Correio B

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Confira a coluna Diálogo na íntegra, deste sábado e domingo, 13 e 14 de abril de 2024

Por Ester Figueiredo ([email protected])

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Henrique de Medeiros - escritor brasileiro

Quando perdemos ou ganhamos dores e amores, 
quem sofre sempre acha que deixou pólens humanos em poros desumanos”.

FELPUDA

Perante a cúpula nacional, presidentes estadual e municipal de partido estariam vivendo o estilo “vocês têm toda liberdade, mas nenhuma autonomia”. Tudo isso porque, em vez dos ditos-cujos apresentarem soluções para os problemas políticos, volta e meia “desembestam” a pedir socorro na instância superior. Chegou um momento que a turma de lá cansou. Também, pudera!

Autorizado

A Prefeitura de Campo Grande recebeu a autorização da Câmara Municipal para fazer outorga onerosa do serviço de estacionamento pago das vias da cidade. A CDL estava entre as entidades que participaram das discussões.

Mais

A pretensão inicial, conforme projeto enviado à Câmara Municipal, era que fosse por período de 15 anos (prorrogável pelo mesmo tempo). Os vereadores emendaram daqui e dali e decidiram por um prazo de 12 anos.

Foto: Wagner Guimarães

O ex-deputado, escritor e cientista político Sergio Manoel da Cruz e o jornalista Fausto Brites, quando do lançamento da publicação “História da Fundação de Mato Grosso do Sul”, na quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa de MS. O ex-parlamentar e autor da obra, que também é jornalista de formação, revela os bastidores do movimento separatista até a criação do Estado. O posfácio é assinado pelo presidente da Assembleia, deputado Gerson Claro, que foi professor de História.

Dra. Maria Jose Maldonado e Dr. Guilherme Maldonado Filho
John Machado e Guilherme Garcia

Licença

Como divulgado há tempos pelo Diálogo, o deputado Rinaldo Modesto, filiado ao Podemos, ficaria entre a cruz e a espada caso sua irmã Rose Modesto, do União Brasil, decidisse disputar a cadeira máxima do Executivo de Campo Grande. O partido do parlamentar é um “puxadinho” do PSDB, legenda essa que tem como pré-candidato o deputado federal Beto Pereira. Para não fazer campanha contra a irmã, Rinaldo se licenciará da sigla.

Novo endereço

Preterido pelo ninho tucano para ser o pré-candidato à prefeitura de Corumbá, o ex-secretário conhecido como Pardal bateu asas e foi parar no PP. Ele tem apoio do seu ex-chefe, o prefeito Marcelo Iunes, que deve se licenciar do PSDB, conforme noticiado há dias por esta coluna. Será uma campanha de “bicadas”.

Alvo

Quem deve ter de usar suas redes sociais para dar explicações ao distinto público é o deputado federal Marcos Pollon (PL). Ele votou contra a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle. Está apanhando que só de internautas e da imprensa.

Aniversariantes

SÁBADO (13)

