Economia

PANTANAL

Porto autorizado para o Rio Paraguai prevê operar mais de 1 milhão de toneladas de grãos

Empreendimento está previsto para ser instalado em Porto Esperança e deve atuar em conjunto com terminal de Cáceres; apesar da licença prévia, questionamentos judiciais não são descartados por causa da localização dos terminais

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O transporte de grãos, principalmente soja, de Mato Grosso está previsto para passar pelo Rio Paraguai e seguir rumo à exportação via Oceano Atlântico a partir de 2025.

Esse plano faz parte de projeto que recebeu licença prévia do Conselho Estadual de Controle Ambiental de Mato Grosso do Sul (Ceca) para dar início às obras.

Apesar da licença prévia, questionamentos judiciais não são descartados, conforme apurou a reportagem do Correio do Estado com especialistas que atuam no transporte hidroviário.

O Terminal Portuário Paraíso está previsto para ser instalado na região de Porto Esperança, no município de Corumbá, em uma área de 100 hectares que já está reservada.

Para a safra 2022/2023, Mato Grosso registrou recorde de 44,3 milhões de toneladas de soja. Esses números colocariam o estado no patamar de terceiro maior produtor mundial do grão caso fosse um país. À frente, inclusive, da Argentina, que produziu 29 milhões de toneladas. 

O porto a ser instalado em Corumbá é para operar no escoamento de parte dessa produção. A produção de soja 2022/2023 em MS está em 13,3 milhões de toneladas e, a depender do destino, pode ser embarcada nesse novo terminal. 

Dentro do projeto que foi apresentado para análise do Conselho Estadual de Controle Ambiental, a Companhia de Investimentos do Centro-Oeste informou que o início das operações, em 2025, é para o transporte de 600 mil toneladas.

A partir de investimentos ao longo dos próximos cinco anos, contados dessa data, a empresa informou que vai transportar 1,25 milhão de toneladas de grãos. Os valores de investimento previstos não foram oficialmente divulgados.

Daqui a dois anos, esse empreendimento vai se somar às movimentações que já ocorrem em Porto Murtinho com o mesmo tipo de carga. Por lá, há outro terminal no Rio Paraguai, e neste ano há previsão de exportar mais de 700 mil toneladas de grãos.

A Companhia de Investimentos do Centro-Oeste tem unidade instalada em Corumbá e declarou, em balanço patrimonial divulgado em fevereiro deste ano, total de ativos de R$ 11.510.464,88 no ano passado. Valor que foi menor que o apurado em 2021, então totalizado em R$ 12.506.388,86. A empresa existe desde 2007.

Licença

Para conseguir a licença prévia de instalação, técnicos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) avaliaram o projeto e o laudo foi encaminhado para o Ceca, que deliberou o pedido. 

“O processo teve aval favorável da área técnica do Imasul após análise de todos os estudos realizados para avaliar, mitigar e compensar os impactos ambientais, e foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros”, divulgou o órgão, por meio de nota.

A presidência do conselho é do secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. Ainda há membros representantes da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), do Imasul, da Polícia Militar Ambiental, da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), do Ibama-MS, entre outras entidades.

O relator do projeto para instalação do porto no Rio Paraguai foi Pedro Celso de Oliveira Fernandes, da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seilog).

De acordo com ele, a viabilização do Terminal Portuário Paraíso ainda envolve a pavimentação de acesso da BR-262 até a comunidade de Porto Albuquerque. 

Os 6,4 quilômetros de obra estão sendo executados com R$ 14,8 milhões vindos do Fundersul e começaram ano passado, com previsão de conclusão em setembro deste ano.

De acordo com dados da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), a hidrovia Paraguai-Paraná tem capacidade para operar até 40 milhões de toneladas de produtos. 

Nos últimos anos, ela tem funcionado com transporte de cerca de 6 milhões de toneladas de carga em fluxo de pelo menos oito meses. Esse período refere-se aos meses em que o Rio Paraguai apresenta melhores condições de navegação.

Apesar da licença prévia, questionamentos judiciais não são descartados, conforme apurou a reportagem do Correio do Estado com especialistas que atuam no transporte hidroviário. 

Contudo, ação judicial do Ministério Público Federal que embargava licenças de novos portos no Rio Paraguai acabou tornando-se questão superada desde o ano passado. 

