Correio B

CANAL 1 - FLÁVIO RICCO

Força e consumo da televisão continuam incontestáveis

Força e consumo da televisão continuam incontestáveis

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A TV aberta está sempre no centro das discussões. Hoje, como a política, futebol e religião, é sempre um dos assuntos mais comentados. Mas há ainda os que questionam a sua força.

Pois bem. O site da CENP – Conselho Executivo das Normas-Padrão, sob o título “TV permanece como meio mais consumido e de maior força comercial”, destacou artigo do professor Mark Ritson na “Marketing Week” sobre o consumo da televisão no Reino Unido, muito à frente dos demais, e um outro da VAB - Video Advertising Bureau com análise da audiência total da TV nos Estados Unidos.

Dados de junho passado, “na população acima de 18 anos a audiência média dos canais de TV por minuto (incluindo sua "transmissão" online) é de 31,4 milhões de pessoas, contra 15,8 milhões da soma dos 10 digitais de maior audiência que vêm em seguida (entre eles, YouTube, Facebook, Google, Spotify e Instagram).

Destaca ainda que na faixa de “18 e 34 anos a TV continua liderando, com 3,4 milhões de audiência por minuto, contra 2,6 do YouTube, 1,4 do Spotify, 0,76 do Facebook e 0,72 milhão do Google”.

E, a dos 35 a 64 anos, “que concentra a maior parte do poder de consumo americano, os canais de TV falam com 16,7 milhões de pessoas por minuto, contra 7,4 milhões da soma dos 10 canais digitais que aparecem na sequência”.

Nada a acrescentar. Os dados são incontestáveis.

TV Tudo

Foto: Zé Paulo Cardeal / TV Globo

Paquera forte

A coluna tem informações do interesse da CNN Brasil na contratação de Monalisa Perrone. Fonte segura.

Monalisa, hoje, é a titular do “Hora 1” na Globo. O problema, informa-se, é que existe uma multa contratual muito alta no meio.

Dobradinha

Mais que um simples contato, já existe, sim, uma conversa bem encaminhada entre CNN Brasil e Dony De Nuccio. Nada assinado ainda, mas em vias de. Por aí se entenda após o retorno dele ao Brasil.

E junto, anote também, o comentarista de economia Samy Dana.

Futebol

A Rede TV! está em negociações bem aceleradas para fechar, além do italiano, a transmissão de um outro campeonato importante.

Ao todo, quatro no radar, sendo dois europeus.

Pa-pum

Erick Jacquin conclui na outra sexta-feira, 23, as gravações da segunda temporada do “Pesadelo na Cozinha”.

A estreia, na Band, será no dia 27.   

Gravando

Leandro Hassum já iniciou as gravações do “Tá Pago”, ao ritmo de dois programas por semana.

Entre os convidados até agora, Daniela Mercury, Adriane Galisteu, Henrique Fogaça e Tiago Abravanel. Ainda não há uma definição de quem irá ao ar no primeiro, dia 27.

Programa do Eri

A Record marcou para os dias 26 e 27, no Rio, as gravações do especial de fim de ano “O Figurante”. O elenco reúne Eri Johnson, Angelina Muniz, Giuseppe Oristanio, Pérola Faria, Inês Galvão e Bemvindo Sequeira.

Dependendo da sua aceitação, perigas de virar série semanal.

Ponto a favor

A parceria com a Globo na produção da “Escolinha do Professor Raimundo” se tornou um bom negócio para o Viva. A exibição da nova temporada impactou, desde sua estreia, mais de 4,3 milhões de telespectadores diferentes.

O canal alcançou ainda o segundo lugar como mais assistido da TV por assinatura pelo público masculino na exibição das edições inéditas.

Free

Mariana Ferrão, ex- Globo, vai abrir o ciclo de palestras do Congresso Estetika, dia 31, no SP Expo, falando sobre “A Ciência da Felicidade”.

Ela estará ao lado de João Paulo Pacífico, que apresenta o programa “Felicidade iLTDA” na Rádio Globo.

Capa e recheio

Antonela Avellaneda, participante do BBB 4, passou rapidamente pelo Brasil, antes de fotografar para a Playboy de Portugal. Trabalho marcado para esta sexta-feira.

