Economia

PANTANAL

La Niña deve afetar navegabilidade de rios depois de junho

Estiagem na Bacia do Rio Paraguai está completando três anos; previsão indica que período de seca vai ser intenso

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As previsões do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec) indicam que o sistema hidroviário no Estado logo poderá voltar a sofrer os impactos do período de seca, com reflexo na navegabilidade dos rios.  

Dados divulgados neste mês do monitoramento mensal das secas apontam que o efeito La Niña vai seguir até maio, ocasionando chuvas abaixo da média ao menos nos dois próximos meses.

O período de maior estiagem passou a ser sentido principalmente no fim de 2019 e prosseguiu pelos anos seguintes, causando um efeito cascata.  

Este é o terceiro ano de seca mais severa registrado no Estado, e a redução das chuvas fez com que o nível do Rio Paraguai, principal sistema hidroviário em Mato Grosso do Sul, sofresse com a redução do calado e o impedimento de navegação com níveis comerciais em 2020, 2021 e já com previsão de ocorrência neste ano.

“A previsão indica manutenção do La Ninã até maio (80%) e, provavelmente, influenciará nas condições de tempo no outono. Durante a atuação do La Niña, tende a ocorrer uma maior frequência de massas de ar frio. Sendo assim, as chuvas devem ficar abaixo da média climatológica para abril-maio-junho”, detalhou nota do Cemtec.  

O efeito La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico de resfriamento das águas do Oceano Pacífico e que, por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam o regime das chuvas.

RETOMADA BREVE

Conforme empresas que atuam em Corumbá e Porto Murtinho, o nível mínimo para navegação deve ser de 1,5 metro.  

A região de Ladário, onde se encontra o principal terminal do Centro-Oeste, a Granel Química, é um dos pontos do Rio Paraguai onde o calado para navegação tem sido mais afetado nesses três últimos anos.

Mesmo após um período de chuvas mais constantes em Cáceres, onde é a foz do rio, esse volume de água só chegou para a região de fronteira do Brasil com a Bolívia no começo de fevereiro, permitindo a retomada segura da navegação comercial. 

Mesmo assim, o registro na régua indicado pela Marinha é abaixo do que já foi medido em anos anteriores, exceto 2020, quando houve uma seca mais rigorosa.

Na região do porto da Granel Química, a estrutura serve tanto para o Brasil como para a Bolívia. 

O país vizinho tem no Rio Paraguai o seu principal meio de escoamento de produtos por meio hidroviário. A principal carga carregada é o minério de ferro, mas há também combustível sendo transportado por esse modal.

NAVEGAÇÃO

Por enquanto, o prognóstico de chuva mais escassa é motivo de manter as empresas que operam na região sob alerta, mas o transporte segue ocorrendo.  

Se não fosse pelas condições climáticas e os impactos no nível do rio, o transporte de cargas manteria uma tendência de maior crescimento. Isso, pelo menos, é o que indica relatório da Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq).

Relatório da autarquia federal indicou que, mesmo com o nível mais baixo dos rios ao longo de todo o ano de 2021, houve crescimento no volume movimentado nos períodos de operação.  

“As instalações da Região Centro-Oeste movimentaram 3,9 milhões de toneladas no período (2021) e, com isso, registraram crescimento de 25% em relação a 2020. O Terminal Privado da Granel Química, em Ladário (MS), que teve em parte sua operação afetada pela seca do Rio Paraguai, movimentou um milhão de toneladas no ano, aumento de 171,4% no comparativo”, apontou a agência no relatório.

Os dados identificados no ano passado, porém, não deixaram rastro para o começo deste ano.  

Com o prognóstico do Cemtec de dificuldade de aumento considerável do nível do Rio Paraguai, além de questões extras, como impactos econômicos no Brasil e no exterior, este ano começou com movimentação mais baixa no principal porto do Centro-Oeste.  

A Antaq contabilizou que, em janeiro e fevereiro, o porto da Granel Química registrou uma queda de 93% no volume embarcado (11.870 toneladas).  

O outro porto da região, o Porto Gregório, que fica no município de Corumbá e é utilizado exclusivamente pela Vale para embarque de minério de ferro, tem atuado de forma diferente do outro terminal.  

Mesmo com a baixa do nível, a empresa está utilizando o modal com embarcações com menor capacidade de transporte. Apesar dessa estratégia, houve redução de 46,85% no volume embarcado (194.631 toneladas) no começo deste ano (janeiro).

Navegação e o período de seca no Rio Paraguai

O nível mínimo para ocorrer a navegação comercial é de 1,5 m

2022

4,58 m era o nível em Cáceres (MT) no dia 22 de março de 2022.

1,74 m era o nível em Ladário no dia 22 de março de 2022.

2,51 m era o nível em Porto Murtinho no dia 22 de março de 2022.

 

2021

3,00 m em Cáceres.

1,75 m em Ladário.

3,06 m em Porto Murtinho.

 

2020

3,20 m em Cáceres.

1,68 m em Ladário.

2,72 m em Porto Murtinho.

 

2019

4,34 m em Cáceres.

2,48 m em Ladário.

6,16 m em Porto Murtinho.

 

2018

4,23 m em Cáceres

4,10 m em Ladário

6,06 m em Porto Murtinho

LOTERIA

Resultado da + Milionária de ontem, concurso 200, quinta-feira (21/11): veja o rateio

A + Milionária tem dois sorteios semanais, às quartas e sábados, sempre às 20h; foi excepcionalmente antecipada devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, veja quais os números sorteados no último concurso

22/11/2024 08h05

Confira o resultado da +Milionária

Confira o resultado da +Milionária Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realiza o sorteio do concurso 200 da + Milionária na noite desta segunda-feira, 21 de novembro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorre no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 24 milhões. Nenhum apostador acertou seis números e dois trevos e o prêmio acumulou em R$ 25 milhões.

