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Culinária regional

Conheça as verdadeiras comidas típicas de Mato Grosso do Sul

Veja 15 receitas típicas do nosso estado

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Com influências indígenas, paraguaias, bolivianas e gaúchas, as receitas típicas do Mato Grosso do Sul combinam ingredientes frescos e sabores autênticos, criando pratos únicos e deliciosos.

A variedade gastronômica do estado vai desde a suculenta peixada pantaneira, que destaca os peixes frescos dos rios locais, até a chipa, um pãozinho de queijo perfeito para acompanhar o café, a cozinha de Mato Grosso do Sul é uma celebração da cultura e da história local.

Se você está em busca de sabores autênticos, aqui está um compilado de receitas típicas da região que certamente vão conquistar seu paladar.

Sobá

O sobá é um prato japonês que foi adaptado pelos imigrantes para se tornar uma iguaria local em Campo Grande. Essa receita é um caldo de macarrão com carne de porco, ovo e cebolinha. Um prato reconfortante que aquece o corpo e a alma.

Ingredientes:

  • 200g de macarrão para sobá
  • 300g de carne de porco
  • 2 ovos cozidos
  • Cebolinha picada
  • 1 litro de caldo de carne
  • Shoyu a gosto

Modo de preparo:

  1. Cozinhe o macarrão conforme as instruções da embalagem.
  2. Em uma panela, aqueça o caldo de carne e adicione shoyu a gosto.
  3. Cozinhe a carne de porco até ficar macia.
  4. Monte o prato com o macarrão, carne, ovos cozidos e cebolinha. Sirva com o caldo quente.

Caribéu 

O caribéu é uma sopa rica feita com milho verde, carne seca, mandioca e diversos temperos. Um prato tradicional do Pantanal que reflete a história e a cultura da região.

Ingredientes:

  • 500g de milho verde
  • 300g de carne seca dessalgada
  • 300g de mandioca
  • Alho, cebola e cheiro-verde a gosto
  • Sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:

  1. Cozinhe a mandioca e o milho verde até ficarem macios.
  2. Em outra panela, refogue o alho e a cebola, adicione a carne seca e deixe dourar.
  3. Adicione a mandioca e o milho cozidos à panela com a carne.
  4. Tempere com sal, pimenta e cheiro-verde.
  5. Cozinhe por mais alguns minutos até os sabores se misturarem bem. Sirva quente.

Peixada Pantaneira 

A peixada pantaneira é um prato típico do Pantanal, feito com peixes frescos da região, como o pintado. É uma refeição que destaca os sabores naturais dos ingredientes locais.

Ingredientes:

  • 1kg de pintado em postas
  • 2 tomates
  • 1 pimentão
  • 1 cebola
  • Alho, sal e pimenta a gosto
  • Cheiro-verde a gosto
  • Suco de 2 limões

Modo de preparo:

  1. Tempere o peixe com sal, pimenta e suco de limão.
  2. Em uma panela, refogue o alho, cebola, tomate e pimentão.
  3. Adicione o peixe e cozinhe até ficar macio.
  4. Salpique cheiro-verde por cima e sirva com arroz branco.

Chipa 

A chipa é um pãozinho de queijo típico da região, perfeito para acompanhar um bom café da tarde.

Ingredientes:

  • 500g de polvilho doce
  • 300g de queijo meia-cura ralado
  • 3 ovos
  • 100g de manteiga
  • Sal a gosto

Modo de preparo:

  1. Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogênea.
  2. Modele pequenas porções em formato de ferradura.
  3. Asse em forno preaquecido a 180°C por cerca de 20 minutos ou até dourar.

