E mais uma vez, o cantor, músico e ator Gabriel Sater dá "uma passadinha" aqui no Correio B+ com exclusividade, é claro, para falar do seu novo lançamento nas plataformas digitais. Na verdade ele fala sobre uma das músicas mais marcantes do violeiro “Xeréu Trindade” e do “Cramulhão”, personagens que foram interpretados por Gabriel no remake do grande sucesso da novela “Pantanal” (TV Globo/2022) “Marruá”.
O tema instrumental feito na viola de 10 cordas por Sater, é uma galopada que encantou o público e foi trilha em várias cenas importantes da super produção.
A composição foi criada após o retorno da inesquecível primeira viagem para as gravações da novela em dezembro de 2021 e foi dedicada ao maestro João Carlos Martins, grande mestre e parceiro de Gabriel.
Em 23/05/23 chegou em todas as plataformas de áudio a versão oficial de “Marruá”, com uma produção musical feita por Gabriel e seu talentoso fiel escudeiro João Gaspar.
A gravação traz as participações de músicos renomados como: Julio Cerezo (no violoncelo), Ramon Montagner (nas percussões) e João Gaspar (no violão de aço), assim como a mixagem e masterização do premiado Luis Paulo Serafim.
O lançamento é a primeira música do novo álbum instrumental de Gabriel Sater, que será gravado e lançado através de singles entre maio de 2023 até dezembro de 2024.
Confira o bate papo exclusivo que o B+ teve com o músico...
CE- Porque a música foi dedicada ao maestro?
GS - Muitas vezes, as músicas elas tem vida própria em relação a quem eu vou dedicar, e isso aconteceu várias vezes no passado.
Quando eu estava compondo essa música em dezembro de 2021 voltando do Pantanal, a primeira viagem que eu fiz para as gravações da novela, eu ouvia e tocava essa música e eu vinha o maestro na minha cabeça. Acho que é porque a gente estava em uma relação muito próxima a todo instante, porque ele é uma figura que sempre me inspirou na vida, sua história musical obviamente, e porque ele é um indomável mesmo, vamos colocar assim. E aí teve tudo a ver, dedicar essa música para ele sabe, fez sentido organicamente falando do meu coração.
Gabriel ao lado do maestro João Carlos Martins - Foto: DivulgaçãoCE- Como foi a construção da canção?
GS - No caso, esse é um tema instrumental que não tem letra. É uma música em que eu estava muito feliz, em um momento muito único da minha vida, voltando da primeira viagem ao Pantanal. Foi um momento muito desafiador de trabalho para fazer o Xeréu. Ainda assim, foi muito gostoso poder ter tido aquele laboratório pantaneiro de meses morando lá e acordando ás 4:30 da manhã, vivenciando aquela rotina do peão, os costumes locais, fora o convívio com grandes artistas, isso é sempre muito transformador e acho que foi de fato a minha grande inspiração e felicidade, além do convívio com pessoas maravilhosas nesse projeto.
CE- Como está sendo a construção desse álbum, e por que ele será todo instrumental?
GS - Esse álbum chegou em um momento que pode até confundir um pouco o público, porque eu já estou lançando desde o começo do ano. São algumas músicas que fazem parte de um álbum de canções que no final do ano, em dezembro de 2023, será unificado em um álbum inteiro, na verdade ele será até prensado no formato físico, assim como fiz agora com o Erva doce.
Além, desse álbum de canções que eu estou lançando mensalmente, eu iniciei esse álbum instrumental que deve ser concluído em dezembro de 2024, mas que aos poucos vou soltando algumas músicas ainda esse ano para poder adiantar esse álbum que já está com muitas músicas arranjadas e produzidas, só faltava gravar "Marruá" que foi a melhor coisa que a gente fez.
Para algumas pessoas o tempo pode até estar atrasado porque a novela já acabou, mas eu acho que o tempo é de cada um, é muito pessoal e para mim é importante deixar essa música registrada da melhor forma possível porque ela vai ficar pelo resto da minha vida, marcada na minha história.
Por enquanto, não me deixaram falar os nomes porque está muito cedo, estou chegando na metade do próximo lançamento em junho, mas vou dar um spoiler para vocês do Correio... Vem lançamento da nova versão de “Quando for a Hora”, com Renato Teixeira.
Na verdade, quando a gente gravou para a primeira versão do clipe, eu já tinha acabado de fazer a música, então, passaram-se alguns anos. Agora a gente deu uma reformulada no arranjo, melhorou tanto para mim quanto para ele, e a gente amadureceu ainda mais a canção, então vem uma nova versão em junho dentro desse álbum de canções, e com isso completará cinco lançamentos desde o começo do ano. Desse novo álbum de canções virá mais cinco ou sete músicas até dezembro.
CE- A novela Pantanal vem rendendo pra você ainda inspiração para compor?
GS - Sem dúvida alguma Pantanal sempre será uma inspiração para mim. Eu gravei por lá vários vídeos que eu fico assistindo aqui na TV enquanto eu estudo, é gostoso demais ficar sempre relembrando esses momentos que tanto me inspiraram.
Eu não consegui voltar para lá porque a carga de trabalho está muito grande, então, é hora de permanecer em São Paulo, trabalhando no estúdio. Quando não tem show é no estúdio o tempo inteiro, além da produção de projetos que não parou ainda, a gente emendou um no outro, ainda não tiramos férias de verdade de parar 15 dias, um mês, mas a gente está muito feliz, porque está tão bom, e a gente aos poucos vai se alimentando (assim como eu disse no ano passado), da felicidade de ver as pessoas nos shows, das pessoas que a gente encontra pelos caminhos nas viagens.
É hora de aproveitar e produzir já que estou com esse apetite de gravação de estar em estúdio produzindo, tanto que iniciei dois álbuns ao mesmo tempo que é muito gostoso.
Gabriel e seu personagem Xeréu Trindade em Pantanal - Divulgação
Foto: Divulgação / Alexis Prappas
Foto: Divulgação / Alexis Prappas
Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas


