Esportes

ATLETISMO

Bruno viu na corrida caminho para fugir da depressão

Em 2 anos o esporte mudou sua vida, ele perdeu 52 kilos e virou corredor de elite

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Incentivo da família e perseverança para não desistir foram os motivos que levaram Bruno Alves a trilhar o caminho das corridas para superar a depressão e mudar sua qualidade de vida.

Bruno Alves Silva, de 30 anos, natural de Itapema (SC), recentemente se mudou para Campo Grande onde é um atleta de elite nas corridas de rua, representando a Percurso Livre e que participará da Maratona de Campo Grande deste fim de semana.

O atleta catarinense teve a sua vida transformada pelas corridas. Em 2022, quando ele pesava 130 kg e sofria com uma depressão, passou a praticar o esporte para sair desta realidade. “Em 2022 eu tinha 130 kg, pressão alta, e não saia do quarto, só jogava videogame. Minha vida era bem perturbada”, disse Bruno.

Através do exemplo do seu pai, Alcionir do Amarante Silva, 61 anos, ele começou a dar os seus primeiros passos rumo as corridas. “O meu pai sempre correu a vida inteira e me incentivou a correr. Daí eu pensei, vou começar a correr para ver o que vai acontecer, no início sentia muitas dores e cansaço, não conseguia nem correr 2 km, mas fui treinando e evoluindo”,contou. 

Ao decorrer do tempo, Bruno foi pegando gosto pelo esporte, ao mesmo tempo que perdia peso e começava a ressocializar, conhecendo novas pessoas através da corrida. “Graças a corrida eu fui ressocializando novamente, comecei a sair de casa com frequência, conheci novas amizades e novos lugares participando de várias provas. Sai do zero para correr a minha primeira maratona”, declarou.

ATLETA PROFISSIONAL

A partir de 2023 Bruno Alves resolveu levar mais a sério as corridas, se preparando para disputar corridas mais longas, como os 42 km da maratona.

“Quando eu comecei a correr, o meu objetivo era só emagrecer, mas meus amigos me falavam que eu tinha o dom para corrida. Daí eu decidi procurar um treinador e especialistas, comecei a me destacar nos eventos, conseguindo pegar pódios, e isso foi um gatilho para pensar que eu poderia ser um atleta, e a partir daí veio a vontade de performar, bater os meus tempos e correr grandes distâncias”, disse Bruno.

Desde então o corredor já disputou duas maratonas internacionais, de Porto Alegre e de Santa Catarina, e se tornou um atleta de alto rendimento. Aqui em Campo Grande o maratonista vem se preparando para a sua terceira maratona da carreira, a Maratona de Campo Grande, que será realizada neste domingo (7).

Com o apoio do Percurso Livre, ele têm ao seu lado o treinador técnico André Milani e o treinador físico Higor Medeiros da Profive, junto do trabalho com a fisioterapeuta Márcia Rotta que dão este suporte para o Bruno bater as suas metas na modalidade. 

“Estou bastante ansioso para disputar a Maratona de Campo Grande, porque é uma prova desafiadora, que têm uma das maiores altimetrias do País. É uma das mais técnicas e difíceis a nível nacional. Estou treinando deste fevereiro, me preparando para esta maratona, que é a principal para mim neste ano”, disse Bruno.

FORÇA DA FAMÍLIA

Bruno ainda relata que durante este árduo caminho ele pensou várias vezes em desistir, porém com o apoio da mãe Marilene Alves Sander, e de sua esposa Karolyne dos Santos Delgado, ele se manteve com foco para seguir no ritmo.
“Minha mãe nunca me deixou desistir, sempre ia comigo nas provas, quando eu morava em Santa Catarina. No começo me ajudou comprando roupas e tênis esportivos, fazia de tudo para que eu ficasse no esporte”, declarou.

O apoio diário da Karolyne que está junto com o atleta em Campo Grande, também é muito importante para Bruno, que se dedica as corridas.  “Minha esposa é muito importante para mim, ela está me ajudando demais na parte de alimentação e também me acompanhando nos treinos”, contou

A cada passo que o Bruno Alves dá nas provas de atletismo, a força para ele perseverar está no apoio que o atleta tem de sua família e de todos que estão em sua volta.

“Toda a vez que eu vou correr uma prova, que eu vou treinar, eu sempre penso no meu filho, na minha esposa, na minha família e de todo mundo que me apoia e que acredita em mim. Eles me dão forças  é o que me faz não parar, eu não corro só por mim, corro por todos que estão me ajudando neste projeto de correr, me dedicar e dar o meu melhor. E o principal é influenciar mais pessoas a ter qualidade de vida e começar a correr, isso é gratificante”, finalizou.

Saiba

O corredor Bruno Alves atualmente pesa 78 quilos e usa as suas redes sociais, através do instagram @bruno.alves.atleta, para tentar influenciar mais pessoas no dia-a-dia a seguirem uma vida mais saudável e com a prática de esportes.

