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Giulia Benite "Fazer a Mônica foi uma das maiores e melhores experiências da minha vida"

A jovem estrela que deu vida à criação do cartunista Maurício de Sousa, fala sobre a experiência de interpretar a personagem e dos seus outros desafios como atriz

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A protagonista do live-action de “A Turma da Mônica" Giulia Benite, tem 14 anos, e mesmo tão nova, a menina já tem a responsabilidade de interpretar uma das principais personagens de desenho do nosso país e do mundo, e ela vem fazendo isso com muita maestria.

Giulia deu vida à criação de Maurício de Sousa nos cinemas, em “Turma da Mônica - Laços” e “Lições”, além do streaming, em “Turma da Mônica - A Série”, no Globoplay.

“Nos gibis é caricato, ela fica brava e usa o Sansão, mas na vida real precisávamos ter a medida certa para essa braveza, precisávamos mostrar de forma leve, de um jeito que as pessoas enxergassem algo além e foi então que a gente conseguiu mostrar que ela é uma menina forte, que defende seus amigos a qualquer custo, que é empoderada, mas ao mesmo tempo sensível”, explica ela sobre a experiência de interpretar a personagem.

A jovem atriz tem explorado cada vez mais os seus talentos artísticos e encarado novos desafios que vão além de ser a principal personagem de “A Turma da Mônica”. Em 2020, Giulia Benite fez o seu primeiro longa natalino, o filme “10 Horas Para O Natal”.

Já neste ano, ela também participou do “De Repente Miss”, longe metragem previsto para ser lançado em 2023, onde interpreta uma influenciadora e será vista de uma forma bem diferente da Mônica como a conhecemos, com cabelos compridos e ruivos e com dez quilos a menos.

Já na TV, sua estreia foi na série “Segunda Chamada”, da Globo, onde interpretou Giovana em duas temporadas.

A personagem vive uma realidade de violência doméstica, na qual o pai agride a mãe. Giulia não só dá vida como também voz a personagens nas telinhas, já tendo sido a voz original do personagem Bruô, da animação brasielira "Perlimps".

Com um talento precoce, Giulia usufrui do seu dom artístico explorando todas as suas vertentes no mercado audiovisual. Além de fazer cinema, streaming e TV... A jovem também se aventura tendo o seu próprio canal no YouTube, com mais de 340 mil inscritos e mais de 20 milhões de visualizações.

Neste mês das crianças, o Correio B+ comemora conversando com a jovem estrela com exclusividade para o Caderno onde ela conta tudo sobre os filmes, carreira e novos projetos.

 

CE: Como foi estrear como atriz com um personagem icônico como a Mônica?

GB: “Foi uma das maiores e melhores experiências da minha vida. Descobri o amor pela atuação e tive a chance de representar a Mônica. Era uma pressão muito grande, mas eu coloquei na minha cabeça desde o início que eu precisava agradar uma pessoa, o Maurício de Sousa, e se ele gostasse de mim, da minha atuação, de como eu ia fazer essa Mônica de carne e osso, tava ótimo. E então deu tudo certo.”

CE: Você já lia os quadrinhos? Gostava dela? Como foi essa construção?

GB: “Eu era muito fã de Turma da Mônica. Na minha escola, sempre que acabávamos uma lição, a professora mandava pegar um gibi para ler. Às vezes eu fazia a lição correndo para poder pegar um gibi. E sempre que tinha Bienal do Livro eu ficava horas na fila para pegar um autógrafo do Maurício de Sousa, era muito fã dele. Eu já me identificava com a Mônica, sempre fui brava, de personalidade forte. Para dar vida à Mônica, o Daniel Rezende, meu diretor, foi muito importante. Ele foi me ajudando a construir a personalidade dela... Porque nos gibis é caricato, ela fica brava e usa o Sansão, mas na vida real precisávamos ter a medida certa para essa braveza, precisávamos mostrar de forma leve, de um jeito que as pessoas enxergassem algo além e foi então que a gente conseguiu mostrar que ela é uma menina forte, que defende seus amigos a qualquer custo, que é empoderada, mas ao mesmo tempo sensível.”

CE: Sempre quis ser atriz?

GB: “Sempre quis ser artista, mas eu não planejei muito. Sempre gostei de gravar vídeos, ficar imitando os atores... Até que um dia apareceu o teste para a Mônica para a minha irmã. Como ela estava fora do perfil, minha mãe decidiu me levar e foi assim que eu me descobri como atriz. Apesar de ser tímida, na hora do teste eu consegui me soltar e parecia outra pessoa.”

