Economia

CONTROLE ACIONÁRIO

MP paulista entra na disputa bilionária pela Eldorado em MS

Dependendo da decisão judicial, uma das empresas poderá ter direito a indenizações por perdas e danos que podem chegar a R$ 6 bilhões.

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 Depois de uma reclamação da Eldorado, o Ministério Público de São Paulo se manifestou na disputa pelo comando da companhia entre a J&F, dos irmãos Batista, e o grupo indonésio Paper Excellence. É a primeira vez que o poder público interfere na briga empresarial. 

No pedido, a Eldorado reclamou que o desembargador Franco de Godoi não poderia ter determinado a transferência das ações da Eldorado em posse da J&F para a Paper porque, naquele momento, havia uma discussão sobre quem é o desembargador do caso em tramitação no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Em março, Franco de Godoi, relator original do caso, havia determinado a transferência do controle da Eldorado para a Paper.
A J&F recorreu da decisão. Teve início uma série de petições questionando quem seria o responsável por julgar o caso até que, no início deste ano, o desembargador José Carlos Costa Netto enviou a controvérsia para a turma especial. Nada foi decidido até o momento.

Nesta quarta (24), no entanto, a procuradora do MP de São Paulo Leila Mara Ramacciotti saiu em defesa de Franco de Godoi.
Ela afirma que a reclamação da Eldorado não encontra base no Código de Processo Civil e que a decisão do desembargador Franco de Godoi "não atravessou competência no TJSP, muito menos violou a autoridade de Costa Netto". 

Para a procuradora, a reclamação da Eldorado demonstra "repetido inconformismo" e a tentativa de alteração da decisão de Franco de Godoi "por meio de inadequada instância revisora".

Enquanto o caso não é solucionado, J&F e Paper Excellence seguem protocolando recursos em diversas esferas do Judiciário para determinar quem será o vencedor da disputa que envolve mais de R$ 15 bilhões.

Como mostrou o Painel S.A., da Folha de S.Paulo, as companhias também se enfrentam em dois processos de arbitragem. Um deles, conduzido pela CAM-Mercado, câmara ligada à B3, analisa supostos abusos praticados pelos conselheiros da Eldorado.

A outra arbitragem, já encerrada, definiu a quem pertence o controle da Eldorado vendido pela J&F para a Paper, mas que, por supostos descumprimentos de cláusulas contratuais, se tornou uma batalha jurídica.

O grupo indonésio venceu o processo, mas a J&F foi à Justiça questionar a suspeição dos árbitros.Dependendo da sentença definitiva deste caso, uma das empresas poderá ter direito a indenizações por perdas e danos que, estima-se, sejam de cerca de R$ 6 bilhões.

Procuradas, nenhuma das três companhias quiseram comentar o caso.
 

cooperativismo

Gigante do agro chega a mais três municípios de MS

Cooperativa paranaense, que já tinha 14 unidades de recebimento de grãos no Estado, passa a atuar também em Maracaju, Chapadão do Sul e Costa Rica

22/09/2024 19h10

Cooperativa não informou o valor do investimento, mas deixou claro que pretende comprar mais soja para a indústria que ativou no Paraná

Cooperativa não informou o valor do investimento, mas deixou claro que pretende comprar mais soja para a indústria que ativou no Paraná

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Com faturamento anual da ordem de R$ 25 bilhões, a cooperativa paranaense C.Vale, a segunda maior do país, anunciou a ativação de mais três unidades de recebimentos de grãos em Mato Grosso do Sul, ampliando suas atividades para 15 municípios, onde passa a ter 17 unidades de recebimento de grãos. Além disso, tem um supermermercado em Rio Brilhante.

Com a ampliação, ela passa a atuar em três dos maiores produtores de grãos do Estado, em Maracaju, Chapadão do Sul e em Costa Rica. E, além de comprar grãos, ela atua na venda de sementes e fertilizantes, ampliando a concorrência do setor nestas regiões.

O foco principal, conforme deu a entender comunicado da cooperativa feito na última sexta-feira (20), será a compra de soja, que será destinada à esmagadora que a cooperativa inaugurou em novembro do ano passado em Palotina, na região oeste do Paraná. As atividades da indústria começaram em junho deste ano.Na esmagadora foram investidos R$ 1 bilhão e a capacidade é para processamento de até 22 milhões de sacas por ano, ou 1,3 milhão de toneladas, o que corresponde a cerca de 10% de toda a produção de Mato Grosso do Sul.

Juntos, os três municípios cultivam soja em mais de meio milhão de hectares, o que equivale a mais de 10% de toda a área cultivada em Mato Grosso do Sul. Mas, levando em consideração que ela já estava em outros 14 municípios, a cooperativa, que chegou ao Estado em 2001, está presente  em todas as regiões. 

Porém, por enquanto não chegou a municípios como Sidrolândia, Ponta Porã e São Gabriel do Oeste, que estão entre os dez maiores produtores de grãos do Estado

Em Maracaju, maior produtor de grãos do Estado, são cultivados em torno de 330 mil hectares de soja por ano, conforme dados relativos a 2022. Em Chapadão do Sul, que tem território menor, a soja ocupa uma média anual de 105 mil hectares. Em Costa Rica, por sua, vez são em torno de 85 mil hectares com a oleaginosa. 

