Por Flávia Viana
Colaborou Denise Neves
Henri Castelli (44), é de São Bernardo do Campo (SP).
O ator é apaixonado pela sua profissão, por motociclismo, mergulho (ele é mergulhador) e pelo time do São Paulo, paixão que nasceu quando ele ainda era pequeno, inclusive ele mora ao lado estádio do Morumbi na capital paulista.
Em sua trajetória, Henri já fez mocinho, bandido e não se importa em ser chamado de galã, afinal de contas ele é né? (risos).
Em seu caminho, inúmeras novelas e séries, além de permear pelo teatro e também pelo cinema. Quando viveu o personagem Cassiano em Flor do Caribe, novela exibida pela TV Globo em 2013, foi indicado ao prêmio de melhor ator.
Castelli se inspira sempre no desafio do próximo trabalho, todos os seus personagens são especiais em sua carreira, e Henri também é um pai presente e babão de Lucas (16) e Maria Eduarda (8).
“Eu sou o pai babão, não adianta (risos). O meu pai morreu muito cedo, quando eu tinha 12 anos.
Eu sempre tive muita vontade de ser pai e medo de morrer muito cedo e acabar deixando eles…”, explica.
O ator estará neste final de semana na capital sul-mato-grossense para inaugurar seu novo projeto, uma clínica estética com alta tecnologia e tratamentos diferenciados na área de beleza e estética avançada.
Capa do Correio B+ desta semana, Henri Castelli fala com exclusividade com o Caderno sobre seus desafios, paixões, escolhas, personagens e próximo ao dia dos pais, ele também fala porque esta data se tornou tão especial para ele.
CE: Henri como você iniciou sua carreira de ator? Você sempre quis esse caminho?
HC: “Eu comecei a fazer teatro na escola, para ganhar notas (risos). E aí eu comecei a aparecer lá. Antigamente, era bem legal fazer teatro na escola. Então, a gente produzia figurino, cenário, texto… E aquilo foi ficando na minha memória. E o tempo foi passando, e chegou aquele momento do ‘O quê que você quer fazer da vida?’… E foram aparecendo alguns cursos no Rio de Janeiro e aí eu peguei as minhas coisas e fui embora para estudar e me profissionalizar.”
CE: Você sempre fez muita televisão, é o que mais gosta?
HC: “Televisão é o meu berço, mesmo. O que eu amo fazer, realmente.”
CE: Você poderia contar pra gente algum fato que já tenha acontecido nas gravações e nos bastidores?
HC: “Outro dia eu postei nas minhas redes sociais uma cena que eu fiz com o José Wilker, que, na verdade, seria até um outro ator que iria fazer o meu pai, e durante uma reunião eu disse que talvez ele poderia ser o meu pai e os diretores adoraram a ideia, chamaram ele e ele topou. E foi marcante para mim, porque ele é uma referência. Outro fato foi quando eu fiz a novela ‘Belíssima’ e na primeira reunião de leitura de texto foram chegando Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Glória Pires, Claudia Abreu e a Denise Saraceni e eu fiquei: ‘Nossa, onde é que eu estou?’, zerei a vida, né, se eu morrer, já valeu a pena (risos).”
CE: Como foi fazer “Malhação” em 2002 e retornar em 2019? Conta pra gente essa experiência?
HC: “Foi literalmente me enxergar quando eu fiz o protagonista na primeira vez. Era um sonho mesmo um dia voltar e eu tanto batalhei que eu fiz a última. Eu fiz o protagonista em um dos maiores ibopes da história da ‘Malhação’ e fiz a última, fechando a porta com chave de ouro.”
CE: Você tem um personagem preferido ou que marcou você?
HC: “Não, nenhum. Os personagens são como filhos, é a mesma coisa de se perguntar: ‘Qual filho você gosta mais?’. Não tem. Todos me marcaram muito. Fiz sempre através de muita luta, de muita batalha, e todos os personagens vieram em momentos muito especiais da minha vida. Cada fase da minha vida profissional e pessoal que se mistura, eles vieram em momentos muito importantes que me proporcionaram muitas outras coisas.”
CE: Você se incomoda quando te chamam de galã Henri?
HC: “Não, de jeito nenhum. Pode chamar à vontade (risos).”
CE: Uma inspiração na sua profissão...