Dra. Jaceguara Dantas da Silva,
Rita de Cascia Locci Ferreira Queiroz,
Ana Maria Colombo Peralta,
Carlos Scardini Neto,
Sônia Regina Avedikian,
Enio Taira,
João Flávio Ribeiro Prado,
Dr. Salomão Francisco Amaral,
Luiz Fernando Weber,
Mário Boiarenco,
Solene Tomikawa,
Renilson Cleber Caldeira,
Vangivaldo Oliveira Miranda,
Priscilla de Souza Oshiro,
Maria Celina Fiori Grance,
Lairtes Chaves 
Rodrigues Filho,
Mirtes Pinto Centurião,
Madalena Abud,
Waldete Franco 
Bogamil Quirino, 
Zilda Ribeiro Batistoti,
Marcos Barbosa Ojeda,
Dr. Antônio Graciliano Arguello Filho,
Louise Isabelita 
Lima de Brites,
Miguel Palacios Rodrigues,
Leidyuise Anniela 
Lima de Brites,
Sabrina Bertholi de Santana,
Elísio Curvo,
Dr. Heraldo Marques Figueiredo,
Dr. Francisco Aurélio 
Cevallos Rebelo,
Edimilson Volpe,
Rita Abussafi Figueiró,
Dra. Eusa Maria Figueiredo de Oliveira,
Dr. Jaison da Silva Azambuja,
Reginaldo Vilanova,
Dra. Roseny Maria 
Russi da Silva,
Agamenon Rodrigues 
do Prado,
Gilberto Alves Neto,
Antônio Carlos Braz,
Dra. Selma Guimarães Ferreira,
Dilson Casarotto,
José Ailton de Souza Nunes,
José Carlos Alves da Rosa,
Arlete Soares,
Joel Cavalcante,
Ana Lúcia Mendes Brito,
Anne Francis Malulei,
Sodek Afif Hanna,
Dr. Bruno Higa Nakao,
Dr. José Eduardo Neder Meneghelli,
Dr. Júlio Massanori Hiane,
Patrícia Michelle Teijó Zigart,
Adyr Estevam Della Senta,
Dr. Ailton Diogo Morilhas Rodrigues,
lsmael Almeida Júnior,
Arlete Freitas de Oliveira,
Ligia Mejia,
Caetano Pereira Quirino,
Sônia Barbosa,
Zulma Siman Carvalho,
José Domingues Ramos,
Silvani Mohr,
Fernando Carlos 
Sigarini da Silva,
Iane Geny da Silva Simões,
Suzete Simioli Guerreiro,
Robson Motizuki,
Sandra Regina Vidal Bravalhieri,
Maria José Schwarz,
Tatiana Pimentel Kivel,
Nilda Maria Mendes 
Coutinho Avila,
Matheus Malvino Rossi,
Doralice Camparim Facundo,
Katiuscia Gomes 
Mendonça Ishikawa.

DOMINGO (14)

Flávia Cristina Albuquerque Palhares Machado,
Dimas Braga,
Cláudia Kudiess Napi,
Gabriela Yussef,
Lucas Mota,
Maria Justina Pereira Gimenez,
Irineu Justino de Oliveira,
João José de Souza Leite,
Lourdes Aguena,
José Rodrigues Maria,
Dr. Vitor Higa,
Tiburcio João Soares,
Vandirlei Manetti Nabarrete,
Vinicius Coutinho Garabini,
Ricardo Augusto de Souza 
e Silva,
Miriam Shimabukuro Myasato,
José Roberto Machado,
André Coelho de Oliveira Martins,
Karolyne Aparecida 
Lima Maluf,
Waldeli dos Santos Rosa,
Dr. Wantuir Brasil Jacini,
Dr. Hailton Simões,
Natália Feitosa Beltrão,
Karina da Silva Faria,
Eugênio Peron Filho,
Rosângela Fernandes Oliva,
Paulo Victor Diotti Victoriano,
Dr. Ronaldo Bernardo Malheiros,
Arlindo Perin,
Dra. Izabel 
Teixeira Rodrigues,
Maria de Lourdes Morales,
Wanderley Patrick 
Lemos Gehlen,
José Palhano Neto,
Rafael Pereira Goldoni,
Nilza Maria Aguirre 
da Silva Lemos,
Eloisa Bittencourt,
Waldir de Oliveira Rocha,
Maria das Dores Carvalho,
Renato de Figueiredo,
Pedro de Assis e Silva,
Resebelma Oliveira Fontoura,
Juliana Teixeira de Oliveira,
Carlos Alberto 
Jonas Giordano,
Nádia Oliveira Palazzo,
Leda Aparecida Tomikawa,
Paulo Matias Júnior,
Rosilma Alves de Oliveira,
Lamartine de Figueiredo Costa,
Nilda Tronche Nicolau,
Nelson Chaia,
Dr. Jaime Shimabukuro,
Sueli Hatsumi Hishie Nobu,
Dr. Jorge Barreto Algayer,
Dr. Carlos César Ferreira,
Osvaldo Viana Ferreira,
Vera Regina Barros 
de Figueiredo 
Madureira de Pinho,
Izabel de Souza,
Antônio Marques Rodrigues,
Dra. Maria Sara Costa 
de Oliveira,
José Rosalvo Fraga 
dos Santos,
Luciane Mara 
de Rezende Giglio,
Marli Graciano Moreli,
Roberto de Castro Cunha,
José Gondim Lins,
Ogular Zardo Filho,
Fioravante Rotilli,
Claudia Reiko Yoza,
Rosane Meireles Grubert,
Ricardo Augusto 
Cação Pinto,
Fernando Davanso dos Santos.

