Economia

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Cortes de gastos ofuscam vitória de Trump e provocam queda acentuada no dólar

A moeda, que disparou para R$ 5,861 logo após o início das negociações

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O dólar fechou em forte queda de 1,23% nesta quarta-feira (6), a R$ 5,675, com as expectativas dos investidores sobre o pacote de corte de gastos do governo federal anulando os efeitos da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

A moeda, que disparou para R$ 5,861 logo após o início das negociações, virou para queda à tarde, na contramão do movimento visto ao redor do mundo.
Já a Bolsa caiu 0,24%, aos 130.340 pontos, também distante da mínima do dia.

A volatilidade já era esperada por grande parte do mercado. O republicano foi declarado eleito por volta das 7h30 desta manhã, quando alcançou a marca de 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. Ele precisava ter ao menos 270 votos para vencer a disputa com Kamala Harris.

"Houve uma primeira reação extrema, quando a demanda por dólares explodiu, e, depois, os investidores foram olhando para os fatores externos e domésticos com mais calma", diz Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

Ele explica que o real já estava "muito desvalorizado" por conta das expectativas dos investidores em relação às contas públicas do Brasil, bem como pelas projeções de que Trump sairia vitorioso da eleição.

Como parte dos efeitos já estavam precificados no câmbio, o real se descolou do exterior e foi a única entre as principais moedas do mundo a apresentar ganhos sobre o dólar.
Para efeito de comparação, o índice DXY, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras seis moedas fortes, disparou 1,60%.

"Grande parte do movimento já havia sido antecipada, e, olhando para o futuro, com um alívio no cenário fiscal do Brasil e com juros ainda subindo, a moeda brasileira pode voltar a ganhar espaço após a turbulência de curto prazo", afirma Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.

Pesou, ainda, a declaração do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de mais cedo. Segundo o chefe da ala econômica, a rodada de reuniões com autoridades do governo que poderão ser afetadas pelas medidas fiscais foi concluída.

O próximo passo, agora, é uma conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os líderes das duas Casas do Congresso -Arthur Lira, da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, do Senado- para discutir o envio do pacote para análise dos parlamentares.

"Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças no médio e longo prazo. Penso que há um consenso em torno do princípio", afirmou Haddad.

A leitura de investidores é de que, com Trump na Casa Branca, o mundo entrará em um período de dólar e juros mais altos, restando ao Brasil fazer o "dever de casa" nas contas públicas para reduzir a pressão. Para os investidores, é preciso ajustar a ponta das despesas, e não só reforçar a arrecadação, para garantir a longevidade do arcabouço fiscal.

"Estamos, no fundo, vendo um andamento do pacote que deve ser anunciado até o final de semana, o que reduz o risco fiscal, e, por consequência, atenua o dólar. Mas o principal gatilho no mundo para o câmbio hoje vem das eleições dos Estados Unidos", diz o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.

Os investidores precificam o impacto das propostas de Trump na economia, e analistas alertam para consequências "profundas e imediatas" para o resto do mundo.
Caso cumpra suas promessas de campanha, ele fará um novo mandato com aumento mais intenso das tarifas sobre importados, corte de impostos, deportações em massa e redução da independência do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

No comércio exterior, a promessa é aumentar tarifas entre 10% e 20% sobre praticamente todas as importações dos EUA, incluindo as que vêm de países aliados, e em pelo menos 60% sobre as da China.

As tarifas inibem o comércio global, reduzem o crescimento dos exportadores e pesam sobre as finanças públicas de todas as partes envolvidas. É provável que elas aumentem a inflação nos Estados Unidos, forçando o Fed a agir com juros altos por mais tempo -o que fortalece o dólar.

"As promessas fiscais de Trump são seriamente preocupantes -para a economia dos EUA e para os mercados financeiros globais- pois prometem expandir enormemente um déficit já excessivo, ao mesmo tempo em que ele ameaça minar instituições importantes", disse Erik Nielsen, consultor econômico chefe do Grupo UniCredit.

"É preciso concluir que Trump representa uma ameaça séria, e até agora muito subestimada, ao mercado do Tesouro dos EUA e, portanto, à estabilidade financeira global", disse Nielsen.

Para os mercados emergentes que dependem de financiamento em dólares, as promessas de Trump também poderão tornar empurrar as taxas de juros para cima e encarecer os empréstimos -um golpe duplo, considerando as perdas de exportações.

