Correio B

GASTRONOMIA

Com um cardápio com 150 pratos, festival de "comida de boteco" vai até o dia 30 de novembro

Festival Bar em Bar começou na quinta-feira e seguirá até o dia 30, com um cardápio com 150 opções, oferecidas por mais de 100 estabelecimentos de Campo Grande e mais cinco cidades Bonito, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas e Bataguassu

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Realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel-MS), o Festival Bar em Bar segue até o dia 30 na Capital e em mais cinco cidades do Estado – Bonito, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas e Bataguassu. São três categorias – Comida de Boteco, Restaurante e Hambúrguer - e mais de 100 estabelecimentos na disputa.

Cada estabelecimento pôde inscrever mais de uma opção de prato para o festival, desde que não indicasse mais de uma opção na mesma categoria, somando um total de 150 pratos a serem degustados durante um período de 30 dias. A maratona do sabor começou na quinta-feira (31 de outubro), e a abertura oficial do Bar em Bar foi realizada no dia anterior, no Terradaságuas, o restaurante-escola do Senac, no Jardim dos Estados, em evento para a imprensa e convidados.

O público poderá votar no prato que mais gostou, sendo permitido apenas um voto por CPF por categoria. Os três primeiros ganhadores de cada categoria serão conhecidos no dia 5 de dezembro e receberão uma premiação. O festival acontece simultaneamente em todo o País em cada um dos estabelecimentos participantes.

“É uma ótima oportunidade para os clientes visitarem os locais e, além de saborearem os pratos concorrentes, conhecerem o espaço, a decoração, o atendimento, provarem drinques naqueles que oferecerem e aproveitar o momento com família e amigos ou mesmo sozinhos”, convida Paola Lani, executiva da Abrasel-MS.

Presidente da seção estadual da entidade, João Francisco Fornari Denardi destaca que esta edição do Festival Bar em Bar vem com número recorde de pratos inscritos, tanto na Capital quanto no interior.

“Os estabelecimentos estão trabalhando para levar pratos que vão agradar aos mais diferentes paladares, por meio de ingredientes tradicionais, requintados, alguns regionais e outros da culinária internacional. Com certeza, o público vai se deliciar, e o Festival Bar em Bar vai colaborar para movimentar o setor de bares e restaurantes de Mato Grosso do Sul neste período”, aposta o dirigente.

João Francisco comemora que, além do número recorde de participantes, o evento conta com vários patrocinadores neste ano, que, segundo ele, entenderam a importância do festival para o setor e para o Estado.

“A Abrasel MS se sente honrada com a confiança e agradece aos patrocinadores. Graças a eles, o público em Mato Grosso do Sul terá a oportunidade de provar pratos de sabores inigualáveis”, afirma.

Sebrae, Friboi, Sicredi, Conect, Bunker e Panan são os patrocinadores. Sindha-MS e Senac-MS também apoiam a iniciativa.

ESTÍMULO E PARCERIA

“O Sindha-MS [Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação de Mato Grosso do Sul] é parceiro da Abrasel-MS na realização do Festival Bar em Bar por entender que o evento estimula o setor de gastronomia, movimentando a economia, e é uma oportunidade para os estabelecimentos de testarem seus cardápios, novos ingredientes e ainda darem visibilidade ao seu estilo, além, é claro, de participarem de uma competição divertida e saudável, em que o público escolhe seus pratos preferidos”, ressalta Juliano Wertheimer, presidente do Sindha-MS.

“O Sebrae apoia o setor de bares e restaurantes e é um parceiro histórico da Abrasel. E, neste ano, o Festival Bar em Bar conta com mais de 100 estabelecimentos participantes de diversas cidades de Mato Grosso do Sul, como Campo Grande e Três Lagoas, que prepararam pratos criativos e regionais. Convidamos a população a prestigiar e escolher seu prato preferido nesta ação, que movimenta a economia local e gera emprego e renda”, destaca Claudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae-MS, que mais uma vez patrocina o evento.

