Correio B

HISTÓRIA

Exposição resgata memórias do Pantanal

Fotógrafo e naturalista registrou o bioma nos últimos 40 anos

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Enquanto o Pantanal sofre uma das maiores queimadas da região nos últimos anos, a beleza exuberante do bioma no seu auge permanece registrada nas fotografias históricas do documentarista e naturalista Haroldo Palo Júnior, falecido em 2017. 

As imagens são o resultado de 40 anos de visitas do fotógrafo as terras pantaneias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e mostram a importância da preservação ambiental na maior planície alagável do mundo. 

As imagens que farão parte de uma exposição na Universidade de São Paulo – Campus São Carlos foram selecionadas pelo sul-mato-grossense  Alneu de Andrade Lopes, professor da universidade e apaixonado pelas lembranças da infância na região de Nioaque, interior de Mato Grosso do Sul.  “Acredito que o Haroldo tenha cerca de 50 mil fotos do Pantanal, são muitas imagens e deu bastante trabalho selecionar”, explica Alneu. 

Alneu é formado em engenharia elétrica, mas seguiu a carreira acadêmica de mestrado e doutorado na área de inteligência artificial. Decidiu deixar as terras sul-mato-grossense em 1993 e tantos anos depois sente saudade da “terrinha”, como se refere ao estado natal. “Eu nasci em Nioaque e na época a cidade era ainda menor, acredito que tinha uns 5 mil habitantes. Minha família ainda mora em Campo Grande e por isso mantenho meus laços com o Estado. Porém, recentemente comecei a sentir falta desse laço, da terrinha e por isso decidi realizar a exposição”, explica. 

A mostra intitulada “Memórias Pantaneiras: a arte de Haroldo Palo Júnior”, entra em cartaz a partir de hoje, 16 de setembro, no Museu de Computação Odelar Leite Linhares, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP. A universidade era a casa de Haroldo Palo Júnior, naturalista reconhecido internacionalmente pelo caráter artístico e documental de suas fotografias.

Lembranças

Alneu lembra com carinho da infância em Nioaque, onde percorria mangueiros ao lado do avô. “Eu tenho muitas lembranças dessa região, meu avô trabalhava em mangueiros e eu ajudava, ia com ele na minha pré-adolescência. Já adulto fui muito a passeio”, conta.

O tempo fora deixou espaço para a saudade. “Senti muita falta e como estou há tanto tempo fora achei que seria bom relembrar. Quando comecei a fazer pesquisas, encontrei o trabalho do Haroldo e consegui ter acesso as fotografias por meio da esposa dele, Isadora Puntel, que me ajudou nesse processo”, diz.

Dos momentos memoráveis em que a fauna e a flora não sofriam com o fogo, só resta a espera por tempos melhores. 

Astrologia

O que esperar para 2025? Veja as previsões dos astros

Com cinco mudanças planetárias, o novo ano promete balançar todas as estruturas

20/12/2024 15h00

2025 será um ano de muitas mudanças

2025 será um ano de muitas mudanças Reprodução / IA

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O ano de 2025 promete ser um período de intensas transformações e mudanças significativas no cenário astrológico.

Para verificar, como se darão essas mudanças, Correio B conversou com a astróloga Jussara Mathos que adiantou que após um 2024 marcado por eventos climáticos extremos e temperaturas recordes, o novo ano se apresenta como um capítulo inédito, com movimentações planetárias que indicam uma era de profundas renovações coletivas e individuais.

Mudanças planetárias

Um dos aspectos mais notáveis de 2025 é a mudança de signo de vários planetas geracionais em um curto espaço de tempo. Plutão, Netuno, Saturno, Júpiter e Urano entrarão em novas casas em sequência.

"Toda mudança tem um viés de buscar o nosso melhor, nosso melhor potencial, a nossa melhor forma, a nossa melhor versão. E eu acredito que as dificuldades que nós vamos atravessar em 2025 tem esse olhar, de despertar, de acordar. Porque do jeito que está, não dá mais. Algo tem que acontecer. [...] E aí quando um planeta grandão, geracional, faz uma mudança de signo já causa um grande impacto no mapa. Seja no mapa pessoal ou no mapa de uma nação. Agora imagina que nós vamos estar vivenciando cinco mudanças de mapas, de planetas saindo de um signo e indo para outro signo", pontua a astróloga.

2025 será um ano de muitas mudançasAstróloga Jussara Mathos

Plutão, astro relacionado ao renascimento e à renovação, que permaneceu em Capricórnio por quase 16 anos, ingressou definitivamente em Aquário em 19 de novembro de 2024, onde permanecerá até 2044. Esta transição promete revolucionar as estruturas sociais, enfatizando a cooperação comunitária e o uso ético da tecnologia para o bem comum.

Netuno, que representa o misticismo, fará sua mudança para Áries em 30 de março de 2025 após 14 anos em Peixes. Este trânsito, que não ocorria desde o período entre 1861 e 1874, trará uma nova onda de inspiração e criatividade, incentivando a materialização de sonhos e ideais em realidades tangíveis.

