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MÚSICA

Duo Vozmecê migra seu universo de canções para o gênero nordestino em vídeo musical

Live session do Duo Vozmecê foi gravada na área verde da Rotunda Ferroviária de Campo Grande e, além do casal, traz a presença de Marcelus Anderson

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Primeiro foi o encontro de almas, o rostinho colado, o namoro. Depois veio a parceria musical, “Desbunde” – o primeiro EP, lançado em dezembro – e, dentro de seis meses, está saindo o casório.  

Acontece que, no meio do caminho, teve a Lei Aldir Blanc, e Namaria Schneider e Pedro Fattori estavam entre os contemplados com os recursos – de pouco mais de R$ 11 mil, descontados tributos e encargos –, que viabilizaram a produção do vídeo musical “Forró Pé-de-Cerrado”, com canções inéditas e já conhecidas do Duo Vozmecê formatadas no cheiro e no sabor do tradicional gênero musical nordestino.

A live session, como eles preferem chamar o trabalho, foi gravada de uma tacada só, em uma bela manhã do início do mês, na área verde da Rotunda Ferroviária de Campo Grande e, além do casal, traz a presença de Marcelus Anderson no acordeom.  

Fera no fole, Anderson vem acompanhando artistas de ponta, como Almir Sater, e confere à sonoridade do Vozmecê melodias e requebros que deixam para trás a MPB pop, ainda que carregada de algum acento regional, que marcou o primeiro EP do duo, que não gosta de ser chamado de dupla.

Eles consideram o termo datado, pela imediata associação com o filão sertanejo, o que agora, com a participação intensa e inspirada de Anderson, não deixa de ser justo. “Justiça”, aliás, é o nome de uma das faixas do EP que estão no vídeo de 40 minutos de duração.

Entre as outras canções de “Desbunde” incluídas na gravação estão “Resista” e “Coisinha”, que o casal apresenta como a sua única composição “de amor”.

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Filosofia autoral

Na letra, feita a quatro mãos, o casal se convida para filosofar “nesse temporal” e virar a epiderme “pelo avesso”. Envolvente, apaixonado e hormonal, como pode, e deve, ser a vida na juventude. Mas, no geral, o Vozmecê procura uma embocadura de mais engajamento. 

Entre os temas inéditos, duas letras de Namaria reforçam essa postura – “Pai Ausente” e “Pós-Verdade”. Em “Farofino”, mais uma inédita, que Pedro fez sozinho, o clima é de festança e de celebração. “No Cerrado também se faz forró”, propagandeia o músico.

Até se faz, sim, mas a profusão de escolas de dança e de bares com música ao vivo dedicados ao gênero em Campo Grande, pelo menos até antes da pandemia, têm o foco mais voltado para o cancioneiro consagrado de Luiz Gonzaga e toda a realeza do baião, ao passo em que o Vozmecê, argumentam, investe somente no repertório de composições próprias. 

“Nós dois temos avós nordestinos, então crescemos ouvindo essas influências e agora resolvemos botar em prática”, diz Pedro, nascido em Campo Grande e graduado em Letras, mesma área do mestrado que está cursando na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.  

“É um gênero de muita nacionalidade, não tão explorado no Estado com músicas autorais”, pondera Namaria, que nasceu em Três Lagoas e cursa duas graduações, Música (UFMS) e Filosofia (UCDB), além de estudar sanfona. Ambos estão com 24 anos e atuam também dando aulas de música.

Identidade

“Forró Pé-de-Cerrado” (https://youtu.be/3EPGymyhrQQ) está no ar desde quinta-feira passada e, em seis dias, com impulsionamento, atingiu 2.500 visualizações.  

A ideia é liberar o repertório no Spotify nos próximos dias. A live session flagra o duo em momento de busca de uma musicalidade própria, em que o mergulho no forró parece etapa para uma identidade artística ainda a ser descoberta, vinculando, de algum modo, a sonoridade do Vozmecê a diversas roupagens, desde o chamado forró universitário, de grupos como o Falamansa, ao regional de fronteira das bandas de cá, marcado por vezes no rasqueado serelepe do acordeom de Anderson.

O cenário com a “vanmecê”, o furgão do casal, ao centro, diferentes tapetes, figurinos e uma variedade de objetos mostra que tudo foi feito com esmero. E aqui os créditos devem ser divididos com os amigos, também músicos, Douglas Dakombi e Matheus Ortiz, que assinam a concepção e a produção audiovisual do trabalho.  

O furgão possui um captador de energia solar, e é a bordo do veículo que o Vozmecê já viajou Brasil afora, tocando nas esquinas e passando o chapéu.

A conversa está boa, mas... E o casamento, meninos? “Será em novembro”, respondem os dois ao mesmo tempo.