Wardes A. Conte Lemos, presidente do Sicredi Campo Grande, diz que é uma grande satisfação para a entidade ser patrocinadora do festival. “Um dos maiores eventos gastronômicos de Mato Grosso do Sul. Esta parceria reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento local, apoiando bares e restaurantes que são fundamentais para a economia e a cultura da nossa região”, endossa Lemos

“Como cooperativa de crédito, acreditamos na força da comunidade e na cooperação como caminhos para o crescimento coletivo”, afirma o representante do Sicredi, acrescentando que “estamos aqui para apoiar esses empreendedores, oferecendo soluções financeiras que permitam que eles aprimorem seus negócios e criem experiências memoráveis para todos os participantes do festival”.

Para Airton Dias, gerente-executivo da Friboi, o Festival Bar em Bar é uma oportunidade para novas parcerias. “Para nós da Friboi é uma grande satisfação participarmos como apoiadores do Festival Bar em Bar, em que temos a oportunidade de ampliarmos as parcerias com nossos clientes e com a Abrasel”, afirma Dias.

Parceiro da Abrasel-MS em vários projetos, Roberto Rech, sócio-diretor da Panan, fala da satisfação de fazer parte do evento.

“Estamos muito satisfeitos em fazer parte do Festival Bar em Bar e demais ações da Abrasel-MS neste ano. Com certeza continuaremos juntos em 2025. Agradecemos a parceria e a confiança, certos de que o próximo ano trará ainda mais sucesso e oportunidades”, exalta Rech.

VALOR CULTURAL

Giovano Augusto, da Conect, também reforça a importância da parceria com a Abrasel-MS. “Fico muito feliz em fazer parte do desenvolvimento do setor gastronômico do nosso estado”, pontua Augusto, aproveitando para desejar sorte aos estabelecimentos participantes.

Relações Públicas da Bunker Destilaria, Sabrina Feiteira destaca a contribuição cultural do Festival Bar em Bar.

“A Bunker Destilaria tem um papel importante a desempenhar como patrocinadora do Festival Bar em Bar, tanto pelo seu reconhecimento e prestígio, uma vez que com seu gim premiado traz um selo de qualidade para o festival, quanto pela conexão cultural, uma vez que, como a primeira destilaria de Mato Grosso do Sul, a Bunker traz a riqueza do Pantanal para o evento. Isso não só valoriza a cultura local, mas também promove a diversidade da região”, avalia Sabrina.

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DIÁLOGO

Nos bastidores políticos, o que se fala é que presidente estadual... Leia na coluna de hoje

Por Ester Figueiredo ([email protected])

04/11/2024 00h01

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Lucas Lujan escritor brasileiro

Eu sinto saudade da coragem que eu tinha quando estava
aprendendo a andar, quando não sentia vergonha
de pisar em falso e entendia a queda como um progresso”.

FELPUDA

Nos bastidores políticos, o que se fala é que presidente estadual de partido poderia estar a caminho de perder
comando, pois a corda bamba está balançando que só.

Ele não estaria conseguindo liderar como deveria, além de ter privilegiado um familiar com a maior fatia do fundo partidário.

Soma-se a isso o fato de que teria tentado levar o seu chefe a apoiar sua candidata predileta por aqui no segundo turno e, em outra manobra, teria tentado que o mesmo chefe ficasse neutro. Essas articulações não teriam agradado aqui, lá e acolá, e não falta quem esteja ajudando a balançar a corda.

Diamante

A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian foi reconhecida com o selo de diamante pelo WSO Angels Initiative Award e pela Organização Mundial do AVC.

Mais

A certificação representa o máximo reconhecimento para a área e é emitida após auditorias trimestrais dos indicadores de performance, que incluem porcentuais de pacientes trombolisados em menos de 60 minutos após a admissão, entre outros itens.

Cassiane Nunes Kadri. Foto: Arquivo Pessoal
Thayna Herche e Milenne Reis. Foto: LEDA ABUHAB

Sortudo

O Partido da Renovação Democrática (PRD), criado em 2023 com a fusão do PTB e do Patriota, iniciou sua participação pela primeira vez em uma eleição na Capital com sucesso. Integrou a coligação que tinha a prefeita Adriane Lopes como candidata e que foi reeleita. A mesma sorte não teve em Corumbá, onde o presidente estadual da sigla, ex-senador Delcídio do Amaral, disputou a prefeitura e ficou em último lugar entre os quatro então candidatos.

