Economia

AGRICULTURA

Produção da safra de milho pode ser a segunda maior da história

Estimativa do IBGE aponta que colheita da safrinha 2021/2022 deve atingir 11,9 milhões de toneladas em MS

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A colheita da 2ª safra de milho chegou a 48,9% do total de lavouras em Mato Grosso do Sul. Com o bom desenvolvimento da produção neste ciclo 2021/2022, a projeção é que a safrinha seja a segunda melhor da história do Estado.  

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que a produção do milho segunda safra em Mato Grosso do Sul deve atingir 11,907 milhões de toneladas.  

O total aponta para 2,567 milhões a mais que o estimado pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS). A projeção local é de 9,340 milhões de toneladas, mas uma revisão deve ser divulgada até o início de setembro, segundo apurou o Correio do Estado.  

Caso o número se confirme, o Estado terá alta de 82,39% na produção em comparação com 2021, quando a quebra da safrinha gerou 6,528 milhões de toneladas de milho no Estado.  

No comparativo com os ciclos passados, a safra 2021/2022 de milho pode se confirmar como a segunda maior registrada em MS, atrás apenas do ciclo recorde que foi atingido na 2ª safra 2018/2019, quando o Estado colheu 12,160 milhões de toneladas do cereal.  

Conforme o boletim Casa Rural, elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), 80,8% das lavouras do Estado estão em boas condições de desenvolvimento e, por isso, há uma boa perspectiva para os números.

O relatório do IBGE aponta que Mato Grosso do Sul segue como um dos principais produtores de grãos, cereais e leguminosas do Brasil, com participação de 8,1% no total da produção anual.  

O levantamento de julho do LSPA aponta que, neste ano, o Brasil produzirá 263,4 milhões de toneladas, 4% a mais que o levantamento do mesmo mês de 2021 e 0,8% a mais no comparativo com junho.  

De acordo com o gerente da Pesquisa, Carlos Barradas, o milho está com os preços elevados, o que levou os produtores a ampliarem o plantio em âmbito nacional.  

“Hoje, a segunda safra é muito maior que a de verão. O clima ajudou, diferentemente do ano passado, quando tivemos problemas de clima na segunda safra. Isso explica esse alto crescimento da produção do milho de segunda safra em relação ao ano passado”, esclarece Barradas.

Já em Mato Grosso do Sul, a área plantada apresentou recuo. Segundo o boletim Casa Rural, a estimativa para o milho 2ª safra 2021/2022 é de 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação à área da 2ª safra de 2020/2021.

PREÇOS

Dados da Granos Corretora apontam que, no fechamento desta terça-feira, a saca de milho com 60 kg era comercializada a R$ 69 no mercado físico do Estado. Em um ano, o preço do cereal apresentou queda de 23,11%. Em agosto de 2021, o valor médio da saca estava em R$ 89,75.  

Conforme especialistas consultados pelo Correio do Estado, a variação da última safra pode ser explicada pela maior oferta de milho no mercado este ano. Segundo o consultor e agrônomo João Pedro Dias, os fatores que explicam essa variação são pontuais.  

“Se há aumento de oferta, o preço no mercado cai. Se continuarmos o ritmo de exportação tão intenso – estamos vendo mais de 7 milhões de toneladas exportadas no Brasil –, é possível que haja uma alta”, analisa.  

O agrônomo Everton Tiago Bortoloto relata que há uma expectativa boa em relação a essa segunda safra. “Os produtores estão animados, e quem pode segurar no armazém está segurando, esperando a alta. Este ano a safrinha vem boa”, resume.  

Dias diz que existe margem boa no momento e que os negócios estão acontecendo. “O mercado externo compra da mão para a boca, o grão sai direto para a transformação, então não está sendo feito estoque. Muita gente acha que está caro ainda, com a segunda safra boa, o preço pode estabilizar, é preciso esperar”, afirma.  

EXTERIOR  

Conforme o consultor, este ano, a determinação de preço está sendo feita pelo mercado externo, diferente do ciclo 2021. Naquele momento, as geadas e a seca causaram a quebra da produção.  

Conforme dados da Famasul, a área para a safra de inverno 2020/2021 destinada ao milho atingiu 2,280 milhões de hectares e produção de 6,528 milhões de toneladas. Na comparação com a safra 2019/2020, quando foram colhidas 10,618 milhões de toneladas, a queda da produção foi de 38,51%.  

Esse panorama fez os preços subirem naquele período. Atualmente, o mercado interno está melhor atendido e quem faz a marcação de preços é a demanda externa. 

“Conforme for o ciclo de colheitas, vamos ver como o preço se comporta. Nos últimos dias, as exportações avançaram e ‘travaram’ as vendas internas. Este ano, quem define é o mercado exterior”, avalia Dias.  

