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Artes

José Wilker nas ruas de Campo Grande como cenário para novela global

No primeiro capítulo, José Wilker aparecia nas ruas de Campo Grande

OSCAR ROCHA

26/08/2015 - 02h00
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Geralmente, nos primeiros capítulos de uma novela da Globo, a trama se desenrola em algum local fora do Rio de Janeiro ou São Paulo. Os locais utiilizados como cenários são vários. As câmeras da emissora já destacaram  Nova York, Paris, Buenos Aires,  Madri...

 Talvez muitos fiquem surpresos em saber que Campo Grande já fez parte dessa lista. O ano era 1980 e a novela em questão era “Plumas e Paetês”. Uma telenovela exibida na faixa das 19h, escrita por Cassiano Gabus Menes.  Os cenários do enredo eram o mundo da moda  e de uma indústria de tecidos.

No primeiro capítulo, o personagem Renato Resende,  interpretado por José Wilker aparecia  nas ruas de Campo Grande.

 Segundo o site Memória Globo,  na trama,  Renato  tinha  temperamento irrequieto, desaparece de casa por longas temporadas, sem dar satisfação. Na Capital, envolve-se com a filha de um fazendeiro, que é contra o relacionamento. Por causa disso, tem fugir rapidamente, sendo perseguido pelos seguranças do pai da moça.

 O público pôde ver imagens da Praça Ary Coelho, Avenida Fernando Corrêa da Costa e da área da antiga Estação Ferroviária. Na época, em entrevista, Wilker  elogiou o fato da novela mostrar outras partes do Brasil, saindo do eixo Rio de Janeiro e São Paulo.

O publicitário, escritor e ator André Luiz Alvez, colaborador do Correio do Estado, lembra que a veiculação de locais de Campo Grande em rede nacional  teve grande  repercussão entre os moradores. “ Recordo bem que muita gente comentou depois da exibição. Foi um momento  em que todo o Brasil viu a cidade, principalmente  sua parte central”,  destaca. 

 

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Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra

O problema de Acerto Final não é a ação é tudo entre uma cena e outra

17/05/2025 13h00

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outra Foto: Divulgação

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Tenho um fraco por franquias longas. Gosto de ver o que envelhece bem, o que desanda, onde os personagens tentam manter a dignidade mesmo quando o roteiro parece ter desistido deles. No caso de Missão: Impossível, sempre houve um charme na megalomania.

Tom Cruise pulando de um prédio, de um helicóptero, de um avião — e da própria lógica. E, de certo modo, a saga conseguiu se sustentar ao longo de quase 30 anos com essa fórmula: empilhar impossibilidades e fazê-las parecer naturais. Ou pelo menos inevitáveis.

Quando Cruise comprou os direitos da franquia nos anos 1990, a ideia era simples: transformar a série de TV dos anos 60 em um sucesso de ação para o cinema. E funcionou. Ele assumiu o papel do “ator infiltrado” da equipe de espiões — herdeiro do personagem de Martin Landau — e atualizou tudo o mais, inclusive o venerável Jim Phelps, que virou traidor no primeiro filme.

A partir dos anos 2000, o que era um projeto virou uma obsessão: Cruise transformou Missão: Impossível em franquia, e a franquia virou espetáculo. A cada novo filme, o salto era mais alto, o desafio mais letal, a missão mais impossível. E o público foi junto.

Agora, chegamos a Missão: Impossível – Acerto Final. O título sugere encerramento. O filme, nem tanto. Lançado oficialmente no Brasil no dia 22 de maio, já estreou em Cannes e em alguns países, e o veredito inicial é um só: morno.

A promessa era de conclusão, mas o longa termina em aberto — o que sempre soa como um truque para segurar a plateia. E, convenhamos, Cruise pode até ter quase 63 anos, mas dificilmente vai abrir mão do papel que ele mais ama.

Não que falte ação. As sequências são impressionantes, como sempre. Cruise continua a correr como se o mundo dependesse disso — e, dentro da lógica do filme, depende mesmo. Mas tudo ao redor parece perder o fôlego.

A trama é básica: o inimigo agora é uma inteligência artificial chamada A Entidade, e Ethan Hunt precisa impedi-la de dominar o planeta. Só que, ao longo de 2h30, o roteiro explica a missão repetidamente, como se a plateia não estivesse prestando atenção.

A cada meia hora, alguém resume tudo de novo — em jograis onde um personagem começa a frase e outro termina, como se estivessem ensaiando para um musical bizarro sobre a internet.