Moeda

O curioso sobre o PRD é que, com a fusão, o ex-senador Delcídio e o deputado estadual Lídio Lopes chegaram a bater de frente para ficar com o comando da nova sigla. Lídio é esposo da prefeita Adriane Lopes e, ao perder na queda de braço, decidiu não se filiar ao partido. Delcídio, por sua vez, fechou
com o PP de Adriane, esposa do “rival”. Uma secretaria teria sido moeda de troca pelo apoio.

Candidato?

Encerradas as eleições deste ano, nos bastidores políticos, o que se fala é que as estratégias para 2026 começam a ganhar espaço no tabuleiro. Considerado como um dos integrantes do grupo que levou a prefeita Adriane Lopes a ser reeleita, Marcelo Miglioli, atual secretário de Infraestrutura, seria o nome
do PP para disputar uma das vagas ao Senado. Ele exerceu função semelhante na administração do então governador Reinaldo Azambuja.

Aniversariantes

  • André Luiz Calarge Zahran,
  • Ronaldo Antônio Biscaya,
  • Dra. Kemi Helena Bomor Maro,
  • Edison Pires de Almeida Filho (Fon),
  • Humberto Goulart Rigotti,
  • Antonio Aranha,
  • Luiz Carlos Lima Amaral,
  • Vera Lucia da Silva Soeira,
  • Valdemar Padilha,
  • Carlos Roberto Battini,
  • Augusto Ferreira da Cruz,
  • Dra. Eliza Arakaki Kawanami,
  • Adão Unírio Rolim,
  • Leandro Ferreira,
  • Arlete Borges,
  • Carlos Alberto Santos do Valle,
  • Cyro Vicente Boccuzi,
  • Alberto Pires Gonçalves Júnior,
  • Fernando Corrêa da Costa Neto,
  • Antonio Costa,
  • Bruno Francisco Del Pino,
  • Cesar Daniel Guarini Rodrigues
  • da Silva,
  • Wagner Bertoli,
  • Guilherme Tomivoshi Nakao,
  • Ana Cristina Correa Piedade,
  • Dr. Fábio Vinícius Benevenuto Feltrim,
  • Dr. Daniel Ismael e Silveira,
  • André Luiz Sisti,
  • Rafael Campos Macedo Britto,
  • Suzette Cerqueira Amado,
  • Luiz Guilherme da Costa,
  • Dr. José Augusto Corrêa Penteado,
  • Vilma Holsbak,
  • Ely Mendes Ribeiro,
  • Syrlei Posterli Pinheiro,
  • Robson Osvaldo Peres,
  • Felipe Vieira Daige,
  • Carlos Antônio Colmanetti,
  • Regina Maria Schein,
  • Sebastião Thomaz da Silva,
  • Ioshiko Kuroce,
  • Denner de Castro Ramires,
  • Ewandro Rodrigues de Campos,
  • Sandra Maria Xavier Castro,
  • Dr. Nelson Heber Medina,
  • Geane Aparecida Carli,
  • Edson Kiyoshi Shimabukuro,
  • Ione Mendonça de Cerqueira,
  • José Leão Ribeiro,
  • Kleber Philbois,
  • Luciano Ferreira Sandim,
  • Mario Samuel da Silva Nantes,
  • Irenir Hidelbrand Coelho,
  • Rinaldo Antunes Pinto,
  • Antonio de Barros Jafar,
  • Beatriz Ramos Amorim Marine,
  • Jair Fraga Vieira,
  • Ana Claudia Pereira Lanzarini,
  • João Maria Nantes,
  • Carlos Vicente da Silva,
  • Iara Regina Pavanello do Amaral,
  • Glaucea Rodrigues,
  • Allan Kardec de Brito,
  • Elaine Izabel de Lazzaro Mello,
  • Abigail Gonçalves Assunção,
  • Maria Otilia de Oliveira Romero,
  • Expedito Henrique de Melo,
  • Dra. Valeriane Maia Siravegna, Diogo Bossay,
  • Ana Paula de Lima Silva Aires,
  • Valéria Rosa Costa,
  • Carlos Ribeiro de Moraes,
  • Deisy Costa da Silva,
  • Célio Antonio dos Santos,
  • Flávio Vieira de Castro,
  • Ângela Cristina Diniz Bezerra,
  • Gilson José dos Santos,
  • Mitsu Suyama,
  • Romilton Fabio Fernandes,
  • Nilza Brito de Souza,
  • José Furtado Torres,
  • Alceo Schutz,
  • Odete de Souza,
  • Brenner Assis Rodrigues,
  • Carlos Eduardo Gonçalves Preza,
  • Nathália Piroli Alves,
  • Etiene Cintia Ferreira Chagas,
  • Gustavo Bassoli Ganarani,
  • Áureo Prado Machado Júnior,
  • Julie Carolina Sales de Oliveira,
  • Maria de Fátima Margarido,
  • Maria Helena Simões,
  • Thatiane Nagasava Mustafa Ferreira,
  • Silvana Aparecida Carrijo Righetti,
  • Milton Carlos Kuga,
  • Thiago Lopes Kastelic,
  • Dina Namico Arashiro,
  • Bruna Gomes Fabris,
  • Renato Jurgielewicz,
  • Mônica Ribeiro Bonesi,
  • Francisco Assis de Oliveira Andrade,
  • Nelson Kamiya,
  • Helena Maria Ferraz Soller Estevan,
  • Aracy Mascarenhas Barbosa,
  • Tânia Regina Peralta Marcondes,
  • Solange de Quadros Teixeira,
  • Paulo Sérgio Larsen,
  • Dina Teruya Ito,
  • Vanda Lima Paradiso.