Em Costa Rica, a unidade de recebimento de grãos da C.Vale fica na BR-359, Km 12, sentido Alto Taquari (região de Baus), ao lado do Auto Posto Baus. A cooperativa também adquiriu uma unidade de recebimento de grãos no quilômetro 12 da BR-359, em Costa Rica, divisa com Goiás. 

Em Maracaju, a estrutura fica a 16 quilômetros da sede do município, às margens da BR-267, sentido a Rio Brilhante. No município de Chapadão do Sul, a unidade ocupa 12 hectares no quilômetro 123 da MS-306. 

Além do Paraná e MS, a cooperativa, que nasceu em 1963 em Palotina, atua também em em Mato Grosso, Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Paraguai. Ao todo, tem tem 196 unidades de negócios, mais de 28 mil associados e mais de 14 mil funcionários. Em média, compra em torno de 6 milhões de toneladas de grãos por ano, entre soja, milho e trigo. 
 

Unidades de grãos em MS

Amambai
Antônio João
Aral Moreira
Bandeirantes
Caarapó
Chapadão do Sul*
Costa Rica*
Fátima do Sul
Indápolis
Itaporã
Maracaju*
Naviraí II
Rio Brilhante
Tacuru
Tacuru II
Vila Vargas (Dourados)
Vila Vargas II (Dourados)
 
 

PESQUISA

Na região com as maiores tarifas do país, MS é o 6° Estado que mais busca por economia de energia

A região do Centro-Oeste e do Norte do Brasil lideram o ranking de procuras online para economizar e reduzir os valores da conta de luz

22/09/2024 10h30

Entre os Estados do Centro-Oeste, o Mato Grosso do Sul é o segundo que mais pesquisa por soluções econômicas para gastar menos com a conta de luz

Entre os Estados do Centro-Oeste, o Mato Grosso do Sul é o segundo que mais pesquisa por soluções econômicas para gastar menos com a conta de luz Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Entre os Estados com a tarifa de energia mais cara do pais, o Mato Grosso do Sul é o sexto Estado brasileiro que mais busca através de pesquisas online por economia de energia.

A pesquisa feita pela empresa Descarbonize Soluções aponta que o Estado têm um alto índice de buscas no Google, na procura de dicas para economizar no uso energia, e consequentemente, diminuir o valor pago pela conta de luz.

De acordo com a pesquisa, o Estado do Amapá lidera na lista de consumidores que buscam economizar energia no país, Roraima e Rondônia completam o pódio. 

Mesmo que os estados que lideram o ranking estejam localizados, principalmente, no norte do país, quando se fala de região, o estudo mostra que a Centro-Oeste é a que lidera o pódio de buscas no Google por economia de energia.

Entre os Estados do Centro-Oeste, o Distrito Federal é o que mais busca na internet por alternativas de economia de energia, e logo atrás, em segundo, está o Mato Grosso do Sul. O estudo considera o período de um ano de levantamento, no intervalo entre agosto de 2023 a julho de 2024.

Tatiane Fischer, CMO da Descarbonize Soluções, analisa os rankings em comparação às taxas de energia. “Os números fazem ainda mais sentido quando se relaciona o ranking com as tarifas energéticas dos estados do Brasil. As regiões Norte e Centro-Oeste realmente estão entre as que possuem as taxas mais altas do país. Os rankings refletem a necessidade da população das regiões que pagam mais pela luz em encontrar formas de poupar energia e dinheiro com essas contas”, disse Tatiane.

Para o desenvolvimento da pesquisa, foram levantados os volumes de busca no Google no último ano para termos relacionados à economia de energia. Foram percebidos como os mais utilizados os seguintes termos: economia na conta de luz, economizar na conta de luz, economizar luz, economia de energia, economizar energia, como economizar energia e como economizar luz.

IMPACTOS DO CLIMA

De acordo com a empresa Descarbonize Soluções, que realizou este levantamento, o aumento da conta de energia é uma resposta às condições climáticas atuais do Brasil.

Com a previsão de chuvas inferiores à média para setembro e os reservatórios das hidrelétricas estando abaixo de seus níveis padrões, em função da seca, o país precisa recorrer ao uso de suas termelétricas, que geram energia de forma mais cara e menos eficiente.

Esse valor adicional é repassado para a população através da conta de luz, resultando em um aumento significativo para o consumidor final.

“Este é um período em que é normal acontecer alguns ajustes tarifários em função dos efeitos climáticos. Em breve, entraremos também no verão, e a conta de luz segue sendo uma vilã nas casas brasileiras em função da maior utilização de eletrodomésticos como ares condicionados e ventiladores. Com essas previsões, e com o cenário ambiental em estado crítico, a energia solar segue sendo a alternativa mais interessante”, explica Fischer.

AUMENTO DO CONSUMO

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em pesquisa realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, no mês de maio, Mato Grosso do Sul apareceu como o estado que registrou o maior aumento no consumo de energia elétrica do país

Devido às fortes ondas de calor e escassez de chuva, todos os estados apresentaram um aumento significativo no consumo de eletricidade.

No ranking nacional, MS apareceu em 1° com 13,3% de aumento no consumo, logo em seguida está o estado do Paraná (10,7%), São Paulo (10,3%) e Amazonas (8,9%). Rondônia e Rio Grande do Sul tiveram queda no consumo em -2,6%. 

Em Mato Grosso do Sul, o consumo foi de 592 mw, enquanto a geração registrou 753 mw. 

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