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Safra de cana começa com déficit hídrico, diz CTC

Apesar das adversidades climáticas, a produtividade média dos canaviais colhidos em abril atingiu 856 toneladas por hectare

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Impacto do Clima na Safra 2024-2025

O início da safra 2024-2025 de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil está marcado por um déficit hídrico acentuado, conforme divulgado pelo Boletim de Olho na Safra do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). As irregularidades nas chuvas e o menor regime pluviométrico em abril criaram um cenário climático desafiador para os produtores.

Produtividade em Alta, Mas Efeitos Climáticos Ainda Não Refletidos

Apesar das adversidades climáticas, a produtividade média dos canaviais colhidos em abril atingiu 856 toneladas por hectare, um aumento de 2% em comparação à safra passada. Esse desempenho positivo é atribuído a um inverno mais chuvoso na safra anterior e ao elevado volume de canaviais que deveriam ter sido colhidos anteriormente.

Qualidade da Cana Melhora com o Clima Seco

Os indicadores de qualidade, medidos pelo ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), também apresentaram melhora, registrando uma média de 1159 quilos de ATR por tonelada de cana, dois quilos a mais que no ano anterior. Esse aumento na qualidade é uma consequência direta do clima mais seco.

Desempenho em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, a produtividade da cana subiu ligeiramente, de 769 para 774 toneladas por hectare, representando um aumento de 0,7%. O ATR no estado aumentou de 1173 para 1196 quilos por tonelada de cana, uma melhoria de 1,9%.

Exportações Recordes do Agronegócio em Abril

O agronegócio brasileiro atingiu um recorde de exportações em abril, totalizando US$ 15,24 bilhões, 39% a mais que no mesmo mês de 2023. As exportações de grãos somaram 18,5 milhões de toneladas, um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior. A soja foi o destaque, com a China importando 10 milhões de toneladas, equivalendo a quase US$ 4,29 bilhões.

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Demanda Chinesa Impulsiona Exportações de Carne

As exportações de carne bovina in natura também registraram um aumento significativo, atingindo US$ 2,2 bilhões em abril de 2024, 27,5% a mais que em abril de 2023. A demanda crescente da China foi um dos principais fatores para esse crescimento, com o volume exportado de carne bovina saltando de 133.400 toneladas para 236.770 toneladas.

Apesar dos desafios climáticos, a safra de cana-de-açúcar mostra resiliência e a qualidade dos produtos melhora. As exportações recordes do agronegócio brasileiro refletem a robustez do setor, com a soja e a carne bovina em destaque. A demanda chinesa continua a ser um fator crucial para o crescimento das exportações brasileiras.

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Produtividade média da cana nesta safra em Mato Grosso do Sul

Produtividade da cana em MS cai 11,2 toneladas na safra 2024-2025. Dados do CTC revelam queda geral no Centro-Sul e estabilidade no índice ATR

20/01/2025 05h00

Cana de Açucar

Cana de Açucar Reprodução IA

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A produtividade média da cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul registrou uma queda significativa na safra 2024-2025, conforme dados divulgados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

O levantamento, realizado por meio da plataforma de benchmarking da instituição, apontou que o estado encerrou o ciclo com uma média de 72,9 toneladas por hectare, 11,2 toneladas a menos que a safra anterior, que foi de 84,1 toneladas por hectare.

A qualidade da matéria-prima, medida pelo índice de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), manteve-se estável no estado, com um total de 133,4 kg por tonelada de cana.

Ouça na íntegra no Spotify:

 

No Centro-Sul, onde a safra foi concluída em dezembro de 2024, a produtividade média também apresentou queda de 10,8% em comparação à safra passada, com um acumulado de 78 toneladas por hectare, ante 87,5 toneladas em 2023-2024. Apesar disso, a média da atual safra é 1,4 tonelada superior à média das últimas 10 safras.

Em termos de ATR acumulado, houve um pequeno avanço, com 136,1 kg por tonelada de cana, superando os 134,1 kg registrados na safra anterior.

Contudo, dezembro de 2024 marcou uma redução na qualidade da matéria-prima e na produtividade agrícola, indicando desafios para o setor no próximo ciclo.

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Balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024

Confira o balanço da agropecuária de Mato Grosso do Sul em 2024, com destaque para avanços na produção de etanol de milho, exportações e consolidação de mercados, apesar dos desafios climáticos

13/01/2025 05h00

Agro Brasil

Agro Brasil Reprodução IA

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A agropecuária de Mato Grosso do Sul apresentou resultados contraditórios em 2024, segundo balanço divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (FamaSul).

Apesar de uma retração na produção devido a problemas climáticos, novos avanços e consolidações em diversos setores destacaram o potencial do estado no cenário nacional.

De acordo com o levantamento, Mato Grosso do Sul consolidou sua posição como referência na produção de etanol de milho, atraiu indústrias de celulose, estimulou a produção de laranja para a citricultura e iniciou a operação de uma empresa de genética suína, com aumento do plantel de matrizes de suínos.

Essas iniciativas são vistas como alavancas para o desenvolvimento econômico do estado e para o fortalecimento de sua participação no setor agropecuário nacional.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VPB) estadual foi estimado em R$ 69,32 bilhões para 2024, com a agricultura respondendo por R$ 45,86 bilhões. Esse montante representa uma queda de 23,2% em relação ao ano anterior, quando o setor alcançou R$ 59,73 bilhões. Segundo a FamaSul, a retração decorre dos impactos climáticos que prejudicaram as lavouras.

Por outro lado, a pecuária apresentou crescimento, com previsão de R$ 24,16 bilhões em 2024, um aumento de quase 5% em comparação a 2023. O desempenho positivo foi atribuido ao incremento na produção, que compensou a desvalorização dos preços no mercado.

Exportações e Mercados

As exportações do agronegócio de Mato Grosso do Sul também sofreram uma ligeira retração, estimada em 9,5 bilhões de dólares, 5% a menos que em 2023.

A soja permaneceu como o principal produto de exportação, com uma receita de 2,8 bilhões de dólares e um volume de 6,5 milhões de toneladas, apesar da queda de 28% na receita e 14,5% no volume exportado.

Por outro lado, a celulose destacou-se com um aumento significativo de 77,3% na receita, que chegou a 2,6 bilhões de dólares, e um crescimento de 15,8% no volume exportado, alcançando 4,5 milhões de toneladas. Esse segmento respondeu por 27,6% da receita total das exportações do estado.

Os principais destinos das exportações foram 147 países, com a China liderando com quase 50% das compras. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição, com 5,3%, seguidos por países europeus como Holanda e Itália, que juntos responderam por cerca de 8% da receita total.

Perspectivas Futuros

A FamaSul ressaltou que a expectativa é de que o fim das negociações e o anúncio do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia criem um ambiente favorável para ampliar as relações comerciais entre o Brasil e os países europeus.

Apesar dos desafios enfrentados em 2024, o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul encerra o ano com avanços importantes em produção, exportações e consolidação de mercados, reafirmando sua resiliência e relevância estratégica para a economia regional e nacional.

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