* Colaborou Tatyane Gameiro

Correio B+

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes

"Procuro passar muita verdade nos personagens. Não sei contar piada, por exemplo".

03/11/2024 20h00

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes Foto: Sergio Baia

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Rodrigo Fagundes está em “Volta por cima”, novela das 19h da Globo, onde interpreta o rico falido Gilberto Góis de Macedo, o Gigi. Na trama, o personagem de família quatrocentona que foi à falência ainda vive de aparências ao lado das irmãs Belisa (Betty Faria) e Joyce (Drica Moraes). Em breve, o ator também poderá ser visto num dos episódios do humorístico “Pablo e Luizão”, estrelado por Paulo Vieira, no Globoplay.

Com 51 anos de idade e 23 de carreira, Rodrigo Fagundes ganhou projeção  ao fazer parte do espetáculo "Surto", que lotou por 12 anos os teatros pelo país. Por conta disso, recebeu convites para participações na TV até ser escalado para fazer parte do elenco do extinto “Zorra total”, em 2005, onde permaneceu por quase uma década dando vida ao divertido Patrick. O trabalho lhe rendeu o prêmio de Melhor Comediante do Melhores do Ano promovido pelo “Domingão do Faustão”.

Formado em publicidade pela PUC-Rio e em teatro pela CAL, Rodrigo Fagundes estreou nas novelas em 2015 em "Babilônia". Em 2017, foi elogiado por seu desempenho em “Pega pega” como o altruísta e romântico mordomo Nelito e, em 2022, deu vida ao divertido malandro polígamo Armandinho em “Cara e coragem”.

Mineiro de Juiz de Fora, ele foi indicado ao Prêmio de Humor de Melhor Performance por sua atuação no espetáculo “Sylvia” em 2019 e em 2023 por “Gargalhada selvagem”. Já na TV, Rodrigo Fagundes tfez participação na série infantil “Detetives do Prédio Azul”, do Gloob. No streaming, ele pode ser visto na segunda temporada de “Impuros”, no Globoplay, e no filme “Tudo bem no Natal que vem”, ao lado de Leandro Hassum, na Netflix.

Em seu currículo ainda constam os longas “Me tira da mira” e “Desapega” e o curta-metragem “Das um Banho Zé Perri”, onde interpreta o escritor Antoine Saint-Exupéry.

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesO ator Rodrigo Fagundes é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Sergio Baia - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves (DM Comunicação).

