Economia

redução

Depois do arroz, Governo zera imposto de importação da soja e do milho

Medidas são temporárias e têm o intuito de conter a alta dos preços até janeiro de 2021

Continue lendo...

Maior exportador mundial de soja, o Brasil decidiu suspender a cobrança de impostos de importação do grão, bem como do farelo e do óleo de soja, até 15 de janeiro de 2021. 

A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, se aplica também à importação de milho, cuja alíquota de importação será zerada até 31 de março do próximo ano.

As medidas temporárias foram foram aprovadas ontem (16), durante reunião do Comitê Executivo de Gestão - órgão da Camex responsável por, entre outras coisas, estabelecer o percentual ou valor aplicado no cálculo de um tributo e formular diretrizes da política tarifária na importação e na exportação.

A proposta de reduzir as alíquotas da soja partiu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enquanto o Ministério da Economia propôs à Camex que zerasse o tributo cobrado das importações de milho como forma de conter a alta de preços dos alimentos.

No fim de setembro, quando teve início o plantio da safra de soja para 2020/2021, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) estimou que a área semeada com a principal commoditie brasileira deve aumentar 3,8% em comparação ao ciclo 2019/2020, e que a produção crescerá 3,4% relação ao período anterior, podendo superar 129 milhões de toneladas.

De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a soja em grãos, o farelo de soja e o milho estão entre os cinco principais produtos exportados pelo Brasil durante o mês de setembro, junto com o açúcar de cana em bruto e a carne bovina in natura

Somados, os cinco produtos representam mais da metade (55,4%) de toda a exportação nacional mensal – que foi 4,8% superior ao resultado do mesmo mês de 2019. 

Além disso, a soja em grãos ocupa o topo do ranking dos produtos exportados que o país vendeu para outras nações entre janeiro e setembro, com um acréscimo de US$ 5,9 bi em relação ao período anterior, o que representa um ganho da ordem de quase 28%.

Arroz

No começo de setembro, o governo já havia adotado medida semelhante em relação ao arroz em casca e beneficiado, cujo imposto de importação foi zerado até 31 de dezembro deste ano

Na ocasião, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a medida era necessária para tentar conter a alta do preço do produto e evitar um eventual desabastecimento.

“As medidas que podiam ser tomadas, foram tomadas, para fazer a estabilidade e o equilíbrio para esse produto", disse a ministra em um vídeo publicado em suas redes sociais. “O Brasil abriu mão, tirou a alíquota de importação, para que o produto [arroz] de fora pudesse entrar e trazer um equilíbrio para os preços", argumenta. 

"Abrimos somente uma cota, porque não temos necessidade de muito arroz, mas isso é uma cota de reserva, para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai ser equilibrado, e que o produto continuará na gôndola para todos os brasileiros", disse Tereza Cristina, à época.

LEVANTAMENTO

Mato Grosso do Sul pode "ganhar" R$ 871 milhões com a guerra tributária

Estudo elaborado pela UFMG aponta que o incremento é motivado pelo aumento das exportações das oleaginosas

23/04/2025 08h30

MS pode

MS pode "ganhar" R$ 871 milhões com a guerra tributária Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul vai ser beneficiado em R$ 871 milhões nas exportações com a guerra tributária entre os Estados Unidos e a China, segundo levantamento computacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esse incremento é motivado principalmente pelo comércio externo de oleaginosas e da agropecuária.

O grupo de pesquisa do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada (Nemea) do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (Cedeplar) da UFMG preparou modelos de equilíbrio geral computável (EGC), a fim de analisar os desenvolvimentos de tarifas comerciais entre os dias 7 e 11, acompanhando as medidas propostas e realizando estimativas de impacto no Brasil, nos estados e na economia mundial.

Os principais elementos do exercício de simulação foram: a elevação das tarifas dos EUA das importações da China para 145% e de 10% para os demais países; a elevação para 25% da tarifa de importações de automóveis e aço nos EUA, de qualquer país; e a elevação de tarifas da China das importações dos EUA para 125%. 

De acordo com os pesquisadores Edson Paulo Domingues, João Pedro Revoredo Pereira da Costa e Aline Souza Magalhães, o impacto global da guerra tarifária representaria uma queda de 0,25% no Produto Interno Bruto (PIB) global, equivalente a uma perda de US$ 205 bilhões. Além da perda de atividade, o comércio mundial também seria prejudicado, reduzido em 2,38%, equivalente a perdas na ordem de US$ 500 bilhões.

No Brasil, no impacto agregado na produção setorial brasileira, os pesquisadores afirmam que, “embora ocorram ganhos de exportações na agropecuária, outros setores sofreriam perdas significativas. O industrial seria o mais afetado, demonstrando um impacto adverso considerável na economia brasileira”.

