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AGENDA CULTURAL

Fim de semana na Capital tem Som da Concha, e muito reggae

Alzira E, Marina Peralta, Brô MCs e Hermanos Irmãos farão show de retomada do Som da Concha; Dia Municipal do Reggae movimentará a Esplanada Ferroviária; cia carioca apresentará dois espetáculos de dança; e projeto Miolo traz Monique Malcher

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O projeto Som da Concha será retomado neste domingo com o show Fronteira Guarani, a partir das 18h, na Concha Acústica Helena Meirelles. A apresentação gratuita reunirá quatro nomes que representam diferentes facetas da música de MS. Alzira E, Marina Peralta, Brô MCs e Hermanos Irmãos mesclam polca com rock e guarânia com reggae, fazem rap em guarani e refletem o caldeirão de influências culturais da fronteira sul-mato-grossense vindas dos vizinhos Paraguai e Bolívia.

Eles atuam há décadas com seus respectivos trabalhos e estarão todos juntos no palco. O repertório do show trará composições com letras focadas na tradução do jeito de ser do sul-mato-grossense fronteiriço, no alerta para a natureza ameaçada do Pantanal e do Cerrado e na denúncia de violência contra mulheres, indígenas e afrodescendentes.

Atuando desde os anos 1970, Alzira E é uma das pioneiras da música fronteiriça. Suas canções já foram gravadas por nomes importantes da MPB e a artista vem se consolidando como uma das compositoras de maior prestígio do País.

Sua obra se torna referência para vários artistas como o Hermanos Irmãos. Formado por Jerry Espíndola, Márcio de Camillo e Rodrigo Teixeira, o trio tem um trabalho voltado para a releitura de clássicos da música regional de MS e suas composições exploram o universo do ritmo ternário comum em toda a fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Marina Peralta e Brô MCs representam uma nova maneira de traduzir a fronteira guarani, trazendo para o universo musical sul-mato-grossense a batida do rap e a cadência do reggae. “Só Agradece” se tornou um hit na rede mundial e abriu caminho para Marina Peralta transformar-se em uma das artistas em grande ascensão da música brasileira, com milhões de acessos nas plataformas digitais.

Já o Brô MCs – Bruno Veron, Clemersom Batista, Charlie Peixoto, Kelvin Mbaretê e DJ Jhon – é o primeiro grupo de rap indígena do Brasil. Suas letras, cantadas em português e em guarani, retratam a realidade indígena da fronteira brasileira, especialmente dos guarani-kaiowá das comunidades Jaguapiru e Bororó, onde vivem os integrantes do grupo, em Dourados. Em 2022, o Brô MCs fez uma participação no videoclipe “Demarcação” de Marina Peralta e conquistou outros parceiros importantes, como o DJ Alok e o rapper Xamã.

GUETOS

O Dia Municipal do Reggae, neste domingo, ganhará sua primeira celebração, das 15h às 22h, na Esplanada Ferroviária, com show da banda Guetos, do Maranhão, que tem quatro décadas de estrada, e diversas outras atrações, além de espaço kids.
Confira quem vai se apresentar: Canaroots, Louva Dub, Rockers Sound System, André Stabile, Sandim, Laris, Marolo, Caramuja, DJ BaileON, Pra Namoradinha e Vem Cantar Comigo. Entrada franca.

FOCUS

A Focus Cia de Dança (RJ) volta a Campo Grande para apresentação de dois espetáculos, “As Canções que Você Dançou pra Mim”, embalado por canções de Roberto Carlos, hoje, às 20h, no Teatro Glauce Rocha, e “Trupe”, que vai ocupar a Praça Ary Coelho, amanhã, com sessões às 15h e às 17h.
Os ingressos para a apresentação de hoje custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) e estão disponíveis no site: https://bileto.sympla.com.br/event/94593. O espetáculo de amanhã, na praça, será de graça.
Dirigida pelo coreógrafo Alex Neoral, a companhia circula pelo Brasil com o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. No elenco, estão Bianca Lopes, Carolina de Sá, Cosme Gregory, Iure de Castro, Lindemberg Mallí, Paloma Tauffer, Vanessa Fonseca e Wesley Tavares.

