Economia

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Brasil é o último colocado em ranking de retorno de impostos; veja top 10

Brasil é o último colocado em ranking de retorno de impostos; veja top 10

infomoney

17/04/2013 - 03h00
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Pela quarta vez consecutiva, o brasileiro tem os piores serviços públicos em proporção aos impostos que paga, de acordo com estudo divulgado nesta terça-feira (16) pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), que relaciona informações de 30 países sobre a arrecadação tributária e o retorno de benefícios à população.

Segundo o levantamento, mesmo com a alta carga tributária do País, de 36,02%, que incide sobre rendimento, consumo e patrimônio do contribuinte, o Brasil ocupa a última posição no ranking, atrás de países vizinhos como Uruguai e Argentina.

“É importante que se diga que todos os cidadão brasileiros pagam impostos, mesmo aqueles que estão isentos de IPTU e do Imposto de Renda da Pessoa Física, porque consomem produtos e serviços que têm uma alta carga tributária embutida”, ressalta o presidente do IBPT, João Eloi Olenike.

No topo da lista de países que melhor aplicam os tributos em qualidade de vida aos cidadãos estão Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul.

Estudo
Para realizar levantamento, o IBPT utilizou dados da carga tributária, atualizados em 2011 pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), com índice final para o ano de 2012. 

O Instituto desenvolveu um índice chamado Irbes (Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade). Quanto maior o valor do Irbes, melhor é o retorno da arrecadação dos tributos para a população. O Brasil possui Irbes de 135,63, enquanto o primeiro colocado, os Estados Unidos, tem o índice de 165,78, conforme mostra a tabela a seguir:

Estudo sobre carga tributária/PIB x IDH
Colocação País Índice obtido
Estados Unidos 165,78
Austrália 164,53
Coreia do Sul 162,48
Japão 160,78
Irlanda 160,43
Suíça 159,83
Canadá 156,79
Nova Zelândia 156,66
Israel 154,01
10º Espanha 153,89
13º Uruguai 151,06
21º Argentina 145,41
30º Brasil 135,63

Jucems

MS registra a primeira queda do ano na abertura de novas empresas

Mesmo assim, o número registrado até o mês de novembro já é maior que o total do ano passado

08/12/2025 14h15

No mês de novembro, MS registrou a primeira queda no número de novas empresas

No mês de novembro, MS registrou a primeira queda no número de novas empresas FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Pela primeira vez no ano, no mês de novembro Mato Grosso do Sul registrou queda no número de empresas abertas. 

De acordo com a Junta Comercial do Estado (Jucems), foram registrados 917 novos empreendimentos, enquanto no mês de outubro, foram 1.131, o décimo mês em alta de registros. 

Mesmo com a queda no décimo primeiro mês, o número de empresas abertas em Mato Grosso do Sul até agora já é maior que o do ano passado inteiro. 

São 12.296 até novembro de 2025, enquanto em 2024, foram 11.164 no total. 

O setor de Serviços continua sendo o que mais acumula registros de novas empresas, sendo 691 em novembro.

No mês de novembro, MS registrou a primeira queda no número de novas empresasEscreva a legenda aqui

Esse setor é o que mais movimenta a economia estadual e nacional devido a sua vasta gama de setores. São exemplos de empresas do ramo as que prestam atendimentos e oferecem produtos, como escritórios, empresas, escolas, restaurantes, agências, serviços de banho e tosa entre outras.

Em seguida, o Comércio registrou 193 e a Indústria, 33. 

No acumulado do ano, o setor de Serviços também lidera o ranking, com 9.242 no total, seguido do Comércio, com 2.611 e da Indústria, com 433 novos registros. 

Na distribuição regional, Campo Grande é a responsável pelo maior número de novos registros, com 442, representando 48% do número total no Estado.

Em seguida, vêm os municípios de Dourados (102), Três Lagoas (38), Ponta Porã (33), Maracaju (25), Nova Andradina (18), Chapadão do Sul e Naviraí (17), Corumbá (14), Sidrolândia (13), Ribas do Rio Pardo (11), Inocência (10), Aparecida do Taboado (9), Paranaíba e Ivinhema (8). 

Empresas negativadas

Mesmo em um ano de crescente abertura de novos negócios em Mato Grosso do Sul e em todo o País, o número de empresas inadimplentes também alcançou grandes números

Segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, o Brasil acumula 8,4 milhões de empresas com dívidas. 

Na região Centro-Oeste, no mês de setembro, foram contabilizadas 729.275 empresas negativadas. Destas, 115.831 são de Mato Grosso do Sul, 4.616 a mais que o levantamento do mês de agosto, que era, até então, o maior já registrado. 

Esse número representa 31,17 das empresas ativas registradas no Estado. 

São ainda 917.472 dívidas negativadas, resultando em um montante de quase R$ 2 bilhões em contas atrasadas no Estado. 

Mesmo assim, MS teve o menor número registrado da região Centro-Oeste. Goiás é o líder do ranking por região, com 265.076 negócios com contas em atraso, seguido pelo Distrito Federal, com 190.160 empresas e Mato Grosso, com 158.208. 

Na região Centro-Oeste, no mês de setembro, foram contabilizadas 729.275 empresas negativadas. Destas, 115.831 são de Mato Grosso do Sul, 4.616 a mais que o levantamento do mês de agosto, que era, até então, o maior já registrado. 

São ainda 917.472 dívidas negativadas, resultando em um montante de quase R$ 2 bilhões em contas atrasadas no Estado. 

Mesmo assim, MS teve o menor número registrado da região Centro-Oeste. Goiás é o líder do ranking por região, com 265.076 negócios com contas em atraso, seguido pelo Distrito Federal, com 190.160 empresas e Mato Grosso, com 158.208. 