Aqui, ela foi capa e páginas em duas edições da revista. E, como próximo passo, negocia com alguma televisão, o seu programa de viagens.

Desafio ao Galo

Joseval Peixoto, depois da passagem pela TV Gazeta, acaba de fechar a transmissão do Desafio ao Galo pela Rede Brasil de Televisão.

Começa em 1º de setembro.

Bate – Rebate

•     Após “Verão 90”, Marina Moschen está acertando uma participação em “A Dona do Pedaço”.

•     Juliana Alves e Dandara Mariana estarão em “Salve-se Quem Puder”, a substituta de “Bom Sucesso”.

•     Um trabalho do grupo Falamansa, relativo aos 20 anos de carreira, entra como atração do “Música na Band” nesta sexta-feira.

•     A Globoplay lança o documentário “Todos os Cantos” no dia 13 de setembro...

•     ... Um trabalho que destaca os bastidores de um novo projeto musical da cantora Marília Mendonça...

•     ... Por cada cidade que passou neste seu roteiro, ela lançou músicas e recebeu convidados especiais.

•     No sábado, dia 24, às 15h45, a Rede TV! retoma a transmissão do Campeonato Italiano ...

•     ... Em campo, Fiorentina e Napoli, com narração de Silvio Luiz e comentários de Paulo Sérgio.

•     No programa desta quinta-feira, o “The Voice Brasil” vai encerrar a fase de “Audições às Cegas”.

•     Em torno de tudo que está acontecendo com ESPN e o canal Fox Sports, convém salientar que o ano fiscal do Grupo Disney se encerra no final deste mês de agosto.

C´est fini

O SBT, após a decisão de relançar dia 19, às 18h, a série mexicana “A Rosa dos Milagres” como “Milagres de Nossa Senhora”, descobriu que a marca pertencia à TV Aparecida.

A emissora católica, após ser consultada pela emissora de Silvio Santos, cedeu gentilmente o título para uso na programação.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!  

Correio B+

Pet B+: Dezembro verde: mês de combate ao abandono e maus-tratos de animais. Saiba como ajudar!

No período de férias e festas de fim ano, cresce o número de animais abandonados

06/12/2025 15h30

Dezembro verde: mês de combate ao abandono e maus-tratos de animais

Dezembro verde: mês de combate ao abandono e maus-tratos de animais Foto: Divulgação

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O Dezembro Verde é o mês que acontece a campanha de conscientização contra o abandono e os maus-tratos de animais. A data foi escolhida por conta do aumento do número de casos de abandonos neste período do ano, já que muitas famílias viajam de férias, mas não incluem os pets em seus destinos. De acordo com um levantamento do Instituto Pet Brasil, realizado em 2021, há cerca de 185 mil animais sob tutela de ONGs e protetores independentes, e quase metade destes animais foram provenientes de abandono. 

“Infelizmente, dezembro é um mês em que recebemos um número muito grande de pedidos de acolhimento de animais. Isso faz com que nossos abrigos fiquem além da capacidade, e sabemos o quanto cada história traz urgência e sentimento. Por isso, estamos tendo que analisar cada situação com muito cuidado, para garantir que os pets em maior risco sejam resgatados primeiro e recebam o acolhimento imediato que tanto precisam”, afirma Priscila Finamore, fundadora da Ong AMALO - Associação Amigo dos Animais de Louveira

A campanha é uma forma de lembrar do sofrimento e das consequências do abandono. “Quando um animal é abandonado, ele fica vulnerável a acidentes, pode adoecer, se assustar com facilidade e, em situações de estresse, pode até morder uma pessoa ou outro animal que esteja passeando com seu responsável”, afirma Tatiana Santos, Coordenadora Técnica do Programa Adote Petz.

Além disso, os animais abandonados podem contribuir com alguma zoonose, pois eles ficam expostos a doenças e sem cuidados veterinários. A falta de cuidados com o pet, como avaliação, vacinação, manutenção e alimentação adequada enfraquece o sistema imunológico desses animais. Portanto, quando entram em contato com pessoas ou outros animais domésticos, podem tornar-se vetores de infecção. Assim, o abandono representa um risco tanto para a saúde pública quanto para o bem-estar animal.

Como contribuir com a campanha Dezembro Verde 

Denuncie 

Abandonar animais é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), com pena de dois a cinco anos, multa e proibição da nova guarda de animais. Além disso, caso o animal morra por conta do abandono, a lei prevê que a pena seja mais severa e aumentada de um sexto a um terço. Qualquer cidadão que presencie um abandono ou maus tratos de animais pode e deve denunciar. Isso é parte da campanha de conscientização. 

Para fazer a denúncia é preciso ir até uma delegacia fazer um boletim de ocorrência e informar os dados do crime, como a placa do carro de quem deixou o pet na rua.  O autor do processo será o Estado, não o denunciante.

Adote com responsabilidade 

Na maioria dos casos, os abandonos ocorrem por conta da impulsividade na hora da adoção, falta de conhecimento sobre as necessidades do animal e falta de planejamento a longo prazo, envolvendo rotina, dinheiro e disponibilidade de tempo. Por isso, antes de adotar, pesquise bastante e faça uma análise sincera com a família para entender se é o momento certo de adotar e se você conseguirá oferecer um lar adequado ao animal por toda a vida dele.  

“Adotar um pet é um gesto de amor, mas também um compromisso para a vida toda. Um animal precisa de carinho, atenção, cuidados veterinários, alimentação adequada e um lar seguro. Antes de adotar, é importante avaliar sua rotina, seu espaço e sua disponibilidade emocional e financeira.

Quando a adoção é feita de forma responsável, o pet ganha uma família de verdade e o tutor ganha um companheiro leal que estará ao seu lado em todos os momentos”, relata Priscila.  

Outras formas de contribuir com a causa 

Apoiar ONGs e instituições que cuidam de animais é uma ótima forma de ajudar os animais a terem uma nova chance de encontrar uma família e serem felizes. É possível contribuir de diversas formas, desde fazendo doações em dinheiro, ração e remédios, até oferecendo a sua casa como lar temporário ou postando nas redes os animais que estão para adoção. “O simples fato de contribuir com a divulgação das informações e da conscientização da data entre amigos e familiares já é uma grande forma de contribuir”, explica Tatiana. 

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Cinema B+: The Abandons: quando o Oeste não funda nada

Um faroeste sobre terra, fé e o momento em que a sobrevivência passa a valer mais que a lei

06/12/2025 13h47

Cinema B+: The Abandons: quando o Oeste não funda nada

Cinema B+: The Abandons: quando o Oeste não funda nada Foto: Divulgação

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Achei curioso que a açucarada The Gilded Age tivesse aberto sua temporada com a família Russell investindo justamente em minas de prata no Oeste americano e que, mais adiante, voltasse a esse assunto como símbolo de prosperidade, expansão e futuro. A essa altura, eu já sabia que, no fim do ano, a Netflix lançaria The Abandons, uma série disposta a mostrar o outro lado dessa mesma história: o nada romântico. Sim, gosto de um bom faroeste. E este ainda prometia ser liderado por duas mulheres fortes. Como resistir?

É característico do gênero se apresentar como mito de origem: o lugar onde tudo começa, onde uma nação se organiza a partir do caos. The Abandons escolhe o caminho oposto. Ambientada em 1854, no então instável Washington Territory, a série não está interessada em fundar coisa alguma. Seu olhar recai sobre o intervalo perigoso em que a lei ainda não existe de fato — e a violência começa a ser organizada como método. Calma, a conexão entre as séries se faz exatamente aí.

Aqui, a disputa não é ideológica. É material. Terra, prata, posse, herança. Jasper Hollow não funciona como símbolo romântico, mas como ativo: um pedaço de chão valioso demais para permanecer neutro. O que a história americana costumou chamar de “destino manifesto” surge, na série, despido de idealismo: expandir significa expulsar; prosperar significa tomar.

O próprio título ajuda a entender esse mundo. A série Os Abandonados não evoca poesia: remete a um termo do período usado para designar aqueles empurrados para fora do contrato social: órfãos, deslocados, corpos considerados descartáveis. Não são heróis à margem do sistema; são gente que nasce fora dele e precisa negociar cada centímetro de existência. Família, aqui, não é herança, é arranjo de sobrevivência.

