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Confira a previsão semanal do Tarot para o seu signo. Semana de 19 a 25 de Julho

Nesta semana, esteja pronto para assumir o controle e o comando da situação, tendo bastante clareza e objetividade nas suas ações

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Por Ana Cristina Paixão

Energia Geral

Imperador

Nesta semana, esteja pronto para assumir o controle e o comando da situação, tendo bastante clareza e objetividade nas suas ações.  

Momento propício para concretizar coisas, fechar negócios, realizar projetos. Exerça o seu papel de líder!

 

 

O imperador indica que você vai fazer escolhas pragmáticas visando a sua segurança e estabilidade (casa, família, trabalho).

Esta carta favorece também a responsabilidade. Defenda o seu território e estabeleça limites. Você é quem manda na sua vida, mais ninguém!  

Cuidado apenas para o excesso de rigor não atrapalhar as suas relações. Não seja mandão(ona) com os outros!  

 

Áries

Julgamento

Use o bom senso nesta semana. Examine cada aspecto de uma situação antes de julgar e tomar uma decisão importante.  

Este é um momento de despertar ou um renascimento. Uma segunda oportunidade para você ser bem-sucedido(a) em situações que não tiveram necessariamente um final feliz no passado. Acredite no seu potencial evolutivo!

A carta do Julgamento pode indicar que uma grande mudança está próxima. Uma vez que um ciclo fecha, outro está prestes a começar. Renove-se! Nunca é tarde demais.  

As palavras que começam com o “re” são a energia desta carta: resolver, reunir, reconciliar, reorganizar... Só tome cuidado aqui para não resgatar aquelas coisas velhas lá do fundo do baú que já não servem mais. 

Mesmo que sinta a tentação, o que passou, passou. Está na hora de jogar fora o velho e abraçar o novo. Liberte-se! É pra frente que se anda!

 

Touro

Três de Copas

O conselho para o taurino é: divirta-se! Você vai viver um tremendo clima de “sextou” durante esta semana.

Aceite aquele convite e se permita participar de qualquer tipo de comemoração. Reúna-se com a família e amigos, tomando os devidos cuidados e usando máscara, claro!  

Traga os salgados, a sobremesa ou a bebida, mas, sobretudo, não deixe de trazer o espírito de alegria com você.  

Conte também com o apoio do seu círculo de confiança para ajudá-lo(a) a resolver qualquer problema. Eles vão vir ao seu auxílio, com certeza!

No afeto, esta carta aconselha você a se jogar na pista. Flerte à vontade, mas ainda não espere compromisso! Aqui se aplica aquela frase: “calma, a gente está se conhecendo”.

Descontração total, bom para postar uma foto nas redes sociais com aquele sorriso aberto após muitos brindes e risadas.  

 

Gêmeos

Nove de Copas

“O seu desejo é uma ordem!”, diria o gênio da lâmpada para você. Nesta semana, esteja pronto para receber muitas bênçãos. O Universo está pronto para realizar as suas vontades.

Você vai sentir que tem tudo que precisa para ser feliz. Afinal, você merece!  

O Nove de Copas é como se você recebesse um abraço caloroso de alguém que te ampara. E, se precisar de suporte em qualquer coisa, saiba que alguém estará disponível para você.  

É como ter a fada-madrinha da Cinderella diante de você com a varinha de condão na mão, pronta para realizar o seu sonho dizendo: “bibidi-bobodi-bu!”

 

Câncer

Pajem de Paus

O Pajem de Paus é uma carta de ação. Portanto, esteja aberto a uma oferta de trabalho que desenvolva suas habilidades ou experiências.

Esta carta também pode te aconselhar a falar abertamente. Expresse-se! Se algo o incomodar, se posicione! Você vai se sentir ativo, cheio de ideias e energia.

O Pajem de Paus também pode aconselhar para você tomar a iniciativa para iniciar um negócio, um novo empreendimento criativo ou um novo relacionamento. De qualquer forma, vai ter notícia ou novidade chegando. Esteja atento(a)!  

Aceite o convite e responda “sim” para o RSVP do Universo.