BALANÇO

Na contramão do País, MS vê triplicar a adesão de produtores ao seguro rural

O total de apólices de seguro também está maior neste ano, indica Ministério da Agricultura

08/12/2025 08h00

As lavouras de soja e milho lideram as contratações de seguro

As lavouras de soja e milho lideram as contratações de seguro Gerson Oliveira

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Mato Grosso do Sul registrou 79.613 apólices de seguro rural neste ano, conforme dados do Atlas do Seguro Rural do Ministério da Agricultura (Mapa). A quantidade representa um aumento de 3,7% em relação ao ano passado, quando foram registradas 76.802 apólices. Já o número de produtores que aderiram ao seguro triplicou, saindo de 3.560 em 2024 para 12.027 neste ano, alta de 237%. 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) explica que eventos climáticos extremos influenciaram diretamente a busca pelo seguro. “Esse impacto é hoje um dos principais motores de crescimento do setor.

Secas prolongadas, excesso de chuvas, geadas e ondas de calor têm se tornado mais frequentes e intensas, aumentando a percepção de risco entre os produtores”, avalia o analista de economia da Famasul, Jean Américo.

As lavouras de soja e milho lideram as contratações de seguro

Os dados ainda apontam que o número de produtores caiu mais do que a metade em todo o Brasil. O número de produtores que contrataram algum seguro rural neste ano foi de 35.230, o que representa uma redução de 59% no comparativo com os 85.580 do ano anterior.

A retração na quantidade de produtores tem explicação, conforme os especialistas da área. Luciano Lemos, corretor de seguros, enumera dois fatores que puxam essa queda, a diversificação de culturas por produtor e a dificuldade de acesso ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) entre pequenos.

“Hoje é normal uma área ter três culturas dentro do Plano Safra e quando o produtor já é familiarizado com o seguro rural, ele faz a contratação. E isto é possível com produtores maiores e assim explica o outro lado. Produtores menores não têm estrutura para mais culturas em sua área e assim a contratação do seguro é menor ou não chega a ter acesso pelo PSR, pois o recurso é muito pequeno para a demanda. Com isso, acaba tendo uma concentração de apólices em um número menor de produtores”, explica.

Nesse contexto, o comportamento dos produtores também mudou. Américo observa que o perfil de quem busca o seguro rural está mais diversificado.

“De forma geral, o perfil do produtor que busca seguro rural realmente mudou nos últimos anos. No passado, era mais comum entre grandes produtores, no entanto, hoje também é buscado por pequenos e médios [produtores]. Isso se deve ao aumento dos riscos climáticos, à maior necessidade de proteger a renda, ao acesso ampliado ao crédito e à maior divulgação do seguro por cooperativas, assistência técnica e instituições financeiras. Assim, o seguro passou a ser uma ferramenta usada por produtores de diversos portes”, afirma.

Ainda assim, o analista destaca que barreiras continuam limitando o alcance do seguro. “A baixa adesão ao seguro rural ocorre principalmente pelo custo considerado elevado, pela desconfiança quanto ao pagamento de indenizações, pela burocracia envolvida na contratação e em alguns casos pela falta de informação dos produtores”, pontua.

“Além disso, a oferta limitada de produtos, a baixa percepção de risco e a instabilidade orçamentária do PSR reduzem ainda mais o interesse do produtor rural em contratar o seguro. A combinação desses fatores explica por que muitos produtores ainda não acessam o seguro rural”, analisa.

PRODUÇÃO

O economista Daniel Frainer, por sua vez, contextualiza o cenário econômico que cerca o setor. Para ele, o ambiente financeiro geral permanece estável, mas com mudanças na postura dos bancos.

“O cenário econômico, em essência, manteve-se estável. A principal alteração reside na abordagem das instituições financeiras. Observa-se uma menor disposição em conceder alienação fiduciária, privilegiando, em vez disso, o refinanciamento de dívidas sem garantias”, acrescenta.

“No setor agrícola, o panorama é favorável. O País se aproxima de uma safra recorde. A desvalorização do dólar impulsiona a viabilidade de diversas produções, dado que a maioria dos insumos é importada. Consequentemente, a rentabilidade dos negócios rurais tende a aumentar”, elenca.

A pecuária, no entanto, vive situação oposta. “Em contraste, a pecuária de corte enfrenta dificuldades. A recuperação judicial de alguns frigoríficos e a inadimplência geraram um cenário adverso para os produtores. A tendência é de retração do setor, já observada nos últimos 10 anos, com a redução do rebanho. Embora o rebanho total não tenha diminuído em virtude da expansão em outras regiões, como o estado de Goiás, a perspectiva é de encolhimento do setor no estado em questão”, complementa.

Ainda de acordo com Frainer, em relação à lavoura, a expectativa é de expansão e aumento da viabilidade dos negócios, impulsionada pelo cenário internacional positivo, como a recente liberação das exportações para os Estados Unidos.

“A cotação do dólar, abaixo de R$ 5,30, facilita a aquisição de insumos. Espera-se que o próximo ano se inicie sem as instabilidades observadas recentemente, indicando um cenário mais promissor”, acrescenta. 

Lemos acrescenta que tendências setoriais definem o que é mais seguro e devem continuar orientando o mercado. “A soja e o milho são as culturas com maior demanda de seguro, pois são as maiores áreas plantadas, e devem continuar puxando as demandas de seguro agrícola nos próximos anos”.

Já para o analista da Famasul, esse crescimento também leva à modernização dos processos. “Esse movimento se reflete em maior demanda por apólices, expansão da oferta de produtos e maior participação das seguradoras nas regiões mais vulneráveis”, descreve Américo.

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