Em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (2), a Suzano informou que antecipou em pelo menos seis meses a previsão de início das operações do Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo.
Conforme a previsão inicial, a fábrica, que está demandando investimentos da ordem de R$ 23 bilhões, entraria em operação a partir do final de 2024.
Agora, "em virtude do avanço das obras e da consequente melhor visibilidade sobre seu desenvolvimento", a previsão é de que as operações comecem “até o mês de junho de 2024”, conforme o comunicado distribuído ao mercado.
A indústria está sendo construída próximo às margens do Rio Pardo, entre as cidades de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, a cerca de 110 quilômetros de Campo grande. Desde abril deste ano, quando as obras chegaram ao pico, em torno de dez mil pessoas estão trabalhando no projeto.
O Projeto Cerrado produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais. A empresa já tem uma unidade em Três Lagosas
O novo cronograma do projeto foi anunciado junto à divulgação dos resultados referentes ao segundo trimestre de 2023. “Já investimos R$ 12,4 bilhões no Projeto Cerrado e, mesmo em um ambiente mais desafiador no mercado global, continuamos a gerar caixa e evoluir em nossas avenidas estratégicas, fortalecendo nosso modelo de negócios e nossa posição competitiva”, informou o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Os resultados do segundo trimestre refletem período marcado por menores preços da celulose no mercado global, pela queda do dólar, custos ainda pressionados e maior concentração de paradas programadas nas fábricas de Imperatriz (MA), Mucuri (BA), Limeira (SP) e Jacareí (SP).
A comercialização de celulose totalizou 2,5 milhões de toneladas. A receita líquida do período somou R$ 9,2 bilhões e, na última linha do balanço, a companhia registrou resultado líquido positivo de R$ 5,1 bilhões.
Os investimentos da Suzano somaram R$ 7,3 bilhões no segundo trimestre, o que representa um acréscimo de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte dos recursos, no total de R$ 2,4 bilhões, foi destinada ao Projeto Cerrado.
A companhia também investiu R$ 1,8 bilhão na compra de terras e formação de base florestal e R$ 1,7 bilhão em atividades de manutenção, entre outros desembolsos.