Colaborou Tatyane Gameiro

DE GRAÇA E NA RUA

2º Campo Grande Jazz Festival

15/12/2025 11h30

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara

Felipe Silveira e Daniel Dalcantara Montagem / Divulgação

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Após uma primeira edição histórica em 2024, com apresentações em terminais de ônibus e no Armazém Cultural, onde, inclusive, a Urbem conheceu Ryan Keberle, o Campo Grande Jazz Festival deste ano se volta exclusivamente para espaços a céu da capital sul-mato-grossense com grande circulação de pessoas.

É a edição “rua” do festival, que acontece de quarta-feira a domingo, levando o jazz para o cotidiano da população campo-grandense.

A programação vai contar com uma série de cinco jam sessions, sendo três em terminais de ônibus, uma na Rua 14 de Julho (esquina com a Avenida Afonso Pena) e uma na Avenida Calógeras, próximo à Plataforma Cultural.

Sob a condução do produtor musical Adriel Santos, intercâmbios criativos unirão músicos experientes da cena local e nacional, explorando a espontaneidade do jazz tradicional e proporcionando encontros musicais de grande importância para o cenário musical sul-mato-grossense.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraFoto: Divulgação

“O festival busca promover a inclusão cultural, contribuir para o bem-estar social e fortalecer o sentimento de pertencimento e identidade cultural da comunidade de Campo Grande. O jazz misturado ao tecido urbano é uma aposta estética e um jeito de levar a experiência musical para onde as pessoas estão”, afirma o músico e coordenador do evento.

Nos terminais de ônibus, o festival propõe intervenções musicais descontraídas e cheias de vigor, desconstruindo a rotina e oferecendo uma experiência inesperada a trabalhadores, estudantes e todos que passam por ali.

Felipe Silveira e Daniel DalcantaraDaniel Dalcantara (SP) - Foto: Divulgação

A música emerge em meio ao fluxo, democratizando-se para um público diversificado que, muitas vezes, não tem a oportunidade de frequentar eventos culturais com ingresso pago.

“Essa estratégia de levar o Campo Grande Jazz Festival para os espaços urbanos reflete um compromisso firme com a democratização do acesso à cultura e a ressignificação dos espaços públicos”, reforça Adriel Santos.

>> Serviço

Programação

Quarta-feira – às 17h30min,
no Terminal Bandeirantes, com Bianca Bacha, Gabriel Basso, Ana Ferreira, Adriel Santos e Junior Matos.

Quinta-feira – às 17h30min,
no Terminal General Osório, com Juninho MPB, Junior Juba, Matheus Yule e Leo Cavallini.

Sexta-feira – às 17h30min,
no Terminal Morenão, com Adriel Santos, Gabriel Basso e Giovani Oliveira.

Sábado – às 17h30min,
na Praça Ary Coelho (R. 14 de Julho com Av. Afonso Pena), com Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

Domingo – às 17h30min,
na Av. Calógeras (em frente à Plataforma Cultural), com
Felipe Silveira (SP), Daniel D’Alcantara (SP) e artistas da cena local do jazz.

ENTREVISTA COM BIANCA

"A fauna pantaneira é a base musical das nove composições de 'Pantanal Jam'"

Cantora Bianca Bacha, da Urbem, fala como a paisagem natural de Miranda afetou o processo de criação e gravação do segundo álbum da banda, sobre a diferença entre o canto com letra e as vocalizações que são a sua marca e anuncia projetos nos EUA e Espanha

15/12/2025 11h00

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano Divulgação / Alexis Prappas

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ENTREVISTA COM BIANCA

Recuperando para o leitor: como se deu a oportunidade do encontro e da parceria com o Ryan para o projeto do álbum “Pantanal Jam”?

Conhecemos Ryan Keberle no Campo Grande Jazz Festival [em março de 2024] e com ele tivemos uma troca musical instantânea. Tocamos juntos em um show no Sesc [Teatro Prosa] em setembro de 2024 e, a partir de lá, tivemos a certeza de que ainda faríamos muita música juntos.

No Pantanal, onde Ryan esteve pela primeira vez durante as gravações, ficou nítido que ele conseguiu transpassar para o repertório o encantamento que ele estava vivendo em meio a toda aquela natureza.

É o segundo disco, nove anos depois de “Living Room”. O que “Pantanal Jam” representa para a Urbem?