Esportes

Lesionada, Érika alcançou a inédita medalha de prata nas paralimpíadas

Estreante na competição, a judoca de MS superou a dor para chegar ao pódio

04/10/2024 09h45

Érika Cheres mostra a medalha de prata conquistada nos Jogos Paralímpicos de Paris neste ano

Érika Cheres mostra a medalha de prata conquistada nos Jogos Paralímpicos de Paris neste ano Foto: Marcelo Victor

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A perseverança foi fundamental para que a judoca Érika Cheres Zoaga, de 36 anos, conquistasse a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Paris. A atleta se manteve na disputa pelo pódio na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais), mesmo após sofrer uma lesão no ombro durante sua primeira luta.

Em entrevista para o Correio do Estado, a sul-mato-grossense Érika Zoaga falou como foi superar as dificuldades enfrentadas em sua estreia na Paralimpíada.

“A experiência em Paris foi incrível. Tivemos muitos obstáculos pelo caminho, eu vinha de uma recuperação de cirurgia do joelho, e na primeira luta a adversária machucou o meu ombro. Eu continuei e fiz a semifinal e a final. Foi uma emoção muito grande, foi Deus mesmo”, descreveu Érika sobre a sua trajetória em Paris.

A luta em que se lesionou ocorreu nas quartas de final, contra a venezuelana Sanabria Alcala. A atleta foi desclassificada da Paralimpíada após aplicar o golpe ilegal em Érika.

“Essa luta foi muito dura, tive muita dificuldade, porque fomos para o golden score, e aí ela [Sanabria] me derrubou e senti o ombro na hora. Achei que tinha perdido, mas o árbitro decidiu que a entrada da adversária era um golpe proibido”, explicou.

Após esse confronto, a atleta derrotou a turca Nazan Akin nas semifinais. Na final da categoria, perdeu a luta para a ucraniana Anastasiia Harnyk.

“A ucraniana era a adversária mais forte, mas na hora que a luta acabou foi difícil aceitar que eu tinha perdido, mas depois, pensando em tudo que passei, o sentimento muda. Era o que Deus tinha preparado para mim, e sou grata por isso”, declarou.
A força da Érika em ultrapassar os obstáculos pelo caminho e chegar à final do judô também vem de sua família, do esposo Emanoel Velásquez e do seu filho Vitor Hugo, de 15 anos.

“Eu fiz uma oração um dia antes da minha estreia na Paralimpíada. Eu conversei com Deus e pedi para ele fazer para mim o mesmo milagre que ele fez para o Vitor Hugo, quando ele nasceu prematuro e ficou dias na UTI neonatal”, contou a judoca.

Voltando para Mato Grosso do Sul com a medalha de prata, Erika quer se preparar para trazer o ouro nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. 

“Eu quero continuar me preparando para tentar mais uma medalha. Até brinco que deixei uma matéria pendente em Paris, e por isso preciso voltar”, disse.

Além da prata conquistada em Paris, as principais conquistas de Érika nos tatames, de acordo com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), são a medalha de prata no Grand Prix de Tbilisi e a de ouro no Grand Prix de Antalya (2024), além do bronze nos Jogos Mundiais da IBSA (2023) e do ouro no Pan-Americano da IBSA de Edmonton (2022).

INÍCIO NO JUDÔ

Erika nasceu em Guia Lopes da Laguna e se mudou para Campo Grande aos sete anos, quando foi estudar no Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (ISMAC).

Aos 12 anos, Érika chegou a voltar para a cidade natal com os seus pais em um acampamento sem-terra, voltando para a Capital em 2006, quando foi apresentada ao judô por meio da judoca sul-mato-grossense Michele Ferreira, que foi duas vezes medalhista de bronze na Paralimpíada.

Com 17 anos, Érika chegou a praticar outras modalidades como o goalball e disputou competições regionais no atletismo, porém, optou por seguir trilhando o caminho do judô. A sua primeira competição pela modalidade foi o Campeonato Brasileiro de Judô, disputado no Rio de Janeiro, em 2006.

“Preferi seguir no judô porque é um esporte individual, e eu gosto dos treinos, porque me sinto bem. O judô para mim é uma terapia, porque me sinto mais leve quando saio dos treinos, me ajuda a desestressar. Quando eu não estou bem, eu saio de lá [dos treinos] renovada”, disse Érika.

Desde 2017, Érika é atleta de judô do município de Rondonópolis (MT) e treina em Cuiabá, recebendo o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel).

Após uma mudança de classe no judô paralímpico ocorrida em 2022, com a criação da classe J2 (para baixa visão), surgiu a possibilidade de Érika conseguir uma vaga paralímpica, lutando apenas com pessoas cegas.

“Antes as classes eram todas misturadas, então nem tínhamos esperança de disputar a Paralimpíada, achava difícil de acontecer. Mas com a separação recente de classes ficou mais justo para a gente”, informou.