 

 

Leão

Rainha de Copas

Nesta semana, você vai querer olhar um pouco mais para dentro para encontrar as respostas que está procurando.  

Se você precisa tomar uma decisão, procure escolher com o coração e não com a cabeça. Deixe a sua intuição mostrar o caminho.  

Torne o seu ambiente o mais agradável possível. Crie beleza ao seu redor, se cercando de coisas que o(a) façam sentir-se calmo(a) e harmonioso(a).  

A Rainha de Copas também pode aconselhá-lo(a) a ouvir com atenção os outros. Deixe que expressem seus sentimentos e seja compreensivo(a) e amoroso(a).

Esta carta também pode dizer simplesmente: cuide de quem precisa de você.

 

 

Virgem

Rainha de Paus

Estimule o seu potencial criativo nesta semana. Tenha ousadia e determinação para dar vida aos seus planos e projetos.

Aja de acordo com seus desejos. Se há algo (ou alguém!) que você deseja, vá em frente!

Traga entusiasmo para a sua situação. Inspire e incentive outras pessoas por meio do seu exemplo.  

Quando esta carta aparece, ela pode dizer: assuma a liderança. Ela representa forca, segurança e foco.

Uma abordagem corajosa é necessária agora. Seja confiante!

 

 

Libra

Ceifador

A carta do Ceifador simboliza um corte ou uma transformação importante na sua vida.

Portanto, como conselho para esta semana, abrace a mudança! Não tenha medo ou tente fugir. Em vez disso, aceite.  

Deixe de lado o velho, o desgastado. Não se apegue ao passado, pois ele já se foi. Elimine o que não serve mais e inicie uma nova fase.

Limpe tudo para abrir caminho para um novo crescimento. Fora com o velho, dê lugar para o novo!  

O Ceifador também pode ser um aviso de que é hora de mudar seus hábitos. Nunca é tarde demais para se transformar.  

 

 

Escorpião

Cavaleiro de Paus 

Considere o Cavaleiro de Paus como o seu sinal verde para seguir em frente com planos e projetos.  

Tome uma atitude! Se você quer ver seus sonhos se realizarem, deve ir à luta e executar as suas ideias.

Para isso, é necessário um espírito entusiasta e aventureiro. Enfrente com otimismo os desafios que encontrar pela frente. Você vai conseguir superá-los.

Esta carta favorece propostas novas de trabalho, mudança de casa e de lugar. Pode também significar viagens, convites e mensagens.  

A presença do Cavaleiro de Paus indica paixão e pode estar aconselhando você, literalmente, a seguir suas paixões. Vá em frente e conquiste!  

 

 

Sagitário

Quatro de Ouros 

Nesta semana, administre o seu dinheiro e bens materiais com cuidado. Não desperdice. Segure o que você tem e seja prudente com os gastos.

Concentre-se na sua segurança neste momento. Estrutura, estabilidade e ordem, isso é o que você precisa agora.

Esta carta também pode indicar a necessidade de estabelecer limites. Proteja o seu coração e a sua energia. Às vezes, precisamos nos resguardar para garantir a manutenção do que foi conquistado com tanto esforço. Se você sentir alguma ameaça, levante o escudo!

Só tome cuidado para não se apegar demais. O meio-termo entre poupar e gastar é o melhor caminho.  

 

 

Capricórnio

Justiça

A carta da Justiça é um lembrete para ser justo em todas as suas negociações. Procure considerar todos os lados antes de tomar uma decisão. Pese os prós e contras, analise as opções e delibere com cuidado. Quando sentir que tem as informações necessárias para fazer uma escolha certa, faça com confiança.

A justiça também pode aconselhar a buscar um conselho sábio ou uma orientação, especialmente se você estiver tendo que enfrentar questões jurídicas.  

Esta carta também simboliza a necessidade de seguir as leis e as regras e não se desviar delas.  

Nesta energia, você “jura dizer a verdade, somente a verdade, nada além da verdade”. Mas tudo com muito equilíbrio e ponderação.  

A justiça também favorece "fazer a coisa certa". Mesmo que as probabilidades pareçam estar contra você, siga a sua bússola moral e confie. As decisões serão tomadas a seu favor.  