Este projeto é o nosso território sonoro: onde a música que criamos se entrelaça à natureza que nos guia em forma de jam. Na música, uma jam significa um encontro musical sem aviso prévio, as coisas vão acontecer ali na hora, portanto, o inesperado é bem-vindo e, com ele, você improvisa.

Qual seria o conceito geral do álbum?

O conceito do álbum nasce da escuta profunda da fauna pantaneira. Os cantos dos pássaros, o esturro da onça e os sons das águas e dos ventos não são efeitos nem pano de fundo: são a base musical das nove composições. A natureza atua como um músico a mais na banda de jazz, dialogando conosco em frases de pergunta e resposta.

Sandro Moreno registrou esses sons in loco, mergulhando no Pantanal para captá-los com precisão. Depois, analisou esse vasto material para identificar melodias, ritmos e motivos que se tornariam a essência das composições.

E, para fechar o ciclo, o álbum também foi gravado no coração do Pantanal. Com geradores a gasolina e um estúdio móvel, nós, a Urbem e o trombonista Ryan Keberle, levamos a música para o ambiente que a inspirou. E ali criamos, novamente in loco, em plena natureza selvagem.

Que tipo de referências buscaram para os arranjos, as sonoridades e as texturas?

Toda a referência e textura do álbum “Pantanal Jam” nascem dos próprios sons do Pantanal. A imersão no território e a escuta atenta transformaram cantos de pássaros, esturros, movimentos da água e vozes da mata em matéria-prima musical.

Cada faixa traduz essa convivência direta com a fauna e seus ritmos naturais, convertendo sons de bichos em música. Viva, orgânica e profundamente enraizada na paisagem pantaneira.

Isso está bastante perceptível. Os sons e toda a atmosfera do Pantanal atravessam o mood e talvez a própria concepção dos temas. Pode comentar um pouco mais sobre essa presença de elementos da natureza – e dessa natureza tão singular de MS – na criação de vocês?

A fauna, a luz, o silêncio amplo, os ventos, os cantos e até os vazios típicos da paisagem pantaneira influenciam diretamente a forma como criamos. É como se o ambiente nos orientasse musicalmente: às vezes guiando uma melodia, às vezes sugerindo um pulso, às vezes impondo uma pausa.

Esse encontro com a natureza não é decorativo, é estrutural. Ela atravessa tudo, o gesto musical, o espírito do disco e a maneira como a banda se relaciona com o som.

No “Pantanal Jam”, a paisagem não é cenário: é presença, é voz, é parceria criativa. É música.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Onde exatamente estiveram e gravaram? E quando foi?

As gravações foram feitas na Fazenda Caiman, em junho deste ano, num cenário que não poderia ser mais inspirador. Foram escolhidas pela produtora três locações diferentes, e para cada uma delas, três músicas.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Com uma equipe ultraprofissional que trouxe segurança e leveza para uma gravação ao vivo numa condição completamente inusitada.

E quanto ao repertório? Como chegaram às nove canções do disco?

Entre as composições, temos duas músicas do Paulo Calasans [“Swingue Verdejante” e “Suspiro da Terra”], um dos maiores produtores, arranjadores e instrumentistas do País, além de duas canções do Ryan Keberle junto com Sandro Moreno [“Paisagem Invertida” e “Entre Folhas”] e cinco composições nossas [“Espiral”, “Pluma”, “Voo Curvo”, “Barro” e “Canção do Ninho”].

Penso que o Pantanal é experimentado de um jeito bem particular por cada pessoa. Como é para você? Como aquele ambiente lhe toca e eventualmente interfere no seu jeito de cantar?

Tudo ali era extremamente inspirador. Dormir e acordar naquele lugar por alguns dias já me fazia até respirar de jeito diferente, com menos pressão e mais imersão.

Isso com certeza influenciou no jeito de cantar. Porém, o mais impressionante era saber que estava gravando um disco com toda aquela fauna ao redor, um jacaré no lago ao lado e uma onça a alguns quilômetros.

Embora domine há duas décadas o canto com letra e muitas vezes cante dessa forma em apresentações ao vivo, na Urbem, você investe sempre nos vocalizes e scats.