Sopa Paraguaia

A sopa paraguaia, curiosamente, não é uma sopa líquida como o nome sugere, mas sim uma espécie de torta salgada feita à base de milho e queijo. É um prato tradicional e delicioso que você pode fazer em casa. Aqui vai a receita:

Ingredientes:

  • 2 xícaras de flocão de milho
  • 1 ½ xícaras de leite
  • 1 xícara de óleo vegetal
  • 4 ovos
  • 3 cebolas grandes picadas
  • 300g de queijo fresco ralado (pode ser queijo coalho ou minas)
  • Sal a gosto
  • 1 colher de sopa de fermento em pó

Modo de Preparo:

  1. Em uma panela, refogue a cebola no óleo até que ela fique dourada e macia.
  2. Em uma tigela grande, misture o leite, os ovos e o sal. Adicione o flocão de milho, o queijo ralado e a cebola refogada, mexendo bem.
  3. Acrescente o fermento e misture até a massa ficar homogênea.
  4. Despeje a massa em uma forma untada e enfarinhada.
  5. Asse em forno preaquecido a 180°C por cerca de 45 minutos ou até que a superfície esteja dourada e um palito saia limpo ao ser inserido no centro.
  6. Deixe esfriar um pouco antes de cortar e servir.

Arroz Carreteiro

O arroz carreteiro é um prato típico de Mato Grosso do Sul, herdado de imigrantes gaúchos. É uma refeição saborosa e nutritiva que se originou com os antigos carreteiros, que precisavam de uma comida prática e energética para suas longas viagens.

Ingredientes:

  • 500g de carne-seca (ou charque)
  • 2 xícaras de arroz
  • 1 cebola grande picada
  • 3 dentes de alho picados
  • 2 tomates sem pele e sem sementes picados
  • 1 pimentão verde picado
  • Cheiro-verde a gosto
  • Sal e pimenta a gosto
  • Azeite ou óleo para refogar
  • Água quente o suficiente para cozinhar o arroz

Modo de Preparo:

  1. Deixe a carne-seca de molho em água por cerca de 12 horas, trocando a água várias vezes. Cozinhe a carne na panela de pressão por aproximadamente 30 minutos ou até que esteja macia. Deixe esfriar e desfie.
  2. Em uma panela grande, aqueça o azeite ou óleo e refogue a cebola e o alho até dourarem.
  3. Acrescente a carne-seca desfiada e refogue bem.
  4. Adicione os tomates e o pimentão, cozinhando até que estejam macios.
  5. Adicione o arroz à panela e misture bem. Acrescente água quente suficiente para cobrir o arroz e ajuste o sal e a pimenta.
  6. Deixe cozinhar em fogo baixo, com a panela semi-tampada, até que o arroz esteja cozido e a água tenha sido absorvida.
  7. Antes de servir, salpique cheiro-verde a gosto e mexa bem.

Churrasco

Também herdado dos gaúchos, o churrasco é uma das tradições mais queridas do Mato Grosso do Sul, famoso por seus sabores autênticos e carnes suculentas. 

Ingredientes:

  • 1 peça de costela de boi (aproximadamente 5 kg)
  • Sal grosso a gosto
  • Pimenta-do-reino moída (opcional)
  • Linguiças de carne e de porco
  • Picanha (aproximadamente 1 kg)
  • Maminha (aproximadamente 1 kg)
  • Pão de alho (para acompanhar)

Modo de Preparo:

1. Preparação da Carne:

  • Costela: Tempere a costela apenas com sal grosso, esfregando bem em toda a superfície. Deixe descansar por alguns minutos.
  • Picanha e Maminha: Tempere com sal grosso e, se desejar, um pouco de pimenta-do-reino. Deixe descansar por alguns minutos.
  • Linguiças: As linguiças não precisam de tempero adicional, apenas ajuste o sal se necessário.

2. Acendendo a Churrasqueira:

  • Utilize carvão vegetal de boa qualidade. Acenda e deixe formar brasas bem quentes antes de colocar a carne.

3. Assando a Costela:

  • Coloque a costela no espeto ou grelha, com o osso voltado para baixo. Deixe assar lentamente, virando ocasionalmente, por cerca de 4 a 6 horas. A costela deve ficar macia e suculenta.

4. Assando as Carnes:

  • Coloque as peças de picanha e maminha na grelha, primeiro com a gordura voltada para cima. Asse por cerca de 10 minutos e vire. Continue a assar até atingir o ponto desejado.
  • As linguiças devem ser assadas até ficarem bem douradas e cozidas por dentro.

5. Preparação do Pão de Alho:

  • Faça cortes superficiais no pão, passe uma mistura de manteiga com alho e sal, e asse na grelha até dourar.

