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Brasil pode colher safra recorde de grãos em 2025

A estimativa para a safra 2024-2025 também indica um aumento significativo na área plantada. Serão semeados 81,39 milhões de hectares

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O Brasil se prepara para colher a maior safra de grãos de sua história em 2025. Dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que a produção total deve atingir 322,4 milhões de toneladas, um crescimento de 8,2% em comparação à safra anterior. Este volume representa um acréscimo de 24,5 milhões de toneladas em relação ao ciclo 2023-2024.

Expansão da Área Plantada

A estimativa para a safra 2024-2025 também indica um aumento significativo na área plantada. Serão semeados 81,39 milhões de hectares, correspondendo a um acréscimo de 1,45 milhão de hectares em relação ao ciclo anterior.

Este é o terceiro levantamento da Conab, que destaca a influência das condições climáticas favoráveis nos principais estados produtores, como Mato Grosso, Paraná e Maranhão.

Destaques por Culturas

  • Soja: A produção estimada é de 166,2 milhões de toneladas, um aumento de 12,5% em comparação ao ciclo anterior. A semeadura do grão já ultrapassou 95% da área destinada, que é de 47,37 milhões de hectares.
  • Milho: A produção total esperada é de 119,6 milhões de toneladas, uma elevação de 3,4%. Apenas no primeiro ciclo, é projetada uma colheita de 22,61 milhões de toneladas, com semeadura já ultrapassando 80% da área.
  • Arroz: Com um aumento de 9,8% na área de plantio, que totaliza 1,77 milhão de hectares, a produção deve atingir 12,1 milhões de toneladas. Este crescimento reflete incrementos tanto no cultivo de sequeiro quanto no sistema irrigado.
  • Feijão: A produção estimada é de 3,36 milhões de toneladas, com uma área plantada de 2,9 milhões de hectares, representando um crescimento de 1,7% em comparação ao ciclo anterior.
  • Algodão: O cultivo do algodão deve crescer 3%, atingindo cerca de 2 milhões de hectares. A produção projetada é de 3,69 milhões de toneladas de algodão em pluma.
  • Trigo: Apesar de uma leve queda na área plantada, com redução de 14,1% na região Sul, a produção deve permanecer estável, em torno de 8 milhões de toneladas.

Condições Climáticas e Impactos

As chuvas regulares foram decisivas para o desenvolvimento das lavouras em estados como Tocantins, Piauí e Mato Grosso do Sul, apesar de curtos períodos de estiagem em algumas regiões. Segundo Edgar Preto, presidente da Conab, as condições climáticas são amplamente favoráveis, consolidando o cenário positivo para 2025.

Perspectivas e Impacto no Setor

Caso as previsões se confirmem, a safra 2024-2025 marcará um recorde histórico, reforçando a posição do Brasil como líder global na produção de grãos.

O crescimento projetado beneficia não apenas os produtores, mas também a cadeia produtiva e a economia nacional.

Para atualizações semanais sobre o setor, acompanhe nossas análises e dados exclusivos.

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Produtividade média da cana nesta safra em Mato Grosso do Sul

Produtividade da cana em MS cai 11,2 toneladas na safra 2024-2025. Dados do CTC revelam queda geral no Centro-Sul e estabilidade no índice ATR

20/01/2025 05h00

Cana de Açucar

Cana de Açucar Reprodução IA

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A produtividade média da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda significativa na safra 2024-2025, conforme dados divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

O levantamento, realizado por meio da plataforma de benchmarking da instituição, apontou que o estado encerrou o ciclo com uma média de 72,9 toneladas por hectare, 11,2 toneladas a menos que a safra anterior, que foi de 84,1 toneladas por hectare.

A qualidade da matéria-prima, medida pelo índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), manteve-se estável no estado, com um total de 133,4 kg por tonelada de cana.

Ouça na íntegra no Spotify:

 

No Centro-Sul, onde a safra foi concluída em dezembro de 2024, a produtividade média também apresentou queda de 10,8% em comparação à safra passada, com um acumulado de 78 toneladas por hectare, ante 87,5 toneladas em 2023-2024. Apesar disso, a média da atual safra é 1,4 tonelada superior à média das últimas 10 safras.

Em termos de ATR acumulado, houve um pequeno avanço, com 136,1 kg por tonelada de cana, superando os 134,1 kg registrados na safra anterior.

Contudo, dezembro de 2024 marcou uma redução na qualidade da matéria-prima e na produtividade agrícola, indicando desafios para o setor no próximo ciclo.

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Balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024

Confira o balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024, com destaque para avanços na produção de etanol de milho, exportações e consolidação de mercados, apesar dos desafios climáticos

13/01/2025 05h00

Agro Brasil

Agro Brasil Reprodução IA

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A agropecuária de Mato Grosso do Sul apresentou resultados contraditórios em 2024, segundo balanço divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (FamaSul).

Apesar de uma retração na produção devido a problemas climáticos, novos avanços e consolidações em diversos setores destacaram o potencial do estado no cenário nacional.

De acordo com o levantamento, Mato Grosso do Sul consolidou sua posição como referência na produção de etanol de milho, atraiu indústrias de celulose, estimulou a produção de laranja para a citricultura e iniciou a operação de uma empresa de genética suína, com aumento do plantel de matrizes de suínos.

Essas iniciativas são vistas como alavancas para o desenvolvimento econômico do estado e para o fortalecimento de sua participação no setor agropecuário nacional.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VPB) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões para 2024, com a agricultura respondendo por R$ 45,86 bilhões. Esse montante representa uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, quando o setor alcançou R$ 59,73 bilhões. Segundo a FamaSul, a retração decorre dos impactos climáticos que prejudicaram as lavouras.

Por outro lado, a pecuária apresentou crescimento, com previsão de R$ 24,16 bilhões em 2024, um aumento de quase 5% em comparação a 2023. O desempenho positivo foi atribuido ao incremento na produção, que compensou a desvalorização dos preços no mercado.

Exportações e Mercados

As exportações do agronegócio de Mato Grosso do Sul também sofreram uma ligeira retração, estimada em 9,5 bilhões de dólares, 5% a menos que em 2023.

A soja permaneceu como o principal produto de exportação, com uma receita de 2,8 bilhões de dólares e um volume de 6,5 milhões de toneladas, apesar da queda de 28% na receita e 14,5% no volume exportado.

Por outro lado, a celulose destacou-se com um aumento significativo de 77,3% na receita, que chegou a 2,6 bilhões de dólares, e um crescimento de 15,8% no volume exportado, alcançando 4,5 milhões de toneladas. Esse segmento respondeu por 27,6% da receita total das exportações do estado.

Os principais destinos das exportações foram 147 países, com a China liderando com quase 50% das compras. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição, com 5,3%, seguidos por países europeus como Holanda e Itália, que juntos responderam por cerca de 8% da receita total.

Perspectivas Futuros

A FamaSul ressaltou que a expectativa é de que o fim das negociações e o anúncio do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia criem um ambiente favorável para ampliar as relações comerciais entre o Brasil e os países europeus.

Apesar dos desafios enfrentados em 2024, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul encerra o ano com avanços importantes em produção, exportações e consolidação de mercados, reafirmando sua resiliência e relevância estratégica para a economia regional e nacional.

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