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EMPREENDEDORISMO

10 Multifranqueados de sucesso que inspiram no Franchising brasileiro

Seja de uma mesma marca ou de redes diferentes, presença de empresários com mais de uma operação de franquia sobe de 83% para 87% em dois anos; conheça 10 histórias de expansão que obtiveram sucesso algumas, inclusive, com atuação em Mato Grosso do Sul

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Bem difundido no mercado internacional, o conceito de multifranqueado tem crescido e ganhado cada vez mais espaço no mercado de franchising brasileiro.

De acordo com dados da Pesquisa de Multifranqueados, divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), a presença de empreendedores com duas ou mais operações de franquias de uma mesma marca ou de redes diferentes subiu de 83% para 87% nos últimos dois anos.

O estudo ainda mostra que houve um aumento de 52% para 61% entre aqueles que atuam com multimarcas entre 2022 e 2024. 

Além de ser bem aceito, esse formato tem gerado novas oportunidades para quem deseja crescer no segmento de franquias, seja por meio de expansão ou para diversificar os tipos de negócios. 

No mercado, há diversas histórias de sucesso de empreendedores que atuam como multifranqueados e que podem inspirar quem deseja ingressar ou traçar novos desafios no franchising brasileiro. Conheça 10 empreendedores que apostaram no formato e conquistam bons resultados. 

5ÀSEC

O empresário Marcos Toledo, de 57 anos, teve uma trajetória profissional no mercado financeiro, participou da abertura da primeira conta bancária da 5àsec no Brasil e acompanhou toda a trajetória da chegada da rede francesa e os seus desafios em território nacional.

Com quase 10 anos da operação da marca em solo brasileiro, viu que era o momento de empreender e investir no próprio negócio. Dessa forma, em 2004, abriu as duas primeiras lojas da franquia, ambas em São Paulo.

O negócio prosperou, e Toledo tornou-se multifranqueado. Hoje, ele é responsável por oito pontos de venda da marca, todos na capital paulista. Ele relembra que a marca teve de se adaptar ao consumidor local, graças às diferenças culturais ao utilizar os serviços de lavanderia.

Maior rede de lavanderias do País, a 5àsec está presente em MS, com atuação em Dourados, Ponta Porã, Corumbá e, entre outras cidades, Campo Grande, onde tem quatro unidades.

CALÇADOS BIBI

Há mais de 10 anos atuando no mundo corporativo, Walesca Pinheiro ansiava por novos desafios profissionais, além de sentir necessidade de acompanhar o crescimento de seu primeiro filho. Em 2010, decidiu buscar negócios que pudessem proporcionar, além de satisfação profissional, mais tempo para a família. 

Ao fazer uma pesquisa, ela se encantou com o conceito de loja exclusiva da Calçados Bibi. O contato foi feito imediatamente e, a convite do então presidente da marca, foi até o Rio Grande do Sul conhecer o negócio de perto, o que resultou na abertura de duas unidades no Rio de Janeiro.

Paulo Henrique, o primogênito, com um ano na época, acompanhou todo o trabalho da mãe com a administração da primeira loja. A chegada do segundo filho coincidiu com os preparativos para a inauguração da segunda loja.

Para a empresária, todos os seus negócios são para deixar um legado para os filhos. Atualmente, ela e o marido têm 11 lojas de diferentes franquias que atuam no setor de moda, sendo duas da Bibi, que também opera em MS.

CASA DO CELULAR

Izaura Almeida Cardoso de Oliveira, 36 anos, é master franqueada da Casa do Celular, com 44 lojas espalhadas pelos estados do Maranhão, do Piauí, de Sergipe, de Alagoas, do Ceará e de Rondônia. Para ela, abrir uma franquia foi uma decisão baseada em investir em um segmento que ela já tinha conhecimento. 

Com cerca de 20 anos de experiência em telefonia, Izaura sempre enxergou esse setor como promissor e lucrativo, principalmente com a dependência crescente das pessoas por smartphones para diversas atividades.

“A Casa do Celular me possibilitou profissionalizar ainda mais essa atuação, oferecendo uma estrutura sólida e recursos que fortalecem o negócio. Além das vantagens financeiras, como melhores condições de negociação e sistema personalizado”, explica. Para a empresária, fazer parte de uma rede com quase 300 lojas em todo o País, inclusive em MS, é gratificante.