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Burgão daquele jeito!

Festival do Hambúrguer promete gastronomia de alto nível em Campo Grande

Amantes do 'burgão', estejam preparados para a terceira edição, que promete surpreender os fãs do lanche que caiu no gosto da população

15/01/2025 16h15

Imagem Divulgação

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O 3º Festival do Hambúrguer promete agradar os amantes com os mais variados sabores, surpreendendo todos os públicos. Segundo a organização, o evento será de tirar o fôlego.

Com a organização do grupo Hamburgueiros do Mato Grosso do Sul, o anúncio da terceira edição foi feito na última sexta-feira (10), por meio da página oficial no Instagram.

Para quem já conhece e para quem terá a chance de ir pela primeira vez, o festival contará com a participação das principais hamburguerias da Capital e do Estado. Este ano, o evento trará criações exclusivas para apreciação da população, assim como harmonizações que elevarão a experiência gastronômica a outro patamar.

Imagem Divulgação

Gastronomia local

Além disso, o 3º Festival do Hambúrguer de MS oferecerá uma ampla variedade de opções relacionadas à gastronomia local, especialmente no que diz respeito às hamburguerias que conquistaram o gosto dos campo-grandenses.

O evento foi pensado para agradar todos os públicos, e quem for apreciar a culinária também poderá acompanhar atrações musicais, que serão divulgadas na página oficial do grupo à medida que o grande dia se aproxima.

“Nosso objetivo é proporcionar uma experiência única, que combine o melhor da gastronomia artesanal com momentos inesquecíveis de convivência e lazer,” afirma Weslley Renovato, presidente do grupo Hamburgueiros do MS.

Outras edições

Em sua terceira edição, o festival já caiu no gosto da população. Na primeira edição, aproximadamente 40 mil pessoas prestigiaram o evento, enquanto, em 2024, mais de 50 mil amantes da gastronomia compareceram ao festival realizado no estacionamento do Bioparque Pantanal.

Para deixar um gostinho de “quero muito ir”, nos quatro dias da segunda edição foram oferecidos mais de 50 tipos de hambúrgueres, com um total de 43 mil lanches vendidos.

O evento, segundo o presidente Weslley Renovato, gerou um impacto econômico significativo, com a criação de mais de 500 empregos temporários e um volume de vendas estimado em R$ 1,4 milhão.

Não perca!

Ficou com vontade de ir? Então, anote na agenda: o 3º Festival do Hambúrguer ocorrerá de 29 de abril a 1º de maio de 2025, nos Altos da Avenida Afonso Pena.

Serviço

  • Evento: 3º Festival do Hambúrguer
  • Promotor: Grupo Hamburgueiros do MS
  • Data: 29 de abril a 1º de maio de 2025
  • Local: Altos da Avenida Afonso Pena, Campo Grande/MS
  • Mais informações: @hamburguerosgms

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Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confira

Mesmo proibida em MS, murta é uma planta medicinal que contém taninos, óleos essenciais e resinas; seus componentes ativos são rapidamente absorvidos pelo organismo

15/01/2025 14h00

Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confira

Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confira Divulgação

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A lei que proíbe a planta murta em Mato Grosso do Sul foi aprovada, mas enquanto a medida de extermínio não é regulamentada, a planta está sendo substituída aos poucos pela população. 

Essa espécie de dama-da-noite, é hospedeira da bactéria causadora da doença dos citros, "denominada huanglongbing (HLB), que é uma das doenças mais graves e destrutivas da citricultura mundial, tendo em vista que ataca todos os tipos de citros e que, até o momento, não existe tratamento curativo para as plantas doentes".

Comumente usada como “cercas vivas” a planta natural da região asiática compõe atualmente o top 3 de espécies com essa finalidade de cobrir muros e trazer privacidade. A murta também apresenta propriedades digestivas e antimicrobianas, além das folhas , sua casca também pode ser usada no preparo de chás para fins medicinais; confira: 

De acordo com o e-book “Plantas medicinais nativas de uso popular no Rio Grande do Sul” da Universidade Federal de Santa Maria, a bebida é eficaz contra pressão alta, amenizar náuseas e possui ação antileucorréica - corrimento vaginal, antiespasmódica - contrações involuntárias de músculos e também antidiarréico

Além de auxiliar no tratamento de cistites - infecção e/ou inflamação da bexiga, e uretrites - infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. Se não bastasse, ainda tem ação expectorante e anti séptica do aparelho respiratório. 

Apesar do objetivo ser combater sintomas e problemas de saúde, é importantíssimo lembrar que os chás não devem substituir o tratamento médico. O uso indiscriminado de plantas medicinais podem causar efeitos colaterais como alergias, lesões hepáticas, ansiedade e taquicardia. 

