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Juro para pessoa física é o menor em 16 anos

Juro para pessoa física é o menor em 16 anos

Redação

28/07/2010 - 05h11
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Brasília

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, informou ontem que a taxa de juros média para pessoas físicas, que recuou de 41,5% para 40,4% ao ano entre maio e junho, atingiu em junho seu nível mais baixo da série histórica, iniciada em 1994.
Segundo ele, essa queda está relacionada a um processo de migração dos tomadores de crédito de linhas mais caras, como cheque especial, para as mais baratas, como crédito pessoal. Como o cálculo dos juros médio é feito a partir de média ponderada, esse processo de migração reduz os juros mesmo com algumas modalidades, como o próprio cheque especial, tendo alta nas taxas.
Apesar da redução no juro médio, Altamir destacou que enxerga uma tendência de acomodação no crédito para pessoas físicas, mas evitou estender a associação para a economia mais geral. Ele associou a acomodação à política monetária, que nos últimos meses tem se tornado mais restritiva. Relatório divulgado mostra que a média diária de concessão de novos empréstimos para as famílias caiu 0,5% em junho na comparação com maio, a terceira vez nos últimos quatro meses.
“O crédito para pessoa física cresce com uma taxa mais baixa, inferior à vista nas operações para empresas. Há sinais de alguma acomodação nas operações para as famílias”, disse Altamir. Para ele, “é natural” que haja redução no ritmo do crédito após meses de forte crescimento das operações de crédito nos últimos meses.
Além desse movimento, o chefe do Departamento Econômico do BC observa que houve migração de alguns consumidores, que deixaram linhas de crédito mais caras e aderiram às operações mais baratas, como o crédito pessoal ou consignado.
Essa migração, segundo ele, colaborou na redução da taxa média praticada pelas instituições financeiras em junho. A taxa anunciada pelo BC é ponderada conforme o volume das operações e do juro cobrado em cada linha de crédito. Assim, se mais clientes tomarem empréstimos em operações baratas, a taxa média cai no período.
Apesar dessa avaliação, dados do próprio BC mostram que a média diária de novos empréstimos cresceu apenas nas linhas mais caras, como o cheque especial (+1,3% na comparação com maio) e cartão de crédito (+0,4%). As linhas mais baratas, como o crédito pessoal (-2,4%) e financiamento de veículos (-3%), mostraram retração na média diária de novas contratações.

Inadimplência em queda
A inadimplência geral do sistema financeiro nacional (que considera os créditos com recursos livres e direcionados) em junho ficou em 3,7%, ante 3,8% em maio, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central.
“A inadimplência do sistema como um todo é baixa e tem trajetória cadente”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Considerando apenas o crédito livre, o índice de calotes em junho foi de 5%, sendo que a taxa para as pessoas físicas, que ficou em 6,6%, foi a mais baixa desde outubro de 2005.

Juro médio
O juro médio cobrado no crédito livre ficou 34,6% ao ano em junho. A taxa foi inferior à praticada em maio, quando era de 34,9%. Há um ano, em junho de 2009, os bancos cobravam, na média, 36,6%. Nas operações para empresas, a tendência foi oposta ao verificado no caso das pessoas físicas - a taxa passou de 26,9% para 27,3%.
Lopes disse que a carteira de crédito com recursos livres cresceu 2,2% em julho até dia 15. Segundo ele, a expansão foi liderada pelos empréstimos às empresas, que tiveram expansão de 2,4% no período. As linhas para pessoas físicas avançaram 1,8%.
Entre as operações para as famílias, a aquisição de veículos foi a que apresentou maior corte de juros, de 24,8% para 23,6%. Já o cheque especial passou de 160,3% para 165,1%. Para empresas, a linha que mais subiu foi a conta garantida, que passou de 81,2% para 85%.
A média da concessão de empréstimos voltou a crescer em junho. Dados divulgados pelo Banco Central nesta terça mostram que, na média, a concessão diária de novos financiamentos somou R$ 8,212 bilhões em junho, valor 2,5% acima do observado em maio. Naquele mês, a média havia ficado estável na comparação com abril. No acumulado do ano, a média de novas concessões cresceu 9,2% e em 12 meses, há expansão de 13,1%.

Economia

Salário mínimo passa para R$ 1.518 a partir desta quarta

Novo valor está de acordo com limites fixados pelo Congresso Nacional

01/01/2025 15h15

Valor representa aumento de R$ 106 em relação a 2024

Valor representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Brasil tem desde esta quarta-feira (1º de janeiro) um novo valor de R$ 1.518 para o salário mínimo, o que representa aumento de R$ 106 em relação a 2024 (R$ 1.412).

Segundo o governo federal, o novo valor incorpora a reposição de 4,84% da inflação de 12 meses apurada em novembro do ano passado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 2,5% de ganho real.