A reação foi imediata globalmente. As Bolsas de valores na Ásia subiram, o dólar se valorizou em relação às principais moedas, o bitcoin bateu recorde histórico e os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com prazo de 30 anos atingiram o maior patamar desde o início da pandemia, em março de 2020.

Já nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Dow Jones atingiram máximas históricas.

O Dow Jones subia 3,44%, para 43.673 pontos. O S&P 500 ganhava 2,41%, a 5.921 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançava 2,87%, para 18.968 pontos.

O dia ainda guarda a decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central), após o fechamento dos mercados.

O colegiado decidiu reiniciar o ciclo de apertos na taxa Selic na reunião passada, quando optou por uma alta de 0,25 ponto percentual e levou os juros a 10,75% ao ano.
Com a piora no cenário econômico nos últimos 45 dias, o mercado espera que o comitê acelere o ritmo de altas para 0,5 ponto percentual.

O aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos também tende a favorecer o real, por causa de investimentos do tipo "carry trade" -isto é, quando operadores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em países de taxas elevadas.

 

*Informações da Folhapress 

crise sem precedentes

Boicote não causa desabastecimento nas unidades do Carrefour de Campo Grande

A reportagem percorreu todas as unidades da rede Carrefour na tarde deste domingo e constatou prateleiras cheias em todos os estabelecimentos do conglomerado, incluindo os hipermercados e o Atacadão

24/11/2024 16h45

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido Fotos: Marcelo Victor

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Apesar do boicote do frigorífico JBS às unidades do Carrefour global, após a declaração do CEO Alexandre Bompard de que deixaria de importar carnes brasileiras, os hipermercados da rede em Campo Grande não enfrentam desabastecimento neste momento.

A reportagem do Correio do Estado visitou unidades da rede Carrefour em Campo Grande e encontrou prateleiras cheias em todos os supermercados do conglomerado, incluindo a rede Atacadão.

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecidoA reportagem foi em diversos hipermercados da rede e encontrou prateleiras ainda cheiras- Imagens: João Gabriel Vilalba

Segundo informações da Rede Carrefour no Brasil, que realiza um monitoramento interno, ainda não há indicativos de desabastecimento devido ao nível de produtos armazenados. No entanto, a situação pode mudar a partir de segunda-feira (25). 

A crise sem precedentes que pode afetar os frigoríficos de Mato Grosso do Sul teve início na última quarta-feira (20), quando o CEO da empresa, Alexandre Bompard, anunciou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Estarrecidas com as declarações de Bompard, a JBS, Marfrig, Minerva, além de outras médias e pequenas empresas frigoríficas, reagiram imediatamente, cancelando o envio de produtos para a rede Carrefour no Brasil.

“Caminhões da JBS que estavam no percurso para a entrega nas lojas ontem voltaram para trás”, disse uma fonte ouvida pelo Globo Rural, da TV Globo. 

Conforme informações obtidas pela TV Globo, o comunicado global da rede surpreendeu o conglomerado que faz parte do Carrefour no Brasil, que agora busca soluções para a crise política e econômica gerada pela própria empresa. Não está descartado um pedido de desculpas do presidente da rede na França.


"Absurdo", diz governador Eduardo Riedel sobre boicote 

Outro que ficou incomodado com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, foi o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Logo após o anúncio, Riedel condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de suspender a importação de carnes dos países do Mercosul.

“Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, estes absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

Riedel ainda criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul.

 “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Estes absurdos comerciais trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Indignada com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve se reunir com a embaixada da França no Brasil e cobrar explicações sobre os boicotes de grandes companhias francesas ao agronegócio brasileiro.

 “Queremos que ele explique a eterna objeção da França ao acordo entre Mercosul e União Europeia e essa ameaça de boicote, totalmente descabida, à carne do Brasil e do Mercosul pelo Carrefour francês”, disse a senadora.

Ainda segundo a senadora de Mato Grosso do Sul, não há razão justificável para o boicote e ela afirmou que as medidas são injustas para o mercado brasileiro.


“Não há qualquer razão real, a não ser o protecionismo francês a seus produtos, que recebem altos subsídios, para essas medidas injustas, que merecem mais do que indignação, merecem resposta recíproca”, defendeu.