Em 2022, 168 entidades de MT, do Brasil e do exterior assinaram uma carta pública para questionar a construção do porto em Cáceres. Nessa região, há restrições maiores com relação a transporte de cargas se comparada com a área de Corumbá.

Conjunto

O terminal portuário com licença prévia para ser construído em Corumbá vai funcionar em conjunto com o porto de Cáceres. A principal região produtora de soja em Mato Grosso fica no município de Sorriso, distante cerca de 550 quilômetros de Cáceres. 

O trajeto fluvial entre Cáceres e Corumbá é de pouco mais de 330 quilômetros. A distância favorece o escoamento, mas há restrições com relação ao dimensionamento de transporte em chatas no Tramo Norte, que se refere entre os dois municípios via Rio Paraguai.

Os comboios do rebocador e as chatas para transporte são reduzidos pela metade na navegação do Tramo Norte, em comparação ao restante da hidrovia Rio Paraguai abaixo a partir de Corumbá. 

Por conta dessas questões técnicas, reguladas pela Marinha do Brasil, a Capital do Pantanal ia servir de unidade de transbordo.

Como comparação, o transporte de minério de ferro a partir de Corumbá viaja com cerca de 30 mil toneladas para a Argentina, em comboios que chegam a ter 16 chatas sendo empurradas por um rebocador.

“A estratégia da Centro-Oeste Investimentos é conjugar os dois terminais (Corumbá e Cáceres) no transporte de grãos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para serem exportados pelo Oceano Atlântico e, no sentido inverso, trazer fertilizantes para o mercado interno dos dois estados. As operações devem se iniciar em 2025, com o transporte de 600 mil toneladas, e em cinco anos podem chegar a 1,25 milhão de toneladas de grãos”, detalhou a Ceca, em nota oficial.

 

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Economia

Dólar fecha em alta enquanto Bolsa despenca, com foco nas contas públicas

Próximos dias reservam nova bateria de dados do Brasil e dos EUA, com destaque para divulgações de inflação

23/09/2024 20h00

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20)

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20) Arquivo/ Agência Brasil

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O dólar fechou em alta de 0,26% nesta segunda-feira (23), a R$ 5,534, dando início a uma semana cheia de divulgações importantes para os mercados, em especial dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos.

A moeda começou a sessão em forte alta de 1% e chegou a R$ 5,597 na máxima do dia, mas desacelerou ao longo da tarde.

Já a Bolsa foi na contramão do exterior e caiu 0,38%, aos 130.568 pontos, com temores sobre as contas públicas afetando o apetite por risco dos investidores.

Após uma semana marcada pelas decisões de juros do BC (Banco Central) e do Fed (Federal Reserve, a autoridade americana), o dólar engatou em um movimento de recomposição de perdas no Brasil.

A moeda americana havia acumulado mais de 2% de queda em relação ao real até sexta-feira, diante da perspectiva -e, depois, da confirmação- do aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.

Aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, citando resiliência da economia brasileira. Já o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, num afrouxamento de 0,50 ponto após temores de desaceleração do mercado de trabalho. Os juros americanos agora estão na banda de 4,75% e 5%.

Os movimentos opostos dos BCs favorecem investimentos de "carry trade" -isto é, quando investidores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em moedas de países de taxas altas para rentabilizar sobre o diferencial de juros.

Desde sexta-feira, porém, a diminuição do impulso inicial tem feito o dólar ganhar terreno novamente. "Teve uma certa euforia com o corte do Fed, embora amplamente esperado, e acho que isso vem se dissipando", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

"E hoje os investidores estiveram em compasso de espera defensivo, no aguardo de importantes dados da agenda da semana."

Os próximos dias guardam comentários de autoridades do Fed, incluindo do presidente da autarquia, Jerome Powell, e números do índice de inflação PCE (índice de preços para despesas de consumo pessoal, na sigla em inglês) na sexta-feira. A expectativa é por mais pistas sobre os juros americanos.

Já no Brasil, a ata da reunião do Copom deve ser publicada na terça-feira pela manhã, e o mercado também espera mais sinalizações sobre a trajetória da Selic.

O comitê, ao comunicar a última decisão, deixou os próximos passos em aberto e evitou se comprometer com a intensidade e com o tamanho do ciclo de alta de juros. Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, preevem que a Selic deve entrar em 2025 na faixa de 11% e permanecer neste patamar por um bom tempo.

Nesta segunda, o Boletim Focus projetou que a taxa básica de juros do país deve fechar o ano em 11,5%. Há uma semana, o patamar estava em 11,25% -e, há um mês, em 10,5%.
Os economistas ouvidos pelo BC também esperam aumento no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que deve fechar o ano em 4,37%, ante projeção de 4,35% na semana passada. Dados do IPCA-15, uma espécie de "prévia" do indicador, serão publicados na quarta-feira.

O tom da ata provavelmente será duro, afirma Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

"As projeções de inflação estão subindo a cada semana, e, se o governo não começar a realmente cortar gastos, só subir a Selic não será o suficiente para conter a inflação."
O governo brasileiro apresentou o relatório bimestral de receitas e despesas, o que acendeu temores sobre o cumprimento das metas propostas pelo arcabouço.

Embora tenha havido um aumento nos gastos obrigatórios, a melhora na projeção de receitas permitiu desbloquear outras despesas que estavam travadas para cumprir a meta fiscal, que é de déficit zero neste ano. O saldo final dessa combinação de fatores foi positivo para o governo.

Segundo o Ministério do Planejamento, foi liberado R$ 1,7 bilhão em gastos no próximo ano, antes congelado no Orçamento de 2024, e houve um bloqueio adicional de R$ 2,1 bilhões para compensar o crescimento das despesas obrigatórias e evitar o estouro do limite do novo arcabouço fiscal.

Por outro lado, a melhora das receitas permitiu reverter integralmente o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões feito em julho. O instrumento é usado para conter gastos quando outra regra fiscal está em risco -neste caso, a meta de resultado primário.

Em entrevista coletiva nesta segunda, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que há um incômodo na equipe econômica com a percepção do mercado sobre a trajetória fiscal e reagiu às críticas de quem vê contabilidade criativa nos números oficiais.

Segundo ele, o governo Lula (PT) segue fazendo ajustes nas projeções para garantir o cumprimento das regras fiscais "sem nenhum tipo de criatividade, sem nenhum tipo de artifício".

O resultado primário é estimado em déficit de R$ 68,8 bilhões, dos quais R$ 40,5 bilhões estão fora do cálculo da meta fiscal. O saldo negativo de R$ 28,3 bilhões fica dentro do intervalo do objetivo perseguido pelo governo, que é um déficit zero, com margem de tolerância de até R$ 28,8 bilhões negativos.

"O mercado tem dado um peso muito grande ao descontingenciamento, que, ao meu ver, foi pequeno demais para criar a narrativa de que há uma deterioração fiscal em curso", diz André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, plataforma de transferências internacionais.

O detalhamento do relatório reduziu a disparada do dólar, afirma ele, que seguiu em alta por causa das pressões do exterior.

As curvas de juros futuros, porém, fecharam o dia em forte alta por causa dos temores com o fiscal.

No fim da tarde, a taxa para janeiro de 2025 estava em 11,025%, ante 11,029% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2026 estava em 12,275%, ante 12,185%. O vencimento para janeiro de 2027 marcava 12,395%, ante 12,249% do ajuste.

Já na cena corporativa, a Santos Brasil disparou 16% em resposta à venda da fatia da Opportunity, antes detentora de 48% da empresa, ao grupo francês CMA. O total soma R$ 6,33 bilhões.

Os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras avançaram 1,15% e 1,33%, respectivamente, na esteira da alta do petróleo no exterior. Vale subiu 0,52%, apesar do declínio do minério de ferro na China.

Quase todos os grandes bancos operaram na ponta negativa, com destaque para o Bradesco, que perdeu 2,23%, e Santander, a 2,16%.
 

*Informações da Folhapress 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3202, segunda-feira (23/09)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

23/09/2024 19h21

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3202 da Lotofácil na noite desta segunda-feira, 23 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhão. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3202 são:

  • 04 - 11 - 03 - 23 - 18 - 08 - 06 - 19 - 25 - 10 - 15 - 17 - 22 - 12 - 14

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotofácil 3203

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 24 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3203. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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