MIOLO 3

O projeto Miolo: Circuito de Leituras Integrais chega à sua terceira e última edição neste fim de semana, trazendo para Campo Grande a premiada escritora paraense Monique Malcher. Autora de “Flor de Gume”, obra vencedora do Prêmio Jabuti 2021 na categoria Contos, Monique é a segunda mulher da região Norte a receber essa distinção em 65 anos de história.
O evento ocorrerá amanhã, às 18h, na Éden Beer, com a leitura de “Seis Desenhos de Doesburg”, de Henrique Komatsu, finalista do Jabuti em 2020. Esse encontro contará também com a participação da artista visual Isabê e da professora Rosana Zanelatto, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A entrada é gratuita, condicionada à doação de um quilo de alimento não-perecível.
Amanhã, Monique Malcher ministrará o workshop gratuito Atando Olhares na sede da Central Única das Favelas (Cufa) de Campo Grande. Destinada a escritores de ficção e interessados na arte da escrita, a oficina propõe uma jornada de exploração poética e antropológica, estimulando a observação sensível e subjetiva do mundo como base para a criação literária. Os interessados devem se inscrever pelo link: https://bit.ly/Miolo_MoniqueMalcher.

MALLANDRO

O comediante Sérgio Mallandro passa por uma fase ruim da vida. O dinheiro está cada vez mais curto e ele até tenta trabalhar como motorista de aplicativo, mas não consegue, porque, mesmo disfarçado, sempre acaba sendo reconhecido pelos passageiros.

Essa é sinopse de “Mallandro, o Errado Que Deu Certo”, longa de Marco Antonio de Carvalho que traz no papel principal o conhecido humorista que já fez bastante sucesso na televisão, no cinema e na música com seu estilo descontraído e trejeitos marcantes, como o impagável “glu-glu”.

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Profissionalização

MS+Underground dá oficina gratuita para criação de portfólio artístico

Criado há um ano, coletivo auxilia na profissionalização e expansão da rede de contato de artistas independentes em Mato Grosso do Sul

09/04/2025 11h00

Oficina vai atender artistas de diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança

Oficina vai atender artistas de diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança Divulgação

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O coletivo MS+Underground, em parceria com a Superintendência de Economia Criativa, vai promover nesta quarta-feira (9) a oficina gratuita "Diálogos Criativos com o Movimento Underground - Elaboração de Portfólio Artístico", voltada para artistas que desejam construir ou aprimorar seus portfólios.

A oficina é aberta tanto para artistas iniciantes quanto para os mais experientes, abrangendo diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança.

Durante o encontro, os participantes aprenderão sobre a importância de um portfólio bem estruturado para divulgar seus trabalhos e receberão orientações práticas para organizá-lo de forma profissional.

O coletivo

O coletivo MS+Underground nasceu há um ano a partir do movimento underground em Campo Grande. Em parceria com a Superintendência de Economia Criativa do Governo do Estado, o grupo tem como objetivo fomentar a cena artística local.

Por meio de oficinas, eventos e diálogos, busca auxiliar artistas independentes na profissionalização e ampliação de suas redes de contato.

Além das oficinas como esta, o coletivo organiza eventos voltados à divulgação de artistas autorais e ao fortalecimento da economia criativa no estado, incentivando pequenos empreendedores locais.

