Nunca se contratou tantos trabalhadores com carteira assinada em Mato Grosso do Sul como em fevereiro deste ano. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Pela primeira vez na história, mais de 40 mil pessoas começaram um novo emprego no Estado em um mesmo mês. Para ser mais exato, 41.338 trabalhadores tiveram suas carteiras assinadas.
No mesmo mês, o total de demissões foi de 33.005 pessoas, resultando em um saldo de 8.333 vagas geradas no mercado de trabalho, o maior saldo mensal da história, outro recorde em Mato Grosso do Sul.
O estoque de contratos com carteira assinada, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), atingiu 681.857, outro número nunca alcançado antes.
Todos os setores que constam no Caged tiveram bom desempenho, mas os números superlativos foram garantidos pelo setor de serviços, que empregou 16.014 pessoas no mês passado, demitiu outras 12.353 e fechou com um saldo de 3,6 mil, quase 40% do total.
Dentro do setor de serviços, o subgrupo composto pela administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais puxou o bom desempenho na criação de novas vagas. Foram 3.963 contratações nesse segmento, 2.423 demissões e um saldo (total de vagas criadas) de 1.513 novos postos de trabalho.
Em termos de escala, o subgrupo do setor de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e serviços sociais contratou 6.067 pessoas, desligou 5.049 e gerou um saldo de 1.018 vagas.
Na sequência, ainda dentro do setor de serviços, aparece o subgrupo de transporte armazenagem e correio, com 521 vagas criadas, diferença das 2.565 contratações e das 2.044 demissões.
O segmento de alojamento e alimentação gerou 229 vagas (2.182 contratações e 1.953 demissões) e a rubrica outros serviços criou 381 vagas, oriunda da diferença das 1.264 contratações e das 882 demissões.

Outros segmentos
O segundo maior saldo foi garantido pela agropecuária. Em fevereiro, auge da colheita de soja e mês com bom desempenho nos abates, o setor gerou 1.822 vagas de trabalho. Foram 6.302 contratações e 4.480 demissões.
A indústria chegou a contratar mais do que a agropecuária, 6.567 pessoas, mas o número maior de demissões em relação ao outro setor (5.388) fez com que o saldo ficasse em 1.179.
Construção civil e comércio tiveram desempenho semelhante, com geração de 855 e 816 novos postos de trabalho, respectivamente.
O comércio, porém, tem uma escala de contratações e desligamentos muito maior: foram 9.503 pessoas com emprego novo e 8.687 demissões no período. A construção, por sua vez, contratou em fevereiro 2.952 pessoas e demitiu 2.097.
Campo Grande
O mercado de contratações e geração de emprego na Capital também teve bom desempenho em fevereiro. No mês passado foram criadas 2.624 vagas em Campo Grande, total resultante da diferença entre as 14.710 admissões e as 12.086 demissões.
O total de pessoas trabalhando com carteira assinada, também chamado de “estoque”, chegou a 251.033.