Lembre-se: a justiça tarda, mas não falha.

 

 

Aquário

Dez de Copas

O Dez de Copas é uma carta alegre e repleta de afeto. Nesta semana, cuide dos seus entes queridos. Crie um ambiente de apoio onde todos se sintam seguros e amados.

Tudo é prazeroso com o Dez de Copas. Aquele almoço em família onde todos estão felizes e em harmonia, os afetos são permanentes e estáveis e o cotidiano (até no trabalho) é agradável.

Excelente energia para o amor. O Dez de Copas indica um bom prenúncio para a criação de segurança a longo prazo por meio de noivado, casamento ou compra de uma casa.

Se você está perguntando se deve ou não expandir sua família, esta carta diz: sim!  

O Dez de Copas também pode aconselhar você a ir atrás de seus sonhos. Se existe algo que você deseja alcançar, ter ou ser, tudo vai dar certo.  

Uma semana nota 10.

 

 

Peixes

Cinco de Copas 

Se fôssemos buscar uma música que traduzisse o seu sentimento nesta semana seria a canção “Gota d’água” do Chico Buarque: “deixe em paz meu coração que ele é um pote até aqui de mágoa” ...

Se você sofreu uma perda, uma decepção, pode chorar à vontade. Mesmo que não pareça, é bom para você. Se permita a passar pelo processo do “luto”, mesmo que pareça desconfortável.  

Enfrente a dor de frente. Ao lidar com as suas emoções diretamente, você inicia o processo de cura.

Chore até de raiva, mas não pelo leite derramado. Não se lamente por ter tentado, lutado e investido em algo que não deu certo. Só se arrependa do que não fez.

Pare de olhar para trás. Perdoe e siga em frente. O que está feito está feito. Faz parte do aprendizado. O que não nos mata nos torna mais forte, não é mesmo?

Depois da escuridão vem a luz. Amanhã será um novo dia.

 

ENTREVISTA COM BIANCA

"A fauna pantaneira é a base musical das nove composições de 'Pantanal Jam'"

Cantora Bianca Bacha, da Urbem, fala como a paisagem natural de Miranda afetou o processo de criação e gravação do segundo álbum da banda, sobre a diferença entre o canto com letra e as vocalizações que são a sua marca e anuncia projetos nos EUA e Espanha

15/12/2025 11h00

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste ano Divulgação / Alexis Prappas

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ENTREVISTA COM BIANCA

Recuperando para o leitor: como se deu a oportunidade do encontro e da parceria com o Ryan para o projeto do álbum “Pantanal Jam”?

Conhecemos Ryan Keberle no Campo Grande Jazz Festival [em março de 2024] e com ele tivemos uma troca musical instantânea. Tocamos juntos em um show no Sesc [Teatro Prosa] em setembro de 2024 e, a partir de lá, tivemos a certeza de que ainda faríamos muita música juntos.

No Pantanal, onde Ryan esteve pela primeira vez durante as gravações, ficou nítido que ele conseguiu transpassar para o repertório o encantamento que ele estava vivendo em meio a toda aquela natureza.

É o segundo disco, nove anos depois de “Living Room”. O que “Pantanal Jam” representa para a Urbem?

Este projeto é o nosso território sonoro: onde a música que criamos se entrelaça à natureza que nos guia em forma de jam. Na música, uma jam significa um encontro musical sem aviso prévio, as coisas vão acontecer ali na hora, portanto, o inesperado é bem-vindo e, com ele, você improvisa.

Qual seria o conceito geral do álbum?

O conceito do álbum nasce da escuta profunda da fauna pantaneira. Os cantos dos pássaros, o esturro da onça e os sons das águas e dos ventos não são efeitos nem pano de fundo: são a base musical das nove composições. A natureza atua como um músico a mais na banda de jazz, dialogando conosco em frases de pergunta e resposta.

Sandro Moreno registrou esses sons in loco, mergulhando no Pantanal para captá-los com precisão. Depois, analisou esse vasto material para identificar melodias, ritmos e motivos que se tornariam a essência das composições.