Serviço

Oficina "Diálogos Criativos com o Movimento Underground - Elaboração de Portfólio Artístico" 

  • Data: 9 de abril (quarta-feira)  
  • Horário: 18h  
  • Local: Museu da Imagem e Som (MIS), 3º andar  
  • Endereço: Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, região central de Campo Grande/MS  
  • Formulário de inscrições: https://forms.gle/nYh8g89kNZfdE7eA9

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saúde

Entenda qual a relação entre o ciclo menstrual e o órgão responsável pela labirintite

Ciclo menstrual, gestação e menopausa podem afetar o labirinto, órgão responsável pelo equilíbrio corporal e pelo movimento dos membros, entre outras funções, e que, segundo especialistas, pode ser comprometido por alterações hormonais

09/04/2025 10h00

Durante a gestação, a elevação da taxa de vários hormônios  como beta-HCG, estrogênio e, principalmente, progesterona  causa alterações que podem diminuir a pressão sanguínea da mulher e causar tontura

Durante a gestação, a elevação da taxa de vários hormônios como beta-HCG, estrogênio e, principalmente, progesterona causa alterações que podem diminuir a pressão sanguínea da mulher e causar tontura Divulgação

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Localizado na porção mais interna do ouvido, o labirinto é um dos principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio corporal, trabalhando em conjunto com o sentido da visão e com a capacidade do corpo de perceber e reconhecer a posição, o movimento e a orientação de seus membros sem precisar da visão. Essa capacidade é chamada pelos médicos de propriocepção.

As variações hormonais femininas podem ter uma relação com as doenças labirínticas, que afetam o equilíbrio e a audição. Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona podem afetar o sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio, e a cóclea, responsável pela audição.

Conforme o otorrinolaringologista Ricardo Dorigueto, as principais doenças do labirinto que podem ser influenciadas pelo controle hormonal feminino são a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), um distúrbio da orelha interna que causa crises de vertigens desencadeadas por determinadas mudanças na posição da cabeça, e a doença de Ménière, caracterizada por ataques recorrentes de vertigem espontânea, perda de audição e zumbido. Essa última ocorre em função do aumento da pressão dos líquidos da orelha interna.

INTOLERÂNCIA AOS SONS

Especificamente nas mulheres, segundo dr. Ricardo, as alterações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, na gestação e na menopausa podem resultar no comprometimento da homeostase (equilíbrio) dos fluidos labirínticos, agindo diretamente nos processos enzimáticos e na atuação de neurotransmissores.

“Os nossos hormônios atuam em todo nosso corpo, e claro que uma mudança nos seus níveis pode acarretar sintomas em um órgão tão sensível quanto o labirinto”, explica o médico.

Artigo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia corrobora com a tese, ressaltando que, no ciclo menstrual regular, ocorrem variações nos níveis de hormônios esteroides ovarianos, estrógeno e progesterona, conforme as fases do ciclo.

“No labirinto, temos um líquido que precisa estar bem equilibrado na quantidade de suas substâncias para o bom funcionamento do ouvido. E é exatamente aí que o hormônio atua e, em algumas pessoas, pode desencadear sintomas de instabilidade, sensação de cabeça vazia ou como se andasse flutuando, além de zumbido e intolerância aos sons”, destaca o especialista.

MENOPAUSA

Esses sintomas, relacionados ao ciclo menstrual e à gravidez, devem-se, em geral, à progesterona, que leva a um aumento de água e sódio, podendo gerar um aumento da pressão dentro do labirinto e causar sintomas parecidos com a doença de Ménière, assim como as alterações hormonais, particularmente durante a menopausa, aumentam a incidência de VPPB em mulheres.

A provável disfunção responsável pela doença, segundo o especialista, está relacionada aos receptores de estrogênio na orelha interna. O estrogênio é um hormônio presente em maior quantidade no organismo das mulheres, fundamental para a saúde sexual e reprodutiva.

“Em função da retenção de sódio e da hipertensão endolinfática, é na fase lútea [última fase do ciclo menstrual] que podem ser observados quadros de hidropisia labiríntica [ou doença de Ménière]”, afirma o médico.

O especialista finaliza destacando que, como é comum confundir as doenças do labirinto, é necessário que o paciente realize uma consulta com um otorrinolaringologista para garantir o correto diagnóstico e tratamento adequado.

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