyfried, Emma Stone, Rose Byrne, Chase Infinity e outras grandes performances, mas o silêncio em torno de Erivo fala alto. Ela era tratada como nome praticamente garantido, e essa esnobada agora se torna um fantasma que a temporada precisará exorcizar — ou confirmar — nas próximas rodadas.

Direção: del Toro dentro, outros nomes fortes de fora

Na categoria de Direção, o espaço para Guillermo del Toro por Frankenstein já era esperado: o filme é um projeto de paixão e chegou com a marca emocional e visual que os votantes costumam prestigiar. Mas sua entrada implica ausências significativas: diretores que vinham sendo tratados como fortes na temporada ficaram de fora. Isso reforça uma tendência do ano: a crítica está priorizando obras com assinatura estética e emocional muito clara e sendo mais seletiva com continuações de franquias ou com cinema político mais direto.

Coadjuvantes e roteiros mSinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar.

E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes mostram onde a crítica está arriscando.
As categorias de coadjuvante e de roteiro ajudam a desenhar o segundo plano da temporada:

• Amy Madigan e Ariana Grande ganham força em Atriz Coadjuvante. • Jacob Elordi conquista espaço com Frankenstein. • O elenco de Sinners aparece em categorias diversas, reforçando a força coletiva do filme.

Em roteiro, o Critics’ Choice faz escolhas que deixam clara a intenção de ampliar a conversa:


- Weapons e Sorry Baby entram em Original, abrindo espaço para filmes fora do eixo óbvio. • Train Dreams, Bugônia, Hamnet e Nenhuma Outra Escolha formam um Adaptado sólido e variado. Quando um filme vai forte em roteiro, automaticamente fortalece seus nomes de atuação — é o caso de Train Dreams e Bugônia. O que a lista diz, no fim das contas o Critics’ Choice deste ano não só acende a temporada: ele revela um movimento coletivo. 

Sinners é o candidato mais completo. • One Battle After Another, Hamnet e Frankenstein consolidam o “centro de prestígio” da temporada. • Bugônia deixa de ser aposta lateral e entra no jogo grande. • Wagner Moura rompe a barreira da atuação internacional. • Cynthia Erivo vira a grande ausência que todos vão vigiar. • Vários filmes médios, autorais e arriscados entram onde era mais difícil — roteiro, coadjuvante, técnica — e ganham fôlego real. É uma lista que, mais do que premiar, define quem está autorizado a continuar a conversa até o Oscar. E, como sempre, quem fica de fora da conversa sofre mais do que quem perde o troféu. Na segunda teremos as indicações ao Golden Globes e aí sim, os finalistas para o Oscar já ficarão mais evidentes.
 

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