E, para fechar o ciclo, o álbum também foi gravado no coração do Pantanal. Com geradores a gasolina e um estúdio móvel, nós, a Urbem e o trombonista Ryan Keberle, levamos a música para o ambiente que a inspirou. E ali criamos, novamente in loco, em plena natureza selvagem.

Que tipo de referências buscaram para os arranjos, as sonoridades e as texturas?

Toda a referência e textura do álbum “Pantanal Jam” nascem dos próprios sons do Pantanal. A imersão no território e a escuta atenta transformaram cantos de pássaros, esturros, movimentos da água e vozes da mata em matéria-prima musical.

Cada faixa traduz essa convivência direta com a fauna e seus ritmos naturais, convertendo sons de bichos em música. Viva, orgânica e profundamente enraizada na paisagem pantaneira.

Isso está bastante perceptível. Os sons e toda a atmosfera do Pantanal atravessam o mood e talvez a própria concepção dos temas. Pode comentar um pouco mais sobre essa presença de elementos da natureza – e dessa natureza tão singular de MS – na criação de vocês?

A fauna, a luz, o silêncio amplo, os ventos, os cantos e até os vazios típicos da paisagem pantaneira influenciam diretamente a forma como criamos. É como se o ambiente nos orientasse musicalmente: às vezes guiando uma melodia, às vezes sugerindo um pulso, às vezes impondo uma pausa.

Esse encontro com a natureza não é decorativo, é estrutural. Ela atravessa tudo, o gesto musical, o espírito do disco e a maneira como a banda se relaciona com o som.

No “Pantanal Jam”, a paisagem não é cenário: é presença, é voz, é parceria criativa. É música.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Onde exatamente estiveram e gravaram? E quando foi?

As gravações foram feitas na Fazenda Caiman, em junho deste ano, num cenário que não poderia ser mais inspirador. Foram escolhidas pela produtora três locações diferentes, e para cada uma delas, três músicas.

A cantora Bianca Bacha se prepara para mais uma gravação na Fazenda Caiman, em Miranda, em junho deste anoFoto: Divulgação / Alexis Prappas

Com uma equipe ultraprofissional que trouxe segurança e leveza para uma gravação ao vivo numa condição completamente inusitada.

E quanto ao repertório? Como chegaram às nove canções do disco?

Entre as composições, temos duas músicas do Paulo Calasans [“Swingue Verdejante” e “Suspiro da Terra”], um dos maiores produtores, arranjadores e instrumentistas do País, além de duas canções do Ryan Keberle junto com Sandro Moreno [“Paisagem Invertida” e “Entre Folhas”] e cinco composições nossas [“Espiral”, “Pluma”, “Voo Curvo”, “Barro” e “Canção do Ninho”].

Penso que o Pantanal é experimentado de um jeito bem particular por cada pessoa. Como é para você? Como aquele ambiente lhe toca e eventualmente interfere no seu jeito de cantar?

Tudo ali era extremamente inspirador. Dormir e acordar naquele lugar por alguns dias já me fazia até respirar de jeito diferente, com menos pressão e mais imersão.

Isso com certeza influenciou no jeito de cantar. Porém, o mais impressionante era saber que estava gravando um disco com toda aquela fauna ao redor, um jacaré no lago ao lado e uma onça a alguns quilômetros.

Embora domine há duas décadas o canto com letra e muitas vezes cante dessa forma em apresentações ao vivo, na Urbem, você investe sempre nos vocalizes e scats.

Todas as músicas do álbum “Pantanal Jam” usam a voz como instrumento, ou seja, não há letras nas músicas. Além de ser uma característica jazzística, esse estilo de canto se aproxima mais do cantar dos pássaros, a busca por seus fonemas e emissões.

Cada música exige uma altura e um escolher apropriado de sílabas que encaixem com a afinação e a expressão.

Adoro o canto com letras. Ali você tem palavras, interpreta, coloca ênfases. É até uma emissão de voz diferente. Só que comecei a me encantar com o mundo do jazz e toda essa coisa do canto que não usa palavras, o vocalize. E comecei a ouvir cantoras que cantam assim.

