Correio B

Diálogo

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Arnaldo Jabor escritor brasileiro


Temos a nostalgia lírica por 
alguma coisa que pode voltar atrás. 
Não volta. Nada volta atrás”.

 

 

FELPUDA


Quando retornar à Assembleia Legislativa de MS, em fevereiro, para reassumir sua cadeira de deputado, 
o ainda secretário de Estado de Governo Pedro Caravina deverá como primeiro passo buscar muitos dos seus colegas para fumar o cachimbo da paz. Considerado o “xerifão” da área administrativa, ele andou contrariando interesses, principalmente quanto às nomeações. Há quem garanta que a fila de magoados é grande e que muitos não se mostram deveras interessados em se “desmagoarem”. A conferrir.

02 01 2024 Campo minado

 

 Beatriz Navarro e Mariana Navarro, com direito à belíssima torre de Belém, em Portugal, de cenário

Endereço


O deputado Lidio Lopes, esposo da prefeita Adriane Lopes, a qual tentará a reeleição, deverá migrar para uma sigla que esteja afinada com o PP (partido dela), para lhe dar sustentação na disputa eleitoral. Hoje, ele 
atua de forma independente no Legislativo, porém, dependendo onde se filiar, passará a integrar um dos dois blocos da Casa.

Sola


Em 2023, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, manteve ritmo acelerado em visitas aos municípios. Em suas redes sociais, ele apresentou, em vídeos, obras que implementou nas regiões quando de sua administração por dois mandatos. Há quem diga que ele disputará vaga no Senado.

Mão aberta


Muito comentado o valor que prefeito de pequeno município do interior de MS gastará com show de cantora sertaneja que no momento está no auge. O dito-cujo vai abrir os cofres e pagar cachê de R$ 700 mil para espetáculo que está previsto para junho de 2024, quando há o tradicional festejo da cidade. Contrato já foi até publicado no Diário Oficial.

Afinados


A sessão extraordinária da Câmara Municipal de Campo Grande, no dia 29 de dezembro, no apagar das luzes de 2023, mostrou que a prefeita Adriane Lopes e os vereadores estão afinados, pois os projetos 
do Executivo foram aprovados com apenas um voto contra. 
Até a oposição teceu elogios 
a uma das propostas. Huumm!

Ruídos


A transmissão ao vivo da tal sessão não deixou de ser marcada por alguns momentos, digamos, “diferentes”. Várias vezes se ouviu o presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão, perguntando “onde está meu papel”; em outros momentos, foi chamada a atenção  do “converseiro” de quem estava  participando por videoconferência e, ainda, da impaciência de alguns sobre colegas que queriam discutir as propostas. No fim, salvaram-se todos.

Aniversariantes

1º de janeiro


Camilla Muzzi Grinfelder Tofano,
Lamartine Santos Ribeiro,
Gerson Cavalcanti de Oliveira,
Gilberto Peixoto,
Cleuza Costa da Rosa,
Francisco Xavier Gonzales,
Irene Saito,
Alberto Benedito das Rosas Neves,
Tadayuki Saito,
Ione Vieira de Almeida,
Manoel de Oliveira,
Jussara de Arruda Paula Correa Araujo,
Maria José Garcia,
Roberto Otano Cabral,
Ana Cristina Gonzaga,
José Luiz Munhoz,
Valdenir Machado,
Antônio da Costa Cardozo,
Jorge Shiroma,
Zoleide Sambrana 
dos Santos,
Mario Augusto Flores Portocarrero,
José Luiz Tobias,
Milton Cappi,
Alan Corbetta,
Alberto José Sirena,
Marco Antônio Holzschuh,
Dr. Valdir de Almeida,
Ivanildo Santos Fontoura Júnior,
Ada Gaúna de Oliveira,
Raffaele Lochi,
Walfrido Minervini Martins da Costa,
Robson Orlei Azambuja Carneiro,
Pedro Rocha,
Hélio Toshiti Sato,
Idê Leite Fernandes,
Nereu Oliveira Coelho,
Muriel Barbosa de Almeida,
Renato Tonelle,
Cristiano Yukio Masaaqui Izeki,
Lyria Corrêa Quadros,
Euclydes José Bruschi Júnior,
Dr. Marcelo Guimarães 
El Khouri,
Fernando da Rocha Motta,
Itacir Zen,
Francisco Pinto de Arruda,
João Lisboa da Cruz,
Benjamim Yoshisuke Ono,
Marcelo Freitas Estrela,
Taeko Aida,
José Roberto Carli,
Lauro Sérgio Davi,
Issao Luiz Yanagui,
Dra. Luciana Cenci Niehues Farias,
Vânia Terezinha de Freitas Tomazelli,
Dr. Marco Aurélio Cabral Duarte,
André Antônio Camargo Lorenzoni,
Graziela Enderle Banak,
Elizabeth Barbosa 
de Carvalho,
Jair Nogueira Junior,
Obert Garcia de Freitas,
Jamile Gadia Ribeiro Trelha,
Laurindo Fernandes Castelo Branco,
Carlos Roberto Rolim,
Luiz Sérgio David,
Suzana Teruya Hiane,
Erik Leandro Dupin,
Nilza de Azambuja Salles,
Rosymeire Trindade Frazão,
Nestor Catelan,
Milton Luiz Girardi Urban,
Ernesto Scapin Junior,
Vera Lúcia Amorim da Costa,
Marly de Lourdes Sampaio Ducatti,
Rodrigo Correa do Couto.