 

Entenda o que está acontecendo e o que está por trás do boicote 

Na última quarta-feira (20), o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e normas francesas, o que vinha afetando os produtores locais. Ele também declarou que a rede na França não comercializaria mais carne proveniente do Mercosul.

As declarações de Bompard geraram uma crise sem precedentes na economia brasileira e devem afetar as vendas do grupo Carrefour no Brasil no início da próxima semana, tanto no varejo quanto no Atacadão, caso a rede não consiga reverter o problema. O Atacadão, a maior empresa de atacarejo do país, é controlado pelo Carrefour.

Conforme informações de fontes ouvidas pelo O Globo, Bompard afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o "desânimo e a raiva" dos agricultores franceses, que têm protestado contra a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os protestos, que já duram meses e têm incomodado o governo francês, são organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA) e pelos Jovens Agricultores (JA), com bloqueios de rodovias e outras manifestações, iniciadas na última segunda-feira (18).

Conforme informações do site especializado Farmnews, apesar de a França ter comprado menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil, o agronegócio brasileiro teme que o boicote acabe incentivando a adesão de outros países devido a pressões locais.

Seguindo a mesma linha do Carrefour Global, outro grande grupo varejista francês, o Les Mousquetaires, publicou em suas redes sociais que o CEO do grupo, Thierry Cotillard, afirmou que as unidades das marcas Intermarché e Netto se comprometeram a não comercializar carne da América do Sul.

Ainda conforme a publicação de Cotillard, a medida visa à soberania alimentar e ao apoio aos agricultores franceses. Ele também solicitou uma mobilização coletiva nesse sentido.

 “Faço um apelo às indústrias para que demonstrem o mesmo nível de comprometimento e transparência quanto à origem da matéria-prima utilizada”, escreveu Cotillard. 


O que está por trás do boicote?

Conforme informações obtidas pelo O Globo, os movimentos dos grupos varejistas e dos agricultores franceses têm como pano de fundo as discussões sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. As conversas e negociações duram há vários anos, e a questão agrícola sempre foi um ponto de confronto importante.

“Em toda a França, ouvimos a confusão e a raiva dos agricultores em relação ao projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e ao risco de transbordar no mercado francês de uma produção de carne que não respeita suas exigências e padrões”, escreve Bompard. “É fazendo um bloqueio que podemos tranquilizar os produtores franceses. No Carrefour, estamos prontos para isso”, disse Bompard anunciando o boicote à carne brasileira. 

A nota, no entanto, não foi bem recebida pelos agricultores e pelo governo brasileiro. Apesar das declarações de Bompard não deixarem claro se o boicote também se aplicaria às redes do Carrefour no Brasil, elas deixaram os produtores rurais indignados, que afirmaram ter iniciado a organização de um boicote contra a empresa.

 

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Loterias

Aposta de MS leva fatia da Lotomania em concurso que azarado embolsou mais de R$ 100 mil

Azarado não acertou nenhum número e faturou, enquanto apostador de Corumbá vai dividir prêmio de mais de R$ 219 mil

23/11/2024 20h30

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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Para quem pensa que apostar em jogos das Loterias Caixa depende apenas de sorte, na Lotomania, concurso 2701, um azarado não acertou nenhum número e levou mais de R$ 10m mil.

O sorteio foi realizado na sexta-feira (22), com prêmio estimado em R$ 1,5 milhão, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Entre os premiados está um apostador de Corumbá, que fez a “fézinha” na Lotérica Corumbaense. Ele bateu na trave com 19 acertos e ficou entre os seis jogadores que vão dividir R$ 219.541,14.

As outras apostas foram feitas no Rio de Janeiro (RJ), com dois acertadores, em Presidente Prudente (SP), Bela Vista da Caroba (PR) e Brasília (DF). Cada um vai receber R$ 36.590,19.

Azar bom para o bolso

Entre os sortudos, um jogador de Florianópolis (SC), com nenhum acerto em um jogo de 50 dígitos, embolsou R$ 109.770,60, simplesmente por ser a única pessoa que não acertou nenhum número no jogo.

Nesse caso, não ter sorte fez bem para a conta bancária.

Os números da Lotomania 2701 foram:

  • 68 - 13 - 19 - 63 - 54 - 39 - 09 - 25 - 46 - 01 - 05 - 58 - 89 - 07 - 11 - 29 - 27 - 56 - 66 - 55

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2702

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 25 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2702. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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