Economia

FOLHA DE PAGAMENTO

Governo de MS antecipa salário em nove dias e servidor pode sacá-lo nesta sexta-feira

De bolso cheio, funcionário público poderá presentear familiares e amigos neste Natal e colocar as contas em dia

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O salário do servidor público de Mato Grosso do Sul, referente ao mês de dezembro, estará disponível para saque nesta sexta-feira (23). O salário foi depositado na conta nesta quinta-feira (22).

Geralmente, servidores estaduais recebem o pagamento no dia 1º de todo mês. Mas, desta vez, o salário será adiantado e pago nove dias antes do previsto.

Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que o objetivo é encerrar seu mandato com todas as contas pagas em dia.

Isso nunca ocorreu em um fim de mandato, de nenhum governante de Mato Grosso do Sul. A opção de pagar o salário de dezembro antes do Natal é para que o servidor tenha condição de ter o salário antes das festas”, afirmou Azambuja em 7 de dezembro de 2022, durante evento no Sebrae-MS.

Serão desembolsados R$ 432,2 milhões para pagamento de 85 mil servidores públicos, entre ativos e inativos, que são aqueles que trabalham atualmente, já se aposentaram ou são pensionistas.

Ao todo, o funcionário público receberá três pagamentos apenas neste mês: salário referente ao mês de novembro, restante do décimo terceiro e remuneração referente ao mês de dezembro.

 

De bolso cheio

A segunda parcela do 13º salário foi depositada em 6 de dezembro. O benefício injetou R$ 257,8 milhões na economia.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a primeira foi paga em 6 de julho deste ano, com montante de R$ 208,9 milhões.

O salário referente ao mês de novembro foi pago em 1º de dezembro, com montante de R$ 257,8 milhões. O valor da folha de pagamento, referente ao salário de dezembro, é de R$ 436,6 milhões.

Somadas, as três folhas injetaram R$ 1,1 bilhão na economia, em valores líquidos.

Portanto, o servidor público está de bolso cheio e poderá presentear familiares e amigos neste Natal, além de colocar as contas em dia.

O pagamento do 13º salário, festividades de fim de ano, lojas abertas até mais tarde e melhora da pandemia incentivam o consumidor à ir as compras.

Números divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS) revelam que 86,3% dos consumidores pretendem adquirir produtos em lojas físicas.

Os presentes preferidos são roupas, calçados e acessórios (68,8%), brinquedos (45,5%), móveis e eletrodomésticos (5,4%) e celulares e notebooks (3,2%).

De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), trocas de presentes e festejos natalinos devem movimentar R$ 272,497 milhões na economia em Campo Grande e R$ 816 milhões em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, somente o Natal é responsável por aproximadamente R$ 186 milhões e o Ano Novo R$ 86,5 milhões.

Economia

Tudo sobre o imposto mínimo global que começará a vigorar no Brasil em 2026

A medida provisória que institui a cobrança do tributo complementar sobre o lucro de empresas que atuam no país.

04/10/2024 23h00

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O Brasil deu início à implantação do imposto mínimo global sobre grandes multinacionais, nesta quinta-feira (3), com a publicação de uma MP (medida provisória) que institui a cobrança do tributo complementar sobre o lucro de empresas que atuam no país.

O QUE É O IMPOSTO MÍNIMO?

O Brasil faz parte de um acordo global, envolvendo mais de 140 países, para cobrar um imposto mínimo de 15% sobre o lucro das maiores multinacionais do planeta, conforme regras definidas pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). São alcançadas empresas com faturamento global a partir de 750 milhões de euros, cerca de R$ 4 bilhões, considerando pelo menos dois dos quatro anos fiscais imediatamente anteriores ao analisado.

QUEM JÁ COBRA ESSE TRIBUTO?

A maior parte das grandes economias mundiais já implementou ou está implementando essa tributação mínima a partir deste ano. Em 2024, 36 jurisdições já adotaram os 15%, e outras 20 vão cobrar a partir de 2025, cobrindo 90% dessas companhias.

