"Pantanal para mim foi uma grande virada, experiência que eu jamais vou esquecer na minha vida"
Um dos maiores diretores do Brasil, está comemorando 40 anos de carreira e também novos projetos.
Jayme Monjardim (65 anos), coleciona inúmeros trabalhos de sucesso com reconhecimento internacional, uma trajetória que agradece todos os dias.
“Bom, meu sentimento é o melhor e o mais lindo possível. Sensação de compromissos assumidos, feitos e bem resolvidos. Graças a Deus a maioria com muito sucesso.
A única certeza que eu tenho é o quanto ainda tenho para fazer. Eu estou muito feliz com tudo, com todos esses anos de trabalho”, comemora.
Jayme também celebra o sucesso constante da novela “O Clone” (2001) reprisada novamente na TV Globo e também na Globoplay.
“O Clone é um marco em minha vida. Primeiro, pelos temas abordados e por quem escreveu. Glória é fantástica, responsável por todo o resultado da novela, que passou pelo mundo inteiro colhendo bons resultados, colhendo boas críticas, colhendo conhecimento”, enaltece Jayme.
Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o diretor conta que a escolha da sua profissão foi por causa de sua mãe, a cantora Maysa.
“Já me fizeram várias vezes essa pergunta e eu não me canso de dar esse crédito toda a minha mãe. Porque quando minha mãe morreu, após um ano, eu comecei a sentir uma necessidade muito grande de contar um pouco sobre ela. Eu fazia muito filme de casamento, até que um dia falei: - “sabe o que eu vou fazer? Vou pegar o Super 8, e fazer um filme em homenagem à minha mãe.” Pronto. E resolvi fazer um filme. Minha mãe chamava-se Maysa e esse filme foi muito bem recebido. Ganhou o Festival de Penedo na época e fiquei muito feliz”, relembra.
Em sua trajetória sólida e importante para a história da TV e do cinema no país e fora dele também, Monjardim já fez 21 novelas, 11 séries e cinco filmes desde o início na década de 1970, quando estudou Cinema na Itália, integrando a equipe de Michelangelo Antonioni.
Dentre as novelas destacam-se:
- “Roque Santeiro’,
- ‘Sinhá Moça’,
- ‘Pantanal’,
- ‘Terra Nostra’,
- ‘O Clone’,
- ‘Páginas da Vida’,
- ‘Viver a Vida’,
- ‘A Vida da Gente’,
- ‘Sete Vidas’ e ‘Tempo de Amar’, em tramas escritas por grandes nomes da dramaturgia brasileira como Manoel Carlos, Glória Perez, Walther Negrão, Benedito Ruy Barbosa, Gilberto Braga, Lícia Manzo, entre outros.
Também assinou a direção de minisséries e séries marcantes como ‘Chiquinha Gonzaga’, ‘A Casa das Sete Mulheres’, ‘Maysa - Quando Fala o Coração’ e a recente estreia coproduzida por TV Globo, Sony Pictures Television e Floresta, “Passaporte para a Liberdade”, escrita por Mário Teixeira e atuações de Sophie Charlotte, Rodrigo Lombardi e Tarcísio Filho nos papéis principais.
Já no cinema, celebra títulos indicados a importantes prêmios como: ‘O Tempo e o Vento’, ‘O Vendedor de Sonhos’ e ‘Olga’ onde estreou no cinema.
“Eu fiquei muito feliz, porque era o filme que eu queria ter estreado como diretor. E por fim, como o longa-metragem, foi a minha estreia. Sou muito grato a Deus, grato a Rita e ao Fernando Morais que me deu todo o apoio para poder fazer esse filme”, conta o diretor.
Jayme tem um carinho especial pelo Pantanal e pelo Mato Grosso do Sul. Essa relação se estreitou quando ele dirigiu um dos maiores sucessos da TV brasileira da década de 90, a novela Pantanal do autor Benedito Ruy Barbosa exibida pela extinta TV Manchete, onde na época Monjardim era diretor artístico.