IMPACTOS

As repercussões das medidas tarifárias entre os EUA e a China na economia brasileira seriam muito diferenciadas.

“Os resultados mostram que os efeitos de elevações de exportações seriam limitados a poucos setores (sementes oleaginosas, vestuário, computadores, produtos minerais, etc.). O incremento de importações seria um fenômeno mais generalizado, em produtos agrícolas e industriais, pois as medidas de tarifas afetariam de forma relevante os preços internacionais. O resultado em termos de produção depende desses impactos e dos deslocamentos de fatores entre os setores”, destacam os pesquisadores.

Eles ainda frisam que, “na maioria dos casos, o efeito na produção seria negativo, com destaque para equipamentos de transporte. O impacto positivo mais relevante ocorreria em sementes oleaginosas 
(soja) e derivados de petróleo”.

O estudo mostra que a agropecuária teria um incremento de R$ 6,642 bilhões, enquanto a indústria perderia R$ 6,409 milhões e os serviços teriam uma retração de R$ 2,203 milhões, com um saldo negativo para 
o Brasil de R$ 1,970 bilhão.

REGIÕES

Na estimativa de impactos nos estados, quanto maior produtor e exportador de oleaginosas, especificamente a soja, maior o ganho para a unidade da Federação. Por isso, há um saldo positivo nos estados do Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul. 

Mato Grosso do sul deve ter um ganho de R$ 871 milhões, enquanto Goiás pode ficar com R$ 778 milhões. Bem mais acima está Mato Grosso, com uma estimativa de lucrar R$ 5,352 bilhões.

Na Região Sul, o estudo aponta que terão incremento de receita os estados do Paraná (R$ 706 milhões) e do Rio Grande do Sul (R$ 573 milhões). No Nordeste, os estados da nova fronteira agrícola também terão saldo positivo. São eles: Maranhão (R$ 1,319 bilhão), Piauí (R$ 952 milhões) e Bahia (R$ 123 milhões). Na Região Norte, o estado do Tocantins vai ter um incremento de R$ 251 milhões.

Já a Região Sudeste teria as maiores perdas, dado o efeito na produção industrial e na entrada de importações. No estado de São Paulo, o impacto corresponderia a uma perda de R$ 4,167 bilhões, enquanto Minas Gerais teria uma redução de R$ 1,16 bilhão. Os ganhos no Centro-Oeste praticamente equivalem as perdas estimadas no Sudeste.

Em suas redes sociais, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou que o Centro-Oeste, como um todo, teria ganhos expressivos no PIB, diretamente relacionados à produção agrícola.

“Mato Grosso do Sul, com sua forte presença na produção de soja, carne bovina e outras commodities, seria diretamente beneficiado pelo aumento das exportações e pela melhora nos preços relativos desses produtos”, disse.

Ainda de acordo com o secretário, o movimento compensaria, inclusive, as perdas industriais em outras regiões do País, como a Sudeste.

“O impacto positivo no PIB estadual de estados agroexportadores, como os do Centro-Oeste, reforça o papel estratégico de Mato Grosso do Sul no comércio exterior em um cenário de reconfiguração das cadeias globais”, concluiu Verruck.

RELAÇÃO COMERCIAL

Conforme adiantou o Correio do Estado no mês passado, o tarifaço de 10% sobre as exportações brasileiras aos EUA, anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, impacta em um mercado de US$ 669,5 milhões anuais – o valor ultrapassava os R$ 3,7 bilhões.

Esse é o volume que o setor produtivo de MS vendeu para os EUA durante todos os meses de 2024. O volume financeiro das vendas para o país norte-americano aumentou 28,3% nesse período, em comparação à movimentação de 2023, quando os EUA compraram US$ 522 milhões em produtos sul-mato-grossenses.

Pouco mais da metade das compras norte-americanas de produtos de MS é de proteína animal: aproximadamente 60% do total. Também tem uma participação significativa no comércio com os EUA a celulose, além de óleos e gorduras, tanto animais quanto vegetais.

Colaborou Súzan Benites

Assine o Correio do Estado

loteria

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3373, terça-feira (22/04): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

23/04/2025 08h20

Resultado da Lotofácil

Resultado da Lotofácil Divulgação

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3373 da Lotofácil na noite desta terça-feira, 22 de abril de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 4 milhões. Quatro pessoas acertaram todos os números e dividiram o prêmio.

  • 15 acertos - 4 apostas ganhadoras (R$ 1.097.857,53 cada);
  • 14 acertos - 418 apostas ganhadoras (R$ 2.234,63 cada);
  • 13 acertos - 15.862 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 196.796 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 1.038.713 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada).

Sete apostas de MS acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3373 são:

  • 15 - 19 - 17 - 06 - 04 - 14 - 12 - 24 - 03 - 23 - 10 - 22 - 01 - 13 - 21

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3374

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 23 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 3374. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).