Economia

balanço

PIB estadual aumenta em R$ 76,3 bilhões em oito anos

Governador Reinaldo Azambuja apresentou números de sua gestão e destacou o crescimento da economia de Mato Grosso do Sul no período de 2015 a 2022

Continue lendo...

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), apresentou ontem (27) o balanço de sua gestão nos últimos oito anos. Conforme os dados apresentados, o Estado quase dobrou seu Produto Interno Bruto (PIB) durante o período.

Em 2014, a soma de todas as riquezas geradas pelo Estado era de R$ 78,9 bilhões, e em 2022 a estimativa é de fechar o ano em R$ 155,2 bilhões – são R$ 76,3 bilhões a mais, ou 96,7%.

A “receita do sucesso”, conforme o gestor, foi cortar gastos e investir em obras, geração de empregos e justiça social.

“Crescemos mesmo na crise econômica e na pandemia. Avançamos em empregos, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. Isso é resultado de um trabalho feito a várias mãos, com os servidores públicos e uma participação importante do setor privado”, afirma Azambuja.

Ainda de acordo com o governador, o Estado tem o maior investimento per capita do Brasil.

“Tínhamos um PIB per capita de R$ 31,3 mil por habitante e vamos fechar 2022 ultrapassando R$ 43 mil por habitante, isso é muito importante, isso é aquela curva crescente que dobrou o tamanho do Estado em oito anos. O PIB é a riqueza gerada por todos nós, todos os segmentos, e a gente conseguiu fortalecer vários segmentos econômicos”, contextualiza.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente em 2022, Mato Grosso do Sul deve crescer o triplo da média nacional. O Brasil deve fechar o ano com crescimento de 1,5%. Já o Estado projeta finalizar 2022 com 4,66%.

Para o futuro, Azambuja acredita que a tendência é continuar com o bom desempenho. Ele reforça que o Estado deve continuar sendo indutor de crescimento, sobretudo fortalecendo a renda da população. 

“Concluímos todas as obras inacabadas e todas as obras que vão ficar em execução, e olha que são muitas obras, vamos passar para o governador eleito, Eduardo Riedel, todas vão ficar com os recursos na conta. A gente deve passar mais de R$ 2 bilhões em recursos na conta para o Eduardo ter tranquilidade com a sua equipe”, afirmou. 

Para os próximos 10 anos, o governo do Estado tem a expectativa de receber R$ 45 bilhões em investimentos privados com a geração de 5 mil novos empregos. 

AGRONEGÓCIO

Boa parte do crescimento do PIB é resultado do desempenho do agronegócio.

O governador frisa que o crescimento da área plantada, apenas de soja e milho, foi expressivo durante os últimos anos, e a projeção é de que nos próximos cinco anos Mato Grosso do Sul chegue a 5 milhões de hectares plantados e passe a figurar no top 3, entre os maiores produtores do País. 

“Hoje, Mato Grosso do Sul é o quinto no ranking brasileiro, a gente cresceu muito em área plantada. Começamos 2015 com 2,1 milhões de hectares plantados, falando somente de soja e milho, tirando floresta e cana. Estamos fechando essa safra 2021/2022 com 3,9 milhões de hectares, e Mato Grosso do Sul vai atingir 5 milhões de hectares plantados nos próximos cinco anos”, detalha Azambuja. 

“Com certeza, o Estado vai ser um dos maiores no ranking de produção, nós não vamos chegar ao tamanho da produção hoje de Mato Grosso, que é o maior produtor, nem do Paraná, que já tem uma consolidação. E uma vantagem, a área plantada de Mato Grosso do Sul cresceu na área de pastagem degradada”.

Ainda de acordo com o governador, atualmente, o Estado tem mais de 1,1 milhão de hectares de floresta plantada. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, MS tem 18,6 milhões de cabeças de gado. O Estado, que já figurou como o maior produtor, hoje tem o quinto rebanho. 

“Vamos dizer que nacional é o terceiro, porque nós temos um desfrute bem maior. O programa Precoce MS e os programas de incentivo à pecuária antecipam, por isso, mesmo com o quinto rebanho, Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de carne do Brasil, com uma carne de altíssima qualidade”, frisa o  governador. 

Ainda durante a apresentação dos dados, Reinaldo Azambuja destacou o bom desempenho da suinocultura, avicultura e psicicultura. 

Em entrevista concedida ao Correio do Estado em setembro, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que continuará na gestão de Eduardo Riedel, explicou que a industrialização e a atração de novos empreendimentos para Mato Grosso do Sul garantem o crescimento pelos próximos anos.

 O Estado tem em construção o Projeto Cerrado, a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, que atualmente é o maior canteiro de obras com investimento privado do País. 

Até 2028, outra planta de celulose será concluída em Inocência, trata-se do Projeto Sucuriú. Ambos os investimentos estão acima de R$ 15 bilhões. 

“Tivemos um outro fator positivo, que é a industrialização do milho em Mato Grosso do Sul. Nós tivemos um crescimento da suinocultura que consome farelo de milho e deve aumentar a nossa produção e exportação de carne suína”, disse Verruck.

 

281205A
 

Assine o Correio do Estado
 

Economia

Mercado reduz estimativas para crescimento da economia e inflação

Para este ano, estimativa de crescimento caiu de 2,01% para 1,99%

17/03/2025 14h00

Agência Brasil

Continue Lendo...

As previsões do mercado financeiro para a expansão da economia e o índice de inflação em 2025 foram reduzidas, de acordo com a edição desta segunda-feira (17) do Boletim Focus.

A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia caiu de 2,01% para 1,99%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) passou de 1,7% para 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,98 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.

