O abate de fêmeas vem aumentando desde o início do ano e pode atingir o pico neste mês. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em diversas regiões acompanhadas, verifica-se que a oferta de vacas tem superado a de boi, tornando os preços da fêmea mais competitivos que os do macho.
Segundo pesquisadores do Cepea, a maior participação das fêmeas no abate total ocorre geralmente em anos de queda no preço do bezerro e da arroba, cenário que vem sendo verificado neste início de 2017.
Considerando-se as médias de fevereiro de 2016 (real) e a da parcial deste mês, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul, nelore de 8 a 12 meses) registra queda de 15,3% e o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo), de 10,3% – os dados foram atualizados pelo IGP-DI de janeiro/17.
Além disso, outros fatores também influenciam o aumento no abate de vacas. De acordo com pesquisadores do Cepea, após o período reprodutivo, que começa depois do início das chuvas, nos primeiros meses do ano, pecuaristas conseguem verificar quais fêmeas terão bezerros.
Aquelas que não confirmaram a prenhez são destinadas ao abate, já que produtores precisam liberar áreas de pastagem e melhorar o fluxo de caixa.
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