2 de janeiro


Aline Micheloni Belon,
Sinval Martins Araújo,
Dra. Andréa Márcia 
da Silva Cunha Acosta,
Enelvo Iradí Felini,
Ana Paula de Souza Meaurio Maciel,
Fausto Naohiro Matono,
Paulo Henrique Amos Ferreira,
Jaime Vizzotto,
Josias da Silva Pininga,
José Lopes Castellan,
Silvia Aparecida Faria 
de Andrade,
Henrique Antônio Coelho 
de Souza,
Juarez de Oliveira,
Juliana Amancio da Silva,
Silvia Aparecida Ibanez Martins,
Edmir Fonseca Rodrigues,
Maria Therezinha Mai Cassol,
Rosembergue dos Santos Pereira,
Hudson Marques Júnior,
Fátima Fernandes 
Remijo Yonamine,
Vivian Farran Leal 
de Queiroz,
Fernando Madeira Ribeiro,
Fabio Marques Pache,
Dr. Leonardo Simões da Silva,
Mário César Gonçalves,
Leonildia Alves Pereira Cordeiro,
Dr. Antonio Augusto Caporossi,
Aney Alves Conceição,
Jacinto Honório da Silva Neto,
Evanir Costa de Azevedo,
Eunice Rodrigues Brandão,
Linduarte Ilis da Silva,
Ana Vitória Solimon,
Jorge Nascimento,
Luiza Guarani Barbosa,
Isidoro Galache,
Leatrice Figueiredo Serra Bella,
Olga de Souza Araújo,
Carolina Avila Hildebrand,
Matoharu Tamai,
Edimilson de Almeida Lima,
José Gomes Dias Filho,
Flávio Eissuque 
Mori Junior,
Josefina de Oliveira Jardim Gonçalves,
Maximiniano Neto 
de Oliveira,
Érico Curt Hoeper,
Newton Antonio Nemir,
Lari Pedro Schafer,
Antonio Bongiovani,
Thatiane Espíndola Bonziera,
Maria Miranda Nogueira,
Adélia Delfina da Motta Silva,
Orlando Monteiro,
Gregória Maciel de Oliveira,
Camila Jordão Suarez,
Júlio César Faria,
Thais Guião Marone,
Antonio Pignatti Mendes,
Fabiana Marques da Costa,
Moema de Moura,
Maria Lúcia Morais da Motta,
Hélio Avalo,
Elza Jardim Virgilio,
Demer Xavier da Silva,
Carlos Alberto Melgarejo,
Alexandre Augusto 
Martins Startari,
Clélio Reis de Castro,
Antônio Miziara,
Maria Claudia Guelpa Rossi,
Evandro César Casali,
Jair Biscola,
Vera Lúcia Lopes.