CE: Como foi receber tanto sucesso em uma estreia?

GB: “Eu sempre fui muito tímida e acho que a fama foi a parte mais difícil, porque as pessoas me viam como a personagem o tempo todo e esperavam que eu agisse como ela. E com 10 anos eu não sabia lidar com isso. Até que ao longo do tempo fui aprendendo e hoje sou muito grata pelo carinho dos fãs e pessoas que reconhecem meu trabalho como atriz.”

CE: Você teve medo em algum momento quando foi escolhida para ser a Mônica?

GB: “Como eu era muito nova, não senti o peso da responsabilidade logo de cara, aos poucos fui entendendo e me acostumando com o julgamento das pessoas.”

CE: Da Turma da Mônica “Laços” para um segundo filme e uma série, como vê esse caminho?

GB: “Acho que amadureci muito como atriz. O próprio diretor Daniel Rezende falava isso. Acho que a vantagem de começar cedo é ir crescendo literalmente com os papeis que conquistei.”

CE: Depois de algo tão leve e lúdico vieram novos trabalhos, como a Giovana, conta pra gente?

GB: “Eu agradeço todos os dias pelos meus pais terem aceito o convite para ‘Segunda Chamada’, porque eu fiquei apaixonada vendo atores experientes fazendo seus personagens, vi como eles se concentravam e aprendi muito. Desde que eu tive essa oportunidade, eu falo que gostaria de fazer um drama forte.”

Fabio Audio Fabio Audio - Divulgação

CE: Você ficou ruiva e com 10 quilos a menos para outro personagem, como foi?

GB: “Eu fiz alguns trabalhos enquanto estava fazendo ‘Turma da Mônica’ e então não podia mexer no visual, mas no filme ‘De Repente Miss’ foi a primeira vez que eu pude opinar na mudança.

Então, junto com o diretor, optamos em alongar o cabelo e pintar de vermelho e eu amei o resultado, ficou melhor do que eu imaginava.

A minha personagem no longa é uma blogueira e isso exigiu que eu saísse da minha zona de conforto.

A Luiza gosta de ser o centro das atenções, gosta de aparecer, é totalmente diferente de mim. Eu amei dar vida a Luiza e fazer um longa de comédia com um elenco tão incrível. Sobre o peso, na quarentena recebi exames médicos e fiquei um pouco assustada porque algumas taxas vieram alteradas.

E saúde é a coisa mais importante da vida, então, eu precisava mudar a minha alimentação.

A Mônica sempre me permitiu estar acima do peso. Já essa nova personagem era completamente diferente. Juntei tudo a meu favor. Comecei um processo de reeducação alimentar e tive o bônus da perda de peso. Isso me ajudou a sair da caracterização da Mônica para esse novo trabalho.”

CE: Você já fez cinema e TV, alguma preferência?

GB: “Eu acho que TV é bem dinâmico, rápido, não tem tanta repetição e exige muito da gente porque não tem tempo de ficar repetindo muito as cenas. Já no cinema você repete várias vezes até alcançar o resultado que o diretor quer. Acho que fiz mais cinema até agora, mas quero muito poder experimentar papeis mais dramáticos na tv.”

CE: Como artista tem algum sonho em especial?

GB: “Acho que estou realizando muita coisa, esse ano de 2022 estou fechando com dois filmes e uma série. Estou muito feliz e só quero continuar atuando, me desafiando com papéis mais complexos e que eu possa contracenar com atores que admiro.”

Giulia BeniteGiulia Benite - Foto: Fabio Audi

CE: Me fale de seu canal no YouTube e de tantos seguidores e visualizações. Como é pra você e como vê sua repercussão?

GB: “Isso é consequência da minha carreira também. Eu não sou refém delas, não vivo em função das redes sociais e de ganhar seguidores, uso elas a meu favor, como uma vitrine da minha vida, só posto o que quero e quando quero.”

CE: Novos projetos e atuais... Conta pra gente?

GB: “Esse ano gravei o filme ‘De Repente Miss’ no meio do ano, que deve estrear em 2023. Estou gravando um filme agora que é uma comédia romântica adolescente que também deve estrear em 2023. Não posso falar o nome ainda, mas está ficando lindo. E em janeiro começa um novo projeto que estou muito empolgada, muito forte, muito desafiador, do jeito que eu estava querendo, para marcar a passagem da Giulia criança atuando para a Giulia adolescente.”

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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