Cinema B+: A missão de Tom Cruise era outraCinema B+: A missão de Tom Cruise era outra - Divulgação

Há outras escolhas duvidosas. O tom é mais sombrio do que o necessário. A nostalgia é escancarada: closes dramáticos, risadas de vilão, objetos girando na mão de Ethan para nos lembrar de peças que voltaram ao tabuleiro. Funciona? Às vezes.

Mas quase sempre pesa. Some a isso os monólogos — internos ou não — em que se diz, sem nenhuma ironia, que Ethan Hunt é o último bastião da humanidade. Às vezes parece que estão falando de Cruise. Talvez estejam mesmo.

A história avança a partir do ponto onde o filme anterior parou. Ethan está sozinho, claro, tentando descobrir como neutralizar a IA. Tem uma chave que pode ser a salvação (ou a destruição) do planeta.

O caos se instala, antigos inimigos voltam, segredos do passado emergem. A essa altura, ninguém confia em ninguém. O mundo está às vésperas da Terceira Guerra Mundial, mas tudo parece muito familiar — não em termos de geopolítica, e sim de roteiro.

O problema não é que Ethan vai sobreviver. Sempre soubemos disso. O problema é que nunca sentimos que ele poderia não sobreviver. O risco é teórico. O impossível virou rotina — e isso tira parte da tensão. Pior: boa parte das cenas mais espetaculares foram divulgadas muito antes da estreia, em vídeos promocionais ou making ofs.

Vê-las na tela grande ainda impressiona, mas não emociona. Porque, no fundo, sabemos que são apenas cenas espetaculares interligadas por uma história que não tem muito a dizer além do velho alerta: cuidado com a internet, ela pode dominar tudo.

Cruise continua sendo um dos últimos grandes astros a fazer questão de nos lembrar disso. Ele pula do penhasco por nós, corre por nós, desafia a idade por nós.

E tudo isso é real, como gosta de repetir em entrevistas. Mas talvez a verdadeira missão agora seja outra: reinventar-se. Ou, pelo menos, nos dar uma razão para querer seguir junto.

Correio B

Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande

O grupo se apresentará na capital no dia 12 de junho e promete uma "verdadeira viagem musical pela trajetória do grupo"

17/05/2025 11h45

Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande

Turnê de despedida da banda Natiruts terá show em Campo Grande Divulgação

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Uma das maiores referências do reggae brasileiro, a banda Natiruts anunciou oficialmente sua despedida dos palcos e Campo Grande está entre as cidades escolhidas para a turnê final. 

O grupo se apresentará na Capital no dia 12 de junho, véspera de feriado. O espetáculo faz parte da turnê “Leve com Você”, que celebra quase três décadas de carreira da banda brasiliense.

O show terá início às 22h, com previsão de encerramento às 4h da manhã, e promete uma "verdadeira viagem musical pela trajetória do grupo", com mais de 30 sucessos no repertório. Clássicos como “Presente de Um Beija-Flor”, “Andei Só” e “Sorri, Sou Rei” estarão no setlist, além de faixas menos conhecidas que marcaram os primeiros álbuns e conquistaram os fãs mais antigos.

Ao contrário de outras bandas que optam por longas pausas, o Natiruts anunciou que esta será uma despedida definitiva. O último show no Brasil está marcado para 2 de agosto de 2025, em Brasília, cidade onde o grupo foi fundado, seguido por apresentações internacionais que deverão encerrar oficialmente a trajetória da banda nos palcos.

Os ingressos para o show em Campo Grande já estão a venda e são limitados, os valores variam entre R$110 (área vip) a R$270 (frontstage open bar). 

Serviço: 

  • Local: Expo Bosque
  • Horário: 22h às 04h
  • Ingressos: R$110 a R$270 (aqui)

História

Formado em 1996, em Brasília, a banda Natiruts ganhou notoriedade nacional com a proposta de fazer um reggae genuinamente brasileiro, misturando influências jamaicanas com sonoridades locais e letras que falam de espiritualidade, amor, natureza e consciência social. 

O álbum de estreia, Nativus (1997), trouxe o primeiro sucesso da banda, “Liberdade pra Dentro da Cabeça”. Ao longo dos anos, o grupo consolidou uma carreira sólida, com turnês pelo Brasil e pelo mundo.

Campo Grande já recebeu o Natiruts em diversas oportunidades ao longo da carreira do grupo, com apresentações em festivais, casas de shows e eventos culturais. 

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