Tatiana Parra [cantora, compositora e professora paulistana] canta assim, nossa, de um jeito maravilhoso. A [portuguesa] Sara Serpa também. Tem também as divas mais antigas que faziam mais questão de improviso, o scat singing.

O canto sem palavra é muito desafiador porque ele é mais cru, mostra mais imperfeições de respiração, de emissão, de escolha de sílabas. E é muito improvisado. Porque a cada dia você pode usar uma sílaba diferente, pode caracterizar de uma outra forma.

Num dia vou fazer “u”, no outro dia posso fazer “a”, no outro posso fazer “e”. E você tem que descobrir ali, numa forma você com o seu corpo. E além de ter o desafio de você demonstrar o interpretar com emoção sem ter palavras.

Então é muito jazz [risos]. E acho muito bonito. Sempre vai ser um desafio. Sou com o meu corpo, com as palavras que eu escolho, que nem sempre são pensadas.

Claro que tem uma questão técnica de que o “i” você vai mais para um agudo, no “u” também; nos graves, você vai para outras escolhas, as consoantes também interferem. Gosto muito de passear pelas duas áreas. Tanto a área da interpretação com letra quanto a área dos vocalizes e texturas.

E Nova York? Pode contar um pouco sobre a recente temporada de vocês por lá?

O “Pantanal Jam” foi lançado em novembro deste ano com um show memorável em Nova York, durante a feira internacional de turismo Visit Brazil Gallery [na Detour Gallery], e a recepção foi extraordinária.

Pessoas do mundo inteiro, agentes de turismo, diretores da National Geographic, fotógrafos de natureza e profissionais de diversas áreas assistiram ao show com atenção absoluta.

Desde a primeira música, compreenderam nossa proposta e permaneceram maravilhados até o fim. Foi um momento histórico para Mato Grosso do Sul e para a arte sul-mato-grossense.

Esse resultado só foi possível graças ao apoio total da Fundtur e do seu diretor-presidente, Bruno Wendling, que acreditou no projeto desde o início e se comprometeu a nos apoiar tanto nas etapas de captação no Pantanal quanto no lançamento em Nova York. Além disso, segue impulsionando a campanha contínua de apresentar o “Pantanal Jam” ao mundo.

E faz sentido: ouvir o Pantanal desperta o desejo de visitá-lo, conhecê-lo e preservá-lo. O projeto reúne arte, natureza, conservação, turismo e toda a beleza única do nosso bioma, uma combinação que emociona e conecta o público global ao coração do Pantanal.

Além do álbum que já está lançado em todas as plataformas, temos uma série de vídeos das nove músicas e um minidocumentário.

Quando teremos shows da Urbem? Quais os próximos passos e projetos da banda?

A Urbem se sente profundamente entusiasmada em seguir os passos de Manoel de Barros, da família Espíndola, de Guilherme Rondon, Paulo Simões, Grupo Acaba, Geraldo Roca e tantos artistas que sempre beberam dessa fonte primária que é o Pantanal, transformando-a em arte para o mundo.

Recentemente, pesquisadores de Harvard e professores da UFMS colheram sons do Pantanal [pelo projeto Pantanal Sounds, que conta, entre outros, com nomes como o do violoncelista e professor William Teixeira], e esse movimento nos inspirou a ir a campo gravar os sons pantaneiros e a fazer composições dentro da nossa linguagem jazzística, incorporando esses registros naturais ao nosso modo de compor e evidenciando em música as belezas pantaneiras.

Temos planos de retornar aos Estados Unidos em breve e estamos em diálogo com a Embaixada do Brasil em Barcelona, onde palestraremos em março.

Além disso, a Urbem participará do Campo Grande Jazz Festival de Rua, no dia 21 de dezembro [neste domingo], em uma jam session com músicos locais e de São Paulo.

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MÚSICA

Entre onças e tuiuiús, o jazz

Em parceria com o trombonista Ryan Keberle, com nove composições inspiradas na exuberância do Pantanal, URBEM lança segundo álbum; 2º Campo Grande Jazz Festival celebra o gênero na Capital, com apresentações gratuitas

15/12/2025 10h00

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro Moreno

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro Moreno Divulgação / Alexis Prappas

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Sem dar muitos detalhes, o baterista Sandro Moreno, quando conversou comigo, em junho, sobre o álbum que a Urbem gravaria com Ryan Keberle, adiantou que o projeto seria “algo muito especial”.