O reajuste está de acordo com a nova regra aprovada pelo Congresso Nacional que condiciona a atualização do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Por essa nova norma - válida entre 2025 e 2030 - o salário mínimo terá ganho real de 0,6% a 2,5%.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela regra anterior o reajuste deveria ser a reposição da inflação mais 3,2% (variação do Produto Interno Bruto em 2023).

O reajuste menor vai afetar a remuneração de 59 milhões pessoas que têm o rendimento ligado ao valor do salário mínimo, como empregados formais, trabalhadores domésticos, empregadores, trabalhadores por conta própria e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Impacto direto

O valor do salário mínimo tem impacto direto em despesas do governo federal como os pagamentos das pessoas aposentadas ou pensionistas, cerca de 19 milhões; de quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mais de 4,7 milhões; dos trabalhadores com carteira dispensados do serviço, cerca de 7,35 milhões que acionaram o seguro-desemprego (dado de julho de 2024); e os trabalhadores que têm direito ao abono salarial (PIS-Pasep), cerca de 240 mil pessoas no ano passado.

A empresa Tendências Consultoria, de São Paulo, estima que a nova política de reajuste de salário mínimo vai gerar R$ 110 bilhões de economia dos gastos públicos até 2030, sendo que R$ 2 bilhões são previstos em 2025.

Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve 77% de ganho real (acima da inflação). Essa política de reajuste ficou interrompida entre 2018 e 2022. O salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.

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Cinco das oito apostas vencedoras da Mega da Virada são de bolões

O bolão com maior número de cotas premiadas foi feito em Osasco, na região metropolitana de São Paulo; o jogo teve 56 cotas e cada uma terá direito a R$ 1.418.495,90

01/01/2025 13h30

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Cinco das oito apostas vencedoras da Mega da Virada foram feitas por meio de bolões. O sorteio da bolada de R$ 635.486.165,38 ocorreu na noite desta terça-feira (31), no último dia de 2024. A premiação é a maior da história, já com correção da inflação na comparação com os sorteios anteriores.

Segundo a Caixa Econômica Federal, responsável pela loteria especial, os bolões com os seis números sorteados acertados foram feitos em Brasília (2), Curitiba, Osasco (SP) e Pinhais (PR). As apostas individuais ganhadoras são de Nova Lima (MG), Curitiba e Tupã (SP).

Cada aposta vencedora vai levar um prêmio de R$ 79.435.770,67. No caso dos bolões, o valor vai ser dividido pelo número de cotas de cada um.

O bolão com maior número de cotas premiadas foi feito em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. O jogo teve 56 cotas e cada uma terá direito a R$ 1.418.495,90.

O prêmio é pago individualmente para o dono de cada um das cotas do bolão, que precisam resgatar o dinheiro em uma agência da Caixa Econômica Federal.

Veja os bolões premiados
- Brasília: 3 cotas, com prêmio de R$ 26.478.590,22 para cada uma
- Brasília: 30 cotas, com prêmio de R$ 2.647.859,02 para cada uma
- Curitiba: 28 cotas, com prêmio de R$ 2.836.991,81 para cada uma
- Osasco (SP): 56 cotas, com prêmio de R$ 1.418.495,90 para cada uma
- Pinhais (PR): 50 cotas, com prêmio de R$ 1.588.715,41 para cada uma

Os números da Mega da Virada sorteados nesta terça foram: 01 - 17 - 19 - 29 - 50 - 57.

Quem acertou as cinco dezenas também vai passar 2025 com mais dinheiro na conta. É o caso de 2.201 sortudos. Cada um receberá R$ 65.895,79; outras 190.779 pessoas acertaram quatro números e vão levar R$ 1.086,04.
Nunca na história da Mega da Virada, que começou a ser sorteada no atual modelo em 2009, houve apenas um ganhador.,

O apostador tem até 90 dias para sacar o prêmio. Caso não faça isso, a pessoa perde o direito ao dinheiro, que é repassado ao Tesouro Nacional, para aplicação no Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

Foi o que aconteceu com uma aposta de São Paulo na Mega da Virada de 2020. O ganhador ou ganhadora não apareceu para retirar R$ 162,6 milhões (em valores da época, sem correção) e o prêmio, que prescreveu, se tornou o maior valor esquecido por um apostador em loterias no Brasil.

O ganhador de prêmio bruto até R$ 2.259,20 pode sacar o dinheiro em qualquer casa lotérica credenciada, com apresentação de comprovante de identidade original com CPF e recibo de aposta original e premiado. A partir desse valor, o saque ocorre apenas em uma agência da Caixa.

Se você não foi um dos sortudos, sua próxima chance será no sábado (4), quando será sorteado o concurso 2811 da Mega-Sena tradicional, com premiação principal estimada em R$ 3,5 milhões.
 

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