Colaborou Tatyane Cameiro

DE GRAÇA E NA RUA

2º Campo Grande Jazz Festival

15/12/2025 11h30

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara Montagem / Divulgação

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Após uma primeira edição histórica em 2024, com apresentações em terminais de ônibus e no Armazém Cultural, onde, inclusive, a Urbem conheceu Ryan Keberle, o Campo Grande Jazz Festival deste ano se volta exclusivamente para espaços a céu da capital sul-mato-grossense com grande circulação de pessoas.

É a edição “rua” do festival, que acontece de quarta-feira a domingo, levando o jazz para o cotidiano da população campo-grandense.

A programação vai contar com uma série de cinco jam sessions, sendo três em terminais de ônibus, uma na Rua 14 de Julho (esquina com a Avenida Afonso Pena) e uma na Avenida Calógeras, próximo à Plataforma Cultural.

Sob a condução do produtor musical Adriel Santos, intercâmbios criativos unirão músicos experientes da cena local e nacional, explorando a espontaneidade do jazz tradicional e proporcionando encontros musicais de grande importância para o cenário musical sul-mato-grossense.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraFoto: Divulgação

“O festival busca promover a inclusão cultural, contribuir para o bem-estar social e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural da comunidade de Campo Grande. O jazz misturado ao tecido urbano é uma aposta estética e um jeito de levar a experiência musical para onde as pessoas estão”, afirma o músico e coordenador do evento.

Nos terminais de ônibus, o festival propõe intervenções musicais descontraídas e cheias de vigor, desconstruindo a rotina e oferecendo uma experiência inesperada a trabalhadores, estudantes e todos que passam por ali.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraDaniel Dalcantara (SP) - Foto: Divulgação

A música emerge em meio ao fluxo, democratizando-se para um público diversificado que, muitas vezes, não tem a oportunidade de frequentar eventos culturais com ingresso pago.

“Essa estratégia de levar o Campo Grande Jazz Festival para os espaços urbanos reflete um compromisso firme com a democratização do acesso à cultura e a ressignificação dos espaços públicos”, reforça Adriel Santos.

>> Serviço

Programação

Quarta-feira – às 17h30min,
no Terminal Bandeirantes, com Bianca Bacha, Gabriel Basso, Ana Ferreira, Adriel Santos e Junior Matos.

Quinta-feira – às 17h30min,
no Terminal General Osório, com Juninho MPB, Junior Juba, Matheus Yule e Leo Cavallini.

Sexta-feira – às 17h30min,
no Terminal Morenão, com Adriel Santos, Gabriel Basso e Giovani Oliveira.

Sábado – às 17h30min,
na Praça Ary Coelho (R. 14 de Julho com Av. Afonso Pena), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

Domingo – às 17h30min,
na Av. Calógeras (em frente à Plataforma Cultural), com
Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

ENTREVISTA COM BIANCA

"A fauna pantaneira é a base musical das nove composições de 'Pantanal Jam'"

Cantora Bianca Bacha, da Urbem, fala como a paisagem natural de Miranda afetou o processo de criação e gravação do segundo álbum da banda, sobre a diferença entre o canto com letra e as vocalizações que são a sua marca e anuncia projetos nos EUA e Espanha

15/12/2025 11h00

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano Divulgação / Alexis Prappas

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ENTREVISTA COM BIANCA

Recuperando para o leitor: como se deu a oportunidade do encontro e da parceria com o Ryan para o projeto do álbum “Pantanal Jam”?

Conhecemos Ryan Keberle no Campo Grande Jazz Festival [em março de 2024] e com ele tivemos uma troca musical instantânea. Tocamos juntos em um show no Sesc [Teatro Prosa] em setembro de 2024 e, a partir de lá, tivemos a certeza de que ainda faríamos muita música juntos.

No Pantanal, onde Ryan esteve pela primeira vez durante as gravações, ficou nítido que ele conseguiu transpassar para o repertório o encantamento que ele estava vivendo em meio a toda aquela natureza.

É o segundo disco, nove anos depois de “Living Room”. O que “Pantanal Jam” representa para a Urbem?

Este projeto é o nosso território sonoro: onde a música que criamos se entrelaça à natureza que nos guia em forma de jam. Na música, uma jam significa um encontro musical sem aviso prévio, as coisas vão acontecer ali na hora, portanto, o inesperado é bem-vindo e, com ele, você improvisa.