Após o show – memorável, diga-se – que fizeram juntos no Teatro do Mundo, o quarteto campo-grandense – além de Sandro, Bianca Bacha (vocais), Ana Ferreira (piano), Gabriel Basso (contrabaixo) – e o trombonista norte-americano foram para a zona rural de Miranda e se instalaram na Fazenda Caiman.

Foi lá que a magia aconteceu. Na estrada desde 2013 e com apenas um álbum lançado até então, “Living Room” (2016), a banda disponibilizou “Pantanal Jam” no Spotify no dia 29 de outubro, três dias antes do show que realizaria em Nova York, em um evento na Detour Gallery que uniu arte, gastronomia e turismo para promover o Pantanal.

São nove faixas criadas e gravadas com extremo apuro e sensibilidade, que alcançam os músicos da Urbem e Ryan num ponto bem elevado de suas capacidades.

Os temas soam como se os cinco artistas tivessem se deixado abraçar pela contagiante pregnância da natureza de Miranda, e Bianca Bacha confirma isso em entrevista exclusiva.

Melodias, pulsações e andamentos foram se definindo conforme eles mergulhavam em tudo que viam, ouviam e sentiam por ali: ventos, o canto das aves, “o esturro da onça”, como Bianca relata. Ouvindo os sons naturais, captados previamente por Sandro, que assina a produção musical do projeto, cada um estabeleceu sua conversa criativa com o Pantanal.

O registro dos sons naturais – de aves, por exemplo — introduz, se mescla ou faz a ponte para uma execução instrumental (voz inclusa) coesa e deveras inspirada, que não força a barra para sorver e devolver, em forma de música, a fartura que o habitat de Miranda oferece.

“Suspiro da Terra”, doce e pulsante, e “Paisagem Invertida”, essa mais selvagem e misteriosa, são uma prova disso.

Ryan pontua, preenche ou arremata sempre com uma precisão e desprendimento envolventes. Ana, como se ouve em “Espiral”, migra da base para os solos numa transparência que comove. Gabriel – em “Canção do Ninho”, por exemplo, que começa e segue na cama dos gomos que vai colhendo ao longo do tema – parece deter a justa medida para o desempenho de seu baixo.

"Foi uma grande honra participar da criação do ‘Pantanal Jam’. Os sons da Pantanal, do modo como Sandro captou, tiveram um papel direto no processo de composição das duas músicas que fiz para o álbum.

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro MorenoRyan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

O tom e os ritmos dos sons naturais do Pantanal, inspirados por ideias musicais e paisagens sonoras próprias, criaram um clima que eu tentei capturar nas minhas composições. Quando nós gravamos, literalmente no meio de um dos lugares mais selvagens e remotos do mundo, a beleza e a energia natural nos inspirou a ouvir a natureza e um ao outro mais profundamente, o que resultou numa performance musical que demonstra uma profunda comunicação musical.

Adoro os músicos e a música da Urbem. E, desde que tocamos juntos em diversas ocasiões anteriores, eu compus as minhas músicas especificamente com o talento e a habilidade musical especial deles em mente” - Ryan Keberle, trombonista.

Sandro é um laboratório inquieto, dos pedais aos pratos de condução. E Bianca conduz os vocais numa têmpera e numa fruição que se articula como síntese do conjunto.

Comparações e referências são uma tentação no mundo do jazz. Mas a qualquer palpite sobre “Pantanal Jam”, é melhor calar e ouvir. É um álbum estimulante para esse silêncio de dentro, que nos faculta as melhores emoções da escuta e da experiência musical.

Brazilian jazz? Jazz? Ouça. Música apenas. E quanta música! Embrenhada e revelada nos refúgios de um lugar mágico, onde a natureza se recobra e o espírito se fortalece.

A Urbem lança “Pantanal Jam” hoje, às 18h, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo. Apareça.

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