CE - Rodrigo seu último trabalho na TV foi em “Cara e Coragem” onde você fazia um polígamo bem galanteador. Como é agora encarnar em “Volta por Cima” um tipo totalmente diferente: um falido gay de humor extremamente ácido? Quais suas referências pra esse novo papel?
RF -
Claudia Souto sempre me brinda com personagens deliciosos, cheios de camadas. Nelito de “Pega Pega” foi uma alegria na minha vida! Armandinho de “Cara e Coragem” me fez acessar sentimentos distantes de mim, como aquela auto estima delirante e desvio de caráter no seu início, e todos com um arco dramático maravilhoso que dá pano pra manga na hora de fazer.

Gigi é de uma liberdade linda que eu demorei pra ter na vida. A diferença é que Gigi sempre teve tudo fácil, ele é sem freio e sem noãao nas palavras. Ao mesmo tempo, sua liberdade de ser quem é o deixa resistente e de grande referência pra encorajar que temos que nos orgulhar da nossa essência. Eu estou amando fazer Gigi. Na alegria e na tristeza. Porque vem drama pra ele aí, já adianto (risos).

CE - Gigi, seu papel em “Volta por Cima”, imediatamente caiu no gosto do público e da crítica. Ao ler a sinopse e cenas você já imaginava esse sucesso tão rápido? A que você atribui essa paixão que ele tem despertado?
RF -
 Justamente porque de cara ele diz a que veio. E tem aquele tempero delicioso do politicamente incorreto que o público ama. Quando li já sinopse á percebi logo a riqueza dele no texto e no raciocínio do personagem. Aparentemente, ele quer só se dar bem. Mas, aos poucos, vão notar suas carências e pontos mais sensíveis também! E ter caído tão rápido no gosto do público e da crítica é o maior reconhecimento pra nós da novela. 

CE - Gigi é um personagem que no meio do caos financeiro ainda se mostra muito amigo e próximo às irmãs. E como é Rodrigo com os amigos e com os irmãos?
RF - 
É muito linda a relação dos Gois de Macedo. Eles só têm uns aos outros nesse mundo. E Sebastian que é o anjo da guarda da família, né?!. Eu sempre procurei ser muito parceiro dos meus irmãos e amigos. Eu sou o mais velho e tenho meio que um comportamento de “mãezona” com eles e com amigos. Sou do tipo que pergunta: você está bem? Almoçou? Fez os exames? Que dia vamos jantar? Vem aqui em casa fofocar e tomar café com bolo. Essas coisas simples e sem preço. Se importar! É isso! 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes é sucesso em todos os personagens que atua - Divulgação/Contigo

CE - Gigi assim como você é um homossexual assumido e bem resolvido. Como é poder levar pro público esse personagem em 2024?
RF - 
Amei essa pergunta. Digo que Gigi me ajuda a ser mais livre, até inconsequente, mas sem ser grave (risos). Eu tive muitos problemas com minha sexualidade no início. Demorei pra me entender, me aceitar. Pensava coisas tenebrosas e já fui meu maior inimigo por isso.

Hoje, sei que andei bastante numa direção mais resolvida, tive amor da família e dos amigos e isso é um fator importante. Sei que fui um privilegiado e que a situação de muitos jovens gays é de rejeição da família, expulsão de casa e até morte. O que eu puder fazer pra diminuir o preconceito e a ignorância das pessoas quanto a isso, farei! Gigi está aí pra ajudar a construir esse novo pensamento. Assim espero. 

CE - Na vida, o que você considera ter dado (ou pretende dar) sua volta por cima?
RF - 
Não ter minha mãe comigo mais. Perdemos ela em 5 dias por causa da covid 19 em 2021. Ainda é uma dor e todo dia um exercício pra não alimentar o trauma. Ela era minha fã e amaria estar vendo esse sucesso todo. Penso nela e sigo. Sinto sua energia e sei que ela sempre teve muito orgulho de mim e meus irmãos! 

