Economia

MILHO

Safrinha resiste ao clima seco do Estado e vai a 9 milhões de toneladas

Semeadura da soja 2020/2021 só deve começar em outubro, expectativa também é de uma boa colheita

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O milho segunda safra 2019/2020 apresentou resultado acima da média esperada mesmo diante das intempéries climáticas. O plantio da cultura foi realizado mais tarde, em razão do atraso na semeadura da soja, sofreu com geada, estiagem e, por fim, excesso de chuvas. 

Mesmo assim, a produtividade será acima do estimado. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja-MS), a safrinha deve chegar a 9 milhões de toneladas. 

O presidente da Aprosoja, André Dobashi, explicou que a colheita será finalizada nos próximos dias e as estimativas elevam a produtividade, estimada em 76 sacas por hectare.

“A região norte já finalizou a colheita. Estamos terminando na região sul e fronteira. Inicialmente, a Aprosoja estimou 72 sacas por hectare, por causa da previsão de geadas, granizo, etc. Depois atualizamos para cima [76 sc/ha], e agora acreditamos que deve ser maior. A estimativa é chegar a 9 milhões de toneladas colhidas”, considerou, ressaltando que a estimativa era de colher 8,650 milhões de toneladas de milho.

Entre as mudanças de cenário neste ciclo do milho safrinha houve ainda a redução de área plantada. 

Segundo o boletim técnico do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), a área plantada com milho em Mato Grosso do Sul está confirmada em 1,895 milhão de hectares, redução de 12,79% quando comparada com a área da safra 2018/2019, que foi de 2,173 milhões de hectares.  

CLIMA

O clima prejudicou as lavouras desde o plantio até a colheita. Com o atraso na colheita da soja, a maior parte das lavouras de milho foi semeada após a janela mais indicada. 

“Enfrentamos a estiagem na época do plantio e as geadas, vendaval e chuva de granizo no período de desenvolvimento”, explicou Dobashi.

A estimativa é que as últimas áreas com milho sejam colhidas até dia 18 de setembro. A colheita já chega a 92%, segundo o presidente da Aprosoja. 

“Nos últimos 10 dias a colheita deu um salto, porque esquentou à noite, o milho perdeu umidade e se consegue dar marcha no trabalho. Na região Sul, que estava com esse problema da temperatura, tivemos uma correria grande de seis, sete dias em que foi possível entrar mais cedo na lavoura e sair mais tarde”.

Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, 56,30% da safrinha foi comercializada. As cotações do milho no mercado interno seguem evoluindo, pressionadas pela escassa entrada de novos volumes. 

O preço médio do mês de setembro foi cotado a R$ 47,88, avanço de 75,43% quando comparado ao mesmo mês do ano passado, quando a saca foi cotada a R$ 27,29/sc.

“É importante ressaltar que a maior parte do milho foi comercializada nessa média de R$ 28, porque o produtor comercializou 60% da produção no mercado futuro”, frisou Dobashi.

SOJA

A safra de soja 2019/2020 teve resultado recorde na colheita. A oleaginosa chegou a 11,325 milhões de toneladas e 3,389 milhões de hectares de área plantada, enquanto na safra anterior foram produzidas 9,9 milhões de toneladas. 

De acordo com a Aprosoja, 5% dos produtores plantarão em setembro.

Diferentemente do ano passado, a expectativa é de que as chuvas cheguem antes e a semeadura do grão comece nos primeiros dias de outubro. 

“A umidade baixa impede o início do plantio imediatamente. Os produtores devem começar a plantar no fim de setembro, mas é mais provável que dia 9 de outubro comece de fato”, explicou o presidente da Aprosoja, que destacou que a situação está um pouco distinta do ano anterior.  

“O cenário é parecido, mas no ano passado tivemos julho, agosto e setembro de estiagem. Este ano tivemos dez dias de chuvas intensas em agosto, o que ameniza o cenário. O que sabemos é que a área de soja será ampliada; teremos um aumento de 7% em área plantada, sempre expandindo em áreas já degradadas”, destacou Dobashi.