“Eu na verdade vou sempre ao Pantanal. Eu tenho uma relação muito forte com o Pantanal. Coincidentemente quase que eu comprei aquela fazenda da gravação na época, mas acabou indo para a WWF e foi assim um momento incrível. Essa possibilidade de poder comprar na região, mas aí eu vesti a camisa do Almir Sater, que acabou comprando as terras lá. A gente acabou ficando muito amigos, então eu sempre aproveitei bastante o Pantanal indo para lá e indo para Rio Negro também. Então a relação ficou eternizada. Nunca vai desaparecer”.
Capa dupla do Correio B+ desta semana, o diretor Jayme Monjardim conversou com a gente com exclusividade sobre família, realizações, cinema, Pantanal e sua parceria com a WOGY – Word Organization of Good Industry, a “Indústria do Bem”, organização que deve fomentar o terceiro setor e gerar transformação social conectando forças em vários cantos do mundo em prol de um Brasil melhor.
Logo abaixo a entrevista com um dos maiores diretores do país, Jayme Monjardim para o Correio B+.
CE - Jayme, são 40 anos de uma carreira sólida e cheia de grandes sucessos, referência em todo o mundo. Qual é o seu sentimento?
JM - Bom, meu sentimento é o melhor e o mais lindo possível. Sensação de compromissos assumidos, feitos e bem resolvidos. Graças a Deus a maioria com muito sucesso.
A única certeza que eu tenho é o quanto ainda tenho para fazer.
Eu estou muito feliz com tudo, com todos esses anos de trabalho.
Eu acho que quando a gente foca, a gente tem sim aquele sentido de que o que a gente quer é muito importante.
Cada trabalho foi um filho, e tratado como um filho. Então é isso, tive muito foco e muita dedicação. São 40 anos assim, e que graças a Deus a gente colheu só coisas muito boas.
CE - O Clone foi uma novela muito marcante, e sei que para a maioria do público não só no Brasil, mas fora dele também, o reconhecimento é internacional. Na Rússia, por exemplo, eles reprisam sempre não é mesmo? Ao que você acarreta esse sucesso todo e tantas premiações?
JM - O Clone é um marco em minha vida. Primeiro, pelos temas abordados e por quem escreveu.
Glória é fantástica, responsável por todo o resultado da novela, que passou pelo mundo inteiro colhendo bons resultados, colhendo boas críticas, colhendo conhecimento.
Então eu acho que O Clone foi um momento incrível da minha vida. Foram quatro meses em que a gente ficou trabalhando e filmando em várias cidades do Marrocos.
Enfim, foi um grande aprendizado para nós e foi um grande projeto da TV Globo. Daqueles que a gente fala que só a Globo é capaz de fazer.
Só colhi coisas fantásticas e continuo colhendo até hoje.
CE - Me fala um pouco sobre “Passaporte para a Liberdade” e essa parceria com a Sony...
JM - “Passaporte para Liberdade” eu diria que é o nosso passaporte para a liberdade no mundo (risos).
É um projeto que tem como principal objetivo mostrar a Globo para o planeta e mostrar que a Globo é capaz de fazer um trabalho muito consistente em língua inglesa.
Entendo que este é mesmo o passaporte para a gente entrar no mercado mundial de entretenimento.
Acho muito importante o projeto ser em parceria com a Sony, que é tão expressiva e importante na América Latina e no mundo.
CE - Jayme, quando descobriu que era isso que gostaria de fazer? Já pensou em outra área?
JM - É engraçado essa pergunta. Já me fizeram várias vezes e eu não me canso de dar esse crédito toda a minha mãe.
Porque quando minha mãe morreu, após um ano, eu comecei a sentir uma necessidade muito grande de contar um pouco sobre ela.