CE - A gente sempre vê Rodrigo Fagundes fazendo ótimos trabalhos no humor. É uma escolha sua? Tem vontade de fazer personagens com muita carga dramática?
RF -
 Em “Pega Pega” tive cenas bem dramáticas e eu amo fazer. Até no Gigi tento colocar a graça dele na tragédia de vida em que vive. Acaba sendo divertido pra quem assiste. Mas, pra mim, a comédia é drama. Procuro passar muita verdade nos personagens. Não sei contar piada por exemplo. Procuro ver a tragedia do personagem e expô-la de maneira que o outro vai achar graça. 

CE - Impossível não comentar com você sobre Patrick, seu papel em “Zorra total”, que te deu muito destaque (e até prêmio). O que ele representa pra você? Acha que um personagem como esse teria espaço hoje na TV?
RF -
Ah, Patrick sempre será meu carro chefe. Meu abre-alas para o público. Veio do teatro, da nossa peça “SURTO” que ficou 11 anos em cartaz. Direto!  Adorava fazer na TV também e sei que hoje teria que adaptá-lo de muitas formas. Mas Patrick tinha uma inocência que eu fazia questão de impor.

E sabia se defender. O entorno dele é que não era legal. Mas ele era feliz sim, rs. Mas foram anos bem vividos. Não sinto vontade de fazê-lo de novo. Já recusei, educadamente, participações em programas que queriam que eu o fizesse. Foi lindo. Me deu muita coisa boa. Mas está nas minhas mais lindas lembranças agora. 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes - Divulgação TV Globo

CE - Você é casado há 21 anos com o ator e roteirista Wendell Bendelack, que faz parte do time de autores de “Volta por cima”. Até que ponto um dá palpite no trabalho do outro? E como é a troca de um casal de artistas?
RF -
 Outro privilegio ter Wendell no trabalho também. Nos damos muito bem. Nos conhecemos na CAL (escola de teatro), nos apaixonamos na nossa peça “SURTO” e a vida é tão louca e boa conosco que até a arte nos aproxima. Nosso primeiro contrato na Globo foi na série “Sexo Fragil”, do João Falcão, em 2004. Já colhendo frutos da peça. A gente rende junto, sabe?! No teatro e na TV. Até internet fizemos na série Novela Brasil, onde faziamos uma sátira de Avenida Brasil. Mas não se engane. Wendell nunca me fala nada sobre a novela. É um trato que temos. E funciona.  Prova disse é estarmos juntos na 3 obra de Claudia Souto. Não misturamos as estações. Acho que é maturidade ne?! A gente clica junto. Flui! É gostoso. 

CE - Aliás, em tempos de amores líquidos, qual o segredo de um relacionamento tão duradouro?
RF - É acordar todo dia e escolher estar com ele. Dividir a vida, rir muito de tudo. E de nunca nos definirmos. Somos eternos namorados.

CE - O que te tira o humor?  
RF - 
Segregação, preconceito, e ignorância voluntária. 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes - Foto: Sergio Baia

CE - De uns anos pra cá, artistas começaram a se expor mais e a ter um contato mais direto com os fãs e com a imprensa através das redes sociais. Como você lida com as suas? Elas interferem no seu trabalho?
RF - 
Eu levo bem de boa. Mas não domino bem, não. Posto o que gosto. Eu fazia uma peça com um amigo e quando disse a ele que eu não tinha Tik Tok ele me olhou com se eu não tivesse plano de saúde (risos). Foi aí que ele criou um pra mim esse ano.  E lá eu posto coisas do cotidiano, de casa, das nossas gatas, do Wendell e são os vídeos mais acessados. Mas não sucumbo às redes, não. Uso moderadamente. 

CE - Rodrigo Fagundes tem 23 anos de carreira. Como avalia essa trajetória? Teria feito algo diferente? E o que planeja para o futuro?
RF -
 Tenho muito orgulho dessa estrada e poucos arrependimentos. E sempre digo que num país como o nosso, viver da minha arte, sem partir pra plano B, é um triunfo. Sei agradecer e procuro sempre me investigar, ler, ver filmes e novelas pra sempre me aprimorar no que faço. Gigi, pra mim, é uma mistura de Scarlet O´hara com Clodovil e Lady Violet Crawley ( Downtonabbey) e muitas outras divas do cinema e da TV. Temos que ter referencias. E saber observar. 

 

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