DIVINO FOGÃO

Antônio Augusto, mais conhecido como Lico, era consultor do Sebrae em São Paulo quando recebeu uma oportunidade na mesma área em Rondônia, Região Norte do Brasil, e se mudou para lá. O empresário está na região há 23 anos.

Atualmente, atua como multifranqueado, sendo responsável por dois restaurantes da Divino Fogão e por operações de outras três redes de fast food, além de ter duas marcas próprias, chamadas Caboquinho e Casa Gourmet. Ao todo, Antônio conta com quase 30 pontos de vendas. As lojas estão localizadas em Rio Branco, no Acre, e em Manaus, no Amazonas.

A oportunidade de investir na Divino Fogão surgiu quando percebeu que dois pontos de batata recheada, nos melhores shoppings na capital manauara, performavam bem. A sacada foi entender que um bom negócio de alimentação self-service seria mais promissor na região. Assim, chegou à Divino Fogão. Segundo o empresário, em franquia, a sinergia com o franqueador – no caso, Reinaldo Varela, presidente da marca – também conta muito. 

IGUI

Antes de ser empreendedor e franqueado da maior produtora e comercializadora de piscinas pré-fabricadas do mundo, a iGUi, o gaúcho Omar Hassan era funcionário de uma agência de turismo e promoção de eventos, mas teve sua jornada profissional guiada para outro ramo ao receber uma proposta de seu irmão Alexandre Hassan. 

Em abril de 2007, Omar foi convidado por seu irmão, que já era colaborador da Rede iGUi, a ajudar no gerenciamento e em algumas atividades da loja de Itaboraí (RJ), cidade que também é lar de uma das fábricas da franquia.

Omar atuou como vendedor e gerente da loja enquanto Alexandre realizava uma viagem internacional. Após alguns meses, o gaúcho começou o treinamento oferecido pela rede e, em seguida, abriu sua primeira loja, que logo se tornou a unidade que mais vendia no Rio de Janeiro. 

“Sempre fui antenado e busquei seguir a evolução da iGUi. Nunca deixei de correr atrás de vendas, meu foco era ser o primeiro em tudo”, diz.

Não demorou para que Omar ingressasse de vez nesse mercado, abrindo lojas em Uberlândia (MG), Jaguari (RS) e Ilha do Governador (RJ), além de pontos de venda em shoppings e em pontos turísticos.

MICROLINS

Rivaldo Guedes é franqueado da Microlins desde 2001 e reconhecido entre os maiores multifranqueados do Brasil. Com 47 escolas entre os estados do Espírito Santo, da Bahia, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Rondônia, de Santa Catarina, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, o empresário é responsável por uma cartela de 15 mil alunos e por mais de 500 funcionários. Sua trajetória com a empresa se deu por uma necessidade e como solução para o caminho profissional.

“Naquela época, conheci a marca pelos comerciais em programas televisivos, e após seis meses abri a primeira escola em Colatina, no interior do Espírito Santo, onde moro atualmente. Meu caminho como multifranqueado começou pelo sucesso da operação, que passou a ser referência para outros investidores que tinham interesse em ingressar na rede. A partir disso, recebi o convite para me tornar parceiro de outras unidades e iniciar a expansão para o sul e o oeste da Bahia”, conta o empresário.

“De lá para cá, a cada ano fomos ampliando nossa atuação, estando presente em diferentes perfis de cidades, desde grandes centros até as interioranas”, diz Rivaldo. Para trilhar o caminho e se tornar uma referência como multifranqueado, Rivaldo encontrou nos consultores das escolas a ajuda que precisava para abrir novas operações, fazendo com que se tornassem parceiros de negócio e sócios na empreitada. 

MR. CHENEY

Sandra Sokolovski, 48 anos, é uma experiente profissional, com uma sólida trajetória no mercado de varejo. A empresária decidiu mudar de rumo quando percebeu a necessidade de estar mais próxima de seu filho. Ela escolheu o segmento de alimentação, e a franquia Mr. Cheney pareceu a oportunidade ideal. 

