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Após reajuste, gasolina deve chegar a quase R$ 5 em Mato Grosso do Sul

Petrobras anunciou aumento de 6% no combustível a partir de sexta-feira

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Na semana passada, a Petrobras anunciou reajuste nos preços dos combustíveis em suas refinarias. Para a gasolina o aumento foi de 6% e para o diesel de 5%, válidos a partir da sexta-feira (21). 

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), a alta deve ser de R$ 0,08 no litro da gasolina e R$ 0,12 no diesel. Considerando o preço atual de R$ 4,80 no litro, somente com esse aumento, o litro da gasolina vai chegar a R$ 4,88.  

Com os efeitos da crise instaurada pela pandemia da Covid-19, a gasolina chegou a ser vendida por R$ 3,68 no início de maio. A diferença com os preços registrados atualmente já passa de R$ 1. 

De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 16 e 22 de agosto, o preço médio da gasolina comum em Mato Grosso do Sul foi de R$ 4,350. O combustível foi encontrado sendo comercializado de R$ 4,159 a R$ 4,799 nos postos de combustíveis do Estado.

Segundo o diretor do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, o novo aumento deve chegar aos postos nos próximos dez dias. 

“O reajuste impactará em torno de R$ 0,08 centavos na gasolina e de R$ 0,12 centavos no litro do diesel”, informou.

O reajuste será ainda maior quando considerado o preço da nova gasolina. Com as especificações de padrão do combustível, o litro ficará R$ 0,12 mais caro, segundo projeção do Sinpetro. 

Com o litro que hoje chega a R$ 4,80, mais R$ 0,08 do novo aumento e somado aos R$ 0,12 da nova gasolina, o preço iria a R$ 5.

MAIS CARA

Para o representante dos postos, o aumento pode ser ainda maior, já que a Petrobras ainda não divulgou os custos da nova gasolina. 

“Como já explicamos anteriormente, a gasolina nova ainda não está disponível. As distribuidoras têm 60 dias [contados a partir de 3 de agosto] para encerrar seus estoques, e a Petrobras ainda não definiu o custo final do produto”, detalhou Lazarotto.

A Petrobras informou ao Correio do Estado que não há como dimensionar os preços. 

“É importante ressaltar que a Petrobras vende gasolina às distribuidoras, que revendem aos postos de combustíveis. Dessa forma, não temos dados sobre o preço final ao consumidor. Também é importante ressaltar que a gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras caiu 4% na última sexta-feira e acumula queda de 13,8% no ano. Então, não necessariamente vai ter aumento devido a essa nova especificação”, informou a Petrobras em nota.

Já o preço do diesel comum pode chegar a R$ 4 nos próximos dias, conforme estimativa do Sinpetro. 

Atualmente, de acordo com os dados da ANP, o litro do diesel varia de R$ 3,199 a R$ 3,899 em Mato Grosso do Sul. Considerando o valor mais caro, com reajuste de 5% nas refinarias (ou R$ 0,12 nas bombas), irá a R$ 4,01.  

CAPITAL

Pesquisa da reportagem do Correio do Estado realizada nos postos de combustíveis de Campo Grande encontrou a gasolina pelo valor médio de R$ 4,38. 

O mínimo praticado entre os postos da Capital foi de R$ 4,27 enquanto o máximo chegou a R$ 4,54. Há um mês (no dia 24 de julho) o litro variou entre R$ 4,13 e R$ 4,39 em Campo Grande, média de R$ 4,23.

Ainda conforme pesquisa da reportagem, o litro do diesel comum foi comercializado por em média R$ 3,50, variando entre R$ 3,35 a R$ 3,57 em Campo Grande. Em julho, o preço ia de R$ 3,29 ao máximo de R$ 3,59.

O etanol ficou cotado, em média, em R$ 3,02, indo do mínimo R$ 2,95 ao máximo de R$ 3,14. No mês anterior o etanol foi do mínimo de R$ 2,93 ao máximo de R$ 3,09, conforme pesquisa da reportagem.  

NOVA GASOLINA

A Resolução 807/2020 da ANP, cuja primeira fase entrou em vigor no dia 3 de agosto, estabelece critérios específicos para a gasolina comercializada nos postos. São três pontos principais. 

O primeiro é o estabelecimento de valor mínimo de massa específica, de 715,0 kg/m³, o que significa mais energia e menos consumo. 

O segundo é a temperatura mínima de 77°C para a destilação de 50% da gasolina. Os parâmetros de destilação afetam questões como desempenho do motor, dirigibilidade e aquecimento do motor. 

O terceiro ponto é a fixação de limites para a octanagem mínima de 92 pelo método de pesquisa (Research Octane Number-RON), já presente nas especificações da gasolina de outros países.

“A fixação de tal parâmetro mostra-se necessária devido às novas tecnologias de motores e resultará em uma gasolina com maior desempenho para o veículo”, justificou a ANP na época.

Conforme nota técnica da Petrobras, na prática o novo padrão traz possibilidade de redução de 5% no consumo de gasolina por quilômetro rodado, dependendo das características de cada motor.  

“Além de proporcionar melhora no desempenho do motor, melhor dirigibilidade, menor tempo de resposta na partida a frio e aquecimento adequado do motor”, explicou a estatal.

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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