Inflação

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 5,68% para 5,66% este ano. É a primeira redução na projeção após mais de 20 elevações.

Para 2026, a projeção da inflação subiu de 4,4% para 4,48%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro, a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros na reunião de janeiro, o quarto aumento seguido da Selic, que consolida um ciclo de contração na política monetária.

Em relação às próximas reuniões, o Copom já confirmou que elevará a Selic em um ponto percentual, para 14,25% ao ano, na reunião que ocorre esta semana, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação.

Até o fim deste ano, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

MATO GROSSO DO SUL

Receita recebe 3,4 mil declarações do Imposto de Renda nas primeiras horas

Até o momento, a Receita Federal recebeu 0,51% declarações do total; estimativa é que 671.985 sejam entregues até 30 de maio

17/03/2025 11h45

Aplicativo da Receita Federal para declarar o IR

Aplicativo da Receita Federal para declarar o IR DIVULGAÇÃO

Continue Lendo...

Dados divulgados pela Receita Federal (RF) apontam que 3.451 Declarações de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPFs) foram entregues nas primeiras horas de envio, entre 9h e 10h30min, nesta segunda-feira (17), em Mato Grosso do Sul.

Entre 9h e 9h30min, a média foi de 25 declarações entregues por minuto. A Receita Federal estima que 671.985 declarações sejam entregues até 30 de maio de 2025.

Portanto, até o momento, a RF recebeu 0,51% declarações do total. O contribuinte terá 74 dias seguidos para entregar o documento.

No ano passado, foram entregues 627 mil declarações em MS, 7% a menos do que é esperado para este ano. No Brasil, são esperadas R$ 46 milhões de declarações. O prazo para enviar a declaração é de 17 de março a 30 de maio de 2025.

OBRIGATORIEDADE E CONSEQUÊNCIA

É obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2025 o contribuinte que:

  • Recebedores de rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 em 2024;

  • Recebedores de rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, superiores a R$ 200 mil no ano anterior;

  • Quem teve receita bruta superior a R$ 169.440 em atividade rural no ano anterior.

  • Quem pretende compensar prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário;

  • Pessoas com bens e direitos (imóveis, veículos, investimentos) que somavam mais de R$ 800 mil em 31 de dezembro do ano anterior;

  • Indivíduos com ganhos de capital na alienação de bens ou direitos;

  • Quem realizou operações de alienação em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil no ano anterior;

  • Vendedores de imóveis residenciais que usaram os recursos para a compra de outra residência para moradia, dentro do prazo de 180 dias da venda, e optaram pela isenção do IR;

  • Pessoas que começaram a residir no Brasil em qualquer mês do ano anterior;

  • Quem atualizou bens imóveis pagando ganho de capital diferenciado em dezembro de 2024;

  • Quem auferiu rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos no ano anterior.

Quem deixar de declarar imposto de renda está sujeito as seguintes penalidades:

  • Pagamento de multa

  • CPF irregular

  • Cair na Malha Fina

  • Ser acusado e até responder na justiça por sonegação fiscal – a punição pode chegar a dois anos de prisão

RESTITUIÇÃO

As restituições serão pagas nas seguintes datas:

Primeiro lote: 30 de maio;

  • Segundo lote: 30 de junho;

  • Terceiro lote: 31 de julho;

  • Quarto lote: 29 de agosto;

  • Quinto e último lote: 30 de setembro.

De acordo com o delegado adjunto da Receita Federal em Campo Grande, Henri Tamashiro de Oliveira, manter em sigilo a conta GOV.BR e não compartilhá-la com terceiros, na hora de declarar o IR, é extremamente importante.

"Cuide da sua conta GOV.BR porque é algo muito importante que você pode indicar o número da conta, pode fazer várias coisas com ela. Existem mecanismos que a Receita criou para criar uma procuração para passar para o contador ou para outra pessoa que vá preencher. Você pode criar uma procuração ou atorização para que outra pessoa faça a sua declaração [de Imposto de Renda]", explicou o delegado.

O QUE MUDOU EM 2025

A declaração do Imposto de Renda terá poucas mudanças em relação ao ano passado.

Uma das novidades anunciadas foi a ampliação do limite de rendimentos tributáveis que torna o envio do documento obrigatório, que passou de R$ 30.639,90 para R$ 33.888.

Esta mudança aconteceu após o governo alterar a tabela do imposto em fevereiro de 2024, ampliando a taxa de isenção de R$ 2.112,00 para R$ 2.259,20.

Também houve mudança no limite da receita bruta de obrigatoriedade para atividade rural e para quem apurou rendimentos no exterior.

Veja as mudanças para este ano com relação aos rendimentos:

  • Valor de rendimentos tributáveis anuais que obrigam a entrega da declaração subiu de R$ 30.639,90 para R$ 33.888;

  • Limite da receita bruta de obrigatoriedade para atividade rural subiu de R$ 153.999,50 para R$ 169.440;

  • Quem atualizou valor de bens imóveis e pagou ganho de capital diferenciado em dezembro de 2024 terá de preencher a declaração;

  • Quem apurou rendimentos no exterior de aplicações financeiras e de lucros e dividendos passou a declarar anualmente.

Na declaração, foram excluídos os campos de título de eleitor, número do recibo da declaração anterior e consulado e embaixada para residentes no exterior.

Outra mudança é a maior prioridade para quem simultaneamente utilizou a declaração pré-preenchida e optou pelo recebimento da restituição via Pix.

Até o ano passado, a prioridade era definida apenas com base na utilização de uma das duas ferramentas.

As demais obrigatoriedades foram mantidas.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).