A maior concentração de chuvas no Estado está prevista para outubro, mas em setembro serão registradas precipitações. 

“O calor foi muito grande na safra passada, mas este ano não temos previsão para tanto calor. Tudo aponta para um início de primavera menos quente, e isso nos mostra que o processo de instalação da soja deve ser mais tranquilo”, explica o agrometeorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, o setor produtivo como um todo está otimista. De acordo com o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, a expectativa é de uma supersafra. 

“A gente tem dados de abertura de áreas de pastagens se transformando em áreas de agricultura, que indicam que teremos novamente um acréscimo na área plantada em cima de áreas degradadas. Temos a previsão climática que é favorável e a adoção de tecnologias e do momento que os grãos vivem no cenário mundial. A expectativa do governo do Estado também é de recorde na safra 2020/2021”, informou.

VAZIO SANITÁRIO

Termina nesta terça-feira (15) o período de vazio sanitário da soja. Entre 15 de junho e 15 de setembro, produtores do Estado ficaram proibidos de plantar soja. 

O intervalo de 90 dias serve para evitar a incidência da ferrugem asiática nas lavouras. 

Economia

Dólar e Bolsa caem após decisões de juros no Brasil e nos EUA

A Ibovespa encerrou o pregão com perdas de 0,47%, a 133.122 pontos

19/09/2024 20h00

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O dólar fechou em queda de 0,71% nesta quinta-feira (19), a R$ 5,421, com investidores repercutindo as decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos da véspera.

A moeda enfrentou a sétima sessão seguida de desvalorização em relação ao real, acumulando perdas de 4,14%. Na mínima de hoje, chegou a marcar R$ 5,398.

Já a Bolsa, que marcou alta firme na abertura dos negócios, não conseguiu se firmar no positivo por pressão das curvas de juros futuros, em reação à decisão do BC (Banco Central) de subir a taxa Selic e de manter a porta aberta a novos apertos no futuro.

Com isso, o Ibovespa encerrou o pregão com perdas de 0,47%, a 133.122 pontos.

O dia foi marcado pela repercussão das decisões do BC e do Fed (Federal Reserve, a autoridade americana) da véspera. Os movimentos foram opostos -e em linha com as expectativas do mercado.

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, citando resiliência da economia brasileira. Já o Fed realizou o primeiro corte nas taxas desde 2020, num afrouxamento de 0,50 ponto após temores de desaceleração do mercado de trabalho americano. Os juros americanos agora estão na banda de 4,75% e 5%.

Ao divulgar a decisão unânime de aumentar a Selic para 10,75% ao ano, o comitê afirmou que o cenário demanda uma política de juros mais contracionista, ou seja, que ajude a frear a força da atividade econômica para assegurar o controle da inflação.

Como justificativa, o colegiado citou a força da economia do país, as pressões do mercado de trabalho, a elevação das projeções de inflação, as expectativas distantes da meta perseguida e o hiato do produto positivo (indicação de que a atividade está operando acima do seu potencial, ou seja, aquecida e sujeita a pressões inflacionárias).

A decisão foi publicada às 18h30 de quarta, após o fechamento dos mercados.

O comitê trabalha com a meta de inflação em 3%, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda) e com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a alta de preços.

Na última leitura do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação do país, a base anual ficou em 4,24% em agosto -uma desaceleração dos 4,5% de julho, o teto da meta do BC.

O Copom deixou os próximos passos em aberto e evitou se comprometer com a intensidade e com o tamanho do ciclo de alta de juros. Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, preevem que a Selic deve entrar em 2025 a 11% e permanecer neste patamar por um bom tempo.

"O Banco Central deixou claro que a magnitude total do ciclo de alta vai depender da evolução de indicadores e expectativas", diz Silvio Campos, economista-sênior da consultoria Tendências. "Vai precisar de mais Selic para fazer a inflação chegar à meta de 3%", diz o economista.