Com essa, mudança a judoca sul-mato-grossense foi em busca da vaga paralímpica no período pós-pandemia, conseguindo a convocação, que foi anunciada no dia 11 de agosto.

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Apostas esportivas

Clubes paulistas cobram respostas da Esportes da Sorte

A empresa está entre os alvos da Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga uma organização criminosa que teria movimentado cerca de R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

03/10/2024 23h00

Divulgação/

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Palmeiras e Corinthians afirmaram nesta quinta-feira (3) que acompanham com apreensão a situação da Esportes da Sorte, que não entrou na lista de casas de apostas com autorização do Ministério da Fazenda para operar no Brasil. Somente bets regularizadas junto ao governo federal podem patrocinar clubes.

A empresa está entre os alvos da Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, que investiga uma organização criminosa que teria movimentado cerca de R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
O caso faz parte do inquérito que levou à prisão a influenciadora Deolane Bezerra e ao indiciamento do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Em nota, o Palmeiras afirmou que "recebeu com surpresa a informação sobre a ausência" da empresa na lista divulgada pelo governo na terça-feira (1º). A casa de apostas patrocina a equipe feminina do time da Barra Funda, além de fazer ações em jogos do time masculino como mandante, por meio de placas eletrônicas e conteúdos nas redes sociais. O clube recebe R$ 18,5 milhões da casa de apostas.

A empresa também sinalizou interesse de patrocinar o time masculino, mas as conversas travaram devido à investigação em curso.
Ainda de acordo com o comunicado, a agremiação alviverde já acionou o seu departamento jurídico para acompanhar o caso. O contrato entre as partes, celebrado em janeiro deste ano, é válido até o final do ano.

No mês passado, quando a investigação da Polícia Civil se tornou público, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que a empresa vinha cumprindo "rigidamente" os compromissos com o clube.
Nesta quinta-feira (3), o Corinthians também se manifestou pela primeira vez sobre o caso. Em nota, disse que "reafirma sua confiança na Esportes da Sorte, que vem cumprindo integralmente o contrato".

Ainda de acordo com o comunicado, o clube afirmou que "está em contato com a parceira e enviou um pedido de esclarecimentos sobre o status e os próximos passos do processos de regularização da operação".

Desde que as suspeitas foram divulgadas, o presidente corintiano, Augusto Melo, tem sido cobrado no Parque São Jorge para exigir explicações da Esporte da Sorte, além de garantias de que a empresa vai cumprir com seus compromissos com o clube.

Como a operação determinou o bloqueio de contas da Esportes da Sorte, há o temor no Parque São Jorge de que o parceiro possa atrasar ou até não conseguir pagar as parcelas do contrato de patrocínio. O clube da zona leste fechou contrato em julho, em um acordo de R$ 309 milhões com prazo de três anos.

Também há preocupação em relação à promessa da empresa, firmada em contrato, de ajudar o clube a bancar a contratação de um jogador de renome. O escolhido pela equipe foi o holandês Memphis Depay, com passagens por Manchester United, Barcelona e Atlético de Madrid.

Apesar da investigação em andamento, a agremiação alvinegra confia que a patrocinadora vai bancar os R$ 57 milhões do pacote de R$ 70 milhões pela contratação de Depay.
Questionada pela reportagem, a Esportes da Sorte afirmou em nota que sempre teve compromisso com a "transparência e em favor da regulamentação".

"Tanto é que o Grupo Esportes da Sorte cumpriu com todas as exigências das portarias SPA/MF Nº 827/2024 e SPA/MF Nº 1.475/2024 e entregou toda a documentação correspondente dentro dos prazos estabelecidos nas respectivas portarias", disse a empresa, que acredita em um erro do sistema e que sua regularização será feita em breve.

"Já estamos em contato com a Secretaria de Prêmios e Apostas para solicitar maiores esclarecimentos, uma vez que não existe qualquer impedimento legal para a continuidade da nossa atividade, que sempre ocorreu em conformidade às normas do Governo Federal", afirma a casa de apostas.

Na noite de quarta-feira (2), a Secretaria de Prêmios e Apostas divulgou uma nota lista de empresas com autorização para operar no Brasil, mas a Esportes da Sorte não consta entre as 12 novas bets listadas.
O governo atribuiu a reclassificação a erros no sistema de recepção das notificações. "Uma empresa e suas bets foram incluídas na relação após a confirmação de que o pedido tinha sido devidamente assinado por um representante legal autorizado pela empresa", informou a pastas.

Ainda sem autorização para operar no país, a Esportes da Sorte teve sua primeira baixa entre os clubes com os quais tem vínculo. Nesta quinta, o Athletico Paranaense informou que suspendeu o patrocínio da casa de apostas.
Anunciado no ano passado, o acordo era o maior patrocínio máster da história do clube, válido por três anos, no valor de R$ 50 milhões.

 

*Informações da Folhapress 
 

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