Economia

SETOR IMOBILIÁRIO

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Vendas de imóveis crescem durante a pandemia em MS

Caixa passará a financiar custas cartoriais e ITBI

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Levantamento aponta que, em Mato Grosso do Sul, o setor imobiliário cresceu mesmo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Pesquisa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) registrou crescimento nos financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Os dados apontam que, de março a maio de 2020, foram efetuadas 1.124 transações, enquanto no mesmo período de 2019 foram 808, aumento de 39,1%. Ontem, a Caixa anunciou medida que pode ampliar ainda mais o saldo positivo para o setor. O banco passará a financiar despesas cartoriais e com imposto.

Ainda conforme a pesquisa, o crescimento financeiro foi de 24% na comparação com o ano passado. Em 2019, de janeiro a maio foram negociados R$ 363,365 milhões, enquanto neste ano foram R$ 451,442 milhões, acréscimo de R$ 88,076 milhões. O número de unidades vendidas também aumentou, 27%. Em 2019, foram comercializadas 1.491 unidades, enquanto neste ano foram 1.904.  

“O setor imobiliário tem a característica de superar momentos de instabilidade econômica. É um dos investimentos mais seguros em qualquer período. Essa confiança no setor faz com que se mantenha sempre aquecido”, explica o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região (CRECI-MS), Eli Rodrigues.

De acordo com o presidente do Conselho, a expectativa é de que o setor se mantenha em crescimento nos próximos meses. “Nunca as condições estiveram tão favoráveis para a aquisição de um imóvel”, considerou Rodrigues.

 

FINANCIAMENTO

A novidade anunciada ontem é a de que as famílias que tomarem crédito imobiliário com a Caixa Econômica Federal poderão incluir, a partir de agora, no financiamento para compra da casa própria as despesas cartoriais e com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).  

“A partir de hoje [ontem], passamos a financiar também as custas do cartório e do ITBI no crédito habitacional”, afirmou o vice-presidente de Habitação da Caixa, Jair Mahl.

Segundo ele, o custo médio para fazer o registro varia hoje no Brasil entre 2% e 5% do imóvel financiado, dependendo da região do País. É este o custo que poderá ser incluído no financiamento imobiliário. A novidade vale para novos contratos.

Conforme a Caixa, a medida permitirá que as famílias que fizerem financiamentos habitacionais deixem de pagar diretamente cerca de R$ 400 milhões por mês. Este é o valor que seria incorporado aos financiamentos.

De acordo com as informações do Estadão Conteúdo, em um ano, a cifra seria de R$ 5 bilhões. Considerando que faltam seis meses para o fim de 2020, o valor seria de R$ 2,5 bilhões. “Isso demanda menos custo para as pessoas”, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. “Você vai reduzir o gasto [direto com custas cartoriais e ITBI] e permitir novas melhoras no próprio imóvel”, acrescentou.

Guimarães ainda afirmou que a incorporação de custos aos novos financiamentos também permite que, neste momento de crise, as famílias tenham maior espaço no orçamento.  

JUROS

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto porcentual, de 3% para 2,25% ao ano. Foi a oitava redução seguida, quarta anunciada em 2020, e o menor patamar desde o início da série histórica, em 1996. Os juros baixos também podem estimular o crescimento do setor imobiliário.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi – MS), Marcos Augusto Netto, toda vez em que há redução dos juros básicos os bancos acompanham. E o número de pessoas que podem investir na casa própria também aumenta. “A queda dos juros amplia a faixa de acesso aos financiamentos. Por exemplo, se 20 mil pessoas têm condições de comprar um certo perfil de imóvel, com a queda [dos juros], o número de pessoas que acessa esse perfil é ampliado para 30 mil. Então, com a mesma renda, teremos mais pessoas com a possibilidade de comprar o imóvel”.  

Augusto Netto ressalta que é o tipo de investimento que nunca se desvaloriza. “A prioridade do brasileiro é a casa própria, e isso não muda. O efeito é muito positivo para o setor, é um ótimo momento para investir em imóveis”, considerou.

TESTE

A Caixa já vinha testando em abril o financiamento dos custos em uma parcela dos contratos. Agora, a possibilidade estará aberta para todos os novos financiamentos imobiliários. “A Caixa é precursora nisso. Mas certamente outros bancos virão atrás”, disse o presidente, Pedro Guimarães.

 

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IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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