Eu fazia muito filme de casamento, até que um dia falei: - “sabe o que eu vou fazer? Vou pegar o Super 8, e fazer um filme em homenagem à minha mãe.” Pronto.
E resolvi fazer um filme. Minha mãe chamava-se Maysa e esse filme foi muito bem recebido.
Ganhou o Festival de Penedo na época e fiquei muito feliz.
E aí resolvi fazer isso em 35 milímetros. Então eu sempre digo que eu entrei na televisão fazendo um documentário para minha mãe.
Agradeço a ela por ter me dado essa luz de fazer um filme em sua homenagem, pois foi a partir disso que nasceu todo esse sentimento meu como diretor.
CE - Você trabalhou com os maiores autores de novelas do mundo, imagino que tudo tenha sido importante, mas consegue me destacar momentos e realizações que aconteceram dentro dessa história que construiu com novelas especificamente?
JM - Sinto que o destino me deu um presente gigante que foi, e é ter realmente conseguido trabalhar com os maiores autores de novelas.
De Dias Gomes a Benedito Rui Barbosa, passando pela Glória Peres, nossa, tanta gente incrível! Lícia Manzo e o amigo Manoel Carlos, meu parceiro de sempre, para sempre.
São tantos os autores que eu tive a oportunidade de trabalhar.
E, mais do que nunca, sempre digo que novela é uma parceria, um casamento de autor e diretor.
Essa união entre autor e diretor faz uma diferença gigante, pois é onde nascem todos os conceitos, onde a gente tira do papel e coloca tudo para acontecer.
Posso dizer que eu aprendi muito nesses anos todos com tantos autores incríveis que eu tive a oportunidade de trabalhar.
CE - Eu vi Olga no cinema, e me tocou muito, foi seu primeiro filme. Como foi esse processo?
JM - Olga foi uma coisa muito especial em minha vida, porque, na verdade...(pausa.) Vou te contar uma coisa que eu nunca falei mesmo!
Olga veio quando aos 21 anos eu descobri que eu queria ser diretor. Olga estava disponível em livro e eu pensei: “Meu Deus do céu, é esse livro e essa a história que eu quero contar”.
E saí correndo atrás de comprar os direitos de Olga. Mas eu era jovem, não sabia muito bem como fazia isso. Na época eu descobri que já tinham comprado.
Aí passaram-se muitos anos até que um dia me ligou a Rita Buzzar e disse: Jayme, eu estou aqui com o filme que eu gostaria muito de te ver dirigir.
Eu não acreditei, porque ele acabou não acontecendo, eu também não corri mais atrás, mas acabou chegando até mim, depois de anos eu querendo fazer o filme.
Eu fiquei muito feliz, porque era o filme que eu queria ter estreado como diretor.
E por fim, como o longa-metragem, foi a minha estreia. Sou muito grato a Deus, grato a Rita e ao Fernando Morais que me deu todo o apoio para poder fazer esse filme.
CE - O Tempo E o Vento de minissérie de sucesso para os cinemas, um desafio?
JM - ‘O Tempo e o Vento’ também foi um grande desafio na minha vida.
Foi um filme muito difícil da gente fazer porque era um filme muito caro.
Tivemos que montar uma cidade cenográfica enorme, que precisava de muitos figurantes, com cenas de batalha e de guerra. Acredito que tão difícil quanto foi fazer ‘Passaporte para a Liberdade’. São obras grandiosas, são obras que pedem uma produção muito grande e consistente.
Para mim foi um momento mágico poder fazer O Tempo e o Vento. Poder reviver e imaginar aquelas cenas que eu já tinha visto antes no filme original, podendo rever e sentir essas cenas todas.
Foi assim um trabalho maravilhoso e que tenho muito orgulho de ter feito.
CE - De Renato Aragão chegando a minissérie Maysa, contando a vida da sua mãe... Jayme me conta sobre essa experiência?