Saturno, o senhor do tempo, também ingressará em Áries em 25 de maio, após dois anos em Peixes. A conjunção entre Saturno e Netuno em Áries é um dos eventos mais aguardados do ano astrológico, inaugurando um ciclo de 36 anos que promete remodelar estruturas individuais e coletivas. Esta união combina a abordagem prática de Saturno com a visão intuitiva de Netuno, propondo uma fase de integração entre idealismo e pragmatismo.

Júpiter, associado à expansão e ao conhecimento, permanecerá em Gêmeos no primeiro semestre, enfatizando comunicação e aprendizado. Em 19 de junho, move-se para Câncer, trazendo uma expansão mais emocional e familiar, fortalecendo laços e valorizando tradições.

Urano, o planeta da inovação, entrará em Gêmeos em 7 de julho, impulsionando avanços tecnológicos e mudanças na forma de comunicação. No entanto, ficará retrógrado em setembro, retornando a Touro em novembro, para voltar definitivamente a Gêmeos apenas em 2026.

Eixo nodal

Em 2025, um importante movimento astrológico ocorrerá com a mudança do eixo nodal para Peixes e Virgem, trazendo consigo uma série de eclipses que influenciarão temas de espiritualidade e pragmatismo até 2027. 

Esse eixo nodal, formado pelos pontos onde a órbita da Lua cruza a órbita aparente do Sol, tem um impacto significativo tanto no desenvolvimento coletivo quanto no pessoal.

Com esta transição, seremos convidados a equilibrar a energia compassiva e mística de Peixes com o senso prático e organizacional de Virgem. Peixes nos incentivará a conectar com valores elevados e intuição, enquanto Virgem nos lembrará da importância de agir com responsabilidade e eficiência no dia a dia.

O alinhamento astrológico representa um chamado para integrarmos nossas crenças espirituais de forma tangível em nossas vidas cotidianas, promovendo empatia e altruísmo. É um convite para um despertar genuíno, estimulando um maior interesse por práticas que promovam o bem-estar comum e a aplicação prática da espiritualidade.

Além disso, esse movimento pode impulsionar a busca por soluções inovadoras para crises de saúde e desafios sociais. Podemos esperar o surgimento de novos projetos que combinem sensibilidade com eficiência, especialmente em áreas como saúde mental e questões ambientais.

Marte retrógrado

Um aspecto desafiador de 2025 será o movimento retrógrado de Marte entre 6 de dezembro de 2024 e 24 de fevereiro de 2025, iniciando em Leão e finalizando em Câncer. Este período pode impactar a energia vital e a assertividade, exigindo reflexão e reavaliação de objetivos e estratégias.

A oposição entre Marte em Leão e Plutão em Aquário será um dos aspectos mais tensos do ano, podendo trazer à tona conflitos relacionados a dinâmicas de poder e transformação. Este aspecto demandará cautela e maturidade para lidar com possíveis tensões internas e externas.

Panorama

Embora 2025 se apresente como um ano desafiador, com potencial para instabilidades e mudanças abruptas, também oferece oportunidades únicas para crescimento e evolução. As transformações previstas sinalizam o despertar de uma nova consciência coletiva, reconhecendo a necessidade de mudanças profundas em nossa relação com o planeta e entre nós mesmos.

Esse período de transição, que se estenderá entre 2025 e 2026, trará finalizações, reestruturações e novos começos em diversas áreas da vida. A chave para navegar por essas mudanças será manter-se aberto ao novo, cultivar discernimento e maturidade, e buscar formas construtivas de lidar com os desafios que surgirão.

Embora todos sintam os efeitos dessas movimentações planetárias, a intensidade e as áreas específicas de impacto variarão de acordo com o mapa natal individual. Portanto, o conhecimento da Carta Natal, aliado à compreensão dos trânsitos, pode ser uma ferramenta valiosa para fluir positivamente com as mudanças que se aproximam.

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AGENDA CULTURAL

Don Juan pantaneiro

Grupo teatral apresenta adaptação de clássico que dialoga com as tradições de MS; Elias Borges lança livro de poesia; Bianca Resende e Marina Torrecilha fazem leitura de aventura indígena infantil; Cia. Yordana estreia espetáculo de dança cigana

20/12/2024 10h00

Com direção de Natan Soares e cinco atores em cena, a montagem traz o clássico de Molière para as referências de MS; hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo

Com direção de Natan Soares e cinco atores em cena, a montagem traz o clássico de Molière para as referências de MS; hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo Foto: Divulgação

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A Cia. Perspectiva apresentará hoje, às 19h30min, no Teatro do Mundo, a quarta e última apresentação da temporada de estreia de “Don Juan”. O espetáculo é uma adaptação da comédia clássica de Molière (1622-1673) com texto e direção de Natan Soares, que dialoga com elementos da tradição de Mato Grosso do Sul. No elenco estão Tayla Morais, Joca Henrique, Diosant, Thalita Dias e Thiago Bartô. Classificação indicativa: 12 anos. Os ingressos, via Sympla, custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Confira a sinopse.