6. Servindo:

  • Retire as carnes e deixe descansar por alguns minutos antes de fatiar. Sirva com farofa, vinagrete e pão de alho.

Caldo de piranha

O caldo de piranha é um prato típico da região do Pantanal. A receita é famosa por ser extremamente afrodisíaca, pois a cabeça da piranha é rica em fósforo, um mineral que estimula a libido. O prato chega a ser conhecido como “viagra dos rios.”

Ingredientes:

  • 1 kg de piranha limpa
  • 1 cebola picada
  • 2 tomates picados
  • 1 pimentão verde picado
  • 2 dentes de alho amassados
  • Coentro e cebolinha a gosto
  • Sal e pimenta a gosto
  • Suco de 1 limão
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 2 litros de água

Modo de preparo:

  1. Tempere as piranhas com sal, pimenta e suco de limão. Deixe marinar por 30 minutos.
  2. Em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue a cebola, o alho, o tomate e o pimentão até dourar.
  3. Adicione as piranhas e refogue por alguns minutos.
  4. Acrescente a água e cozinhe em fogo baixo por aproximadamente 30 minutos, até o peixe desmanchar.
  5. Retire as espinhas e bata o caldo no liquidificador.
  6. Volte com o caldo para a panela, ajuste o sal e deixe ferver.
  7. Acrescente o coentro e a cebolinha picados antes de servir.

Arroz com pequi

Arroz com pequi é um prato icônico da culinária do cerrado brasileiro, especialmente popular em estados como Goiás, Mato Grosso e Tocantins. O pequi, com sua casca dura e polpa amarela, é conhecido pelo sabor forte e aroma único.

Ingredientes:

  • 2 xícaras de arroz
  • 5 pequis
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho amassados
  • Sal a gosto
  • 2 colheres de sopa de óleo
  • 4 xícaras de água

Modo de preparo:

  1. Lave bem os pequis e, com cuidado, retire as polpas das sementes.
  2. Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola e o alho até dourarem.
  3. Adicione as polpas de pequi e refogue por alguns minutos.
  4. Acrescente o arroz e continue refogando.
  5. Adicione a água e o sal. Cozinhe em fogo baixo até a água secar e o arroz ficar cozido.

Paçoca de carne seca

A paçoca de carne seca é uma herança da culinária indígena. Em tupi, "paçoca" é uma palavra que significa "esmigalhar".

Ingredientes:

  • 500 g de carne seca dessalgada e desfiada
  • 1 cebola picada
  • 3 dentes de alho amassados
  • 2 colheres de sopa de manteiga de garrafa
  • 2 xícaras de farinha de mandioca
  • Sal e pimenta a gosto
  • Coentro ou cebolinha para decorar

Modo de preparo:

  1. Em uma panela, aqueça a manteiga de garrafa e refogue a cebola e o alho até ficarem dourados.
  2. Adicione a carne seca desfiada e refogue bem.
  3. Acrescente a farinha de mandioca aos poucos, mexendo sempre para incorporar e ficar homogêneo.
  4. Ajuste o sal e a pimenta.
  5. Cozinhe em fogo baixo por alguns minutos, mexendo sempre para não queimar.
  6. Sirva quente, decorado com coentro ou cebolinha.

Doce de jaracatiá

O doce de jaracatiá é uma iguaria rara e tradicional do cerrado brasileiro, feito com o fruto da árvore jaracatiá, também conhecida como mamoeiro-bravo.

Ingredientes:

  • 1 kg de jaracatiá descascado e picado
  • 800 g de açúcar
  • 500 ml de água
  • 1 pau de canela
  • 4 cravos-da-índia

Modo de preparo:

  1. Em uma panela, coloque o jaracatiá picado, o açúcar, a água, a canela e os cravos.
  2. Leve ao fogo médio, mexendo ocasionalmente, até o açúcar dissolver completamente.
  3. Cozinhe por cerca de 40 minutos, ou até que o doce atinja a consistência desejada e o jaracatiá esteja bem macio.
  4. Retire a canela e os cravos.
  5. Deixe esfriar antes de armazenar em potes esterilizados.

