Economia

PECUÁRIA

Com falta de gado para abate, Estado tenta importar animais do Paraguai

Frigoríficos ficaram paralisados por falta de matéria-prima; Ministério da Agricultura ainda não aprovou pedido

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A falta de disponibilidade de gado para abate em Mato Grosso do Sul já pode ser sentida com a paralisação de algumas plantas frigoríficas. 

De acordo com representantes do setor, essa foi a principal motivação para que pedissem autorização ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para importar animais do Paraguai.

O pedido foi enviado pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems) nesta semana. 

Segundo o vice-presidente do sindicato, Régis Luís Comarella, alguns frigoríficos estão com a produção paralisada por falta de matéria-prima.

“Foi solicitado, por meio do Sicadems, que a gente possa abater [animais importados] em razão da ociosidade das plantas. E também o boi do Paraguai está com o preço bem abaixo do nosso aqui. O pecuarista está relutando e quer [comercializar] a arroba a R$ 300. 

O frigorífico Boibras de São Gabriel do Oeste não abateu ontem [na segunda-feira], o Frizelo não abateu dois dias, em Juti, e outros [também não abateram]”, disse.  

De acordo com os dados da Scot Consultoria, a arroba do boi é comercializada a US$ 45,75 no Paraguai, cerca de R$ 244,76. 

Em Mato Grosso do Sul, atualmente a arroba é cotada a R$ 280,50, conforme a consultoria.  

Dados da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) apontam que a arroba do boi gordo saiu do preço médio de R$ 170,56 em janeiro de 2020 para R$ 269,80 em janeiro deste ano – alta de 58%.  

Últimas notícias

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a solicitação não visa o preço, mas, sim, a manutenção do funcionamento das indústrias.  

“Todos os frigoríficos estão com escala abaixo, com ociosidade muito grande, alguns até paralisando suas atividades em função da baixa disponibilidade de bois. Não é só a questão do preço. 

Houve esse pedido ao Ministério, com cópia para a Secretaria para conhecimento. Eles gostariam de estabelecer uma cota para trazer gado do Paraguai para que possam abater no Estado. É um pedido do setor para que ele mantenha a escala”, explica Verruck.  

SANIDADE

Verruck ressalta que as condições sanitárias do Paraguai garantem que não seja um problema trazer os animais para o Estado.  

“Esse animal que vem para abate, ele vem em um caminhão diretamente para o frigorífico. E não tem problema, porque o Paraguai tem o mesmo status de MS, livre de febre aftosa com vacinação. Então esses animais já vêm vacinados”, detalha.  

O Ministério da Agricultura disse, em nota enviada ao Correio do Estado, que a importação de gado do Paraguai para o Brasil ainda não está autorizada.  

“O tema vem sendo tratado entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e do Paraguai. Não há também autorização específica para uma empresa. 

Caso os entendimentos entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e do Paraguai venham a viabilizar a autorização de importação, esta valerá para qualquer empresa que cumpra os requisitos sanitários estabelecidos”, conclui a nota.

O relatório do Mapa aponta que as indústrias inscritas no Serviço de Inspeção Federal (SIF) abateram 3,1 milhões de bovinos em Mato Grosso do Sul no ano passado. 

O total foi 12,73% inferior ao registrado no mesmo período de 2019.  

ECONOMIA  

Para o secretário, a regularização da oferta de animais é importante para manter a economia do Estado. 

"Sob o ponto de vista econômico seria importante, porque mantém os empregos nos frigoríficos e a taxa de abate, favorecendo a questão da economia”, considera Verruck.

O economista Michel Constantino explica que o Paraguai já exporta para o Brasil em torno de US$ 20 milhões em carne fresca, refrigerada ou congelada (dados de 2019). 

O efeito econômico com a maior oferta de gado deve ser a diminuição de preços aos consumidores.

“A demanda está alta no mercado interno por carne e derivados, e os frigoríficos de MS estão com capacidade de produção ociosa. A maior oferta de gado deve trazer a ativação da produção local pelos frigoríficos parados.

Pode aumentar o número de funcionários admitidos, e uma maior oferta de gado vai diminuir os preços para o consumidor final de Mato Grosso do Sul”, analisa.

CONSUMIDOR

Conforme adiantado pelo Correio do Estado, o preço da carne ao consumidor final está mais caro. 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de janeiro a dezembro, os cortes bovinos aumentaram 31,69%, saindo de R$ 26, em média, para R$ 34,24.  

Para a supervisora técnica do Dieese-MS, Andreia Ferreira, os preços ao consumidor final devem demorar a cair. “A oferta vem em queda há um bom tempo, e não é algo que recupera fácil. Não acredito que o preço da carne baixe nos próximos seis meses”, afirma.  

A pesquisa da reportagem aponta que em Campo Grande o corte mais barato é a costela, que varia de R$ 17,99 a R$ 27,98. Enquanto o mais caro é a picanha, que vai de R$ 49,90 a R$ 87,98.

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 784, sexta-feira (12/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

13/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 784 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras, R$ 818,92
  • 4 acertos - 417 apostas ganhadoras, R$ 66,77
  • 3 acertos - 3.543 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 784 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 0
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 5
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 3
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 785

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 15 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 785. O valor da premiação está estimado em R$ 500 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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