Hoje, com quatro unidades em operação, Sandra demonstra como uma escolha bem estudada pode levar ao sucesso: além de analisar fatores como investimento, custo de estoque, margem e giro, ela compreendeu a importância de adaptar o atendimento para conquistar seus clientes. A franquia oferece suporte e produtos de alta qualidade, mas, segundo ela, o verdadeiro sucesso vem do entendimento diário das nuances do negócio.

ORAL SIN

Luiz Felipe Durant, de 56 anos, é multifranqueado da Oral Sin, com 16 unidades em operação. Ele optou por abrir várias franquias da mesma rede para centralizar operações, otimizar compras e unificar a equipe, ampliando seu poder de barganha e sua eficiência. Para o empresário, os maiores desafios desse processo são desenvolver uma equipe de alta performance e gerenciar de forma não centralizadora, o que exige delegar e auditar com eficiência. 

Luiz acredita que o segredo para crescer em rede é manter o foco em pessoas, garantindo que cada colaborador esteja alinhado aos valores da empresa.

PEÇA RARA

Valentina Falkenstein teve seu primeiro contato com a Peça Rara em Brasília, após sua chegada do Uruguai. Se apaixonou pela proposta da marca de brechó, que tem loja em Campo Grande, e se tornou empreendedora com três lojas da rede – duas em Brasília e uma no Rio de Janeiro. 

“Muitas vezes as pessoas não têm a real noção do impacto positivo que causam ao adotarem hábitos mais sustentáveis, como o consumo de segunda mão. Mas, aos poucos, essas ações se tornam parte de um conjunto de hábitos que ajudam a construir um mundo mais sustentável, tanto para nós quanto para as próximas gerações”, afirma.

ROCKFELLER

Dimas Diniz, de 30 anos, é multifranqueado da escola de inglês Rockfeller Language, com unidades em Fortaleza (CE), Palmas (TO) e Brasília (DF). Após começar sua primeira escola em Fortaleza, em 2016, Dimas assumiu, em 2018, uma operação em Palmas com poucos alunos e conseguiu reverter a situação, por meio de estratégias pedagógicas e comerciais sólidas. 

Em 2019, expandiu para Brasília, enfrentando desafios durante a pandemia, mas viu a escola prosperar com o apoio de uma nova sócia e com o foco no público infantil. Para ele, a chave do sucesso é a gestão de pessoas e a criação de equipes alinhadas à cultura da empresa, investindo no desenvolvimento dos colaboradores.

O empresário acredita que a coragem para assumir riscos calculados foi essencial para sua trajetória, bem como sua capacidade de atuar em todas as frentes do negócio — do comercial ao pedagógico. Em 2024, por iniciativa da professora Nayara Regina Ozorio dos Anjos, a Rockfeller passou a marcar presença em Campo Grande.

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Profissionalização

MS+Underground dá oficina gratuita para criação de portfólio artístico

Criado há um ano, coletivo auxilia na profissionalização e expansão da rede de contato de artistas independentes em Mato Grosso do Sul

09/04/2025 11h00

Oficina vai atender artistas de diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança

Oficina vai atender artistas de diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança Divulgação

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O coletivo MS+Underground, em parceria com a Superintendência de Economia Criativa, vai promover nesta quarta-feira (9) a oficina gratuita "Diálogos Criativos com o Movimento Underground - Elaboração de Portfólio Artístico", voltada para artistas que desejam construir ou aprimorar seus portfólios.

A oficina é aberta tanto para artistas iniciantes quanto para os mais experientes, abrangendo diversas áreas como música, artes visuais, teatro e dança.

Durante o encontro, os participantes aprenderão sobre a importância de um portfólio bem estruturado para divulgar seus trabalhos e receberão orientações práticas para organizá-lo de forma profissional.

O coletivo

O coletivo MS+Underground nasceu há um ano a partir do movimento underground em Campo Grande. Em parceria com a Superintendência de Economia Criativa do Governo do Estado, o grupo tem como objetivo fomentar a cena artística local.

Por meio de oficinas, eventos e diálogos, busca auxiliar artistas independentes na profissionalização e ampliação de suas redes de contato.

Além das oficinas como esta, o coletivo organiza eventos voltados à divulgação de artistas autorais e ao fortalecimento da economia criativa no estado, incentivando pequenos empreendedores locais.