Mesmo com o auxílio dos chás, é essencial que o consumo seja feito com moderação e sob orientação profissional. 

Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confiraChá e murta - divulgação

Como fazer o chá ? 

Existem duas formas, para uso interno, é indicado preparar uma infusão:

  • Separe 1 colher de sopa de folhas frescas ou secas, picadas
  • Acrescente em 1 xícara de água fervente
  • Tome 3 vezes ao dia

Já o outro método é a decocção (cozimento):

  • Separe 1 colher de sopa de casca picada
  • Acrescente em 1 xícara de água
  • Ferva tudo
  • Tome 3 vezes ao dia 

RECEITAS

O que muitos não sabem, é que além dos chás, a murta também tem uso culinário e pode ser usada em diversas receitas. Suas flores, frutos e folhas são comestíveis e relevantes para a gastronomia.

É possível fazer temperos, chá, suco, refresco, geleia, mousse, sorvete, refresco, molhos (agridoce e vermelho/salgado), licores e até frisante.

As folhas são utilizadas como tempero, para aromatizar o famoso prato Curry Indiano, mas, são fortes e picantes, portanto, a moderação é recomendada.

As flores são utilizadas para aromatizar chás, podendo ser utilizadas frescas ou secas para chá próprio ou serem adicionadas em outros chás para incrementar o aroma e sabor. As flores também podem aromatizar água, deixando-a em maceração.

Os frutos bem maduros são comestíveis, podendo ser usados em geleias, sucos, sorvetes, refrescos, molhos (agridoce e vermelho/salgado) e licores. Os frutos também podem ser utilizados para fazer bebida fermentada (frisante).

MURTA

Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confiraMurta - Foto: Marcelo Victor

Murta é um gênero botânico que possui uma ou duas espécies de plantas com flor. É do gênero botânico Murraya Paniculata e da família Rutaceae. É popularmente conhecida como dama-da-noite.

São plantas arbustivas com muitos ramos de folhas verdes-escuras; flores brancas muito perfumadas e frutos oblongos, vermelhos e lisos.

Possuem de cinco a sete metros de altura. É nativa do Sul da Índia. São utilizadas em calçadas como cercas-vivas, proteção de muros e como labirintos em parques/praças. Possui uso paisagístico, ornamental medicinal e culinário.

PROIBIÇÃO DA MURTA

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul aprovaram, em 20 de agosto de 2024, projeto de lei que proíbe o plantio, comércio, transporte e produção de murta no Estado.

Em 23 de agosto deste ano, o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), sancionou a lei que restringe a murta no Estado.

Veja o trecho redigido no Diário Oficial:

“Ficam proibidos, em todo o território do Estado de Mato Grosso do Sul, o plantio, o comércio, o transporte e a produção da planta exótica murta (Murraya paniculata), hospedeira da bactéria
Candidatus liberibacter ssp., disseminada pelo inseto vetor psilídeo dos citros (Diaphorina citri), causadora da doença dos citros denominada huanglongbing (HLB) ou greening”.

Chá de murta é eficaz contra pressão alta e outras 7 doenças; confiraFrutos com a bactéria huanglongbing

Apesar de parecer inofensiva, a planta prejudica o cultivo de citros (laranja, limão, tangerina e mexerica).

Isto porque a planta é hospedeira da bactéria huanglongbing (HLB), que causa doenças cítricas e destrói plantações de laranja, limão, tangerina, mexerica e pomelos.

Recentemente, Mato Grosso do Sul foi incluído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com ocorrência da doença que coloca em risco o cultivo de citros.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) estão encarregadas de uma série de "próximos passos" em relação à restrição da murta. Seriam funções da pasta:

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Mas, mesmo proibida, ainda permanece em calçadas e muros de Campo Grande e, surpreendentemente, é vendida em floriculturas de Mato Grosso do Sul. 

PLANTAS QUE PODEM SUBSTITUIR A MURTA

De acordo com o mestre em biologia vegetal, Luan Hernandez, a murta pode ser substituída esteticamente pelas seguintes plantas:

  • Dama-da-noite
  • Aroeira-pimenta
  • Balsámo
  • Tumbérgia Arbustiva
  • Podocarpo (pinheiro de Buda)
  • Escova-de-garrafa
  • Ipê-Mirim

EXPANSÃO DA CITRICULTURA EM MS

Mato Grosso do Sul confirmou a posição de "novo cinturão citrícola" do Brasil, de acordo com resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, realizado em maio de 2024.

Várias regiões do Estado possuem plantio de frutas cítricas, sobretudo a laranja.

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Grupo Cutrale anunciou, em abril deste ano, o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

 

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