Qual seria o conceito geral do álbum?

O conceito do álbum nasce da escuta profunda da fauna pantaneira. Os cantos dos pássaros, o esturro da onça e os sons das águas e dos ventos não são efeitos nem pano de fundo: são a base musical das nove composições. A natureza atua como um músico a mais na banda de jazz, dialogando conosco em frases de pergunta e resposta.

Sandro Moreno registrou esses sons in loco, mergulhando no Pantanal para captá-los com precisão. Depois, analisou esse vasto material para identificar melodias, ritmos e motivos que se tornariam a essência das composições.

E, para fechar o ciclo, o álbum também foi gravado no coração do Pantanal. Com geradores a gasolina e um estúdio móvel, nós, a Urbem e o trombonista Ryan Keberle, levamos a música para o ambiente que a inspirou. E ali criamos, novamente in loco, em plena natureza selvagem.

Que tipo de referências buscaram para os arranjos, as sonoridades e as texturas?

Toda a referência e textura do álbum “Pantanal Jam” nascem dos próprios sons do Pantanal. A imersão no território e a escuta atenta transformaram cantos de pássaros, esturros, movimentos da água e vozes da mata em matéria-prima musical.

Cada faixa traduz essa convivência direta com a fauna e seus ritmos naturais, convertendo sons de bichos em música. Viva, orgânica e profundamente enraizada na paisagem pantaneira.

Isso está bastante perceptível. Os sons e toda a atmosfera do Pantanal atravessam o mood e talvez a própria concepção dos temas. Pode comentar um pouco mais sobre essa presença de elementos da natureza – e dessa natureza tão singular de MS – na criação de vocês?

A fauna, a luz, o silêncio amplo, os ventos, os cantos e até os vazios típicos da paisagem pantaneira influenciam diretamente a forma como criamos. É como se o ambiente nos orientasse musicalmente: às vezes guiando uma melodia, às vezes sugerindo um pulso, às vezes impondo uma pausa.

Esse encontro com a natureza não é decorativo, é estrutural. Ela atravessa tudo, o gesto musical, o espírito do disco e a maneira como a banda se relaciona com o som.

No “Pantanal Jam”, a paisagem não é cenário: é presença, é voz, é parceria criativa. É música.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Onde exatamente estiveram e gravaram? E quando foi?

As gravações foram feitas na Fazenda Caiman, em junho deste ano, num cenário que não poderia ser mais inspirador. Foram escolhidas pela produtora três locações diferentes, e para cada uma delas, três músicas.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Com uma equipe ultraprofissional que trouxe segurança e leveza para uma gravação ao vivo numa condição completamente inusitada.

E quanto ao repertório? Como chegaram às nove canções do disco?

Entre as composições, temos duas músicas do Paulo Calasans [“Swingue Verdejante” e “Suspiro da Terra”], um dos maiores produtores, arranjadores e instrumentistas do País, além de duas canções do Ryan Keberle junto com Sandro Moreno [“Paisagem Invertida” e “Entre Folhas”] e cinco composições nossas [“Espiral”, “Pluma”, “Voo Curvo”, “Barro” e “Canção do Ninho”].

Penso que o Pantanal é experimentado de um jeito bem particular por cada pessoa. Como é para você? Como aquele ambiente lhe toca e eventualmente interfere no seu jeito de cantar?

Tudo ali era extremamente inspirador. Dormir e acordar naquele lugar por alguns dias já me fazia até respirar de jeito diferente, com menos pressão e mais imersão.

Isso com certeza influenciou no jeito de cantar. Porém, o mais impressionante era saber que estava gravando um disco com toda aquela fauna ao redor, um jacaré no lago ao lado e uma onça a alguns quilômetros.

Embora domine há duas décadas o canto com letra e muitas vezes cante dessa forma em apresentações ao vivo, na Urbem, você investe sempre nos vocalizes e scats.

Todas as músicas do álbum “Pantanal Jam” usam a voz como instrumento, ou seja, não há letras nas músicas. Além de ser uma característica jazzística, esse estilo de canto se aproxima mais do cantar dos pássaros, a busca por seus fonemas e emissões.