Serviço

Oficina "Diálogos Criativos com o Movimento Underground - Elaboração de Portfólio Artístico" 

  • Data: 9 de abril (quarta-feira)  
  • Horário: 18h  
  • Local: Museu da Imagem e Som (MIS), 3º andar  
  • Endereço: Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, região central de Campo Grande/MS  
  • Formulário de inscrições: https://forms.gle/nYh8g89kNZfdE7eA9

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saúde

Entenda qual a relação entre o ciclo menstrual e o órgão responsável pela labirintite

Ciclo menstrual, gestação e menopausa podem afetar o labirinto, órgão responsável pelo equilíbrio corporal e pelo movimento dos membros, entre outras funções, e que, segundo especialistas, pode ser comprometido por alterações hormonais

09/04/2025 10h00

Durante a gestação, a elevação da taxa de vários hormônios  como beta-HCG, estrogênio e, principalmente, progesterona  causa alterações que podem diminuir a pressão sanguínea da mulher e causar tontura

Durante a gestação, a elevação da taxa de vários hormônios como beta-HCG, estrogênio e, principalmente, progesterona causa alterações que podem diminuir a pressão sanguínea da mulher e causar tontura Divulgação

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Localizado na porção mais interna do ouvido, o labirinto é um dos principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio corporal, trabalhando em conjunto com o sentido da visão e com a capacidade do corpo de perceber e reconhecer a posição, o movimento e a orientação de seus membros sem precisar da visão. Essa capacidade é chamada pelos médicos de propriocepção.

As variações hormonais femininas podem ter uma relação com as doenças labirínticas, que afetam o equilíbrio e a audição. Durante o ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona podem afetar o sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio, e a cóclea, responsável pela audição.

Conforme o otorrinolaringologista Ricardo Dorigueto, as principais doenças do labirinto que podem ser influenciadas pelo controle hormonal feminino são a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), um distúrbio da orelha interna que causa crises de vertigens desencadeadas por determinadas mudanças na posição da cabeça, e a doença de Ménière, caracterizada por ataques recorrentes de vertigem espontânea, perda de audição e zumbido. Essa última ocorre em função do aumento da pressão dos líquidos da orelha interna.

INTOLERÂNCIA AOS SONS

Especificamente nas mulheres, segundo dr. Ricardo, as alterações hormonais que ocorrem no ciclo menstrual, na gestação e na menopausa podem resultar no comprometimento da homeostase (equilíbrio) dos fluidos labirínticos, agindo diretamente nos processos enzimáticos e na atuação de neurotransmissores.

“Os nossos hormônios atuam em todo nosso corpo, e claro que uma mudança nos seus níveis pode acarretar sintomas em um órgão tão sensível quanto o labirinto”, explica o médico.

Artigo publicado pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia corrobora com a tese, ressaltando que, no ciclo menstrual regular, ocorrem variações nos níveis de hormônios esteroides ovarianos, estrógeno e progesterona, conforme as fases do ciclo.

“No labirinto, temos um líquido que precisa estar bem equilibrado na quantidade de suas substâncias para o bom funcionamento do ouvido. E é exatamente aí que o hormônio atua e, em algumas pessoas, pode desencadear sintomas de instabilidade, sensação de cabeça vazia ou como se andasse flutuando, além de zumbido e intolerância aos sons”, destaca o especialista.

MENOPAUSA

Esses sintomas, relacionados ao ciclo menstrual e à gravidez, devem-se, em geral, à progesterona, que leva a um aumento de água e sódio, podendo gerar um aumento da pressão dentro do labirinto e causar sintomas parecidos com a doença de Ménière, assim como as alterações hormonais, particularmente durante a menopausa, aumentam a incidência de VPPB em mulheres.

A provável disfunção responsável pela doença, segundo o especialista, está relacionada aos receptores de estrogênio na orelha interna. O estrogênio é um hormônio presente em maior quantidade no organismo das mulheres, fundamental para a saúde sexual e reprodutiva.

“Em função da retenção de sódio e da hipertensão endolinfática, é na fase lútea [última fase do ciclo menstrual] que podem ser observados quadros de hidropisia labiríntica [ou doença de Ménière]”, afirma o médico.

O especialista finaliza destacando que, como é comum confundir as doenças do labirinto, é necessário que o paciente realize uma consulta com um otorrinolaringologista para garantir o correto diagnóstico e tratamento adequado.

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