HC: “O que me inspira é o novo, o desafio. Estar à beira do precipício sem saber o que fazer e soltar de paraquedas. Cada personagem é uma nova tentativa… Uma ansiedade, uma adrenalina… ‘Será que eu vou fazer esse personagem? ’, ‘Será que eu vou conseguir? ’ ou ‘Será que eu vou dar conta?’. É isso o que me inspira. É isso o que me motiva. Mergulhar num misto de emoções que a gente vai descobrindo na vida. O que me inspira é fazer tudo com amor e determinação. ”
CE: Já passou por algum preconceito por ser bonito e talentoso? Porque muitos acham que porque é bonito não pode ter talento...
HC: “Não. Comigo, nunca aconteceu.”
CE: Como aconteceu a sua paixão por motos?
HC: “Eu sempre gostei de motos de todos os tipos. Durante uma época da minha vida, tinha uma fábrica de triciclos que a gente montava, então, sempre vinha à tona essa minha relação com a moto. E quando eu fiz ‘Sol Nascente’, a novela foi patrocinada por uma marca de motos na qual eu fui embaixador e dois anos depois voei embaixador de outra.”
CE: Você é torcedor do São Paulo... E a paixão pelo futebol e pelo time? É desde pequeno?
HC: “Sim. Inclusive, eu moro de frente para o estádio do Morumbi (risos).”
CE: Você está vindo para Campo Grande para inaugurar um investimento que fará aqui. Como foi esse processo? Porque escolheu a cidade e o ramo de estética?
HC: “Isso é uma coisa que sempre esteve dentro de mim, e a pandemia me trouxe um tempo para que eu pudesse pensar sobre isso. A estética é uma área que eu realmente gosto. Se cuidar e ter amor-próprio A estética fala disso. E eu amo isso. Eu tenho uma farmácia de manipulação, uma fábrica de cosméticos masculina e agora a clínica de estética. E um dos motivos de eu ter escolhido Campo Grande é porque a minha dermatologista é de lá e eu sou sócio do marido dela.”
CE: Já conhecia Campo Grande e o MS?
HC: “Já, sim. E o município de Bonito também. Passeei bastante por esse Brasil, já (risos). Eu sou mergulhador, então, onde tem mar, eu estou indo.”
CE: Como é a Estetik KV?
HC: “É uma clínica de cuidados com a beleza, com aparelhos internacionais, temos também atendimento on-line, reservas de consulta por aplicativo para o cliente não perder tempo etc. Estamos buscando pela excelência, pois, estamos há dois anos montando esse projeto.”
CE: Você é um homem vaidoso… Já fez procedimentos estéticos?
HC: “Já fiz vários, como o botox, por exemplo. Para resumir, eu acho que a vaidade é muito positiva, desde que você não exagere. E a ciência está aí para nos ajudar. Desde que você faça com indicação certa e na época certa, porque é um caminho sem volta, e, se você exagerar, pode se arrepender. No Brasil, nós temos muitos profissionais qualificados, é só saber procurar direitinho. Nem todos são assim, nós vemos muitos absurdos acontecendo, e chega até ser perigoso… Como a gente fala de autoestima e amor-próprio, é importante estarmos muito bem alinhados com todas as normas de segurança.”
CE: Agora falando sobre o “Henri paizão”, como é a sua relação com os seus filhos?
HC: “Eu sou o pai babão, não adianta (risos). O meu pai morreu muito cedo, quando eu tinha 12 anos. Eu sempre tive muita vontade de ser pai e medo de morrer muito cedo e acabar deixando eles…”
CE: Como será a sua comemoração de Dia dos Pais? Algo planejado?
HC: “Eu não sou muito de planejar essas coisas, não. Eu deixo acontecer. Eu sou o pai, quem tem que fazer são eles (risos).
CE: Você costuma pedir presente?
HC: “Não. Ficar pedindo é muito chato, eles sabem do que eu gosto. É igual relacionamento, tem que ficar esperto aos detalhes.”
CE: Além da Clínica, quais os outros planos? Volta para a televisão? Teatro ou cinema? Streaming?
HC: “Tem, sim. No teatro e na televisão, mas ainda está em negociação. Seria para começar esse ano e estrear no ano que vem.”
CE: Sobre o Dia dos Pais, o que essa data representa para você?
HC: “O Dia dos Pais é uma data que me fazia triste e hoje me faz muito feliz... Depois que eu fui pai, essa data tomou um outro sentido para mim. Se tornou um dia especial porque hoje eu tenho os meus filhos. A minha vida mudou completamente depois que eu virei pai.”



Estener Ananias de Carvalho e Renata dos Santos Araújo de Carvalho
Anderson Varejão, Luiz Fruet e Aylton Tesch