Todas as músicas do álbum “Pantanal Jam” usam a voz como instrumento, ou seja, não há letras nas músicas. Além de ser uma característica jazzística, esse estilo de canto se aproxima mais do cantar dos pássaros, a busca por seus fonemas e emissões.

Cada música exige uma altura e um escolher apropriado de sílabas que encaixem com a afinação e a expressão.

Adoro o canto com letras. Ali você tem palavras, interpreta, coloca ênfases. É até uma emissão de voz diferente. Só que comecei a me encantar com o mundo do jazz e toda essa coisa do canto que não usa palavras, o vocalize. E comecei a ouvir cantoras que cantam assim.

Tatiana Parra [cantora, compositora e professora paulistana] canta assim, nossa, de um jeito maravilhoso. A [portuguesa] Sara Serpa também. Tem também as divas mais antigas que faziam mais questão de improviso, o scat singing.

O canto sem palavra é muito desafiador porque ele é mais cru, mostra mais imperfeições de respiração, de emissão, de escolha de sílabas. E é muito improvisado. Porque a cada dia você pode usar uma sílaba diferente, pode caracterizar de uma outra forma.

Num dia vou fazer “u”, no outro dia posso fazer “a”, no outro posso fazer “e”. E você tem que descobrir ali, numa forma você com o seu corpo. E além de ter o desafio de você demonstrar o interpretar com emoção sem ter palavras.

Então é muito jazz [risos]. E acho muito bonito. Sempre vai ser um desafio. Sou com o meu corpo, com as palavras que eu escolho, que nem sempre são pensadas.

Claro que tem uma questão técnica de que o “i” você vai mais para um agudo, no “u” também; nos graves, você vai para outras escolhas, as consoantes também interferem. Gosto muito de passear pelas duas áreas. Tanto a área da interpretação com letra quanto a área dos vocalizes e texturas.

E Nova York? Pode contar um pouco sobre a recente temporada de vocês por lá?

O “Pantanal Jam” foi lançado em novembro deste ano com um show memorável em Nova York, durante a feira internacional de turismo Visit Brazil Gallery [na Detour Gallery], e a recepção foi extraordinária.

Pessoas do mundo inteiro, agentes de turismo, diretores da National Geographic, fotógrafos de natureza e profissionais de diversas áreas assistiram ao show com atenção absoluta.

Desde a primeira música, compreenderam nossa proposta e permaneceram maravilhados até o fim. Foi um momento histórico para Mato Grosso do Sul e para a arte sul-mato-grossense.

Esse resultado só foi possível graças ao apoio total da Fundtur e do seu diretor-presidente, Bruno Wendling, que acreditou no projeto desde o início e se comprometeu a nos apoiar tanto nas etapas de captação no Pantanal quanto no lançamento em Nova York. Além disso, segue impulsionando a campanha contínua de apresentar o “Pantanal Jam” ao mundo.

E faz sentido: ouvir o Pantanal desperta o desejo de visitá-lo, conhecê-lo e preservá-lo. O projeto reúne arte, natureza, conservação, turismo e toda a beleza única do nosso bioma, uma combinação que emociona e conecta o público global ao coração do Pantanal.

Além do álbum que já está lançado em todas as plataformas, temos uma série de vídeos das nove músicas e um minidocumentário.

Quando teremos shows da Urbem? Quais os próximos passos e projetos da banda?

A Urbem se sente profundamente entusiasmada em seguir os passos de Manoel de Barros, da família Espíndola, de Guilherme Rondon, Paulo Simões, Grupo Acaba, Geraldo Roca e tantos artistas que sempre beberam dessa fonte primária que é o Pantanal, transformando-a em arte para o mundo.

Recentemente, pesquisadores de Harvard e professores da UFMS colheram sons do Pantanal [pelo projeto Pantanal Sounds, que conta, entre outros, com nomes como o do violoncelista e professor William Teixeira], e esse movimento nos inspirou a ir a campo gravar os sons pantaneiros e a fazer composições dentro da nossa linguagem jazzística, incorporando esses registros naturais ao nosso modo de compor e evidenciando em música as belezas pantaneiras.

Temos planos de retornar aos Estados Unidos em breve e estamos em diálogo com a Embaixada do Brasil em Barcelona, onde palestraremos em março.

Além disso, a Urbem participará do Campo Grande Jazz Festival de Rua, no dia 21 de dezembro [neste domingo], em uma jam session com músicos locais e de São Paulo.

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