Cada música exige uma altura e um escolher apropriado de sílabas que encaixem com a afinação e a expressão.

Adoro o canto com letras. Ali você tem palavras, interpreta, coloca ênfases. É até uma emissão de voz diferente. Só que comecei a me encantar com o mundo do jazz e toda essa coisa do canto que não usa palavras, o vocalize. E comecei a ouvir cantoras que cantam assim.

Tatiana Parra [cantora, compositora e professora paulistana] canta assim, nossa, de um jeito maravilhoso. A [portuguesa] Sara Serpa também. Tem também as divas mais antigas que faziam mais questão de improviso, o scat singing.

O canto sem palavra é muito desafiador porque ele é mais cru, mostra mais imperfeições de respiração, de emissão, de escolha de sílabas. E é muito improvisado. Porque a cada dia você pode usar uma sílaba diferente, pode caracterizar de uma outra forma.

Num dia vou fazer “u”, no outro dia posso fazer “a”, no outro posso fazer “e”. E você tem que descobrir ali, numa forma você com o seu corpo. E além de ter o desafio de você demonstrar o interpretar com emoção sem ter palavras.

Então é muito jazz [risos]. E acho muito bonito. Sempre vai ser um desafio. Sou com o meu corpo, com as palavras que eu escolho, que nem sempre são pensadas.

Claro que tem uma questão técnica de que o “i” você vai mais para um agudo, no “u” também; nos graves, você vai para outras escolhas, as consoantes também interferem. Gosto muito de passear pelas duas áreas. Tanto a área da interpretação com letra quanto a área dos vocalizes e texturas.

E Nova York? Pode contar um pouco sobre a recente temporada de vocês por lá?

O “Pantanal Jam” foi lançado em novembro deste ano com um show memorável em Nova York, durante a feira internacional de turismo Visit Brazil Gallery [na Detour Gallery], e a recepção foi extraordinária.

Pessoas do mundo inteiro, agentes de turismo, diretores da National Geographic, fotógrafos de natureza e profissionais de diversas áreas assistiram ao show com atenção absoluta.

Desde a primeira música, compreenderam nossa proposta e permaneceram maravilhados até o fim. Foi um momento histórico para Mato Grosso do Sul e para a arte sul-mato-grossense.

Esse resultado só foi possível graças ao apoio total da Fundtur e do seu diretor-presidente, Bruno Wendling, que acreditou no projeto desde o início e se comprometeu a nos apoiar tanto nas etapas de captação no Pantanal quanto no lançamento em Nova York. Além disso, segue impulsionando a campanha contínua de apresentar o “Pantanal Jam” ao mundo.

E faz sentido: ouvir o Pantanal desperta o desejo de visitá-lo, conhecê-lo e preservá-lo. O projeto reúne arte, natureza, conservação, turismo e toda a beleza única do nosso bioma, uma combinação que emociona e conecta o público global ao coração do Pantanal.

Além do álbum que já está lançado em todas as plataformas, temos uma série de vídeos das nove músicas e um minidocumentário.

Quando teremos shows da Urbem? Quais os próximos passos e projetos da banda?

A Urbem se sente profundamente entusiasmada em seguir os passos de Manoel de Barros, da família Espíndola, de Guilherme Rondon, Paulo Simões, Grupo Acaba, Geraldo Roca e tantos artistas que sempre beberam dessa fonte primária que é o Pantanal, transformando-a em arte para o mundo.

Recentemente, pesquisadores de Harvard e professores da UFMS colheram sons do Pantanal [pelo projeto Pantanal Sounds, que conta, entre outros, com nomes como o do violoncelista e professor William Teixeira], e esse movimento nos inspirou a ir a campo gravar os sons pantaneiros e a fazer composições dentro da nossa linguagem jazzística, incorporando esses registros naturais ao nosso modo de compor e evidenciando em música as belezas pantaneiras.

Temos planos de retornar aos Estados Unidos em breve e estamos em diálogo com a Embaixada do Brasil em Barcelona, onde palestraremos em março.

Além disso, a Urbem participará do Campo Grande Jazz Festival de Rua, no dia 21 de dezembro [neste domingo], em uma jam session com músicos locais e de São Paulo.

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