  • 6 acertos + 2 trevos - Não houve acertador;
  • 6 acertos + 1 ou nenhum trevo - Não houve acertador;
  • 5 acertos + 2 trevos - Não houve acertador;
  • 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 11 apostas ganhadoras (R$ 25.054,24 cada);
  • 4 acertos + 2 trevos - 89 apostas ganhadoras (R$ 1.020,85 cada);
  • 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 940 apostas ganhadoras (R$ 96,65 cada);
  • 3 acertos + 2 trevos - 1.473 apostas ganhadoras (R$ 50,00 cada);
  • 3 acertos + 1 trevo - 10.076 apostas ganhadoras (R$ 24,00 cada);
  • 2 acertos + 2 trevos - 10.347 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 2 acertos + 1 trevo - 72.721 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Confira o resultado da + Milionária de hoje! Os números da + Milionária 200 são:

  • 10 - 07 - 22 - 39 - 05 - 28

  • Trevos sorteados: 3 - 5 

O sorteio da + Milionária é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficoal da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: + Milionária 201

Como a + Milionária tem dois sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 23 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 201. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da + Milionária é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 6,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher de 6 a 12 números dentre as 50 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

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ECONOMIA

Arrecadação federal em outubro fecha com maior resultado em 30 anos

Arrecadação foi de R$ 247,92 bilhões

21/11/2024 21h00

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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A arrecadação federal total cresceu 9,77% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta quinta-feira (21) a Receita Federal. No mês, a arrecadação foi de R$ 247,92 bilhões, enquanto em outubro do ano passado somou R$ 225,9 bilhões, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). É o maior resultado já registrado para meses de outubro desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos.

No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,217 trilhões, representando um acréscimo de 9,69%, descontado o IPCA. Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, no mês de outubro, foi de R$ 225,23 bilhões, representando um acréscimo real de 9,93%. No período acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação alcançou R$ 2,1 trilhões, registrando acréscimo real de 9,70%.

De acordo com a Receita, o resultado da arrecadação pode ser explicado, principalmente, “pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior”.

Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 7,40% na arrecadação do período acumulado e de 8,87% na arrecadação do mês de outubro.

Em relação ao PIS/Pasep e a Cofins houve uma arrecadação conjunta de R$ 47,19 bilhões, representando crescimento real de 20,25%.

Segundo o órgão, esse desempenho é explicado pela combinação dos aumentos reais de 3,89% no volume de vendas e de 4,02% no volume de serviços de setembro de 2023 a setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), e pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, pelo aumento no volume de importações e pelo desempenho positivo das atividades financeiras.

No período de janeiro a outubro, o PIS/Pasep e a Cofins apresentaram um crescimento real de 19,39%, totalizando uma arrecadação de R$ 444,7 bilhões. Esse resultado decorre, principalmente, do aumento real de 3,95% no volume de vendas e de 2,5% no volume de serviços entre dezembro de 2023 e setembro deste ano, em relação ao período compreendido entre dezembro de 2022 e setembro de 2023.

Também influenciou no resultado, o aumento no volume de importações e de alterações na legislação, com destaque para a retomada da tributação sobre os combustíveis, cuja base se encontrava desonerada no ano anterior, e para a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições.

Os dados mostram que o Imposto sobre Importação e o Imposto sobre Produtos Industrializados Vinculado à Importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 11,12 bilhões, representando crescimento real de 58,12%.

O aumento expressivo é resultado dos aumentos reais de 22,21% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 11,04% na taxa média de câmbio, de 30,35% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,23% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

De janeiro a outubro, a arrecadação conjunta dos tributos foi de R$ 87,5 bilhões, representando crescimento real de 28,97%. Esse resultado também decorreu dos aumentos reais de 9,40% no valor em dólar sobre o volume das importações, de 5,41% na taxa média de câmbio, de 20,06% na alíquota média efetiva do Imposto sobre Importação e de 8,84% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

Já no que diz respeito à Receita Previdenciária, outubro apresentou uma arrecadação de R$ 54.2 bilhões, o que representa um crescimento real de 6,25%.

“Esse resultado se deve ao crescimento real de 6,86% da massa salarial, de 9,79% na arrecadação do Simples Nacional Previdenciário e de 10,86% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no comparativo de outubro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior”, disse a Receita.

No período de janeiro a outubro, a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 539.6 bilhões, com crescimento real de 5,77%. O resultado se deve ao crescimento real de 7,20% da massa salarial e de 12,77% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a outubro de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A arrecadação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) apresentou, no período de janeiro a outubro, um aumento real de 16,85%, em função da atualização de bens e direitos no exterior, que somou R$ 7,7 bilhões. No período, a Receita arrecadou R$ 62,16 bilhões.

Em outubro, a Receita informou que a arrecadação do IRPF foi de R$ 4,9 bilhões, crescimento de 6,71%, resultante, principalmente, do aumento real de 6,93% na arrecadação relativa às quotas-declaração e de 17,46% na arrecadação proveniente do carnê-leão.

O Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) apresentaram, em outubro, um crescimento de 4,29%, somando uma arrecadação conjunta de R$ 57,349 bilhões.

O desempenho pode ser explicado pelos acréscimos reais de 9,15% na arrecadação do balanço trimestral, de 8,8% no lucro presumido e de 22,06% na arrecadação do item Lançamento de ofício, depósitos e acréscimos legais.

No período de janeiro a outubro, a arrecadação do IRPJ foi de R$ 284,3 bilhões e da CSLL foi de R$ 151,5 bilhões, o que representa aumentos de 0,49% e de 3,42%, respectivamente.

*Com informações da Agência Brasil

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