Economia

Combustível

Mesmo com imposto zerado, preço do diesel não caiu

Reajustes praticados pela Petrobras tiraram o efeito de medidas do governo federal; gasolina ficou mais cara

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Os aumentos sucessivos por parte da Petrobras no preço dos combustíveis fizeram com que o decreto do governo federal que zerou os tributos sobre estes produtos tivesse praticamente nenhum efeito. 

A medida está em vigor desde o dia 1º, e o diesel, por exemplo, só ficou em média R$ 0,03 mais barato nas bombas em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).  

Já a gasolina sofreu efeito inverso. Na semana retrasada ela custava em torno de R$ 5,42 e aumentou para R$ 5,62. Esta conta leva em consideração os preços em mais de 50 postos nas principais cidades do Estado. Isso quer dizer que, na prática, o produto pode ser encontrado bem mais caro, beirando os R$ 6.

Últimas notícias

Dados disponíveis no site da estatal brasileira apurados até o dia 8 informam que na composição do preço da gasolina os tributos federais correspondem a 12,7% do valor cobrado do consumidor. Levando em consideração a apuração da ANP, chega-se à conclusão de que o decreto deveria reduzir o preço médio do produto para algo em torno de R$ 4,73.  

Porém, no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a medida, a Petrobras reajustou o valor do produto nas refinarias em 4,7%. No dia 9 houve mais um aumento. 

Considerando os dois reajustes, o acréscimo girou em torno dos R$ 0,30 por litro, tomando por base as planilhas disponibilizadas pela própria estatal em seu site (que desconsideram os tributos). Já no caso do diesel, a Petrobras afirma que os tributos federais respondem por uma fatia de apenas 0,4%. O peso das altas foi na ordem de R$ 0,20.

Em ambos os casos, vale destacar que as alterações práticas nos valores cobrados variam de distribuidora para distribuidora. A equipe de reportagem considerou as distribuidoras mais utilizadas por Mato Grosso do Sul, como a de Paulínia (SP).

CONTA NÃO FECHA?

O doutor em economia Mateus Boldrini Abrita ressalta que existem vários fatores que interferem no preço dos combustíveis cobrado dos consumidores, ou seja, não são apenas os tributos que ajudam a deixá-los mais caros. 

O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, mas não no refino da matéria-prima. Assim, é necessário muitas vezes importar o combustível processado. Como os valores são negociados em dólares, a alta da moeda americana ante o real também cobra a sua parte. 

“Além disso, existem outras questões envolvidas na precificação, como, por exemplo, a matriz energética”, comenta o doutor em economia.

Dessa forma, Abrita acredita que há outras formas além da redução fiscal para se discutir a política de preços dos combustíveis utilizada atualmente no Brasil. Uma delas é o próprio papel da Petrobras no mercado. Outras opções seriam regulação do setor e debates sobre a concorrência e o sistema de importações e exportações.

O economista Daniel Amorim afirma que não é tão fácil fazer com que esse tipo de baixa chegue ao consumidor final, uma vez que a cadeia do produto é grande. Além disso, a taxação estadual de impostos é bastante alta, em torno de 30%. 

"Nesse mercado de combustíveis, o efeito de preço e demanda é muito sensível no sentido de aumento, mas não de baixa. Sobe que nem foguete e cai que nem uma pena. A própria cadeia não é eficiente para repassar a baixa, pois é uma oportunidade das empresas ganharem mais e isso faz com que a queda seja pequena na ponta”, disse ao Correio do Estado.

Amorim entende que existem duas formas de fazer com que o preço da gasolina caia na prática. Uma delas seria uma reforma na forma como tributos são cobrados sobre o produto. "À medida que você taxa um bem que tem muito uso, tem uma arrecadação imensa. É por isso que os combustíveis são visados, pelo poder de arrecadação que eles têm. Então reduzi-la seria uma possível solução", diz o economista.

Um segundo ponto seria investir em uma cadeia de produção de outros combustíveis que pudessem concorrer de igual maneira com a gasolina ou investir em tecnologias de motores brasileiros que pudessem utilizar essas fontes de energia. 

PETROBRAS

A estatal afirma, por meio do site oficial, que os preços estão relacionados à paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam.

“O preço de venda às distribuidoras não é o único determinante do preço final ao consumidor. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras podem ou não refletirem no preço final, que incorpora tributos e repasses dos demais agentes do setor de comercialização: distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis, entre outros”, afirma Mateus Abrita.

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 784, sexta-feira (12/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

13/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 784 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras, R$ 818,92
  • 4 acertos - 417 apostas ganhadoras, R$ 66,77
  • 3 acertos - 3.543 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 784 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 0
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 5
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 3
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 785

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 15 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 785. O valor da premiação está estimado em R$ 500 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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