Economia

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Entenda o que muda com a regulação do mercado de carbono em MS

O mercado de carbono foi criado para forçar as economias a reduzirem as emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), que são responsáveis pelo aquecimento da terra e impulsionam a atual crise climática

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Está em vigor no Brasil o mercado de créditos de carbono. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, na última quinta-feira (12), a lei que regulamenta o setor e cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece tetos para emissões e um mercado de venda de títulos.

O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). 

O mercado de carbono foi criado para forçar as economias a reduzirem as emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), que são responsáveis pelo aquecimento da terra e impulsionam a atual crise climática marcada por eventos extremos de calor, chuvas e secas.

O objetivo é incentivar a redução das emissões de carbono na atmosfera, atendendo a determinações da Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.187, de 2009) e de acordos internacionais firmados pelo Brasil.

De acordo com o Projeto de Lei (PL) nº 412/2022, ficam sujeitas ao Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) empresas e pessoas físicas que emitem acima de 10 mil toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e) por ano. Esses operadores devem monitorar e informar suas emissões e remoções anuais de gases de efeito estufa. Quem emitir mais de 25 mil tCO2e por ano também deve comprovar o cumprimento de obrigações relacionadas à emissão de gases.

Um acordo foi firmado com a Frente Parlamentar da Agropecuária, que sugeriu emendas ao texto, em que foi adicionado um novo parágrafo que não considera a produção primária agropecuária como atividade, fonte ou instalação regulada e submetida ao SBCE. Outro dispositivo aprovado retira do sistema as emissões indiretas decorrentes da produção de insumos ou de matérias-primas agropecuárias.

Os gases do efeito estufa lançados na atmosfera vêm aumentando desde a Revolução Industrial (séculos 18 e 19), principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis.

Essa é uma das principais preocupações de cientistas, sociedades e governos que vêm mobilizando os encontros sobre o clima desde a Eco 92, que ocorreu no Rio de Janeiro, passando pelo Protocolo de Quioto, em 1997, até o Acordo de Paris, de 2015.

No MS

Em Mato Grosso do Sul, mesmo com o agronegócio ficando de fora do projeto de lei que regulamenta o mercado de crédito de carbono no Brasil, algumas propriedades rurais do Estado poderão ganhar com a medida, impactando apenas a indústria, pois o agro, temendo-se ter muito carbono emitido para compensar, ficou para uma segunda etapa. 

Propriedades do Estado poderão ter a ganhar, principalmente, as que têm reserva de mata acima do mínimo legal previsto no Código Florestal, as que têm o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) ou as propriedades rurais que integram a cadeia de produção de celulose.

O mercado de carbono permite que empresas e organizações compensem as suas emissões de gases de efeito estufa fazendo aquisições de créditos gerados por projetos que promovem esta redução, buscando, assim, neutralizar suas emissões.

No País, as estimativas apontam para uma geração de receitas com créditos de carbono na casa dos US$120 bilhões até 2030, conforme aponta estudo da Câmara de Comércio Internacional (ICC). Como reflexo, a expectativa é de gerar 8,5 milhões de empregos até 2050 em todo o Brasil.

Carbono neutro 2030

De acordo com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, o Plano Estadual MS Carbono Neutro – PROCLIMA, tem por objetivo estabelecer um conjunto de ações e medidas de responsabilidade do poder público, das atividades econômicas e da sociedade em geral para que, no âmbito do território sul-mato-grossense, as emissões de gases de efeito estufa sejam neutralizadas a partir de 2030, antecipando assim, em 20 anos, a meta de 2050, estabelecida no Acordo de Paris.

De acordo com o Plano, no prazo de 6 anos, o Governo de Mato Grosso do Sul irá atingir o estágio de Estado com Emissão Líquida Zero (ELZ), ou Carbono Neutro, por meio de ações coordenadas e integradas e na adoção de medidas contundentes no âmbito dos seguintes eixos temáticos:

  • a) No Agronegócio: com ações concentradas no efetivo manejo dos solos, na redução dos níveis de fermentação entérica, no manejo de dejetos suínos e no controle da queima de resíduos agrícolas;
  • b) Na Mudança no Uso da Terra e Florestas: com a adoção de medidas para a devida restauração de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais, à redução dos incêndios em áreas nativas e florestas plantadas, à redução do desmatamento legal ou ilegal, e ao investimento em Floresta Plantada;
  • c) Na Energia: com a redução das emissões geradas pela queima de combustíveis e ao apoio à produção de energia renovável;
  • d) No Tratamento de Resíduos: com ações destinadas à promoção de programas de controle de efluentes líquidos e sólidos;
  • e) Nos Processos Industriais: referente ao estímulo a programas de eficiência energética e incentivo à utilização de energias renováveis nos processos de produção industriais.

Créditos de carbono

Nascido em 1997, por meio do Protocolo de Kyoto, os créditos de carbono servem como uma espécie de moeda que representa queda e/ou remoção do dióxido de carbono emitido na atmosfera. 

Com essa possibilidade de "negociar" as emissões, os créditos e compensações servem para governos e empresas compensarem suas emissões, comercializados como num grande mercado.  