Para ele, o principal ponto de tensão ainda é a situação climática nos Estados Unidos para a safra de soja e de milho. “O mercado americano é o segundo maior produtor de soja e de milho, o que acontecer lá vai impactar o mundo todo. Temos problemas na Ucrânia e Rússia por causa da guerra e da falta de escoamento”, analisa

Caso as intempéries sentidas na safra americana se intensifiquem e o período crítico se estenda para a etapa de enchimento de grãos, o consultor acredita que os preços podem subir ainda mais no mercado mundial.  

“Esses dois fatores: temperatura elevada e umidade do solo, se desregulados, dificultam a polinização e impedem que as sementes fecundem direito. Até o fim do mês saberemos se a quebra será algo que pode puxar os preços no mercado”, finaliza.  

A expectativa, segundo os consultores, é de que o preço da saca de milho deve subir em setembro ou em outubro.  

CUSTOS ALTOS

Apesar da melhora na produtividade, os produtores ainda sentem a alta no preço de custo. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MS), André Dobashi, os números de deflação medidos em julho pelo IBGE apresentam impactos irrisórios sobre os custos de produção.  

“Apesar de os resultados mostrarem uma pequena melhora do cenário inflacionário, com a redução de 0,68% na inflação acumulada neste ano – que é de 4,69% no acumulado do ano e de 10,06% nos últimos 12 meses –, ainda não se percebe mudanças significativas nos custos para o produtor”, revela.  

Dados da Aprosoja apontam uma alta de 148,48% em comparação com o preço da safra passada. Em setembro de 2021, o preço estava acima de R$ 6 mil por hectare, valor 92,74% maior considerando a safra 2020/2021, quando o custo era de R$ 3,5 mil por hectare para iniciar. Só nos últimos seis meses, entre setembro de 2021 e março de 2022, a alta foi de 28,80%.

Dobashi finaliza dizendo que o planejamento continua sendo um aliado indispensável do agricultor no momento da aquisição dos insumos e da comercialização dessa próxima safra de soja.

23,11% DE QUEDA EM UM ANO

No fechamento desta terça-feira (16), a saca de milho com 60 kg era comercializada a R$ 69 no mercado físico do Estado. Em um ano, o preço do cereal apresentou queda de 23,11%. Em agosto de 2021, o valor médio era de R$ 89,75.

DINHEIRO NO BOLSO

13º salário vai injetar R$ 4 milhões na economia de MS

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro

15/11/2024 11h45

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o 13º salário vai injetar R$ 4.248.873.355,06 na economia de Mato Grosso do Sul, em 2024.

Desse número, R$ 1.212.645.751são destinados aos aposentados/pensionistas e R$ 3.036.277.604 aos trabalhadores do mercado formal.

Em comparação ao ano anterior, houve aumento de 12,5% não o valor, representando um acréscimo de R$ 471.036.009,14.

Em relação a participação do PIB brasileiro, o percentual fechou em 1,58%. Na estimativa do valor em relação ao PIB estadual, foi observada uma discreta alta em 0,1 p.p, posto que a participação foi de 2,3%.

O décimo terceiro salário pode ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.

O número de beneficiários (aposentados/pensionistas + mercado formal) cresceu 7,5%, o que representa um aumento de 84.573 pessoas, totalizando 1.211.446 pessoas.

A quantidade de trabalhadores no mercado formal é de 855.281 pessoas, representando 70,6% do total de beneficiários do Estado.

Já os aposentados e pensionistas representam o quantitativo de 356.165 pessoas, equivalente a 29,4% dos beneficiários em MS.

O valor médio da remuneração dessas pessoas alcançou o valor de R$ 1.581,22, aumento de R$ 64,71 em valores monetários, ou de 4% em valores percentuais.

O governo de Mato Grosso do Sul e a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) ainda não divulgaram quando vão depositar os valores na conta dos servidores.

Veja na tabela:

Com 13º, sul-mato-grossense estará com o bolso repleto de dinheiro neste fim de ano

13º salário

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

aumento

Litro da gasolina registra alta de quase 11% em MS

Levantamento da ANP aponta que o litro do combustível fóssil passou de R$ 5,33 na primeira semana deste ano para R$ 5,91 no início deste mês

15/11/2024 08h30

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado MARCELO VICTOR

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Em Mato Grosso do Sul, o preço do litro da gasolina apresentou uma elevação de 10,87% neste ano. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em janeiro, o valor médio do litro do combustível custava R$ 5,33, passando para R$ 5,91 na primeira semana deste mês. Ou seja, aumento de R$ 0,58 por litro.

Conforme o levantamento, entre os dias 7 e 13 de janeiro, a gasolina era vendida no Estado com valor mínimo de R$ 5,09 e máximo de R$ 6,84. Já entre os dias 3 e 9 deste mês, a menor precificação encontrada para o combustível fóssil foi de R$ 5,49 e a maior, R$ 7,09 por litro.