JM - O Renato Aragão e eu.. Bom, na verdade sempre foi uma parceria de felicidade, porque na Globo e no tempo de direção de núcleo, eu tive a oportunidade de trabalhar com Renato, com o Roberto Carlos e com tantos ícones da nossa televisão, do nosso cinema.
Até chegar a oportunidade de fazer a minissérie com Maneco, me preparei dois anos para esse momento.
Foi muito importante para mim. Um projeto muito difícil emocionalmente, mas que o Maneco me deu esse presente, e que eu serei eternamente grato a ele, sempre, para sempre.
Acho que a minissérie foi muito bem escrita, de uma maneira que não se deixou nada para trás e contou tudo, mas com muita elegância, carinho, com muito amor e muita verdade.
Então eu agradeço muito sempre, pois foi realmente a oportunidade de trabalhar com pessoas incríveis. Renato, Roberto Carlos, Manoel Carlos e esses grandes como Fernanda Montenegro e Tony Ramos. Nossa, é uma lista de pessoas que realmente me trouxeram grande aprendizado.
CE - Roque Santeiro também foi um marco na TV, que já teve reprise no VIVA, foi algo especial pra você como para o público?
JM - Bom, Roque Santeiro é um grande sucesso, com 100% de audiência da história da televisão. Um presente que eu ganhei do Paulo Ubiratan na época.
Nunca mais vou esquecer Paulinho Ubiratan dentro do estúdio, no primeiro dia de gravação com Regina Duarte e Lima Duarte.
Foi uma grande escola para mim ver nascer essa obra junto com o Paulinho, junto com a Regina, junto com o Lima.
E olha que a gente ainda estava nos estúdios da TV Globo, na Lopes Quintas. Foi uma experiência maravilhosa.
Paulinho dirigiu praticamente grande parte do primeiro capítulo e depois foi me soltando e me largou a novela toda.
Tive a parceria depois do Marcos Paulo que me ajudou a dirigir uma parte, depois veio Gonzaga, mas tive o privilégio de no final praticamente terminar a novela sozinho.
Nunca mais vou esquecer de que o Dias Gomes me ligou e disse assim: Eu vou fazer três finais e quero que você venha na minha casa de manhã no dia do último episódio, onde eu vou te passa qual vai ser o final que eu vou escolher.” (risos)
CE - Como é em sua trajetória trabalhar com os maiores atores do país...
JM - Sobre os atores, é um presente que a gente ganha. Não só aprendemos com esses grandes atores, mas entendemos que os grandes atores sempre estão disponíveis.
E é isso que faz a diferença.
Sabe, quando se tem um grande ator como Tony Ramos ou Fernanda Montenegro e tantos outros maravilhosos que a gente tem, eles estão ali para você realmente dirigir.
Para o autor, isso não tem preço.
Às vezes a gente pega um pessoal novo cheio de imposições.
Mas quando você chega nessa turma que tem muita experiência e muita bagagem, eles estão ali de corpo aberto de coração aberto, de ouvidos só para você.
E se você souber pedir com muita educação, com muito carinho, você tem deles tudo. Então trabalhar com esses grandes atores é um presente.
CE - Como é o Jayme pai? E os momentos com sua família?
JM - A gente com o tempo aprende que a família é mais importante que o trabalho.
Quando a gente é jovem a gente acha que trabalhar é tudo e na verdade naquele momento a gente ainda não tem a consciência de tantas coisas..
Pessoas como Eu, que são muito entregues ao trabalho, acaba o transformando em uma grande prioridade.
Mas o tempo vai te ensinando que dá para conciliar o trabalho e dá para conciliar a família, até que você aprende definitivamente que a família é muito mais importante.
Mas não é fácil no início, viu? É fácil falar hoje, mas não foi fácil exercitar essa relação, porque é esse trabalho que a gente faz.
Ele exige muito da gente, entende? Mas com o tempo a gente consegue equilibrar.