Macarrão de comitiva

O macarrão de comitiva é um prato típico das comitivas de peões e tropeiros do Pantanal, conhecido pela simplicidade e pelo saborrústico. A comitiva, grupo de pessoas que acompanha o gado durante o transporte pelas estradas do interior, precisava de refeições práticas e nutritivas.

Ingredientes:

  • 500 g de macarrão (tipo espaguete ou talharim)
  • 300 g de carne seca dessalgada e desfiada
  • 2 cebolas picadas
  • 2 tomates picados
  • 2 dentes de alho amassados
  • 1 pimentão verde picado
  • Sal e pimenta a gosto
  • Cheiro-verde picado a gosto
  • Óleo para refogar

Modo de preparo:

  1. Cozinhe o macarrão em água com sal até ficar al dente. Escorra e reserve.
  2. Em uma panela grande, aqueça o óleo e refogue a cebola, o alho, o tomate e o pimentão até ficarem macios.
  3. Acrescente a carne seca desfiada e refogue bem.
  4. Adicione o macarrão cozido à panela e misture tudo, ajustando o sal e a pimenta.
  5. Finalize com o cheiro-verde picado e sirva quente.

Farofa de banana da terra

A farofa de banana da terra é um prato típico brasileiro, especialmente popular no Nordeste e Centro-Oeste. Ela combina a doçura da banana com a crocância da farinha de mandioca, criando uma mistura de sabores que é ao mesmo tempo doce e salgada.

Ingredientes:

  • 3 bananas da terra maduras
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 2 xícaras de farinha de mandioca
  • Sal e pimenta a gosto
  • Cheiro-verde picado a gosto (opcional)

Modo de preparo:

  1. Descasque e corte as bananas em rodelas.
  2. Em uma frigideira grande, derreta a manteiga e doure as rodelas de banana. Reserve.
  3. Na mesma frigideira, adicione a cebola e o alho, e refogue até ficarem dourados.
  4. Acrescente a farinha de mandioca e mexa bem, deixando tostar levemente.
  5. Tempere com sal e pimenta a gosto.
  6. Adicione as bananas douradas e misture delicadamente.
  7. Se desejar, finalize com cheiro-verde picado.

Moqueca pantaneira

A moqueca pantaneira é uma variação deliciosa da moqueca tradicional, feita com peixes frescos do Pantanal, como pintado ou pacu. O uso do azeite de dendê e do leite de coco dá ao prato um sabor rico e cremoso, enquanto os pimentões, tomates e cebolas adicionam frescor e cor.

Ingredientes:

  • 1 kg de peixe fresco (como pintado ou pacu), cortado em postas
  • Suco de 2 limões
  • Sal e pimenta a gosto
  • 2 dentes de alho picados
  • 1 cebola grande cortada em rodelas
  • 1 pimentão verde cortado em rodelas
  • 1 pimentão vermelho cortado em rodelas
  • 2 tomates cortados em rodelas
  • 200 ml de leite de coco
  • 2 colheres de sopa de azeite de dendê
  • Coentro picado a gosto

Modo de preparo:

  1. Tempere as postas de peixe com o suco de limão, sal, pimenta e alho. Deixe marinar por 30 minutos.
  2. Em uma panela grande, faça uma camada com metade das rodelas de cebola, pimentões e tomates.
  3. Coloque as postas de peixe por cima dessa camada.
  4. Cubra com o restante das rodelas de cebola, pimentões e tomates.
  5. Regue com o leite de coco e o azeite de dendê.
  6. Tampe a panela e leve ao fogo médio, cozinhando por cerca de 20 a 30 minutos, até que o peixe esteja cozido.
  7. Finalize com coentro picado antes de servir.

Feijão tropeiro

O feijão tropeiro é uma herança dos tropeiros que passavam pelo estado em suas longas viagens de transporte de gado. Hoje, ele é bastante popular em festas juninas e eventos tradicionais, além de ser uma delícia apreciada em almoços em família.