Há vantagens nesse modelo, que começam com o estímulo às reduções dessas emissões; passam por promover tecnologias ecológicas na cadeia produtiva, mas que também encontra adversidades para sua manutenção. 

Entre os problemas do modelo, cabe apontar que as quantidades reais de emissões, sem a devida supervisão, podem ser facilmente subestimadas e falsificar as emissões dos créditos. 

Além de levantar a dúvida sobre o "direito de poluir" já que é possível "bancar as emissões poluentes", e também quanto à como funcionaria esse monitoramento no Estado, no sistema em geral há dúvidas quanto: 

  • Altos Valores; 
  • Licenças burocráticas; 
  • Reflexos desiguais entre as classes, etc. 

**Colaborou Evelyn Thamaris e Leo Ribeiro** 

Vale do Citro

Com lei contra murta, outra gigante da citricultura chega a MS

O governador Eduardo Riedel esteve reunido com a equipe da Citrosuco nesta terça-feira (17), e o polo da empresa será instalado na Costa Leste do Estado

17/12/2024 19h20

Reprodução

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O governador Eduardo Riedel participou de uma reunião, na tarde desta terça-feira (17), com representantes da empresa Citrosuco, uma das maiores do mundo na área de suco de laranja. O 'azeitamento' com a gigante do citros ocorre 13 dias após a concessão do benefício fiscal para produtores de citrocultura. 

Ainda, com o endurecimento da lei que proíbe a comercialização e plantio a murta, que é uma planta hospedeira do psilídeo-dos-citros - inseto que se alimenta da seiva das plantas cítricas e transmite a bactéria causadora do greening -, o Estado despontou para se tornar o "vale dos citros".

Já o benefício fiscal foi concedido por meio de decreto aos produtores do setor como forma de incentivo que visa a expansão da atividade agrícola de plantar e cultivar frutas cítricas. 

Segundo o governo, esse decreto chega para incentivar a implantação e expansão da atividade agrícola no Estado, do qual seu desenvolvimento está associado ao "clima, bom ambiente de produção e uma legislação rígida, com 'tolerância zero' a doença de greening, que vem devastando plantações e pomares no mundo todo".

Como bem acompanhou o Correio do Estado após fenômeno da celulose, citricultura é a "bola da vez" em Mato Grosso do Sul.

Gigante Mundial

A empresa, que possui polos em São Paulo e Minas Gerais, será a próxima a abrir uma unidade em Mato Grosso do Sul. Riedel esteve com responsáveis comerciais da Citrosuco, que, em 2023, tinha projeção de faturamento de R$ 5 bilhões.

A sede do grupo fica em Matão, no interior de São Paulo, e a empresa é controlada pelos grupos Fischer (Citrosuco) e Votorantim (Citrovita), uma fusão que resultou na maior empresa de processamento de suco do mercado mundial.

“O Brasil responde por 75% do total de suco de laranja do mundo. E são duas grandes indústrias, a Citrosuco e a Cutrale, grandes exportadores que dominam o mercado mundial. A Citrosuco veio ao Mato Grosso do Sul porque precisa expandir sua área de produção de laranja, assim como a Cutrale está fazendo”, explicou o secretário Jaime Verruck (Semadesc).

Fotos: Bruno Rezende

Condições Favoráveis

Além de ter ajustado a questão da proteção dos produtores de citros, o secretário destacou que o Estado possui perfil para atrair empresas do ramo justamente pelo espírito empreendedor e ambiente de negócios favorável.

“Outra questão é que eles precisam de disponibilidade de água. Então, aqui também encontram um sistema de outorga claro e adequado. Além disso, com a questão da infraestrutura, conforme os empreendimentos são realizados, nós temos um fundo para tratar exatamente desse ponto. O governador destacou ainda a questão da mão de obra: nós estamos numa situação de pleno emprego, mas temos um programa de qualificação adequado”, disse Verruck.

Novo Polo

Inicialmente, a previsão é de que o empreendimento seja instalado na Costa Leste, entre Campo Grande, Três Lagoas e Paranaíba.

O governo do Estado reforçou que tem feito o “dever de casa”, oferecendo condições favoráveis para maiores investimentos no setor. Foram trabalhadas questões como:

  • Infraestrutura;
  • Logística;
  • Escoamento da produção;
  • Mediação na questão energética.


“As pessoas sempre perguntam se vai ter indústria. Sim, na hora em que tivermos acima de 32 milhões de hectares de laranja, vai ter. Nós entendemos que o processo da industrialização é natural. Neste momento, precisamos ainda ampliar a nossa base de produção de laranja e verificar a base produtiva”, afirmou o secretário da Semadesc.

** Colaborou Felipe Machado,  Súzan Benites e Evelyn Thamiris

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Loterias

Resultado da Timemania de hoje, concurso 2181, terça-feira (17/12)

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

17/12/2024 19h18

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2181 da Timemania na noite deste terça-feira, 17 de dezembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 100 mil.

Confira o resultado da Timemania de hoje!

Os números da Timemania 2181 são:

  • 43 - 08 - 30 - 35 - 65 - 36 - 27

  • Time do coração: Tocantinópolis / TO

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2182

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quinta-feira, 19 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2182. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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