“Aqui, a jornada do infame sedutor vai além de suas conquistas amorosas. Don Juan se depara com a inevitabilidade das consequências de seus atos em uma trama que combina momentos de humor, drama e introspecção. A adaptação convida o público a descobrir um Don Juan mais humano e complexo. A narrativa explora sua luta interna entre a busca pelo prazer e os dilemas de uma consciência que, gradativamente, o leva à beira da loucura”.

Para Soares, “a peça ganha uma nova dimensão ao incorporar uma visão sul-mato-grossense, enriquecendo a narrativa com uma abordagem que explora temas universais, como moralidade, desejo e redenção, sob um olhar contemporâneo e culturalmente enraizado”.

O encenador Fernando Lopes, responsável pelo Teatro do Mundo, assina embaixo: “Fazem do jeito deles, com muito humor e inteligência. Bom demais”. Endereço: Rua Barão de Melgaço, nº 177, Centro.

FRANTIELLY E KELLY

Hoje e amanhã, o Sesc Teatro Prosa abrigará mais duas apresentações da Mostra Sesc Solos em Cena, com ingressos gratuitos pelo Sympla. Hoje, às 19h, Frantielly Khadija apresenta “Relicário de Mim”, com direção cênica de Chico Neller. O espetáculo convida “a adentrar um universo de fragmentos íntimos e memórias corporais”, explorando “as miudezas” da trajetória pessoal e artística da intérprete criadora, que transforma lembranças e experiências em movimento.

A palhaça Mixirica, interpretada por Kelly Figueiredo, ocupará a cena amanhã, às 16h, com o seu “Mixicirquinho”. No espetáculo, com a divertida Mixipulga, a palhaça faz o público mergulhar em um universo de fantasia e imaginação, recriando as aventuras circenses que encantam crianças e adultos. Com uma piscina mágica e uma corda bamba desafiadora, as duas transformam o teatro em um verdadeiro picadeiro repleto de surpresas e diversão.

BIANCA E MARINA

Amanhã, às 16h, na biblioteca do Prosa, bem ao lado da sala de espetáculos, Bianca Resende (texto) e Marina Torrecilha (ilustrações), autoras de “A Guerreira Potira”, receberão o público no encontro Literatura – Hámor no Sesc – Miolo, com a leitura integral do livro criado pela dupla. Não será necessária a retirada prévia de ingressos. Na obra, a indígena Potira ganha uma aventura diferente do que se conhece pelo folclore, em que sua presença está associada ao surgimento dos diamantes nas minas do Centro-Oeste.

Na lenda oral do folclore, o amor de Potira pelo guerreiro Itagibá era tão puro e intenso que, após a morte dele em uma batalha, o deus Tupã teria transformado as lágrimas de dor e saudade dela nas pedras preciosas. No conto do livro, ao se deparar com a violência sofrida pela mata e o impacto ambiental e social que o desmatamento carrega, Potira precisa encontrar forças para guardar o lar que a natureza representa para os homens.

Todo o universo da Potira no livro é construído a partir de referências geográficas, históricas, biológicas e culturais brasileiras. E ela ganha a companhia de seres mágicos e folclóricos que a guiam, ensinam e também aprendem: Mbae, Mbuá, Guayi e Kaluanã. O Sesc Teatro Prosa está localizado na Rua Anhanduí, nº 200. Grátis.

ELIAS BORGES

“Exploro a linguagem minimalista, gosto de versos curtos, sou escritor de microcontos também. Esses poemas são para falar dos abismos que as pessoas nos impõe e que nós impomos aos outros nas nossas relações. Amor não é uma coisa fácil, mas a gente não vive sem”.

É assim que o filósofo e professor Elias Borges comenta “Monograma de Amor – De Abismos e De Pontes”, seu novo livro, bancado com recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC).

Em edição bilíngue (inglês/português), a obra traz 56 poemas curtos e será lançada amanhã, às 17h, na Biblioteca Isaías Paim (Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 559), com a presença do autor.

“A minha poética é tragédia e amor, eu copio no sentido da mimesis, é o que eu estudo desde sempre, desde que me propus a estudar os nossos mestres gregos. Procuro com uma linguagem sucinta colocar isso para os leitores. Espero que gostem”, afirma Borges, que também é sociólogo.

YORDANA

A Cia. Yordana de Dança Cigana estreará amanhã “Povo das Estrelas”. O espetáculo será apresentado no Teatro Allan Kardec (Av. América, nº 653, Vila Planalto) a partir das 19h30min. Os ingressos custam R$ 35. Mais informações: (67) 9 9988-3072.

“A dança cigana é uma linguagem que se manifesta a partir de toda uma forma de pensar, sentir e viver do povo cigano. O nomadismo cigano incorporou e transmitiu novas expressões artísticas a sua dança com influência das culturas locais, criando, assim, uma grande diversidade de danças ciganas pelo mundo, cada qual com características típicas de sua região”, afirma a dançarina e produtora Yordana.

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