Ingredientes:

  • 500 g de feijão carioquinha
  • 200 g de bacon picado
  • 200 g de linguiça calabresa fatiada
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho picados
  • 4 ovos
  • 1 maço de couve picada
  • 2 xícaras de farinha de mandioca
  • Sal e pimenta a gosto
  • Cheiro-verde picado a gosto
  • Óleo para refogar

Modo de preparo:

  1. Cozinhe o feijão até ficar macio, escorra e reserve.
  2. Em uma frigideira grande, frite o bacon até ficar dourado e crocante. Adicione a linguiça e frite até dourar.
  3. Acrescente a cebola e o alho, refogando até dourarem.
  4. Quebre os ovos na frigideira e mexa bem, cozinhando até ficarem firmes.
  5. Adicione a couve e refogue rapidamente.
  6. Misture o feijão cozido e a farinha de mandioca, mexendo bem para incorporar todos os ingredientes.
  7. Tempere com sal e pimenta a gosto.
  8. Finalize com cheiro-verde picado.

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SAÚDE

Cigarro? De jeito nenhum

Eletrônico ou tradicional, o cigarro causa mais prejuízos ao organismo do que muita gente imagina; médicos alertam para as diferentes formas de consumo da nicotina

16/12/2024 10h00

Principal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o planeta; no Brasil, são 161.853 mortes anuais, o equivalente a 443 pessoas por dia

Principal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o planeta; no Brasil, são 161.853 mortes anuais, o equivalente a 443 pessoas por dia Foto: Pixabay

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Que cigarro faz mal, isso todo mundo sabe. Só que parar de fumar também é uma missão difícil para quem tem essa dependência. É por isso que tanta gente, em vez de buscar logo o tratamento adequado, prefere antes recorrer a “estratégias paralelas”, digamos assim, na tentativa de minimizar gradativamente a compulsão causada pela nicotina, ou mesmo de promover uma redução dos danos ocasionados por esse mau hábito. 

Cigarro de palha, cachimbo, fumo de mascar, cigarro eletrônico. Essas costumam ser as “opções” que os fumantes inicialmente procuram na ilusão de driblar o vício, sem ter que, de fato, abandoná-lo.

Como se um alcoólatra, por exemplo, trocasse a cachaça pelo vinho. Ou seja, uma forma de encontrar uma solução que não seja propriamente a de parar com tudo. Mas que, infelizmente, não existe.

Certo é que o consumo de tabaco, seja por qual meio for, é sempre prejudicial e deve ser evitado, conforme explicam os otorrinolaringologistas Rui Imamura e Cristiane Adami. Ambos atuam em um hospital de São Paulo que é referência nacional em saúde de ouvido, nariz e garganta.

FUMO DE MASCAR

No caso do fumo de mascar, Imamura explica que, embora ele não seja inalável, esse tipo de produto em nada ajuda a quem deseja superar o vício em nicotina, além de também oferecer riscos à saúde. 

“Mascar tabaco expõe as mucosas da boca e da garganta a mais de 20 tipos de substâncias tóxicas que, da mesma forma que o cigarro comum, podem levar a doenças gengivais, a problemas dentários e até mesmo a tumores da boca e da garganta”, enfatiza o médico.

CIGARRO ELETRÔNICO

Já no caso do cigarro eletrônico (também conhecido como vape), a dra. Cristiane destaca que, além dos riscos já sabidos, existe um agravante, que é a falta de informações acerca da composição dos líquidos utilizados. 

“O grande problema, a meu ver, está nos componentes que não são verdadeiramente informados nos rótulos e têm alta capacidade cancerígena. Entre os mais frequentemente encontrados estão a nicotina, o propilenoglicol, a glicerina, o 2-clorofenol, o polônio-210 e inúmeros metais pesados”, elenca a médica. 

Os problemas, segundo a especialista, não param por aí.

“Além desses elementos citados, ainda há os produtos de degradação no processo de aquecimento do líquido para criar um aerossol inalável, que são o formaldeído, o acetaldeído e a acroleína. Todos esses representam grande risco à nossa saúde e denotam o quanto o cigarro eletrônico é extremamente prejudicial, pois afetam vários órgãos do nosso corpo, como vias aéreas, cérebro e coração”, alerta.

