“Por que eu não pensei nisso antes?”. Essa é uma das perguntas mais corriqueiras quando alguém se depara com ideias inovadoras – seja de um produto revolucionário, seja de uma trend viral na internet.
No lançamento “Pensamento Criativo – Colocando a imaginação para trabalhar”, da Editora Hábito, o norte-americano Michael Michalko explica porque nem todas as pessoas são criativas, ressalta como a educação limita a engenhosidade e lista as razões que podem tornar a experiência inimiga da inovação.
Autor best-seller, Michalko é oficial do exército estadunidense e um dos maiores especialistas em criatividade dos EUA. Com base nas vivências do cientista Albert Einstein (1879-1955), do químico Spencer Silver (1941-2021) – o desenvolvedor do Post-It – e também do inventor Steve Jobs (1955-2011), o autor revela como liberar a criatividade, expandir a imaginação e adotar atitudes de gênios, a fim de ter pensamentos súbitos que saem da zona de conforto mental.
Para Michalko, novas ideias surgem da combinação de dois ou mais elementos diferentes que fogem do padrão esperado. Segundo o autor, toda vez que a mente recebe informações, ela as organiza em modelos simples que se encaixam no cotidiano – e que são úteis para a realização de tarefas com rapidez e precisão.
“Esses padrões se aprofundam com o tempo, permitindo que mesmo partes da informação fora da sequência sejam corrigidas para ativar o reconhecimento. Isso explica nossa capacidade de ler palavras com letras misturadas, onde apenas algumas informações, como as primeiras e as últimas letras, são suficientes para ativar o padrão no cérebro”, detalha.
Segundo Michalko, esse processo também justifica porque, ao se criar ideias supostamente novas, muitas vezes acabamos por repetir formas antigas e, portanto, nada inovadoras.
ALÉM DO ÓBVIO
Por meio de testes mentais que incentivam os leitores a soltar a imaginação e mudar padrões engessados, o especialista sugere que, assim como os gênios, eles combinem conceitos diferentes e aparentemente absurdos. Esses elementos somados trarão um resultado que foge do comum e expande o imaginário. “Por exemplo, ao melhorar uma lanterna, pensar apenas em lanternas pode levar a ideias convencionais.
No entanto, ao combinar conceitualmente uma lanterna com algo inesperado, como um abridor de portão de garagem, mudamos os padrões de pensamento, ativando a imaginação”, afirma o autor na página 37 de seu mais novo livro.
“Essa abordagem pode inspirar ideias inovadoras, como uma lanterna ‘Superman’ que utiliza tecnologia de micro-ondas para emitir radiação e detectar movimentos, algo que não surgiria com um pensamento convencional”, ilustra.
Em “Pensamento Criativo”, Michalko auxilia o público a se despir do senso comum e exemplifica como ativar estímulos aleatórios para gerar originalidade nas ideias em prol do trabalho, negócios e da vida pessoal.
Com uma escrita bem-humorada, a obra oferece experimentos, perguntas provocativas, técnicas de pensamento criativo, “ilusões” e quebra-cabeças para estimular a mente do leitor.
O AUTOR
Michael Michalko é um renomado especialista em criatividade, conhecido por sua experiência como oficial do Exército dos Estados Unidos. Ele liderou uma equipe de especialistas em inteligência e acadêmicos internacionais para pesquisar métodos de pensamento inventivo. Aplicando essas técnicas ao mundo corporativo, Michalko teve sucesso notável.
Atualmente, ele se dedica ao desenvolvimento de soluções e ao ensino, conduzindo workshops e seminários de pensamento criativo para clientes corporativos dos EUA e de outros países. É também
o autor de “Thinkertoys: Um manual de técnicas de pensamento criativo”. Seus livros já foram traduzidos para 15 idiomas.



Helio Mandetta e Maria Olga Mandetta
Thai de Melo


