Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o comércio varejista em Mato Grosso do Sul sentiu uma redução no volume de vendas pela primeira vez em 2025.
Enquanto o índice nacional variou -0,2% em maio, diante do volume observado em abril, na série com ajuste sazonal neste 2025, Mato Grosso do Sul registrou uma queda de 0,9% no mês em que é celebrado o Dia das Mães.
Essa pesquisa do IBGE serve para acompanhar o comportamento do comércio varejista, ou seja, apurando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, "com 20 ou mais pessoas ocupadas".
Nacionalmente, segundo o Instituto, houve variações positivas no volume de vendas de cinco das oito atividades do comércio varejista, sendo:
- 3,0% - Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação
- 2,0% - Móveis e eletrodomésticos
- 1,7% - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria
- 1,1% - Tecidos, vestuário e calçados
- 0,4% - Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
Números e desempenhos
Além de Mato Grosso do Sul, a passagem para o mês de maio registrou taxas negativas em outras 19 Unidades da Federação, com índices positivos observados apenas seis Estado, com uma estabilidade (0,0%) anotada no Amapá;
No chamado comércio varejista ampliado, que compreende partes e peças, veículos e materiais de construção, o País anotou crescimento de 0,3% na passagem entre abril e maio.
Nesse sentido, Mato Grosso do Sul ficou entre as 16 Unidades da Federação que tiveram índices negativos (-1,6% no caso), atrás de Tocantins (-3,5%) e Santa Catarina (-2,1%).
Além do -0,9% anotado, a série sem ajuste sazonal do comércio varejista teve alta de 1% em relação ao mês de maio de 2024, com um acumulado de 2025 anotando queda de 0,2% e o acumulado de 12 meses variando 1,3%.

Na análise do comércio varejista ampliado, além da queda de 1,6%, o volume de vendas subiu 1,5 ponto percentual na série sem ajuste sazonal, com um acumulado de 0,8% no ano e de 1,1% nos últimos 12 meses em Mato Grosso do Sul.
No "raio-x" geral do varejo brasileiro, em comparação com maio de 2024, seis dos oito setores do varejo tiveram bons desempenhos e consequentes altas nos índices, observadas em:
- 7,1% - Tecidos, vestuário e calçados;
- 7,0% - Móveis e eletrodomésticos ,
- 5,5% - Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria;
- 4,7% - Equipamentos e material para escritório informática e comunicação,
- 2,5% - Livros, jornais, revistas e papelaria e
- 1,2% - Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
Na análise do gerente da chamada Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos, a estabilidade a nível nacional pode ser explicada graças ao maior patamar da história atingido ainda em março.
“É o efeito base, ou seja, estabilidade depois de alta, não sendo uma alta qualquer, haja visto que março é o topo da série, além do recuo do crédito à pessoa física”, esclarece