No caso das vias aéreas, em especial, Cristiane acrescenta que tais substâncias causam inflamação nas gengivas, nos seios paranasais, na garganta, na laringe e nos pulmões, que podem, inclusive, ensejar quadros de câncer, além de induzir lesões nas pregas vocais, que causam rouquidão persistente e alteração na qualidade vocal.

“É uma modinha em que definitivamente não podemos entrar”, opina a especialista.

CUIDADOS

Seja de qual forma for o consumo da nicotina, os dois médicos recomendam atenção a certos sintomas, que servem de sinais de alerta a possíveis doenças relacionadas.

Pacientes que tenham rouquidão em período maior que duas semanas, principalmente quando associada a dor de garganta, dor para engolir, dor irradiada para o ouvido, pigarro constante ou com sangue, dificuldade ou barulho ao respirar devem procurar um médico. 

Quanto à melhor forma de prevenção a essas doenças, “a número 1”, como dizem os especialistas, é parar de fumar, “como todos já sabem”.

SAIBA

Enquanto o Congresso Nacional segue debatendo a legalização dos cigarros eletrônicos, a Anvisa mantém a proibição desde 2009.

Mesmo assim, o consumo continua crescendo entre os jovens. Cerca de um a cada quatro brasileiros entre 18 e 24 anos já utilizaram esses dispositivos ao menos uma vez.

O principal argumento de quem defende a regulamentação do comércio para os chamados vapes é o recolhimento de impostos. Segundo um estudo da Universidade de São Paulo (USP), Mato Grosso do Sul deixou de arrecadar 

R$ 104,09 milhões em impostos estaduais e federais em 2023 por conta do comércio ilegal de cigarros eletrônicos. No fim de novembro, uma operação da Polícia Civil apreendeu três mil unidades desse tipo de cigarro em Campo Grande.

A mais recente Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, de 2019, apontou que 14,9% da população de 18 anos ou mais (296 mil pessoas) é fumante atualmente em MS, segundo maior índice entre os estados brasileiros.

Em Campo Grande, capital com o maior porcentual de fumantes no Brasil, o índice é de 16,1% – 109 mil pessoas.

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ATRAÇÕES

Expogrande 2025 terá shows de Hugo & Guilherme, Matuê e Chitãozinho & Xororó

Atração surpresa será divulgada nas próximas semanas

16/12/2024 08h45

Expogrande 2024

Expogrande 2024 DIVULGAÇÃO

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A 85ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande (Expogrande) ocorrerá de 3 a 13 de abril de 2025, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, localizado na rua Américo Carlos da Costa, número 320, vila Carvalho, em Campo Grande. Serão 11 dias de shows, leilões, exposições, comidas típicas e atrações culturais.

As atrações são Hugo & Guilherme, Matuê, Chitãozinho & Xororó, Teto, Wiu, Brandão e Vh & Alexandre. Confira as datas de cada show:

3 de abril (quinta-feira) - Matogrosso & Mathias
4 de abril (sexta-feira) - Matuê, Teto, Wiu, Brandão
5 de abril (sábado)- Chitãozinho e Xororó
11 de abril (sexta-feira)- Atração surpresa ainda não divulgada
12 de abril (sábado) - Hugo e Guilherme; Vh e Alexandre

Até o momento, não há previsão para o início das vendas dos ingressos. A Dut’s Entretenimento é a produtora responsável pela organização das atrações musicais.

Em 2024, as atrações musicais foram Victor e Léo (04/04), Lauana Prado (05/04), Gustavo Mioto (05/04), Henrique e Juliano (06/04), Fred e Fabrício (07/04), Ana Castela (12/04), Rayane e Rafaela (12/04), Simone Mendes (13/04) e Guilherme e Santiago (14/04).

Polícia Militar (PMMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM) devem marcar presença para realizar a segurança do evento.

No ano passado, a Expogrande faturou R$ 576 milhões - a expectativa era R$ 150 milhões -, recebeu 114 mil visitantes e realizou 16 leilões.

Promovida pela Acrissul, a Expogrande é considerada a maior feira agropecuária do Estado e já recebeu o título de 2ª maior feira agropecuária do Brasil, ficando atrás apenas da ExpoZebu, realizada em Uberaba (MG).

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