Para representante dos trabalhadores, os números não assustam. "Fim de ano sempre é o período de demissões, quando as empresas terminam contratos e obras. Também começam as chuvas, por isso esse número elevado", afirmou José Abelha Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil de Campo Grande (Sintracom/CG). Já em outros setores, a desaceleração do setor é evidente. "Não vamos ter mais um ano como 2009 e 2010, que tiveram a expansão do Minha Casa, Minha Vida. Hoje o lote em Campo Grande, por exemplo, está muito caro, muito valorizado, fora o preço para construir", comentou James Antônio Gomes, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis/MS).
Além da desaceleração da construção imobiliária, os investimentos públicos também não ajudaram o setor. "A construção civil ligada a estradas, prédios, e outras obras do poder público, deu uma caída muito forte. Só a CGR demitiu mais de 400 funcionários", relatou Marcos Augusto Netto, presidente do Sindicato da Habitação (Sicovi/MS), citando a CGR Engenharia, que entrou em processo de recuperação judicial em janeiro.
Segundo dados disponibilizados pelo Sicovi, o setor da construção civil no Estado acompanhou o ritmo nacional e cresceu aproximadamente 4,8% em 2011, em relação ao ano anterior, bem abaixo dos 11,6% registrados entre 2009 e 2010.
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