O mestre em Economia Lucas Mikael destaca aspectos que podem ter contribuído para o aumento nos preços dos combustíveis de janeiro a novembro deste ano, com destaque para a gasolina. 

“Os principais a serem destacados são o aumento dos custos das distribuidoras e dos postos, repassados diretamente ao consumidor. No entanto, o maior peso ainda cai sobre os impostos, e também a oscilação do dólar frente ao real encarece as importações de taxas de petróleo, enquanto a elevação global nos preços do barril, motivada por esforço geopolítico, especialmente no Oriente Médio, eleva o custo da matéria-prima”, analisa.

O doutor em Economia Michel Constantino acrescenta que a majoração está totalmente ligada ao aumento de impostos federais, principalmente na gasolina.

“Como o etanol faz parte da composição da gasolina, o aumento da gasolina puxa o preço do etanol para cima”, esclarece. 

“Esse aumento é em todo Brasil, e temos um efeito multiplicador na economia, aumenta preço do frete, do transporte e do custo de produção, elevando preços dos alimentos”, relata o economista, reforçando que além disso, os fatores econômicos, como a carga tributária elevada e as margens de lucro na distribuição, também interferem no preço para a ponta da cadeia.

O economista Eduardo Matos destaca que o aumento também reflete a volatilidade no mercado internacional e a política de preço de paridade de importação imposta pela Petrobras.
“Essa dinâmica ajusta os valores conforme a cotação do petróleo e as flutuações do câmbio, afetando diretamente o preço de refinarias e postos de distribuição”, detalha.

Com a elevação de preços, é importante destacar que a gasolina permanece em desvantagem em relação ao biocombustível. Na comparação de preços, o álcool continua mais vantajoso.

Para descobrir se vale a pena fazer a troca, basta dividir o valor do etanol pelo da gasolina, e o resultado deve ficar abaixo de 0,70. Por exemplo, ao dividir R$ 3,86 (etanol) por R$ 5,91 (gasolina), o resultado é 0,65. Portanto, nesse caso, a substituição ainda é viável.

COMBUSTÍVEIS

Ao mesmo tempo, a tendência é de alta nos últimos meses principalmente para o etanol, que acumula elevação significativa de 19,5% no acumulado do ano. Em janeiro, o litro do biocombustível custava R$ 3,23, passando para R$ 3,86 na primeira semana deste mês, alta de R$ 0,63 por litro.

Os relatórios da ANP mostram que o álcool segue tendência de alta desde o segundo mês do ano, com os preços se elevando mês após mês, com destaque para a primeira semana de julho, quando o etanol atingiu média de R$ 4,08 em Mato Grosso do Sul. Após a marca, os preços seguiram um recuo leve, chegando a média de R$ 3,86 entre os dias 3 e 9 deste mês.

Para o álcool, o preço mínimo praticado neste mês em MS foi de R$ 3,57, enquanto o maior valor pesquisado foi de quase R$ 5 (R$ 4,98). Contudo, Matos ressalta que o preço praticado atualmente pelo Estado para o etanol é um dos menores. 

“Mesmo com a alta acumulada, ele é um dos mais baixos na história do Estado. Isso por conta dos investimentos que a cadeia recebeu, é claro, a cana-de-açúcar, que historicamente é o principal, mas também abertura de usinas de etanol de milho”, frisa o economista.

Já o diesel também registrou elevação nos preços de revenda para o consumidor. Contudo, o porcentual alcançado para o combustível fóssil ficou em apenas 1,02%. Para o diesel S10, a diferença mostrada pelo levantamento da ANP é de R$ 0,15 (2,56%).

O diesel comum tinha preços que variavam de R$ 5,35 a R$ 7,49 no início do ano, com média de R$ 5,87. Na primeira semana deste mês, o litro do diesel foi encontrado em MS em seu menor e maior valor a R$ 5,57 e R$ 7,47, respectivamente, o que resultou em média de R$ 5,93.

Para o diesel categoria S-10, a flutuação de preços também foi moderada. Na primeira semana de janeiro, o preço médio de revenda no Estado era de R$ 5,86. Já na última semana do mês passado, o valor foi a R$ 6,01.

DEFASAGEM

Os relatórios da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) do dia 14 mostram que a defasagem da gasolina ficou com média negativa de R$ 0,02 (ou -1%) e a do óleo diesel, de
R$ 0,12 (ou -3,0%), no comparativo com os valores praticados no mercado internacional. 

Conforme o levantamento de Preços de Paridade de Importação (PPI), com a estabilidade no câmbio e nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina.

Litro da gasolina varia entre R$ 5,49 e R$ 7,09 em todo o Estado

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