A série nasce de uma ideia antiga de Kurt Sutter, criador de Sons of Anarchy e autor obcecado por comunidades que se transformam em autoridade paralela quando a lei falha. Mas The Abandons chega à Netflix atravessada por um processo de produção turbulento e por outros olhares criativos. Sutter deixou o projeto antes do fim das filmagens, e a série passou a ser moldada por um conjunto maior de produtores, diretores e decisões de pós-produção. Esse percurso deixou marcas. 

The Abandons carrega uma autoria em disputa — perceptível tanto nas suas ambições quanto nas suas irregularidades — e tensiona o tempo todo o western político duro com um drama de clãs mais tradicional. É isso que a torna interessante. E é também isso que explica por que a crítica se dividiu tanto.

No centro desse conflito estão duas mulheres viúvas, duas formas de poder, dois modos de justificar a própria violência.

Fiona Nolan, vivida por Lena Headey, constrói uma família onde não havia nada: órfãos, gente sem sobrenome, vidas sem proteção legal. Sua fé não é decorativa, ela estrutura decisões, define limites e, aos poucos, endurece escolhas. Fiona ama, protege e controla. Quanto maior a ameaça, mais absolutas se tornam suas convicções. Em The Abandons, o amor materno não é conforto; é comando.

Do outro lado está Constance Van Ness, interpretada por Gillian Anderson. Também viúva, também líder, também convencida de que ceder equivale a desaparecer. Se Fiona fala em proteção, Constance fala em progresso. Se uma reivindica o direito moral à terra, a outra reivindica o futuro coletivo. Ambas usam argumentos legítimos e ferramentas cada vez menos defensáveis. A série deixa claro esse embate logo na abertura, quando Constance teme perder o apoio de seu principal investidor, Cornelius Vanderbilt (sim, aqui está a ponte direta com The Gilded Age), caso não encontre novas jazidas. E o terreno mais promissor é justamente aquele ocupado pelos abandonados.

É impossível ignorar que westerns raramente ofereceram espaço real para mulheres fora de três papéis recorrentes: viúvas resignadas, jovens em perigo ou prostitutas. The Abandons se insere na onda contemporânea de protagonismo feminino, mas encontra sua justificativa perfeita ao escalar duas atrizes da estatura de Lena Headey e Gillian Anderson.

Mesmo quando o roteiro falha, quando diálogos soam excessivos ou decisões narrativas escorregam, são elas que sustentam o conflito. Sua presença confere densidade, ameaça e humanidade a personagens que, em mãos menos capazes, facilmente se tornariam arquétipos.

A série acerta ao não transformar esse embate em uma fábula simples. The Abandons entende que vilões confortáveis não sobrevivem muito tempo quando o conflito é estrutural. A pergunta nunca é quem está certo, mas quanto cada personagem está disposto a perder — ou a destruir — para continuar existindo.

Os jovens que orbitam esse confronto — Elias, Dahlia, Albert e Lilla Belle — não funcionam como alívio emocional. Neles, a violência se acumula, se aprende e se normaliza. O romance proibido entre Elias e Trish não é exercício de esperança; é uma linha cruzada num mundo que pune severamente quem insiste em borrar fronteiras de sangue, classe e lealdade.

Mas sim, The Abandons também carrega, de maneira visível, as marcas de seus bastidores afetando diretamente a narrativa e o ritmo. Há momentos de potência, outros de dispersão. Mas, poderíamos argumentar também que longe de invalidar a série, isso a aproxima da tradição do faroeste, que são histórias que nunca se fecham direito porque refletem a história do território e sua caótica ocupação.

Este não é um Oeste romântico. Não há fundação gloriosa, nem promessa clara de ordem futura. O que se vê é o nascimento de desigualdades, a institucionalização da força, a transformação de gente comum em algo mais duro do que planejava ser. No final das contas, mesmo querendo falar de origens, The Abandons não pergunta como uma nação surgiu. Pergunta quem ficou para trás, e o que essas pessoas precisaram se tornar para não desaparecer.

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