QUEM TEM PRIORIDADE PARA FAZERA A COBRANÇA?

A prioridade de cobrar o imposto é do país no qual ocorre a tributação abaixo desse percentual. Se a empresa não recolher o tributo mínimo sobre seu lucro no Brasil, por exemplo, o país sede da companhia poderá fazê-lo.

QUIAS AS EMPRESAS QUE PODEM SER TRIBUTADAS? 

A Receita Federal afirma que o Brasil tinha 7,9 milhões de companhias ativas em 2022, entre companhias brasileiras e internacionais. Há 8.704 na faixa de faturamento da nova regra, mas apenas 957 pagam menos de 15% de tributos sobre o lucro (0,01% do total). A maioria são multinacionais estrangeiras. Cerca de 20 empresas têm majoritariamente 
capital nacional.

COMO É FEITO ESSE CÁLCULO?

A empresa vai apurar seu lucro anual no Brasil e verificar qual foi a tributação efetiva. Se o percentual estiver abaixo de 15%, a diferença será tributada com um adicional de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Se a alíquota efetiva for de 10%, por exemplo, serão cobrados mais 5% sobre o mesmo valor.

QUE IMPOSTO É ESSE?

A CSLL é uma contribuição destinada à seguridade social e que incide sobre o lucro líquido. Sua arrecadação fica toda com o governo federal. A maioria das grandes empresas é tributada com 9% de CSLL e 15% de Imposto de Renda sobre o lucro, mas benefícios fiscais, brechas na legislação e outros artifícios fazem com que a alíquota total efetiva média fique abaixo de 20%, segundo a Receita.

QUANDO O BRASIL COMEÇA A COBRAR O TRIBUTO?

O adicional da CSLL foi instituído pela medida provisória 1.262, publicada nesta quinta-feira (3), que dá ao Brasil o direito de exercer a prioridade na cobrança do tributo complementar sobre o lucro das multinacionais que atuam no país. Ele começa a valer em janeiro de 2025. Como a apuração é anual, o primeiro pagamento será feito em 2026.

QUAL A ARRECADAÇÃO ESPERADA? 

A expectativa do governo de arrecadação com a MP é de R$ 3,4 bilhões em 2026, R$ 7,3 bilhões para 2027 e de R$ 7,7 bilhões a partir de 2028.

HÁ ALGUM ALÍVIO NESSE IMPOSTO?

A norma prevê um abatimento com base no valor dos investimentos feitos no país e no tamanho da folha de pagamento. Também há regras para preservar o efeito gerado por alguns benefícios fiscais (não todos), o que ajuda a preservar, por exemplo, os incentivos na região amazônica e no Nordeste (áreas da Sudam e Sudene).

HAVERÁ AUMENTO DE CARGA TRIBUTÁRIA PARA A EMPRESA? 

A Receita diz que não haverá aumento de carga, pois se a empresa não pagar o imposto aqui será tributada em outro país.

 

*Informações da Folhapress 

Economia

Governo Lula institui tributação mínima de 15% para multinacionais no Brasil

Medida provisória foi publicada na noite desta quinta (3); país segue União Europeia, Reino Unido e outras grandes economias

04/10/2024 21h00

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou uma Medida Provisória que cria no Brasil o chamado imposto mínimo global. O objetivo da nova tributação é garantir uma tributação mínima efetiva de 15% sobre os lucros de empresas multinacionais.

A MP foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) desta quinta-feira (03). A nova tributação faz parte da estratégia do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de aumentar a arrecadação e proteger o Brasil contra a chamada erosão da base tributária provocada por mecanismos usados pelas empresas para pagar menos impostos.
O imposto global já entrou em vigor em janeiro deste ano na União Europeia, no Reino Unido e em outras grandes economias.

A decisão de enviar a regulamentação ao Congresso foi antecipada pela Folha de S.Paulo. Em princípio, o governo não espera arrecadação em 2025 com a nova tributação, mas essa possibilidade não está totalmente descartada. Em 2026, a projeção inicial é de uma arrecadação de R$ 3,4 bilhões. O valor esperado para 2027 é de R$ 7,3 bilhões.

A MP cria um adicional à CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), que tem como finalidade garantir a efetividade da alíquota mínima de 15%. Essa tributação adicional visa evitar que as empresas se beneficiem da baixa tributação em outros países, como os paraísos fiscais, para escaparem da cobrança dos impostos.

O percentual do adicional da CSLL será calculado como a diferença entre 15% e a alíquota efetiva aplicada em cada país (jurisdição tributária). Caso a alíquota efetiva seja menor, será aplicada essa diferença aos lucros excedentes da empresa.
A MP estabelece uma série de novas diretrizes para adaptar a legislação tributária brasileira às chamadas Regras GLOBE (Regras Globais Contra a Erosão da Base Tributária. Essas regras foram criadas pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e pelo G-20 para garantir a tributação sobre os lucros de empresas multinacionais.

O governo optou pela CSLL, tributo cuja arrecadação fica toda com a União e não é dividida com estados e municípios, como ocorre com o Imposto de Renda.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, já se antecipou e publicou também no DOU uma Instrução Normativa regulamentando o adicional da CSLL.

A tributação será aplicada a grupos de empresas multinacionais que tenham auferido receita anual consolidada de 750 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões) ou mais, em pelo menos dois dos últimos quatro anos. O grupo inclui empresas e seus estabelecimentos permanentes em diferentes países, abrangendo entidades localizadas fora do país da empresa-mãe.
Parte do lucro, correspondente a investimentos em ativos e empregados locais, poderá ser excluída do cálculo do adicional, reduzindo o montante sobre o qual o adicional será aplicado.

As empresas que não apresentarem as informações necessárias no prazo ou que o fizerem de maneira incorreta estarão sujeitas a multas. As penalidades podem chegar a 0,2% da receita total do ano por mês de atraso, limitadas a 10% ou R$ 10 milhões, e 5% do valor omitido ou incorreto, com uma multa mínima de R$ 20 mil.

O assunto vinha sendo discutido no governo desde o ano passado, com o objetivo de alinhar o país ao acordo firmado por cerca de 140 economias e que tem o apoio da OCDE.

No mês passado, em entrevista à Folha de S.Paulo, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, falou sobre a adoção no país de um imposto mínimo global, que garante a cobrança de uma alíquota efetiva de 15% sobre o lucro das multinacionais -o acordo internacional sobre o tema entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano.

A OCDE, que conduziu as reformas, estima que isso aumentará a receita tributária anual em até 9%, ou US$ 220 bilhões em todo o mundo.

"No caso do Brasil, embora a soma das alíquotas nominais máximas dos tributos sobre a renda das pessoas jurídicas seja de 34%, a alíquota efetiva paga pelas maiores empresas, frequentemente, é inferior aos 15% do lucro societário", escreveu Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional, em texto publicado neste ano na Folha de S.Paulo.
A ideia central é evitar uma movimentação de planejamento tributário das grandes empresas para fugir da tributação. Para a sua implementação, os fiscos dos países construíram um sistema para permitir esse trabalho, como o compartilhamento de informação, de quanto foi cobrado em cada lugar.

O imposto sobre as multinacionais faz parte de uma cesta de medidas previstas para aumentar a arrecadação nos próximos anos.

Também nesta quinta-feira, a Fazenda informou que espera arrecadar mais de R$ 16 bilhões em 2025 com uma MP que evita uma redução do pagamento de tributos pelos bancos. A medida visa também ajudar nas contas públicas.

A receita extra dos bancos não estava prevista no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária) de 2026, o que vai permitir abrir um espaço adicional do Orçamento de 2025 e ajudar a equipe econômica entregar a meta de déficit zero do ano que vem.
 

*Informações da Folhapress 

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