As projeções de alta na Selic chegaram às curvas de juros futuros, sobretudo aos contratos de curto e médio prazo. A taxa para janeiro de 2026 subiu para 12,045%, ante 11,765% da véspera, enquanto a de janeiro de 2027 marcou 12,015%, contra 11,814% do ajuste anterior.

Isso afetou as ações mais sensíveis à economia doméstica na Bolsa, como Magazine Luiza, MRV, Lojas Renner, que ajudaram a pressionar o Ibovespa para baixo. Nem mesmo o avanço de 1,19% da Vale, dona da maior fatia do índice, conteve as perdas.

Já nos Estados Unidos, a decisão de corte em 0,50 ponto coroou um debate que tomou os mercados desde a confirmação de que a hora de reduzir os juros havia chegado.

"O comitê ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% e julga que os riscos para alcançar os objetivos de emprego e inflação estão aproximadamente equilibrados", disse o Fed no anúncio.

Os formuladores de políticas veem a taxa de juros caindo mais 0,50 ponto percentual até o final deste ano, mais 1 ponto percentual em 2025 e, finalmente, mais 0,50 ponto em 2026, terminando em uma faixa de 2,75% e 3%.

Em entrevista coletiva, porém, Jerome Powell reforçou que as próximas decisões do comitê estão à mercê de novos dados econômicos. O Fed se reúne mais duas vezes até o final de 2024, em novembro e dezembro.

"Não há nada que sugira pressa para fazer isso", disse, em referência à velocidade com que o banco central poderá reduzir os juros. "Podemos ir mais rápido se for apropriado, podemos ir mais devagar se for apropriado, podemos pausar se for apropriado."

O dólar costuma se desvalorizar à medida que os juros nos Estados Unidos caem, conforme o rendimento dos ativos ligados à renda fixa americana depreciam. Isso leva operadores a investimentos de maior risco, como moedas emergentes e mercados acionários, pela possibilidade de rentabilidade maior.

As Bolsas americanas dispararam nesta quinta, com o S&P 500 marcando um novo recorde de fechamento. O índice de referência do mercado dos EUA ganhou 1,70%, chegando a 5.713 pontos, enquanto Nasdaq subiu 2,51% e Dow Jones, 1,26%.

"Por mais que o comunicado não tenha sido explícito, o corte de 0,50 do Fed claramente confirma que as preocupações com a saúde do mercado de trabalho pesaram mais na decisão do que os riscos relativos à inflação", comenta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

"Os mercados reagiram positivamente à decisão, mas a digestão dessa decisão histórica ainda vai levar tempo e muita volatilidade deve ser esperada nos próximos dias."

Quanto maiores os juros no Brasil e menores nos Estados Unidos, melhor para o real, que se torna mais atraente para investimentos de "carry trade" -isto é, quando investidores tomam empréstimos a taxas baixas e aplicam recursos em moedas de países de taxas altas, para rentabilizar sobre o diferencial de juros.

Para Thaís Zara, economista sênior na LCA Consultores, o aumento da diferença entre os juros dos EUA e Brasil pode trazer um aumento de capital para o cenário doméstico.

"Causaria um câmbio mais apreciado [valorização do real], o que ajudaria a inflação a voltar mais para próxima da meta, mas não muda o fato de o BC mostrar preocupação com atividade econômica".
 

*Informação da Folhapress 

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3199, quinta-feira (19/09)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

19/09/2024 19h17

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil

Confira o resultado do sorteio da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3199 da Lotofácil na noite desta quinta-feira, 19 de setembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhão. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3199 são:

  • 21 - 08 - 24 - 13 - 10 - 23 - 04 - 22 - 01 - 25 - 14 - 11 - 20 - 15 - 02

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotofácil 3100

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na sexta-feira, 20 de setembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3100. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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