Economia

MAIS RIGOR

Governo quer elevar para 31%
transporte de carga por ferrovias

Cobrança de mais investimentos deverá ocorrer neste ano, assim como expansões nos trechos

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O governo de Jair Bolsonaro planeja reduzir a forte dependência do Brasil do transporte rodoviário de cargas, construindo mais ferrovias e fazendo com que as atuais operadoras invistam em expansões enquanto assinam a renovação de concessões. A informação foi repassada pelo secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Vasconcelos, em entrevista a Brasilagro. A Rumo e a Vale, por exemplo, esperam renovar a concessão de ferrovias neste ano, mas terão de fazer mais investimentos.

O maior rigor com o processo é uma marca do governo federal e deve beneficiar Mato Grosso do Sul, já que a Rumo é uma das empresas que devem ter maior cobrança para melhorias nos trechos, entre eles o da Malha Oeste. 

Até 2025, o governo espera dobrar a parcela de carga movida por ferrovias de 15% para 31%. A Vale e a Rumo já concordaram e seus contratos só precisam de aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). O presidente Jair Bolsonaro está impulsionando o PPI, lançado em 2016 pelo governo de Michel Temer para tentar melhorar a infraestrutura deficiente que aumenta o custo de exportação de soja e outros produtos.

Para melhorar as viagens aéreas para turismo, agricultura e indústria petrolífera, 20 aeroportos serão leiloados em 15 de março, como planejado, em três blocos regionais.

Reunião

A reativação da malha de mais de mil quilômetros paralisada desde 2015 deverá entrar hoje na pauta da reunião entre o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Apostando no interesse do governo federal em investir em logística, a administração estadual luta para viabilizar duas rotas bioceânicas que passam por Mato Grosso do Sul. Os traçados ferroviário e rodoviário que vão dar mais competitividade ao Centro-Oeste do Brasil.

“Hoje, vamos discutir essa questão de desenvolvimento com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas”, adiantou o governador. “A maior parte de nossas exportações vai para a Ásia. E quando saímos pelo Oceano Atlântico, damos uma volta pelo canal do Panamá ou pela Argentina. Isso significa milhares de quilômetros a mais do que pelo Oceano Pacífico”, explicou.

Azambuja participa também de reunião do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, que vai definir hoje o novo presidente do bloco. Depois da eleição, os gestores vão indicar secretários estaduais para o Conselho Administrativo do consórcio e vão tratar das perspectivas para 2019. Estão na pauta temas sobre mercado comum do Brasil Central; desenvolvimento integrado; competitividade; produtividade; infraestrutura; logística; e transportes.

Prioridades

Outras ferrovias que estão na mira do governo são a Ferrogrão, que levará 10 anos para ser construída. O trecho vai de Sinop (MT) até Miritituba (PA), no Rio Tapajós, de onde as barcas transportarão colheitas para transbordo na Amazônia e para os mercados internacionais.

As ferrovias Fico e Fiol vão conectar a produção agrícola à linha Norte-Sul e aos portos do Atlântico, com capacidade para movimentar 8 milhões de toneladas de grãos por ano.

De acordo com Vasconcelos os projetos ferroviários Ferrogrão e Fiol, que atendem o cinturão central de grãos, estarão prontos para licitações este ano ou no início de 2020. O investimento chinês seria “muito bem recebido” em projetos de infraestrutura brasileiros, disse Vasconcelos.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o agora presidente Jair Bolsonaro criticou a China por “comprar” o Brasil. Mas Vasconcelos esclareceu que ele se referia a ativos estratégicos e “meios de produção”, como terras agrícolas.

Economia

Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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