CE - Bom, Pantanal volta em março como um remake e novo elenco. Você vai assistir?
JM - Pantanal para mim foi uma grande virada, momento em que eu saí da TV Globo na época, com liberação total do Boni. Fui trabalhar com Nilton Travesso.
Nilton me deu o cargo de direção artística da TV Manchete e foi aí que a gente lançou Pantanal.
Assim era uma outra época era outro momento e era um grande desafio, pois, a gente não tinha comunicação, não tinha transporte, não tinha vários recursos e fazer a novela era uma coisa muito difícil. Pouco se sabia do Pantanal.
As pessoas sabiam muito da Amazônia, mas era um conhecimento dos temas ecológicos.
Agora é diferente. Acho que hoje a novela vai ser um grande sucesso com todos os recursos que existem.
De recursos técnicos, de câmeras que voam por todo lado. Imagine, você hoje vai poder voar com um drone acompanhando um grupo inteiro, entende?
Então eu acho que será uma grande novela. Ela está sendo realmente refeita, com todo esse aspecto técnico com um elenco incrível. Então tem tudo para ser um grande sucesso.
CE - Você voltou para visitar alguma vez o MS?
JM - Eu na verdade vou sempre ao Pantanal. Eu tenho uma relação muito forte com o Pantanal.
Coincidentemente quase que eu comprei aquela fazenda da gravação na época, mas acabou indo para a WWF e foi assim um momento incrível.
Essa possibilidade de poder comprar na região, mas aí eu vesti a camisa do Almir Sater, que acabou comprando as terras lá.
A gente acabou ficando muito amigos, então eu sempre aproveitei bastante o Pantanal indo para lá e indo para Rio Negro também.
Então a relação ficou eternizada. Nunca vai desaparecer.
CE - Sobre WOGY – Word Organization of Good Industry, a “Indústria do Bem”, como o Jayme dentro do papel de transformar vidas? De que maneira?
JM - Hoje a indústria do bem é meu novo projeto que abraço e vejo como uma coisa muito ousada. Ele tem por principal objetivo unir pessoas do bem, famílias e serviços do bem.
É uma grande plataforma que reúne centenas e milhares de outras plataformas que têm o objetivo comum de ensinar o bem, falar do bem e discutir o bem, agregando grandes indústrias que têm por objetivo fazer o bem.
É um sonho, uma coisa muito grande e que vai realmente demorar para se concretizar, pois é uma coisa difícil de fazer. Mas eu sempre brinco assim com o Dr. Roberto Marinho: se ele começou a TV Globo aos 65 anos eu também posso.
Estou começando o projeto com a mesma idade e se Deus quiser vai dar certo também.
CE - Através da arte mudamos caminhos e trajetórias?
JM - A arte é a grande plataforma das emoções. Quando a gente faz arte não importa qual seja, é uma expressão das nossas emoções.
Não tem maior explicação do que essa que eu sempre uso, a de que a arte é uma a grande plataforma que gera toda a história da humanidade, através das emoções.
CE - Um momento marcante Jayme...
JM - Acho que os momentos mais marcantes da minha vida com certeza foram os nascimentos dos meus filhos, e agora dos meus netos.
Gerar vida, nada que pode ser mais emocionante do que isso.
CE - Uma realização... Que já tenha acontecido...
JM - Eu sou um ser humano realizado, feliz, eu sou um ser humano movido às emoções.
Ter a oportunidade de poder colocar uma história no ar, seja no cinema, seja na televisão seja aonde for, é estar de alguma forma jogando uma semente para o destino.
Eu sempre digo: tome muito cuidado com o que você pede para o destino, pois pode acontecer e se prepare para isso.
Minha vida é estar sempre pedindo e buscando acertar aquele alvo que já foi pensado. Sou uma pessoa muito bem resolvida. Cresci com esse conceito de ir atrás e realizar.


Foto: Divulgação / Alexis Prappas
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Ryan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas


