Além da ponte sobre o rio Paraguai, que ligará Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, outra ponte será construída ligando os dois países no prazo de cinco anos. O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, anunciou a construção da ponte sobre o rio Apa, entre Porto Murtinho e Vallemy, em encontro com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (12), em Brasília.
Na reunião, presidente paraguaio sustentou o acordo binacional firmado em dezembro de 2018, em Foz do Iguaçu, de construir a ponte sobre o rio Paraguai entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta e anunciou oficialmente a segunda ponte, no Apa, no valor de R$ 25 milhões.
Com as estruturas, Mato Grosso do Sul deve se tornar um dos principais centros econômicos da América Latina.
Secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, esteve no encontro e afirmou que a construção das duas pontes fortalecerá a integração econômica entre os dois países e consolidará a rota comercial de Mato Grosso do Sul até o Chile.
“Foi uma agenda extremamente positiva para nosso Estado, que se tornará competitivo e desenvolverá outros segmentos, como o turismo”, afirmou, acrescentando que a ponte sobre o Apa terá recursos do orçamento do governo paraguaio e a construção se dará concomitantemente à do rio Paraguai.
Senador Nelsinho Trad (PSD) também participou do encontro e entregou um ofício para o presidente do Paraguai, onde explica a importância da obra, fundamental para o Rota Bioceânica.
PONTE
A licitação da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, que terá 500 metros de extensão, depende dos estudos de impactos ambientais, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), do Ministério dos Transportes do Brasil.
Estimativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Setlog-MS) é que, com a construção da ponte sobre o rio Paraguai, prevista para ser concluída em 2024, movimento das exportações e importações pela Rota Bioceânica gerem incremento de 50 milhões de dólares (cerca de R$ 200 milhões), na economia do Estado.
* Com informações da assessoria